quarta-feira, 10 de novembro de 2021

A necessária vergonha alheia


“Saiamos, pois, a ele (a Cristo) fora do arraial, levando Seu vitupério.” Heb 13;13

Vitupério= ofensa, injúria, difamação, desonra, afronta...

Levar o “vitupério de Cristo” equivale a nos dispormos a sofrer por, e com, Ele. Ter como nossas, as injúrias dirigidas a Ele, ou Sua Igreja. “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por Minha causa.” Mat 5;11

Entretanto, a presente geração mimimi, codinome criado para, melindrosa ao extremo, ao menor sinal de desconforto, discórdia, joga a toalha e parte para outra.

Sempre temos um “desigrejado” enfileirando “razões” pelas quais saiu; havia panelinhas, discriminações, maus testemunhos, o pastor não o entendia, etc.

Então, o sujeito decide que é melhor lidar com seus problemas fora, que, conviver diariamente numa igreja que também tem problemas.

Questionado sobre sua decisão, sempre dirá que “A igreja somos nós”, “Deus não habita em templos de humana feitura, me afastei da igreja; de Deus, jamais”.

Deparei com trechos de uma entrevista da recente e tragicamente falecida cantora, Marília Mendonça, concedida para Tatá Werneck.

Disse que começou a cantar na igreja, mas, que em dado momento a “religião não muito foi legal comigo”, por isso ela saiu. Disse que perdera seu padrasto e precisara trabalhar com 15 anos; foi cantar num bar, mas a igreja não aceitou. “Me afastei da religião, - disse – de Deus jamais; Ele está sempre comigo”, assegurou, para aplauso da plateia.

Não me cabe entrar no mérito da sua crença, seu relacionamento com Deus; tampouco, se partiu salva ou não. Meu foco é outro. Cotejar o que ela disse, reflexo de tantos ditos mais, por aí, com a doutrina das Escrituras.

Voltaire aconselhou: “Age de tal forma que teus atos possam se tornar regras universais.” Releitura do que O Salvador dissera; “Tudo o que vós quereis que os outros vos façam, fazei-lhes também; essa é a Lei...“

Ao se espraiar esse comportamento, onde cada descontente “pica a mula” e se faz “pastor” de si mesmo, a Igreja deixaria de existir. Mas, como ficaria a Divina missão de, além de pregar a toda a criatura, ainda ser exemplo para principados e potestades que desobedeceram? “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos Céus...” Ef 3;10

Embora, a Igreja de Cristo seja o cômputo dos salvos entre todas as denominações, não os templos onde congregam, a palavra “Igreja” é um aportuguesamento de “Ekklesia”, uma assembleia; portanto, um coletivo.

O humorista André Damasceno dizia que “Lula tem um jeito singular de usar o plural.” Pois, os “desigrejados” mas, chegados de Deus, também têm um jeito particular de pertencer ao todo.

Paulo, além de nos figurar como membros de um corpo, com total interdependência, ainda tomava como problemas seus, os escândalos da Igreja insipiente; “Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas. Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase?” II Cor 11;28 e 29

Há denominações inteiras, cujos ensinos estão eivados de heresias; quem puder, por uma graça celeste ou um rasgo de discernimento qualquer, sair delas em busca de ambientes mais salubres agirá bem; 

também há crises de inveja, perseguição gratuita de falsos irmãos, que eventualmente nos veem como uma ameaça a se evitar, não um irmão para congregar. Em casos assim, por que não, respirar ares mais puros?

Entretanto, essas coisas, nem similares nos autorizam a criarmos uma carapaça que “protege” contra relacionamentos espirituais; isso se dá quando nosso amor próprio ainda é muito maior que o amor por Cristo; cambiamos o “Negue-se, tome sua cruz e siga-me”; por um alternativo ‘ressinta-se, tome seu boné e isole-se’.

Ter a falecida Marília ficado desamparada aos quinze anos foi um duro problema, sem dúvida; quiçá, a igreja poderia ter ajudado nisso.

É nobre ganhar o pão mediante trabalho. Contudo, dos salvos se demanda uma separação que exclui certas posturas e ambientes;

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem justiça com injustiça? Que comunhão tem luz com trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; Serei o seu Deus, eles serão meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e vos receberei; Serei para vós Pai, vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso.” II Cor 6;14 a 18

Seja A Palavra nossa luz, não, os duvidosos aplausos de quem barulha do escuro.

domingo, 7 de novembro de 2021

Demora da justiça


“Tens por direito dizeres: Maior é minha justiça que a de Deus?” Jó 35;2

Ter por direito ninguém tem; mas, toda pessoa honesta há de confessar que diversas vezes se indignou com as injustiças da vida, estupefato perguntando: Como Deus permite isso?

Assim, a pergunta supra, feita por Eliú a Jó, também se aplica a nós.

Desde sempre ouvimos que “A justiça tarda, mas não falha”. Sendo Deus seu agente, nossa discrepância em relação aos Justos Atos do Eterno seria, quanto ao tempo. Pedro ensina: “O Senhor não retarda Sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia...” II Ped 3;9

A Palavra prega que “os que semeiam com lágrimas, ceifarão com alegria;” e “Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo propósito debaixo do sol.”

Desse modo, em nossas precipitações míopes, derivadas da limitação temporal, amiúde, questionamos o tempo de Deus, mais que, a Justiça. De outro modo; não duvidamos que Ele punirá aos maus, ou recompensará aos justos; apenas, desejamos que Ele faça isso agora. Queremos semeadura e ceifa concomitantes. Mas, as coisas não são assim.

Sendo a reconciliação com o homem caído Seu Alvo, o arrependimento para perdão, mediante Cristo, o meio, Ele usa de longanimidade como acessório; a persuasão dos pecadores é um processo lento, nem sempre, bem sucedido.

Pelos poucos em que isso acontece, Os Céus jubilam; “Há alegria nos Céus por um pecador que se arrepende.”

Logo, as “injustiças” dos Céus são derivadas do Amor Divino; “Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não Tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva.” Ez 33;11

Contudo, mesmo a longanimidade possui seu termo; O Silêncio de Deus diante de atos maus reiterados não significa cumplicidade, Ele julga; “Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas Te arguirei, e as Porei por ordem diante dos teus olhos: Ouvi pois isto, vós que vos esqueceis de Deus; para que Eu vos não faça em pedaços, sem haver quem vos livre.” Sal 50;21 e 22

Nos provérbios também encontramos uma alusão ao que abusa de desobedecer, até cansar mesmo, à Santa Paciência; “O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29;1

Em alguns casos, o Julgamento Divino aplica a mesma moeda. Rejeitado Seu amor, só resta Sua Justiça. Como Ele foi desprezado quando chamou, também desprezará aos indiferentes, quando, finalmente, eles lhe pedirem socorro; “Porque Clamei e recusastes; Estendi minha mão e não houve quem desse atenção, antes, rejeitastes todo Meu conselho, não quisestes Minha repreensão, também de Minha parte Me rirei na vossa perdição e zombarei, vindo vosso temor.” Prov 1;24 a 26

Então, quando somos exortados a nos apossarmos da vida eterna, isso traz no pacote, vermos o tempo de outra perspectiva também; Paulo exorta: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para qual também foste chamado...” I Tim 6;12

Porque, da perspectiva meramente terrena, facilmente teremos motivos para acusar as “injustiças” Divinas; muitos justos padecem à morte sem recompensa nenhuma, e outros, ímpios morrem fartos de bens e de dias.

Entretanto, quem vê o tempo da eterna perspectiva sabe que há uma colheita madura do outro lado, o juízo; onde, cada feito haurirá a devida recompensa. Daí, “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

O incidente dos ladrões na cruz, ao lado do Salvador, ensina algo sobre a Justiça de Deus; ali já não havia espaço para nenhum ato mais, exceto, arrependimento e confissão, como um fez; ou, perseverar na incredulidade, como, o outro. Se, no âmbito do galardão as obras contam, no da salvação a justiça é pela fé.

“A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;29 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus.” Ef 2;8

Em Cristo e Seu Feito Majestoso, o Alvo Divino foi muito além de mera justiça; “Misericórdia e verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram. A verdade brotará da Terra, e a justiça olhará desde os Céus.” Sal 85;10 e 11

Enfim, quando acontecer conosco, ou, em nossas circunstâncias, algo que parece injusto, não cometamos nova injustiça duvidando da Sapiência Divina; se vivemos pela fé, devemos seguir as pisadas de Abraão; invés de posar de mais justo que Deus, ele observou confiante; “Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a Terra?” Gn 18;25

sábado, 6 de novembro de 2021

Furando a fila do juízo


“... Arão fez expiação por eles, para purificá-los. Depois vieram os levitas, para exercerem o seu ministério...” Nm 8;21 e 22

O Antigo Pacto tinha limitações, em vista da fraqueza dos seus ministros. Porém, trazia muitos apontamentos futuros, tipos proféticos, da Nova Aliança; e, peculiaridades “óbvias”, como ser primeiro purificado, o ministro, para depois servir.

Ressalvei entre aspas, pois, atualmente essa necessidade não parece tão óbvia assim.

Temos gente sem nenhum caráter, com vida duvidosa que, quando adentra aos templos de culto, se traveste de pregador, profeta; apto a ensinar o que desconhece; temos até um “apóstolo” adolescente, fundador e presidente de Ministério; “pastoras” airosas em vestes sensuais, conhecidas mais por esse viés, que pelas palavras que pregam; ainda, grande leva de mercenários com seus “toques de moedas” com qual, todo texto que pegam convertem em ouro (de tolos).

Isaías dissera: “... não toqueis coisa imunda; saí do meio dela, purificai-vos, os que levais os vasos do Senhor.” Cap 52;11
Santidade demandada pelo Eterno sempre teve um quê de separação.

Paulo, escrevendo aos Coríntios arrolou uma série de coisas impuras; cotejou aspectos santos com os profanos, apelando ao senso crítico dos ouvintes: “Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo e Eu vos receberei;” II Cor 6;17
Nem se tratava de ministério, mas de ser recebido na Família de Deus; “... serei para vós Pai, e sereis para Mim filhos e filhas...” v 18

Atualmente, gente sem temor olha para o Ministério como um cargo, uma fonte de renda; a única coisa que esses buscam saber é, como? Não se ocupam do porquê.

Esses, de alvos rasteiros, mesmo falando eventualmente dos Céus, não se desprendem um segundo da Terra; o que produzem não vale nada.

Desde de sempre foram acessíveis os sacerdócios espúrios. “... Qualquer que vem consagrar-se com um novilho e sete carneiros logo se faz sacerdote daqueles que não são deuses.” II Cron 13;9

A maioria das ditas “Igrejas” têm donos; passam de pai para filho, pouco importando se Deus deseja algo diferente. A ideia de orar ao Senhor por obreiros segundo Seu Coração soaria ousada demais.

Quem precisa se já “sabe” como as coisas devem ser. Não foi Deus que disse: “Vós mesmos sabereis o bem e o mal”. Antes, na Palavra Dele adverte: “Confia no Senhor de todo teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal. Isto será saúde para teu âmago e medula para teus ossos.” Prov 3;5 a 8

Um obreiro idôneo nesses lugares invés de ser bem vindo pela luz que porta, soa como ameaça aos que não desejam ser desafiados a deixar seus centros confortáveis. 

Ocorre-me uma frase do Pastor Josué Ilion: “Deus não usa aos normais; antes, usa às ameaças; os normais acabam em casa vendo TV e comendo pipoca.”

Primeiro o império de Satã em formação demoniza à separação como algo mau, preconceituoso, radical, fundamentalista; depois coloca um fantoche global a promover a “união de todos”, o ecumenismo. Quem ousar ser um não alinhado a essa coisa tão inclusiva, diversitária, tolerante, necessariamente será uma ameaça; escárnios, desprezo; depois, exclusão social; finalmente, perseguição e morte.

Ora, esses que tolhem gente veraz pela manutenção de mero conforto de não precisar pensar sério em santidade, como ousariam contra o sistema satânico ao risco das suas vidas?

Não obstante Seu Amor Imensurável, a Mensagem do Salvador nunca foi mendicante, tipo, me aceitem por favor. Sempre desafiou ouvintes ao próprio arbítrio. “... Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o meu salário, se não, deixai-o...” Zac 11;12
“... Se alguém quiser fazer a vontade Dele...” Jo 7;17

Sempre a liberdade de escolha; “se parece bem aos vossos olhos... se alguém quiser...”

Todavia, querendo, a renúncia é necessária. “... todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” Rom 6;3

Santificação não é acessório, é essencial; “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá O Senhor;” Heb 12;14 E santidade não é opção; “Porquanto está escrito: Sede santos, porque Eu Sou Santo.” I Ped 1;16

Seria menos perigoso estar fora sendo ímpio, que sê-lo nos púlpitos. O juízo pega primeiro. “Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus...” I Ped 4;17

Não que ímpios de fora estejam certos, ao seu tempo também serão julgados, pois, “... se começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?” idem

Então, “Que cada um de vós saiba possuir seu vaso em santificação e honra;” I Tess 4;4

Flores e pedras

É uma mescla de flores e pedras no sisudo jardim do viver. Os que vêm em nós, pétalas, nuances de identidade, regam-nos, pois é deles nosso viço; os demais, que nos reputam alvos, por recusarem a se ver com pecados, atiram-nos a primeira, e segunda, a décima, a centésima pedra...

Nunca se falou tanto em diversidade, pluralidade, tolerância, democracia... essas coisas quando somem da arena dos atos, costumam barulhar bastante no âmbito das palavras.

Há os que se presumem não ser de A, nem de B; uma imaginária “terceira via” como se houvesse meio termo entre probidade e corrupção; entre verdade e mentira, coragem e covardia, salvação perdição; 

esses fogem de algum aspecto que julgam deletério na primeira ou segunda; mas, abstraídos esses convenientes escrúpulos da forma, a rigor cabem num dos nichos de onde fingem poder fugir. 

Tentam escapar da rejeição apenas; inutilmente fazem seus buracos n’água.

Como numa eleição presidencial; inicialmente, as mesmas borboletas ostentam cores diversas. Passada a estação dos voos exibições e vindo o segundo turno, cada uma acha seu ramo de pouso no arbusto das conveniências, do qual voejava longe em seu ritual de acasalamento com a ignorância eletiva.

Ou somos pela “ciência” que a cada semana redefine os rumos “científicos” que nos convêm; ou, somos “negacionistas” um risco social por ter cérebros, ainda.

Ou cremos em Deus e Sua Palavra, “um brinquedo de crianças com medo do escuro.” Ou abraçamos o ateísmo, “Um brinquedo de adultos com medo da luz.”

O Papa Francisco trabalha célere pelo ecumenismo que segundo ele, forjará um novo humanismo. Alternativa ao dualismo Deus x Diabo. Será? Ora, ao desacreditar da singularidade da Divina Palavra, (Ninguém vem a Pai senão por Mim) automaticamente se abraça o conselho da oposição (vós mesmos decidireis acerca do bem e do mal); humanismo é um rótulo cinza para ocultar a vera cor das pétalas do satanismo.

O fogo das mentes aquecidas por ódios camuflados de conquistas consegue a proeza de arder gerando calor, sem o concurso da luz.

 
Verdade, honestidade intelectual, coerência, lógica, valores, cada vez mais, ilha; mentira, “virtudes” seletivas, hipocrisia, insensatez, inversão de valores, cada vez mais, oceano.

As redes sociais “inclusivas” caçam palavras proibidas; crime não é matar um feto indefeso, mas, chamar isso pelo nome. 

O mundo nunca foi tão tecnológico; todavia, isso só alongou os braços que apedrejam. Nunca se viveu tão impiamente, tampouco se apedrejou tanto aos valores que sempre foram pacíficos; agora são motivo de repúdio.

Até as inocentes palavras trazem uma carga de “maldade” que nunca soubemos. É preciso castrá-las do seu ácido intrínseco, que pode promover machismo, fascismo, achismo, farisaísmo, sismo, o diabo a quatro.

Ainda escrevo à moda antiga em meu jurássico mundo, por falta de vontade e habilidade para a tal de linguagem cinza; digo, neutra.

“Todos” sempre foi expressão que incluía todos. Agora parece que a nova moral descobriu que a mesma exclui algumas variáveis; então o “politicamente correto” seria usar “todes” que seria mais inclusiva, não obstante, exclua o idioma português.

Os banheiros públicos doravante, serão para “todes”. Não haverá risco de “estupre”, “pedofilix”, pois a novx humanidade estará vacinadx contra males; com a sagração dos “vícies”, o mal desaparecerá; o “conceite” de mal, digx.

Se, no prisma da alienação a Deus, os últimos dias serão como os de Noé, no aspecto dos “valores” vividos, acho estamos ao nível de Sodoma. “Por isso o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas e a equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece, quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o Senhor viu, e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça.” Is 50;14 e 15

Pessoas decentes, as poucas que ainda há, são governadas por gente tão baixa... “A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra.” Is 24;4

O mundo da rebelião religiosa, do humanismo autônomo, o clímax da estátua humana no centro será permitido por um pouco; então, será a vez do Eterno dar uma “Pedrada” também; “Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou.” Dn 2;34 “nos dias desses reis, o Deus do céu levantará Um Reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos...” vs 44 e 45

Ainda somos vitrines; mas, quando isso acontecer, seremos filhos regenerados por Deus.

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Bezerros democráticos


“Tenho chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá... E Tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã; Dei sabedoria ao coração de todos aqueles que são hábeis, para que façam tudo que te Tenho ordenado. Ex 31;2 e 6

O Eterno escolhendo pelo nome, e capacitando homens para a Sua Obra. Além da utilidade prática imediata dos objetos a serem forjados, os mesmos traziam intrínseco, a “sombra de bens futuros”; uma riqueza simbólica eivada de tipos proféticos que O Senhor desejou que estivesse no local de culto.

Assim, detalhou meticulosamente a tarefa e disse: “Faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou.”

Todavia, antes mesmo das instruções Divinas serem seguidas, uma decisão “democrática” mudaria o rumo das coisas; o povo achou demasiada a demora de Moisés, e constrangeu Aarão a fazer um “Deus” visível para seu objeto de culto.

Ofertaram ouro, e Aarão deu forma. “Ele os tomou das suas mãos, trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro de fundição. Então disseram: Este é teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito.” Ex 32;4

Bem claro o dano profano da idolatria. Se fosse mera imagem seria apenas estupidez; mas, deram à mesma, os créditos que pertenciam ao Todo Poderoso; “... Este é o Teu Deus, ó Israel, que te tirou da Terra do Egito.”

Por isso, O Eterno as abomina; equaciona sempre as imagens de culto como ladras da Sua Glória. “Eu Sou O Senhor; este é Meu Nome; Minha Glória, pois, a outrem não Darei, nem Meu Louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

Outro aspecto chama a atenção: Se, nas coisas de origem Divina vemos organização, propósito, escolha específica dos atores, e capacitação espiritual para a Obra desejada, nas de cunho democrático, da vontade rasteira do povo, a coisa vai no oba-oba; ante à menor contrariedade, ninguém é “Pai da criança”; se diluem as culpas.

Confrontado pelo irado Moisés que retornara do monte com as Tábuas da Lei, Aarão expôs os “motivos” do povo e acresceu o seguinte: “Então eu lhes disse: Quem tem ouro, arranque-o; deram-me, lancei-o no fogo e saiu este bezerro.” Ex 32;24

Falou como se o ídolo tivesse geração espontânea, invés de ser cuidadosamente moldado ao buril; “... saiu este bezerro.”

Atualmente, quantas coisas antropocêntricas acontecem nas igrejas, que não derivaram de orientação Divina! Campanha disso, daquilo, sempre com um anseio humano a impulsionar; geralmente a coisa é órfã de filiação Bíblica; digo, a Palavra não a prescreve nem autoriza.

“Bezalel e Aoliabe”, escolhidos e capacitados por Deus na “arte” de bem interpretar à Palavra ficam de lado; a vontade “democrática” faz sair estranhos monstrengos onde deveria brilhar a Palavra de Deus.

Como naqueles dias, gente que, por inepta a esperar submissa ao Divino agir, exerce uma “fé” apressada e divorciada dos Céus; cria arranjos ocos onde deveriam apenas aprender e ensinar obediência.

Se, a preocupação de “Moisés” é o número de pessoas nos cultos, invés de buscar sanar as feridas dos que, por alguma razão se afastaram, temos a versão eclesiástica do Bezerro de ouro. De novo, comichões humanas atropelando à Palavra de Deus, e o devido cuidado que as ovelhas fracas carecem, perdido na omissão.

“Moisés” tarda, não porque Deus precise de tempo para prescrever o necessário; sendo a fé “O firme fundamento das coisas que não se vêm”, as “demoras” de Deus edificam a fé dos que perseveram. “Bem aventurados os que não viram e creram;” disse O Salvador.

Se, nossa têmpera espiritual requer o concurso de frustrações, desde que, em Divina companhia, (Quando passares pelas águas estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Is 43;2) lutar contra as mesmas equivale a rejeitar o crescimento que O Pai quer dar.

Jamais deparei com uma “campanha” cujo foco fosse ensinar a esperar em obediência.

A Glória de Deus em nós, será mais visível se dermos frutos em momentos adversos, que, se Ele nos encher de carne a contragosto, por desprezarmos o Santo Maná. 

O que medita contínuo na Sua Lei, “Será como árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá seu fruto no seu tempo; suas folhas não cairão e tudo quanto fizer prosperará.” Sal 1;3

O Eterno ainda escolhe pessoas pelo nome; só que agora, O Bendito Nome de Jesus, com a consequente e necessária transformação que Ele encerra; “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor Conhece os que são Seus, qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

domingo, 31 de outubro de 2021

A culpa é do Agro!?


Após reiterado desfile de certa postagem “libertária” que diz: “O Agro não visa matar a fome; visa o lucro”. Me pus a pensar: Como será que eles descobriram isso?

Aliás, não seria um nome machista? Quiçá, soaria mais “politicamente correto” uma variável; “Agre”, talvez. Redução de “Agrepecuare”.

Que o empreendedorismo agropecuário, industrial, artístico, tecnológico, etc. visa o lucro, qualquer imbecil com dois neurônios deveria saber. “O Pequeno Príncipe” disse: “O que o deserto tem de belo, é que em algum lugar esconde uma fonte”

Mas, alguns cérebros são tão baldios, que presumíveis neurônios não passam de miragens da nossa sedenta empatia.

Exceto uma iniciativa do Governo Lula, o “Fome Zero” que destruiu a fome em terras tupiniquins, no demais, ninguém é tão solidário que empreenda algo sem visar nenhuma vantagem. A filha dele Lurian criou uma ONG para ajudar; e após receber alguns milhões fechou. Acabada a fome acabou a necessidade daquilo.

É o empreendedorismo ousado que enriquece nações; como efeito colateral gera milhares de empregos cuja ocupação, nos mesmos, propicia que cada um mate a fome sua e dos seus. Mas, querer que a galera “socialista” trabalhe, ai já é demais. “Abaixo o fascismo!”

Ao longo do tempo, nos mais de sessenta países que tentaram o tal de socialismo, sempre foi o desestímulo ao empreendedorismo tolhendo a possibilidade dos lucros que trouxe em seu bojo a divisão igualitária da miséria.

Aqui onde vivo, a pequena Tio Hugo RS, no momento é uma ilhota num oceano de trigo maduro. Graças a Deus! Isso não significa que baixará o preço do pão, massas e demais derivados; a coisa está globalmente interligada. Mas, significa que a economia local está “quente” gerando emprego e renda; quem quiser meter o peito n’água achará seu pão.

Os que sonham e trabalham concordes para montagem de um mega rebanho global, para riqueza de meia dúzia de fazendeiros ás custas do suor e das liberdades básicas do “gado”, cada dia forjam uma narrativa; criam um problema para o qual só eles têm as soluções.

Antes era o “Aquecimento Global” teoria capenga que cientistas honestos destroem com meia dúzia de argumentos. Depois, mudaram o rótulo para parecer algo novo; “Mudanças climáticas”. A mesma bosta. O clima foi feito para mudar. Tem quatro estações e inúmeras variáveis dentro de cada uma. No macro não muda.

Algumas “revoltas” do planeta (vulcões, tufões, tsunamis) derivam da maldição pelas escolhas desastrosas da humanidade ímpia; “A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra. Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a Aliança Eterna.” Is 24;4 e 5 Parece que a culpa é do Ogro.

O “Papa” Francisco está engajado nisso, atuando para apagar o fogo com gasolina; digo, disseminar mais maldições ainda. Posa zeloso contra a “destruição da Amazônia”, e se faz proponente de um culto à natureza, não mais ao Criador. Se é que por lá, um dia foi.

Nesse mesmo espírito, algum maestro invisível, cuja batuta orienta a canção dos idiotas úteis decidiu que o problema é o Agro.

Assim, nas redes sociais seguido deparo com essas coisas, oriundas de mentes castradas de pudor e privadas de meios intelectivos; tivessem os bravos agro investidores aderido ao “Fique em casa”, e essa fartura de alimentos que dão em latas de supermercados não dariam mais; fim dos problemas! Os mortos não comem.

Quem imaginou um dia, num dia muito mau, que chegaríamos à sociedade atual? Sempre foi proverbial, filosofia de botecos, que não é sábio afundar o navio para apagar o incêndio.

Hoje os botecos são outros. O fogo sempre produziu alguma luz concomitante ao calor. Atualmente o fogo das mentes obtusas aquece e cega.

Sabedor da sua feiura após o acidente, o “Fantasma da Ópera” mascara a face com a capa de motivos nobres, altruístas; sempre pluralismo, diversidade, inclusão, proteção e similares rufam seus tambores para que os anestesiados mentais marquem passos rumo ao totalitarismo global iminente.

Surgem novas canções, após a Nova Ordem Mundial; BBB (Built Back Better), o Great Reset. Como certos reinícios demandam um fim, e o mundo com pão e liberdade pode viver sem seus novos “salvadores”, precisam uma pandemia básica para adestrar o gado, semear o pavor coletivo, sem o qual, os homens se arranjariam sem pedir penico a eles.

Pouco importa a lógica; se a vacina imuniza, qual problema de um “imunizado” conviver com outrem que não foi? Não importa. A ordem é ser gado obediente ou ser excluído por “negacionista”. Assim rasteja a humanidade.


“Muitos odeiam a tirania apenas para que possam estabelecer a sua.” Platão

Atentado ao pudor


“... Ai dos pastores de Israel que apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?” Ez 34;2

Pergunta retórica com resposta óbvia. Entretanto, esses denunciados pelo profeta eram pastores de si mesmos.

Se o ingresso ao rol do salvos demanda como primeiro passo o “negue a si mesmo”, como alguém seria guindado a cuidador de rebanho, tendo esse aspecto doentio (que deve ser mortificado mediante a cruz) ainda no comando?

A Palavra de Deus denuncia esses que usariam pretextos religiosos para dar asas ao metal; “Por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença; sua perdição não dormita.” II Ped 2;3

Sendo o amor à riqueza e conforto mundanos, obstáculos à própria salvação, para esses, não são nem mesmo ao ministério. Cristo ensinou: “O que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, a sedução das riquezas sufocam-na, e fica infrutífera.” Mat 13;22

Os frutos visados, diga-se, são aqueles que agradam a Deus, não às cobiças rasas de gente materialista; “... a Palavra, que sair da Minha Boca não voltará para Mim vazia; antes, fará o que Me apraz, prosperará naquilo para que a Enviei.” Is 55;11

A produção diversa do anelado pelo “Agricultor” revela a degeneração da planta e consequente rejeição; “Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, os homens de Judá são a planta das suas delícias; esperou que exercesse juízo, eis aqui opressão! justiça, eis aqui clamor!” Is 5;7

Em alusão a essa “videira rejeitada” pelos maus frutos que O Salvador pontuou: “Eu Sou a videira verdadeira, Meu Pai É o lavrador. Toda vara em mim, que não dá fruto, tira; e limpa aquela que dá, para que dê ainda mais.” Jo 15;1 e 2

Embora judeu, a missão do Messias seria mais abrangente que em Israel; “Pouco é que sejas, Meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os preservados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres Minha salvação até à extremidade da Terra.” Is 49;6

O que vemos mostra um quadro tão, ou mais sombrio que aquele dos dias de Isaías; Poderíamos parafrasear assim: “Porque a Vinha do Senhor Jesus Cristo é Sua Igreja; todos os salvos por Ele, Judeus e gentios, são ovelhas do Seu pasto; esperou que amassem altruistamente, eis o egoísmo! Que erradicassem as ervas daninhas da cobiça, ei-los a adubá-las!”

Paulo denunciou essas coisas de modo categórico, como sendo feitoras de perdição. “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e traspassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6;10

Invés do chamado Divino consorciado à vocação, o que temos atualmente é humana e desenfreada busca por ministério, como se fosse profissão.

Desde o início da história da Igreja está patente a diferença entre escolhidos, provados, e curiosos intrometidos. Desses os “frutos” perturbaram a Igreja embrionária. “Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras e transtornaram vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento” Atos 15;24

Oposto a esses imiscuídos, vejamos as credenciais dos escolhidos e enviados; “Pareceu-nos bem, reunidos de acordo, eleger alguns homens e enviá-los com nossos amados Barnabé e Paulo, homens que já expuseram suas vidas pelo Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.” V 25 e 26

Suas credenciais não era o que poderiam dizer; mas o que já tinham feito pela Obra. “... expuseram suas vidas pelo Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.”

Ele mesmo, ao ensinar a diferença entre o Vero e os falsos pastores disse que assim seria; “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, foge; o lobo as arrebata e as dispersa.” Jo 10;11 e 12

Vergonhosamente circulam motejos por aí, tipo: “Os pastores atuais mandam mais abrir a carteira, que abrir a Bíblia.” No caso dos “Pastores” em apreço é vero.

Não que o genuíno Evangelho seja uma profissão masoquista; é um desafio a sermos sábios, renunciando ao falso que culmina em perdição, pela verdade Eterna que redime e santifica.

Chega a ser obsceno o desempenho desses que, acenando com coisas altas, rastejam; como disse alguém: “Quando você aponta uma estrela para um imbecil, ele olha para a ponta do seu dedo.” M. T. Tung

Portanto, quem fizer menção da Estrela de Davi rume à manjedoura, não ao palácio de Herodes.