sábado, 6 de novembro de 2021

Flores e pedras

É uma mescla de flores e pedras no sisudo jardim do viver. Os que vêm em nós, pétalas, nuances de identidade, regam-nos, pois é deles nosso viço; os demais, que nos reputam alvos, por recusarem a se ver com pecados, atiram-nos a primeira, e segunda, a décima, a centésima pedra...

Nunca se falou tanto em diversidade, pluralidade, tolerância, democracia... essas coisas quando somem da arena dos atos, costumam barulhar bastante no âmbito das palavras.

Há os que se presumem não ser de A, nem de B; uma imaginária “terceira via” como se houvesse meio termo entre probidade e corrupção; entre verdade e mentira, coragem e covardia, salvação perdição; 

esses fogem de algum aspecto que julgam deletério na primeira ou segunda; mas, abstraídos esses convenientes escrúpulos da forma, a rigor cabem num dos nichos de onde fingem poder fugir. 

Tentam escapar da rejeição apenas; inutilmente fazem seus buracos n’água.

Como numa eleição presidencial; inicialmente, as mesmas borboletas ostentam cores diversas. Passada a estação dos voos exibições e vindo o segundo turno, cada uma acha seu ramo de pouso no arbusto das conveniências, do qual voejava longe em seu ritual de acasalamento com a ignorância eletiva.

Ou somos pela “ciência” que a cada semana redefine os rumos “científicos” que nos convêm; ou, somos “negacionistas” um risco social por ter cérebros, ainda.

Ou cremos em Deus e Sua Palavra, “um brinquedo de crianças com medo do escuro.” Ou abraçamos o ateísmo, “Um brinquedo de adultos com medo da luz.”

O Papa Francisco trabalha célere pelo ecumenismo que segundo ele, forjará um novo humanismo. Alternativa ao dualismo Deus x Diabo. Será? Ora, ao desacreditar da singularidade da Divina Palavra, (Ninguém vem a Pai senão por Mim) automaticamente se abraça o conselho da oposição (vós mesmos decidireis acerca do bem e do mal); humanismo é um rótulo cinza para ocultar a vera cor das pétalas do satanismo.

O fogo das mentes aquecidas por ódios camuflados de conquistas consegue a proeza de arder gerando calor, sem o concurso da luz.

 
Verdade, honestidade intelectual, coerência, lógica, valores, cada vez mais, ilha; mentira, “virtudes” seletivas, hipocrisia, insensatez, inversão de valores, cada vez mais, oceano.

As redes sociais “inclusivas” caçam palavras proibidas; crime não é matar um feto indefeso, mas, chamar isso pelo nome. 

O mundo nunca foi tão tecnológico; todavia, isso só alongou os braços que apedrejam. Nunca se viveu tão impiamente, tampouco se apedrejou tanto aos valores que sempre foram pacíficos; agora são motivo de repúdio.

Até as inocentes palavras trazem uma carga de “maldade” que nunca soubemos. É preciso castrá-las do seu ácido intrínseco, que pode promover machismo, fascismo, achismo, farisaísmo, sismo, o diabo a quatro.

Ainda escrevo à moda antiga em meu jurássico mundo, por falta de vontade e habilidade para a tal de linguagem cinza; digo, neutra.

“Todos” sempre foi expressão que incluía todos. Agora parece que a nova moral descobriu que a mesma exclui algumas variáveis; então o “politicamente correto” seria usar “todes” que seria mais inclusiva, não obstante, exclua o idioma português.

Os banheiros públicos doravante, serão para “todes”. Não haverá risco de “estupre”, “pedofilix”, pois a novx humanidade estará vacinadx contra males; com a sagração dos “vícies”, o mal desaparecerá; o “conceite” de mal, digx.

Se, no prisma da alienação a Deus, os últimos dias serão como os de Noé, no aspecto dos “valores” vividos, acho estamos ao nível de Sodoma. “Por isso o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas e a equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece, quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o Senhor viu, e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça.” Is 50;14 e 15

Pessoas decentes, as poucas que ainda há, são governadas por gente tão baixa... “A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra.” Is 24;4

O mundo da rebelião religiosa, do humanismo autônomo, o clímax da estátua humana no centro será permitido por um pouco; então, será a vez do Eterno dar uma “Pedrada” também; “Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou.” Dn 2;34 “nos dias desses reis, o Deus do céu levantará Um Reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos...” vs 44 e 45

Ainda somos vitrines; mas, quando isso acontecer, seremos filhos regenerados por Deus.

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