sábado, 20 de novembro de 2021

Deus e a segunda pessoa


“O batismo de João era do céu ou dos homens? respondei-me. Eles arrazoavam entre si, dizendo: Se dissermos: Do Céu, Ele nos dirá: Então por que o não crestes? Se, porém, dissermos: Dos homens, tememos o povo. Porque todos sustentavam que João verdadeiramente era profeta. E, respondendo, disseram: Não sabemos.” Mc 11;30 a 33

O assunto era de onde vinha a Autoridade de Jesus; Ele propôs a questão sobre a origem do batismo de João.

Sabidos os desdobramentos de ambas as respostas possíveis, nenhum lhes era favorável; ou, denunciaria a incredulidade, ou, indisporia com o povo; refugiaram-se no hipócrita e conveniente, “Não sabemos.”

Lidar mal com os fatos fingindo não saber por conveniências rasteiras é desonestidade intelectual.

O sujeito trai a si mesmo para, pasmem! “proteger-se”. Sabendo-se maculado pela verdade, tem a luz como ameaça e prefere ficar no escuro; “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

É o amor próprio adoecido, que mantém seu paciente no escuro, aprisionado, avesso à Luz que o libertaria.

De outro modo; o sujeito sacrifica à verdade, para preservar a “legitimidade” de um pleito que sabe, vencido. Para quem se refugia em esconderijos assim, O Senhor paga na mesma moeda; se recusam a saber o que já sabem, por quê receberiam inda mais luz? “... Jesus lhes replicou: Também Eu vos não direi com que autoridade faço estas coisas.” V 33

Assim fica patente o porquê, da necessidade do “negue a si mesmo” para salvação. Esse impostor, o ego, toma o lugar de Deus, da luz, da verdade, faz o diabo para que o filho de Deus não seja regenerado.

Usa o falso conhecimento para justificar-se na incredulidade e recusa-se a receber, o Ensino que o libertaria. Ainda não conheci um ateu analfabeto. Pode existir; mas, os que sei que existem são sempre homens letrados, cheios de “argumentos lógicos, filosóficos” e tal.

Diferente de um filósofo que sacrificaria eventuais predileções, por amor à verdade, esses, como aranhas caçando insetos urdem suas “teias” de argumentos sofísticos, na ilusão de que a verdade se deixaria enredar por seus ardis.

Ocorre-me uma frase citada por Dave Hunt: “Você não põe o verdadeiro Evangelho fora de combate com duas ou três perguntas desajeitadas; antes, suas ilusões irão ruir, destacando inda mais claramente, a verdade.”

Quando O Salvador, ao dar Sua Paz assegurou que essa era diferente da do mundo aludia a isso; a paz do mundo deriva de acordos vários, explícitos e implícitos; evidencia-se na ausência de atritos com o semelhante; a de Cristo vem da nossa reconciliação com Deus, Nele; e descansa numa consciência quieta diante de Deus, e honesta diante de si mesmo.

Se, a paz do mundo espraia-se pela ausência de animosidade com o próximo, a paz de Deus nos indispõe com o pecado, a impiedade; “Ah! se tivesses dado ouvidos aos Meus Mandamentos, então seria a tua paz como o rio, e tua justiça como as ondas do mar... Mas os ímpios não têm paz, diz o Senhor” Is 48;18 e 22

A retidão não comporta alternativas; qualquer desvio mínimo entorta e desvirtua; “... Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias.” Ecl 7;29

A rejeição à Luz não é por falta de olhos; antes, de ouvidos ensináveis, adestráveis à verdade.

“No caminho da sabedoria te ensinei, por veredas de retidão te fiz andar.” Prov 4;11

Estamos acostumados a ver problemas alhures; A Palavra de Deus, A Verdade, os identifica dentro de cada um de nós e ali, visa tratá-los; “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda ‘teu’ coração, porque dele procedem as fontes da vida. Desvia de ‘ti’ a falsidade da boca; afasta de ‘ti’ a perversidade dos lábios. Os ‘teus’ olhos olhem para a frente, e ‘tuas’ pálpebras olhem direto diante de ‘ti’. Pondera a vereda de ‘teus’ pés; todos os ‘teus’ caminhos sejam bem ordenados! Não declines nem para direita nem para esquerda; retira ‘teu’ pé do mal.” Prov 4;23 a 27

Alguém disse que reconhecemos um louco quando vemos, nunca, quando somos. Entretanto, O Senhor “enlouqueceu” por amor, para curar nossa demência. “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua Sabedoria, aprouve Ele salvar os crentes pela loucura da pregação... Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens.” I Cor 1;21 e 25

Enfim, mesmo a Autoridade de Jesus sendo dos Céus, Seu Amor o colocou ao nível humano. Podemos trair a nós mesmos fingindo não saber; O Todo Poderoso não pode negar a Si Mesmo.
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