segunda-feira, 27 de junho de 2022

De onde Veio Jesus?


“... De onde És Tu? Mas Jesus não lhe deu resposta.” Jo 19;9

Os judeus o acusaram de ter dito que era Filho de Deus. Isso fizera o governador estremecer; mas, medo não enseja justiça nem conversão. É um abalo momentâneo que some, sumindo a circunstância que o gerou.

Quisera saber da procedência do Senhor. “De onde és tu?” O silêncio também é uma resposta.

Em se tratando do “Filho do Homem”, Seu Currículo diria que era belemita, com infância no Egito, crescido em Nazaré. Mas, não era isso que Pilatos queria saber. Esperava uma posição sobre a acusação de pretender Ser Filho de Deus.

Quem, apesar de tudo o que Fizera e Ensinara em Jerusalém e outras partes, ainda tinha dúvidas, não precisava nem merecia maiores explicações.

No entanto, quando a conversa migrou para a origem do poder, Jesus, indiretamente disse de onde viera: “... Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e para te soltar? Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra Mim, se ‘de cima’ não te fosse dado...” vs 10 e 11

Dissera: “... Vós sois de baixo, Eu Sou de cima; vós sois deste mundo, Eu não Sou deste mundo.” Jo 8;23 Ou, “Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava?” Jo 6;62

Quem pretendesse realmente saber, de onde Ele dizia ser, dispunha de elementos bastantes.
Como Filho do Homem Jesus esteve por espaços rastreáveis, entre Israel e Egito; como Deus, Eterno, Seu Espaço era um pouco mais amplo. “... Porventura não Encho Eu os Céus e a Terra?” Jr 23;24

Se dissesse isso, teria inflamado inda mais aos que O acusavam de endemoninhado. Ele Não apenas ensinou de onde viera, mas fez menção a um “quando” que também assustaria aos mais atentos: “... antes que Abraão existisse, Eu Sou.” Jo 8;58 Se disse bem “antigo” e desejado também; “Pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não viram; ouvir o que ouvis e não ouviram.” Luc 10;24

Nunca se cercou de mistérios, meias verdades, misticismos; Seus Ensinos sempre emanaram o que Ele É; Luz. “... Falei abertamente ao mundo; sempre Ensinei na sinagoga e no templo, onde os judeus se ajuntam, nada disse em oculto.” Jo 18;20 

Perguntas dessa estirpe não derivavam de desejo honesto de saber; antes, eram subprodutos esfarrapados para disfarce do não crer.

Ele disse que fora enviado do Alto, e É Eterno; o “fato novo” de então, era Sua condição humana eventual, para ser Nosso Remidor; por isso se dizia sempre, “Filho do Homem”; pois, o domínio fora dado ao Homem; só outro homem que derrotasse ao usurpador o recuperaria; “O Pai a ninguém julga, mas deu Ao Filho todo o juízo... deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque É o Filho do homem.” Jo 5;22 e 27

Por ser a fé, peixe de águas mais profundas que o intelecto, a quem estiver desprovido dela, todas as informações, procedência, idade, estatura, feitos, poder, resultarão inúteis.

Quando, da oração de Jesus junto ao túmulo de Lázaro, O Pai Respondeu de forma audível dos Céus; alguns disseram que fora apenas um trovão. O intelecto ímpio se apressa em forjar máscaras pra descrença; não por acaso, a maioria dos ateus são pessoas cultas. A “luz que há neles são trevas”.

A fé não precisa de muito brilho intelectual; aliás, nenhum; “Porque, vede, irmãos, vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, ou nobres que são chamados. Mas Deus Escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são;” I Cor 1;26 a 28

Quem enche a boca de “argumentos” sobre as “incoerências” da fé, dificuldade de crer, talvez tente usar isso no juízo. Deus poderia responder: “Tenho aqui milhares, salvos pós uma pregação apenas; não tiveram dificuldade nenhuma."

As máscaras da incredulidade podem forjar “fisionomias” verossímeis; mas, serão rasgadas.

Aqui podem os “sábios” aquilatar a fé como coisa de “loucos”; Deus veste essa carapuça; “Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu a pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;19 a 21

Quem presume que pode inquirir Deus, responda a uma questão Dele apenas: “Onde estavas tu, quando Eu Fundava a Terra?” Jó 38;4

domingo, 26 de junho de 2022

Testamentos

A versão é que, o finado Prudêncio antes de falecer, o que ocorreu dois anos após o segundo casamento com Ceres, onde não teve filhos; (tivera três no primeiro, no qual, viuvara) escrevera um bilhete que pretendia registrar como testamento; porém, antes de efetuar o registro, morrera de COVID.

Como tinha lá suas limitações com a língua portuguesa, não sabia usar pontuação ao escrever; daí, deixou um texto assim: “Para minha esposa deixo todo o patrimônio vetado nada para meu advogado fica a incumbência dos trâmites a antiga família cuidará de tudo”.

As partes reunidas resolveram validar o desejo do falecido como se fosse um testamento; porém, restava definir de modo inequívoco, o que ele tentara dizer. 

Ceres a viúva disse que a pretendida mensagem, com a devida pontuação seria: “Para minha esposa deixo todo o patrimônio. Vetado, nada. Para meu advogado fica a incumbência dos trâmites, a família antiga; cuidará de tudo.”

Porém, os filhos do primeiro casamento altercaram dizendo não ser assim; segundo eles, o sentido tencionado era: “Para minha esposa deixo todo o patrimônio vetado, nada. Para meu advogado fica a incumbência dos trâmites; a família antiga cuidará de tudo.”

Então, o advogado disse que ambas as pontuações seriam incorretas. Ele conhecia bem o Prudêncio; além de advogado dele era amigo, e a vontade derradeira dele seria expressa assim: “Para minha esposa deixo todo o patrimônio vetado, nada. Para meu advogado fica. A incumbência dos trâmites? A família antiga cuidará de tudo.

Como vemos, as razões dos três postulantes tinham lógica. Como decidir?

Essa pequena e engenhosa fábula ilustra os becos sem saída, onde agoniza uma sociedade movida por interesses, desprovida de apreço pela verdade e pela justiça, como a nossa.

Invés de primar pela verdade, fatos, respeito à inteligência alheia, grassa a gritaria fanática, a colagem de rótulos e a canonização de ladrões e porcarias do tipo.

A suspeita de desvio de dezenas de milhares de reais, algo a ser comprovado, é nivelada ao roubo comprovado de centenas de bilhões. Ora, se houve malversação no MEC, sejam punidos os responsáveis e siga o andor. Corrupção não é inevitável, mas pode e deve ser punida.

Agora, pegar meras suspeitas e tentar igualar isso aos zilhões roubados em pretérito recente é algo que dá asco.

Outra coisa: Quem rotula Bolsonaro de homofóbico poderia dar um exemplo só que ele tenha perseguido algum homossexual? Nazista, idem? Racista? Nada? Ah, é só tentar grudar o rótulo, se colar colou? Gentalha sem caráter!!

Diziam que a eleição do Bolsonaro fora fraudulenta; que seu “apoio” era de “robôs”; disparos massivos via Wattsapp etc. Fizeram uma CPI para investigar isso; quando o empresário acusado de tal, em prol de Bolsonaro, disse que o fizera de fato, mas para Haddad, a investigação esfriou, perdeu o interesse; por quê?

Jair sai às ruas em qualquer lugar, até no exterior e milhares o seguem, porque admiram e respeitam, se identificam. Mas, o “Líder em todas as pesquisas” não pode sair; até em ambientes fechados com plateias selecionadas acontecem distúrbios; alguém da imprensa tão ciosa contra O Presidente, suspeita que os números mirabolantes atribuídos a ele sejam “robóticos”?

Talvez como combate ao lema de campanha do Bolsonaro, “A verdade vos libertará”, Barroso, um expoente do sistema pró-corrupção foi à Inglaterra mentir; foi desmascarado em público, chamado de mentiroso.

Mais; na reunião de campanha do PT e bandidos asseclas, “Paulinho da Força” admitiu que Gilmar Mendes está aconselhando à equipe, sobre o que dizer e o que não, na campanha do Lula. Dois atos de Ministros do STF que mereceriam impeachment, caso fôssemos a República que deveríamos ser. Sem Falar no Moraes, no Toffoli...

A Bíblia ensina que seremos julgados na exata medida pela qual julgamos. Os indignados e zelosos seletivos ouvirão suas sentenças com as próprias vozes; punições severas que pedem gratuitamente aos oponentes serão aplicadas contra eles, dada a fartura de provas existentes.

Se, por um lado a inversão de valores mostra as índoles, inclinações das pessoas de determinado tempo, por outro, deixa patente que os valores possuem seus nichos próprios, lugares devidos. Quando do juízo, voltarão para casa, para prejuízo de quem os deturpa. “Ai dos que ao mal chamam bem, ao bem, mal; que fazem das trevas luz, e da luz, trevas; fazem do amargo doce, e do doce, amargo!” Is 5;20

Seu “Prudêncio” escreveu dois Testamentos; o Antigo e o Novo. Em ambos pontuou de modo inequívoco Sua Vontade. Nossos interesses rasos podem “pontuar” do modo que quiserem.

O Testador Vive e Fará, finalmente, chegar a cada um, a devida herança. “Eis que cedo venho, o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo sua obra.” Apoc 22;12

Os ladrões do Arco Íris


“Meu Arco Tenho Posto nas nuvens; este será por sinal da Aliança entre Mim e a Terra. Quando Eu trouxer nuvens sobre a Terra, aparecerá o Arco nas nuvens. Então Lembrarei da Minha Aliança, que está entre Mim e vós, entre toda a alma vivente de toda carne; as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda carne.” Gn 9;13 a 15

Embora, vulgarmente conheçamos como Arco Íris, o nome original é “Arco de Deus”. Íris é uma “deusa” egípcia, que não teve culpa nenhuma pelo surgimento do mesmo.

A Bondade Divina faz O Senhor usar empatia antropomórfica; (na forma humana) Ele fala como se fosse possível esquecer de alguma coisa; “Eu velo sobre Minha Palavra para cumpri-la", disse. Então, o “Me lembrarei da Minha Aliança...” significa: Vós lembrareis da Minha Aliança; não precisareis temer novo dilúvio.

O Eterno não pode ser visto aos olhos humanos; Suas Obras podem, e devem; “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua divindade, se entende e claramente se vê, pelas coisas que estão criadas...” Rom 1;20

Contudo, a desobediência humana legou o domínio para o usurpador; esse se ocupa, em consórcio com os ímpios que lhe obedecem, em deturpar a tudo que O Eterno estabeleceu.
O símbolo do pacto protetor, Dele com a humanidade, de repente tornou-se símbolo da perversão sexual, chamada de diversidade. Suas sete cores significariam isso.

A Palavra de Deus aponta um rumo diferente. Sete aspectos do Espírito Santo, na Unidade Divina; “... Espírito do Senhor o Espírito de sabedoria, de entendimento, Espírito de conselho, de fortaleza, Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.” Is 11;2

Noutras partes figura como Sete Olhos; “... um Cordeiro, como havendo sido morto; tinha sete chifres e Sete Olhos, que são os Sete Espíritos de Deus enviados a toda Terra.” Apoc 5;6 “Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão Sete Olhos...” Zac 3;9 “... esses são os Sete Olhos do Senhor, que percorrem toda a Terra.” Zac 4;10

O formato arqueado lembra Sua Proteção; as setes cores em Um, Sua Plenitude Envolvida.

Nada tem contra a diversidade; Ele a criou. Está presente no aspecto biológico, climático, geográfico, sideral, mineral, linguístico, etc.

Houve um tempo em que os cérebros ainda não padeciam a febre da impiedade nas temperaturas atuais; então, o cisne no bando errado era um “patinho feio”. Hoje, se uma lontra do mesmo lago decidir que é pato, ela “será” e ponto. Ai de quem disser que o bicho é feio!

Não apenas a noção da moral se perdeu; mas, da própria realidade. Outrora, ofensas tinham parentesco com alguma agressão; atualmente, basta mera informação; ousar chamar algo pelo que é já ofende quem não quer admiti-lo.

A pluralidade de “deuses” gerada na queda, deu azo à pluralidade de “leis”; cada um, a sua. No altar do pan-endeusamento, a verdade precisa ser sacrificada todos os dias, para que a vontade “divina” receba o devido “culto.”

Diatribes furiosas se ouviu contra a cantora Bruna Karla, por ter dito que não cantaria num casamento gay. Grave pecado contra os “deuses do Arco Íris”.

Cada um tem direito de escolher o que aprouver, isso é pacífico; mas, a ela se negaria direito de crer na Palavra de Deus, que veta a “diversidade”?

Afinal, não há diversidade nenhuma nisso. Todos nascem machos ou fêmeas. O que cada um faz com seus “instrumentos” deriva de escolhas; tais, impõem no grito o respeito às suas, enquanto ridicularizam às alheias. Chamam de “orientação sexual”, mas quem os orienta? Deus faz diferente. “... deixará o homem seu pai e sua mãe, e unir-se-á à sua mulher; serão os dois uma só carne...” Mc 10;7 e 8

Também eu recusaria congregar numa “Igreja Inclusiva”, com banheiros “trans”; é direito meu, ninguém toca nisso. Não me impressionam vultosas passeatas, opiniões de gente famosa, tampouco, tira meu sono a gritaria que fazem.

Sou radical? Sim. Trata-se da minha vida, que, segundo creio, perde-se se eu abraçar à desobediência. Legítima defesa. Não é porque vasta multidão está saltando no abismo, que eu, emulado saltarei também. Lamento pelas escolhas suicidas dos tais, e a melhor maneira de mostrar isso é fazendo escolhas melhores.

“Os Céus e a Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência.” Deut 30;19

O Eterno formou Seu Arco garantindo que não haverá outro Dilúvio; mas, deixou Sua Palavra, categoricamente assegurando que haverá um juízo. “Como escaparemos nós se não atentarmos para uma tão grande salvação...” Heb 2;3

sábado, 25 de junho de 2022

Flores e frutos


“... a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores, brotara renovos e dera amêndoas.” Nm 17;8

A disputa por poder levara alguns rebeldes a questionarem a liderança de Moisés e Aarão.

Sempre assim; quando aparenta que o poder encerra privilégios, todos se “voluntariam” a ele; porém, nos momentos em que pesa a responsabilidade, aí os voluntários somem.

Acaso algum dos portentosos líderes se ofereceu, quando cativos no Egito, para o necessário enfrentamento com Faraó, em Nome do Senhor? Invés disso, se opunham a Moisés, muitas vezes, porque às primeiras tentativas dele, Faraó endurecera o jugo.

Atualmente, advertimos contra a falta de memória, quando, grandes desastres pretéritos se apresentam como soluções e muitos acreditam. A amnésia sobre o que O Eterno fizera mediante Moisés, era o mal naquele tempo.

A Santa Paciência do Criador tinha dado espaço à ira; 14.700 pessoas foram mortas como juízo.
O Senhor resolveu reiterar Sua Escolha; requereu uma vara de cada tribo no tabernáculo, com a promessa que, a do escolhido floresceria. Naquela noite, Operou maravilhosamente, fazendo a vara de Aarão florescer e frutificar.

Uma alma sadia deveria “rebelar-se” antes de certos pleitos, pelas implicações envolvidas. Todos conheciam o histórico recente da libertação do Cativeiro; e inda cheiravam mal os cadáveres de uma praga que atingira aos rebeldes; a rejeição ao escolhido do Senhor, o motivo; o simples se atrever a colocar sua vara perante O Senhor, era já uma coisa indigna. Soa como Balaão argumentando com uma mula falante; para mim, qualquer animal que falasse encerraria o assunto. Tens “razão”!?

Perseverar na disputa subentendia certa dúvida ainda, em relação a Moisés; e mesmo Ao Senhor, que o escolhera.

Diariamente sou afrontado por indecências assim; a disputa de um cordeiro com uma ave de rapina não é um pleito legítimo: “Em quem você votaria? Lula ou Bolsonaro.” É indecente fazer essa pergunta, por desconsiderar o abismo moral que separa ambos; aliás, se essa senhora degredada, a moral, ainda existisse, aquele pária seguiria preso; sua quadrilha, apelidada de partido teria sido extinta.

Embora, ante a avalanche de números falsos, os bem intencionados possam pretender uma pesquisa verdadeira para evidenciar à fraude, eu recuso votar. Não faz sentido inquirir a um cidadão, se é favorável à polícia, ou aos bandidos. O óbvio ululante salta aos olhos.

Então, um líder de tribo com escrúpulos morais e um milímetro de discernimento, recusaria a participar da escolha; oraria humilhado, pedindo clemência a Deus, pela falta de noção e rebeldia circunstante. Bem sei quem é que Escolhestes; estou satisfeito com isso; diria meu probo cidadão, eventual.

O Senhor não equiparou Suas Divisas ao padrão rasteiro, mundano; antes, o “poder” no âmbito espiritual significa renúncia, serviço. “... Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam; seus grandes usam de autoridade sobre elas; mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir; dar Sua Vida em resgate de muitos.” Mc 10;42 a 45

A doentia inflação de títulos eclesiásticos portentosos, que grassa, de duas, uma; ou, significa um surto repentino e benfazejo que convenceu muitos sobre a nobre missão de servir; ou, os padrões mundanos invadiram a Igreja; a disputa por cargos visando o egoísta servir-se, invés do amoroso, servir.

Muitos escândalos que acontecem na “Igreja” derivam de se dar espaço e domínio para gente que não é igreja; mercenários infiltrados, reféns de anseios mesquinhos. Aí, quando o “pastor/a” mata, adultera, malversa, todos os idôneos são nivelados aos tais. A Imprensa se ocupa disso. Felizmente temos a garantia: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos;” Mat 5;6

Se fossem requeridas credenciais, conforme o ensino de Paulo, uns 70% dos “obreiros” que andam gritando profanações por aí estariam usando de outro modo suas vozes; quiçá, vendendo loterias, bijuterias, ou porcarias afins.

O Nome, A Palavra, a Igreja do Senhor são coisas Santas. Atualmente Ele não faz florescerem varas dos escolhidos; mas, ensina que cada postulante deve ser julgado pelos frutos.

Nossas “produções” de antes de Cristo são coisas para esquecer; “Que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais?” Rom 6;21

Nele fomos capacitados a frutos melhores; “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento...” Luc 3;8

Como um dependente químico em recuperação precisa lutar contra aquilo diuturnamente, viciados em pecados também carecem todos os dias mortificar à má índole, por amor à vida; “... agora, libertados do pecado, feitos servos de Deus; tendes vosso fruto para santificação...” Rom 6;22

sexta-feira, 24 de junho de 2022

O Escudo da Verdade

“Ele (Deus) te cobrirá com Suas Penas; debaixo das Suas Asas te confiarás; Sua Verdade será teu escudo e broquel.” Sal 91;4

Escudo e broquel. A rigor, ambos são escudos; o primeiro maior, capaz de proteger o corpo inteiro, para evitar ataques distantes por meio de flechas e lanças; o broquel de tamanho reduzido, ajustado ao antebraço, para eventual luta corpo a corpo; lutadores empunhavam a espada com um braço, e fixavam o broquel no outro. Assim, a ideia é que a verdade serve de defesa contra as mentiras mais distantes, bem como, contra as que nos atacam mais de perto.

O mero fato da verdade ser ilustrada como arma de defesa implica que a mentira parte para o ataque. 

Sempre foi assim, desde seu nascimento no Éden; nascimento entre nós. Entre anjos ela fizera vítimas antes de Adão e Eva. “Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste teus santuários...” Ez 28;18 

Lá, o “Querubim Ungido” já fizera sua campanha política que lhe deu um terço dos votos; para tanto, esse usurpador dever ser muito hábil na “arte” da mentira, da sedução.

Noutros tempos a mentira era “melhor”; digo, menos ruim que atualmente; pois tinha ainda, pudor e não ousava sair às ruas sem certa verossimilhança como camuflagem. Hoje está mais pelada que a “Globeleza” e airosa como aquela, sem nenhum pejo de ser vista nua e mal passada. “Fake News” é a verdade indesejável; calúnias, difamações grosseiras em prol do sistema corrupto, sempre são aquilatadas como “democracia”.

Embora a batalha milenar seja, eventualmente, ilustrada entre luz e trevas, vida e morte, salvação e perdição, Deus e Diabo; em essência é entre verdade e mentira.

Isaías viu nossos dias, ou semelhantes; “Como prevaricar, mentir contra O Senhor, desviarmo-nos do nosso Deus, falar de opressão e rebelião, conceber e proferir do coração palavras de falsidade. Por isso o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; a verdade anda tropeçando pelas ruas, equidade não pode entrar. A verdade desfalece, quem se desvia do mal arrisca ser despojado...” Is 59;13 a 15

Muitos protagonistas da dita “Batalha espiritual” parecem não ter entendido satisfatoriamente que, não devemos batalhar diretamente contra demônios que, já foram derrotados pelo Senhor.

Quando ensina que não lutamos contra carne e sangue, mas contra principados e potestades nas regiões celestiais, tem a ver com seus ensinos disseminados entre, e através, de pessoas de carne e sangue. As regiões celestiais estão entre nós.

Então, temos que identificar seus ardis, e desfazê-los. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo.” II Cor 10;4 e 5

Se, nosso triunfo tem por fruto levar entendimentos à Obediência de Cristo, necessariamente, o triunfo da mentira faz suas presas rebeldes ao Senhor. A verdade não carece muletas; pode andar muito bem com as próprias pernas; não usa nenhum acessório, ardil, contorcionismo filosófico/intelectual, nada. Ela basta. “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.” II Cor 13;8

Porém, a mentira não tem pernas curtas como diz o adágio; ouso; sequer pernas tem; é levada no colo pelos seus servidores, assim com um ídolo inerte, cuja “força” reside na ignorância, não sendo nada, em si mesmo.

Alguém disse: “A mentira dá duas voltas no planeta antes que a verdade tenha tido tempo de vestir as calças.” Uma hipérbole bem humorada para ilustrar a solicitude voraz dos consumidores daquela, enquanto, a verdade pelo seu “peso” costuma andar menos.

Pois, na reta final desse embate entre Verdade e mentira, essa será exaltada em neon, para testar aos amantes da verdade, e julgar os carregadores do andor do engano.

Virá o Anticristo “esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo engano da injustiça aos que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;9 a 12 Notemos que a mentira é sinônimo de iniquidade; a verdade é a perfeita equidade entre fatos e narrativa; a mentira fabrica seus “fatos”.

Quando, até aos justificados em Cristo, a mentira parecer vencedora, esses lograrão ver além das aparências; O Senhor os terá escudado; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos Seus santos.” Prov 2;7 e 8

quinta-feira, 23 de junho de 2022

O Deus Vivo

 “Vede agora que Eu, Eu Sou; mais nenhum deus há além de Mim; Eu Mato, e Faço Viver; Firo, e saro; ninguém há que escape da Minha Mão.” Deut 32;39

Esse verso tem sido citado fora do contexto, por ignorância ou maldade, para fazer parecer que diz coisas que não fala. Quando O Eterno ensina: “Eu Mato e Faço Viver...” não significa que todos os nascimentos e mortes ocorrem diretamente por Sua Vontade; longe disso. Ele criou seres arbitrários; todas nossas ações terão consequências. Daí, somos advertidos a ser consequentes.
No contexto vemos a diferenciação entre O Deus Vivo e os bonecos de humana feitura. Quem confiavam nessas coisas, na hora da provação seria envergonhado; “Então dirá: Onde estão seus deuses? A rocha em quem confiavam, de cujos sacrifícios comiam gordura, e de cujas libações bebiam vinho? Levantem-se e vos ajudem, para que haja para vós esconderijo.” vs 37 e 38.

Nada mais justo: Se, na hora da calmaria, tais fantoches recebiam culto, como sendo deuses, que, na hora da tormenta livrassem àqueles que os cultuavam.
Foi em oposição a essas crendices, que O Eterno disse o texto aquele; diferente dessas ilusões, às quais destes formas, que carregais, mas nada servem na hora da angústia, “Vede agora que Eu, Eu Sou; mais nenhum deus há além de Mim; Eu mato e faço viver; Firo e Saro, e ninguém há que escape da Minha Mão.”

Quando diz: Mato e faço viver, não está enfatizando que faz, necessariamente, isso; mas, diferente dos ídolos inertes, Ele Tem Poder para tal; o fará, quando achar necessário. Tal poder, em absoluto, significa que não somos responsáveis por nossas escolhas e ações; “Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33 As alternativas de darmos ouvidos a Deus, ou nos desviarmos estão preservadas.
Nosso encontro com a morte é derivado de uma escolha arbitrária, não de um Capricho Divino: "... o erro dos simples, os matará...”

Paulo chamou a suicida autonomia humana de semear na carne; a submissão a Deus, de o fazer no Espírito, e advertiu das consequências de ambas as escolhas; “... Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

Assim, O Poder de Deus para dar vida a quem jaz refém dos pecados não viola a liberdade concedida às criaturas; por isso, O Espírito Santo Obra por persuadir, sem se impor.
Se alguém cogita que, por ser O Santo, Todo Poderoso, está vigiando para, presto destruir a quem Lhe desagrada, erra. Ele Tem o poder para matar Seus oponentes, mas Seu Prazer está em salvar; “... Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não Tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis...” Ez 33;11

Seu Poder para punir é contido pela força do Seu Amor, que prefere dar tempo aos errados de espírito, a punir de impulso ante à ira momentânea como faria um mero homem; “Porque Eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.” Ml 3;6

Entretanto, se, por Ser Eterno Ele tem o tempo ao Seu dispor, conosco, que estamos restritos à vida, “debaixo do céu”, o tempo tem uma relação breve; devemos ser parcimoniosos com o nosso; “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou;” Ecl 3;1 e 2
Mesmo Ele tendo Seu Prazer em salvar, como vimos, abrirá mão desse prazer, no devido tempo, pois, também se apraz em fazer justiça, e com essa julgará a todos. Se, desde aqueles dias, advertia da inutilidade profana dos deuses de humana feitura, o que diria dos de hoje, quando a ciência se multiplicou e A Palavra está disponível a todos?
Ironicamente, vendo uma súcia de mercenários usando Sua Palavra para ganhar dinheiro, se dizendo pastores, Colocou Sua advertência nos lábios de um leigo; Bolsonaro tem repetido à exaustão; “Meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento...” Os 4;6

Se, do ponto de vista dele, isso se refere à política da nação, e faz sentido, no Prisma Divino atina à vida espiritual.
Mesmo podendo decidir sobre tudo, O Santo nos dá direito de escolha no mais importante: “Escolhe, pois, a vida.”

domingo, 19 de junho de 2022

Morte ao traidor!


“Eis que a mão do que me trai está comigo à mesa”. Luc 22;21

A sina do traidor geralmente é uma proximidade distante; pode estar fisicamente junto, enquanto o coração fica longe; se alinha com os inimigos, coautores da traição.

A lealdade não usa máscaras, diferente da perfídia; “Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos.” Prov 27;6 Sendo inimigo, por quê beijaria? Por necessidade da camuflagem de amigo, sob a qual, poderia esconder a espada da vileza.

Só “amigos” traem; inimigos são fiéis. “Deus me livre dos meus amigos, que dos inimigos eu me cuido.” Voltaire.

A impressão de amizade nos deixa confiados, com defesas abaixadas; assim, facilmente podemos ser atingidos, se nos deixarmos convencer por aparências fabricadas; “Aquele que odeia dissimula com seus lábios, mas no seu íntimo encobre o engano; quando te suplicar com voz suave não te fies nele, porque abriga sete abominações no seu coração.” Prov 26;24 e 25

O normal seria que a boca falasse do que o coração está cheio; no caso do dissimulador em apreço, com o coração cheio de ódio, inveja, maldade, fala diverso disso, suave; seu cuidado não atina a não ofender, antes, a não se trair deixando patentes suas rasteiras intenções.

Uma das características do Cidadão dos Céus é “Aquele que anda sinceramente, pratica a justiça; fala a verdade no seu coração.” Sal 15;2

Nem mesmo laços de sangue bastam para evitar esse mal; na verdade os de perto são os primeiros a manifestarem uma distância fria, no quesito lealdade; “Porque o filho despreza ao pai, filha se levanta contra sua mãe, nora contra sua sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa.” Miq 7;6 “Assim os inimigos do homem serão os seus familiares.” Mat 10;36

Acaso convidaríamos à mesa, um inimigo? Conscientemente não. Mas, ingenuamente, geralmente o fazemos; pois, faltam-nos habilidades para irmos, como Deus, além das aparências. “... Não atentes para sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não Vê como vê o homem; o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor Olha para o coração.” I Sam 16;7

Num mundo moralmente poluído como esse, nem sempre será possível estarmos entre amigos. Mas, quem atingiu certa maturidade espiritual há ver as coisas como são; “o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2;15 ou, “o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;14

Não significa que não nos assentaremos à mesa, se nela houver alguém assim; mas, quem pode ver pelos olhos espirituais, também saberá com quem se assentou; como O Salvador. “... a mão do que trai está comigo, à mesa.”

O convívio com pessoas más é necessário, num mundo onde a maldade predomina; se, eventualmente tivermos em comum, a mesa, o ambiente, que nosso agir, nosso caráter não sejam contaminados; antes, preservem a identidade em Cristo. “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens...” Mat 5;16

Eventualmente, a separação é filosófica; “... não anda segundo o conselho dos ímpios...” outras vezes, física mesmo; nos apressamos em deixar ambientes polutos; “... nem se detém no caminho dos pecadores...” e sendo de Cristo, certamente seremos seletivos ao escolhermos nosso lugar de lazer; “... nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Sal 1;1

Isso sobre a traição fora de nós; a mais perniciosa e comum, é a dos que traem a si mesmos. Eis que os pensamentos convenientes do que me trai estão comigo, em minha mente doentia.

Quando O Senhor ensinou que, à vinda da luz os homens preferiram as trevas por maior identificação com o mal, denunciou que eles traíam a si mesmos, se condenavam; “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

A quilômetros enxergamos os lapsos de caráter de Judas; mas, são os nossos, os vícios que acariciamos dentro de nós, para com os quais somos lenientes, que nos podem matar. Se possuo perspicácia para ver as falhas alhures, certamente a tenho também, para identificar os erros em mim.

Ocorre-me uma frase de Oswaldo Cruz; “Observando os erros alheios, o homem prudente corrige os seus.” Pois, por outro lado eu diria que, o mau hábito de só ver os erros alheios, torna o homem insensato, incapaz de cuidar dos seus.

Quando houver tanto de Cristo em nós, que o si mesmo não arbitre, não haverá espaços para traição. O traidor assentar-se-á comigo à mesa, mas será mortificado na cruz.