sábado, 6 de novembro de 2021

Furando a fila do juízo


“... Arão fez expiação por eles, para purificá-los. Depois vieram os levitas, para exercerem o seu ministério...” Nm 8;21 e 22

O Antigo Pacto tinha limitações, em vista da fraqueza dos seus ministros. Porém, trazia muitos apontamentos futuros, tipos proféticos, da Nova Aliança; e, peculiaridades “óbvias”, como ser primeiro purificado, o ministro, para depois servir.

Ressalvei entre aspas, pois, atualmente essa necessidade não parece tão óbvia assim.

Temos gente sem nenhum caráter, com vida duvidosa que, quando adentra aos templos de culto, se traveste de pregador, profeta; apto a ensinar o que desconhece; temos até um “apóstolo” adolescente, fundador e presidente de Ministério; “pastoras” airosas em vestes sensuais, conhecidas mais por esse viés, que pelas palavras que pregam; ainda, grande leva de mercenários com seus “toques de moedas” com qual, todo texto que pegam convertem em ouro (de tolos).

Isaías dissera: “... não toqueis coisa imunda; saí do meio dela, purificai-vos, os que levais os vasos do Senhor.” Cap 52;11
Santidade demandada pelo Eterno sempre teve um quê de separação.

Paulo, escrevendo aos Coríntios arrolou uma série de coisas impuras; cotejou aspectos santos com os profanos, apelando ao senso crítico dos ouvintes: “Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo e Eu vos receberei;” II Cor 6;17
Nem se tratava de ministério, mas de ser recebido na Família de Deus; “... serei para vós Pai, e sereis para Mim filhos e filhas...” v 18

Atualmente, gente sem temor olha para o Ministério como um cargo, uma fonte de renda; a única coisa que esses buscam saber é, como? Não se ocupam do porquê.

Esses, de alvos rasteiros, mesmo falando eventualmente dos Céus, não se desprendem um segundo da Terra; o que produzem não vale nada.

Desde de sempre foram acessíveis os sacerdócios espúrios. “... Qualquer que vem consagrar-se com um novilho e sete carneiros logo se faz sacerdote daqueles que não são deuses.” II Cron 13;9

A maioria das ditas “Igrejas” têm donos; passam de pai para filho, pouco importando se Deus deseja algo diferente. A ideia de orar ao Senhor por obreiros segundo Seu Coração soaria ousada demais.

Quem precisa se já “sabe” como as coisas devem ser. Não foi Deus que disse: “Vós mesmos sabereis o bem e o mal”. Antes, na Palavra Dele adverte: “Confia no Senhor de todo teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal. Isto será saúde para teu âmago e medula para teus ossos.” Prov 3;5 a 8

Um obreiro idôneo nesses lugares invés de ser bem vindo pela luz que porta, soa como ameaça aos que não desejam ser desafiados a deixar seus centros confortáveis. 

Ocorre-me uma frase do Pastor Josué Ilion: “Deus não usa aos normais; antes, usa às ameaças; os normais acabam em casa vendo TV e comendo pipoca.”

Primeiro o império de Satã em formação demoniza à separação como algo mau, preconceituoso, radical, fundamentalista; depois coloca um fantoche global a promover a “união de todos”, o ecumenismo. Quem ousar ser um não alinhado a essa coisa tão inclusiva, diversitária, tolerante, necessariamente será uma ameaça; escárnios, desprezo; depois, exclusão social; finalmente, perseguição e morte.

Ora, esses que tolhem gente veraz pela manutenção de mero conforto de não precisar pensar sério em santidade, como ousariam contra o sistema satânico ao risco das suas vidas?

Não obstante Seu Amor Imensurável, a Mensagem do Salvador nunca foi mendicante, tipo, me aceitem por favor. Sempre desafiou ouvintes ao próprio arbítrio. “... Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o meu salário, se não, deixai-o...” Zac 11;12
“... Se alguém quiser fazer a vontade Dele...” Jo 7;17

Sempre a liberdade de escolha; “se parece bem aos vossos olhos... se alguém quiser...”

Todavia, querendo, a renúncia é necessária. “... todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” Rom 6;3

Santificação não é acessório, é essencial; “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá O Senhor;” Heb 12;14 E santidade não é opção; “Porquanto está escrito: Sede santos, porque Eu Sou Santo.” I Ped 1;16

Seria menos perigoso estar fora sendo ímpio, que sê-lo nos púlpitos. O juízo pega primeiro. “Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus...” I Ped 4;17

Não que ímpios de fora estejam certos, ao seu tempo também serão julgados, pois, “... se começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?” idem

Então, “Que cada um de vós saiba possuir seu vaso em santificação e honra;” I Tess 4;4

Nenhum comentário:

Postar um comentário