sábado, 3 de agosto de 2019

O Desafio do Ateu

“... amei a Jacó, e odiei a Esaú...” Mal 1;2

Deparei com um vídeo de um ateu desafiando expectadores a fazer consigo 32 perguntas sobre Deus e Sua Palavra, e depois disso, convenceu-se, você se tronará ateu como eu, ou, nem fale mais em religião.

Pois bem, aceitei o desafio. Sofri sua mal educada e blasfema cantilena. Porém, depois da tortura à educação, à hermenêutica, à honestidade teológica e intelectual, não me fiz ateu nenhum milímetro; sigo escrevendo como antes.

A maioria das questões que propôs são ridículas, como uma ênfase exagerada na expressão: “Sou o Deus de Israel,” como se isso restringisse O Eterno àquela nação; cada uma poderia e deveria “criar” o seu Deus, já que é “tudo mentira” disse.

Esquece o luminoso sábio, dum texto de antes de formar a Nação de Israel que O apresenta preocupado com todo o planeta. “... em ti (Abraão) serão benditas todas as famílias da terra.” Gn 12;3
Noutra objeção ridícula diz que 95% dos políticos são corruptos, ladrões, contudo, estão ricos; portanto, Deus “gosta deles e os abençoa”; Bastaria ler o salmo 73; se fosse bem informado como pretende não traria essa tolice como argumento sólido.

Outra questão de alguma relevância: (a maioria qualquer iniciado tira de letra, pois, são ninharias de uma carnal compreensão do que é espiritual) Como seremos felizes no Céu sabendo que muitos dos nossos estão no inferno? Essa questão merece apreço. É uma boa pergunta.

Paulo ensina: “... falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.” I Cor 2;13

A ideia da família espiritual foi ensinada já pelo salvador, dizendo que estranhos eram seus familiares, enquanto os de seu Sangue, que, então, o queriam prender não eram.

“Quando os seus ouviram isto, saíram para prendê-lo; porque diziam: Está fora de si.” Mc 3;21” “Chegaram, então, seus irmãos e sua mãe; e, estando fora, mandaram-no chamar... olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos.” VS 31 e 34

Os laços de sangue estão restritos à Terra, uma vez que “Carne e sangue não herdarão O Reino dos Céus”. Assim, se eu for salvo, todos os meus irmãos estarão lá; os que ficarem de fora, infelizmente, serão apenas inimigos do meu Pai. Não nos causará dor, mas, sentimento de justiça.

Mas, a questão que ele propõe com mais ênfase a ponto de blasfemar é a que inicia esse tratado: “Amei a Jacó e odiei a Esaú". “Que diabo de Deus é esse que odeia”? Atreve-se.

Ora, como se, depois do Calvário O Eterno inda tivesse que dar alguma prova do Seu Amor Imenso. Quanto a pessoas, não há distinção nenhuma, ou acepção; “Deus amou o mundo... pregai a toda criatura... Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens...” etc.

Quanto a comportamentos, o ódio é um sentimento necessário para quem ama à justiça. “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que aos teus companheiros.” Sal 45;7

Ora, Esaú considerou a bênção da primogenitura algo vil, que poderia ser trocado por um prato de lentilhas. Avaliou ao Eterno com sua ação, mais ou menos como nosso ilustre ateu em suas palavras.

Jacó por sua vez desejou tanto que além de comprar ao irmão o direito, inda trapaceou mancomunado com a mãe para que Isaque o abençoasse.

O Eterno puniu devidamente aos enganadores por seu feito, mas, ainda assim amou aquele que o quis, e odiou a quem o desprezou; qual o problema de Deus que ama desejar ser amado?

 “Ai daquele que contende com o seu Criador! o caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou a tua obra: Não tens mãos? Ai daquele que diz ao pai: Que é que geras? E à mulher: Que dás tu à luz?” Is 45;9 e 10

Contudo o bravo ignorante embriagado com tragos da própria estupidez se diz pronto aos debates. Acho que se sente uma espécie de resposta ao desafio de Paulo; “Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?” I Cor 1;20

Se diz sábio sem pudor; aceita comentários discordantes desde que o respeitemos. Contudo, nos chamou de burros, idiotas, imbecis, ao Nosso Deus de mentiroso e, Diabo...

Sabe aquela foto do gatinho que olha no espelho e vê um leão? Não! É pior. Um asno adoecido olha-se e sonha com o reflexo de uma águia.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Amor em Cheque

“Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois, poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.” Rom 5;7

Paulo está cogitando a possibilidade de, um impensável gesto de altruísmo, onde alguém se sacrificaria por outrem, desde que merecesse; ou, fosse tido por justo. Assim o maluco gesto além da auto-negação seria patrocinado pelo mérito do seu alvo.

Todavia, “Deus prova Seu Amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” V 8

Nosso mais ousado e hipotético sacrifício seria ridículo, pois, demandaria que seu objeto merecesse. A entrega real, histórica de Cristo por nós, ocorreu mesmo que todos nós sejamos maus; não merecemos.

O Calvário não tem a ver com o que somos no quesito mérito; aliás, por nossa falta de méritos se fez necessário; pelo que Deus É tornou-se possível; Deus É Amor.

Esse “amor” que atina a méritos ou a recompensas por “amar” é apenas o egoísmo com vestes alheias. Lembrei de Drummond: “Amor é estado de graça; com amor não se paga.” Aquilo que precisa ser pago é comércio.

Os homens-bomba que cometem atentados em nome de Alá, não o fazem por amor à causa; mas, pelas mirabolantes promessas num ilusório paraíso, aos incautos que se deixam manipular assim. O Deus da Bíblia manda amar e orar pelos inimigos; como Ele, amar a quem não merece; o tal de Alá ensina a matança de “infiéis”; portanto, essa história de “Deus como você o concebe, ou, todas as religiões são boas” está anos-luz da verdade.

Se o amor não for o motivo, o combustível dos nossos atos, mesmo os mais ousados, corajosos serão inúteis. “... ainda que entregasse meu corpo para ser queimado, se não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.” I Cor 13;3

Paulo considerou-se o campeão dos pecadores; o pior de todos, uma vez que perseguira à igreja embrionária; “Esta é uma palavra fiel, digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas, por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer Nele para a vida eterna.” I Tim 1;15 e 16

Somos salvos a despeito dos nossos “méritos” pelo Amor Divino, se, tão somente o correspondermos, ninguém é tão mau que não possa ser salvo, nem tão bom que mereça.

Às vezes deparamos com tolices tipo: “Fulano matou, roubou, adulterou fez o diabo; agora foi para a igreja e está salvo. Só porque bebo umas e outras, vou a umas baladas estou perdido?” Querer a salvação por parâmetros humanos equivale a desejá-la por meios diabólicos; foi ele que disse que poderíamos agir alheios a Deus, por nossa conta.

Sem Cristo, para efeitos dos olhos espirituais estão todos mortos em delitos e pecados; não importa qual o “calibre” dos pecados cometidos. Recebê-lo equivale a passar da morte para a vida; no mais, nada muda, a morte segue seu baile. “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, os que ouvirem viverão. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo;” Jo 5;25 e 26

Essa balela recorrente de “sou bom para quem é bom comigo; trato bem a quem merece” está a léguas do amor ensinado pelo Salvador que disse: “Amai vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons; a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? Se, saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós pois perfeitos, como é perfeito Vosso Pai que está nos Céus.” Mat 5;44 a 48
A psicologia direciona o amor para outro lado, geralmente; invés de voltar-se aos outros, bons, ou maus, encoraja à auto-estima, auto-aceitação, auto-perdão, auto-valorização... Esse excesso de autos na garagem, o amor próprio desmedido impossibilita o perdão, muitas vezes; mágoa é como câncer; faz mal quem tem. A Bíblia adverte contra essa “raiz de amargura”.

"Por que Deus me ama? A Bíblia responde a essa profunda questão com uma palavra incomparável: graça. Deus ama em razão do que Ele É; não que eu tenha feito algo por merecer. Deus não pode deixar de amar. Pois o amor define sua natureza" Phillip Yancey

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Salvos de quê?

“Esperar dos céus O Seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.” I Tess 1;10

Lembro-me de um culto de ensino onde, depois de enfatizar que falava para salvos o pastor perguntou: “Jesus nos salvou de quê?” Um disse; da morte; outro, da perdição, um terceiro, do inferno. Eu que já conhecia ao pastor que costumava fugir do lugar comum fiquei só observando.

Não satisfeito com as respostas perguntou-me. Ocorreu-me esse verso, ou, outro similar: Jesus salvou-nos da ira de Deus. Ele sorriu satisfeito; era o que esperava ouvir.

Morte é consequência para quem tem o pecado como modo de vida; “O salário do pecado é a morte.” A perdição eterna a abrangência do juízo; o inferno o meio de execução da sentença; mas, o juízo procede da ira justa de Um Deus Santo que odeia ao pecado. “Mortificai, pois, vossos membros, que estão sobre a terra: prostituição, impureza, afeição desordenada, vil concupiscência, e avareza, que é idolatria; pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência;” Col 3;5 e 6

Escrevendo aos romanos, Paulo disse que, os que vetam impiedades a terceiros e permitem a si estão armazenando ira; “Segundo tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;” Rom 2;5 Afinal, além de ser Amor, “Deus é juiz justo, que se ira todos os dias.” Sal 7;11

Os falsos profetas combatidos nos dias de Jeremias eram anunciadores de facilidades ao povo que recusava emendar seus caminhos, segundo Deus. Jeremias só pra contrariar acenava com a Ira do Eterno; “Nos profetas de Jerusalém vejo uma coisa horrenda: cometem adultérios, andam com falsidade, fortalecem as mãos dos malfeitores, para que não se convertam da sua maldade; eles têm-se tornado para mim como Sodoma, seus moradores como Gomorra.” Jr 23;14 “Não se desviará a ira do Senhor, até que execute e cumpra os desígnios do seu coração; nos últimos dias entendereis isso claramente.” V 20

Quando João Batista veio “preparar o caminho do Senhor” começou desafiando pessoas a uma postura justa e misericordiosa. Acenava com os Divinos juízos ao populacho que o ouvia, até que, de repente chegaram com seus tefilins sagrados nos braços e testas, com seus “mantos de orações” os homens religiosos.

Certamente algum observador mais simplório pensou; agora o pregador terá que mudar seus discursos ácidos; achou com quem tratar, com gente santa; só que não. “Vendo Ele muitos Fariseus e Saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.” Mat 3;7 a 9

Nem capa religiosa, nem direito hereditário à salvação; o esperado pelo Santo são “Frutos dignos de arrependimento.” Fugir da ira, não é uma movimentação geográfica; antes, espiritual. Justo por seu Amor, Deus enviou-nos O Salvador; “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para recebermos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” I Tess 5;9

O primeiro traço de arrependimento em nós, é que passamos da mentira para a verdade; “Portanto, a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça.” Rom 1;18 Note que o contraponto à verdade aqui não é a mentira, antes, a injustiça.

Permanecer nas Palavras de Cristo, além de conhecer à verdade nos redime das injustiças. Nele a vida, o novo nascimento; sem Ele, apenas ira. “Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem O rejeita não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele.” Jo 3;36

Quem se ocupa das coisas espirituais, se fizer as mesmas coisas ímpias que os de fora além da impiedade comete profanação; vilipêndio das coisas santas. Não sem razão, a Ira de Deus pesa mais contra os hipócritas que contra ímpios comuns.

Agora perdoa e desafia-os a perdoar setenta vezes sete; quando sua longanimidade esgotar Sua Ira será tremenda, assustadora. “Diziam aos montes e rochedos: Caí sobre nós; escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;” Apoc 6;16

O único lugar seguro é Nele. Senão, Sua Ira que se volta contra o pecado ceifará aos que se apegam a esse assassino. “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.” Sal 91;1 “... nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Rom 8;1

quarta-feira, 31 de julho de 2019

O Estado é mesmo laico?

“Esta palavra chegou também ao rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono, tirou de si as suas vestes, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza.” Jn 3;6

A Palavra que chegara até ao rei assírio era uma mensagem de destruição da cidade dentro de 40 dias. Desceu do seu trono, humilhou-se e ordenou que todos fizessem o mesmo.

Hoje Jonas seria acusado de conspirador direitista, com esse “ranço burguês” de ética, coerência e moral, e seria tido por “persona non grata” uma vez que, “o Estado é laico”.

Em lugar nenhum A Palavra ensina que o Governo das coisas civis é do homem, das espirituais, de Deus; mais; que seja possível uma separação entre ambas; antes, dos valores espirituais adotados derivam nossas posturas em todos os aspectos da vida. “Confia no Senhor de todo teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas.” Prov 3;5 e 6

Afinal, “Ele muda os tempos e estações; Ele remove reis e estabelece reis...” Dn 2;21

O que Adão recebera do Criador fora o Governo de toda a Terra; toda a liberdade de iniciativa e uma restrição apenas, que, uma vez observada o manteria em comunhão plena com O Senhor.

Entretanto, surgiu um “líder de esquerda” que ensinou; “Sem essa! O Estado é laico! Deixem Deus de fora e decidam vocês mesmos acerca do bem e do mal, do certo e do errado.”

O resultado todos nós conhecemos. O afastamento dos valores e princípios ensinados por Deus em Sua Palavra fatalmente deixa o homem à mercê da corrupção maligna; do “topa tudo por dinheiro”, da maratona imoral e hipócrita pela medalha dos interesses.

Os interesses mesquinhos, como vemos diuturnamente, nada têm com valores, decência, ética, probidade, coerência.

Há alguns anos o então Presidente, Lula, expulsou do País a um repórter americano porque ele escrevera que o mandatário é chegado numa pinga. Pura verdade, mas, não poderia ser dita. Lula tomou uma atitude de ditador para silenciar à verdade e nenhuma voz, das tonitruantes de hoje pela “liberdade de imprensa” se ouviu.

Agora, conversas privadas de autoridades, sem nenhuma gravidade no teor, coisas normais, são furtadas mediante espionagem editadas criminosamente e publicadas em manchetes “neônicas” por grandes veículos de Imprensa.

Acusa-se aos criminosos, o hacker e o vazador, (um meteco entre nossos cidadãos) dos seus crimes e presto esse e seus defensores se escudarão na tal “liberdade”. Ninguém é livre para cometer crimes! Não, impunemente, pelo menos.

Eis as consequências do deserto moral, cujo calor, cresta nossos poucos valores. Alguém dizer a verdade contra certo “rei” da roubalheira é tolhido; dizer mentiras contra um oponente honesto, cuja destruição lhes interessa é um “direito constitucional”.

Não que devamos constituir um Estado Teocrático, tampouco, impor a fé cristã para que alguém participe da vida pública. Até porque, muitos que professam sequer, a vivem, deveras.

Contudo, nós que somos cristãos não devemos nos envergonhar disso; balizar, sim, nossas ações em todos os aspectos da vida nos valores que, do Pai aprendemos. Como a mesma Palavra diz: “Feliz é a nação cujo Deus é O Senhor.”

Para a esquerda o Estado não é laico; é Deus. Por isso onde governam tolhem liberdades; silenciam oponentes, e em nome de sua ideologia nenhuma incoerência ou contradição soa-lhes obscena.

Seus conceitos de bem e mal são voláteis. Dependendo de suas conveniências, e interesses; a mesma atitude, ora, pode, outra, é crime. Aprenderam direitinho com o mentor da rebelião, o corrupto mor, que o poder é um bem, a qualquer custo; na mão de desafetos, um mal. José Dirceu disse: “Tomar o poder é diferente de vencer uma eleição; vamos tomar o poder.”

Ora, se o esquerdismo é o veículo da “justiça social” infinitamente superior ao capitalismo liberal, por que não permitem que um Governo assim tenha tempo para mostrar o que sabe? Aí, terão um exemplo bem perto para cotejar com seus feitos e deixarem patente a superioridade deles.

Mas, não. Ao oposto não fazem oposição permitido que trabalhe; são “resistência” e tudo fazem para boicotar e difamar.

Invés da salutar alternância de poder preceituada pela democracia, mesmo dizendo-se simpáticos a ela pelejam pela “eternância de poder”, pela sua imposição totalitária.

No fundo sabem que, qualquer um fará melhor que eles, e se não atrapalharem estarão alijados do poder, privados das chaves dos cofres que tanto amam.

Se tivesse um rei “progressista” governando Nínive nos dias do profeta Jonas e ela teria sido destruída. Afinal, darmos ouvidos ao Eterno não é o triunfo de uma ideologia; antes, da vida. “Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se multiplicarão os anos da tua vida.” Prov 4;10

terça-feira, 30 de julho de 2019

Os Piores Cegos

“Será que a vara do homem que Eu tiver escolhido florescerá; assim farei cessar as murmurações dos filhos de Israel contra mim, com que murmuram contra vós.” Nm 17;5

Moisés acusado de nepotismo; de escolher aos seus para o sacerdócio e atribuir a escolha a Deus. O próprio Senhor que ordenara todos os feitos do Seu escolhido estava prestes a “assinar” que a opção fora Sua. Doze varas mortas seriam colocadas perante Ele; uma floresceria.

Vergonhoso que, depois dos sinais operados no Egito para livrá-los da servidão, da abertura do Mar Vermelho, de sanar às águas de Mara, etc. tudo usando Moisés como Seu instrumento, ainda restassem dúvidas que Deus falava e agia mediante ele.

Muitos devaneiam com fartura prometendo que, de posse dela serão fiéis; terão todo tempo para servir a Deus. Mentem para si mesmos traídos pela estupidez que envergam. Fidelidade é mais encontrável na carência do que na fartura.

Séculos de escravidão no Egito, onde, tinham apenas a ração diária e trabalho duro sob o chicote dos feitores de Faraó. Muitos deles certamente oravam por libertação fiados no relacionamento pretérito do Eterno com Abraão, Isaque e Jacó.

Não tendo tempo nem espaço para nada mais além de trabalhar e orar, de certa forma eram fiéis. Então, “alforriados” miraculosamente, com tempo, liberdade e espaço, amplos, isso já lhes não bastava. Precisavam devanear com poder também.

Invés de olharem para trás para ver como era boa a nova posição, olhavam para um porvir imaginário que fazia o bom parecer ruim.

A imensa maioria dos “problemas” humanos deriva de um olhar indevido, foco deslocado da realidade que, invés do sólido alicerce dos fatos pisa nas areias movediças da cobiça. “Melhor é a vista dos olhos que o vaguear da cobiça; também isto é vaidade e aflição de espírito.” Ecl 6;9

Se, esses fruíssem sozinhos, às aflições oriundas das suas concupiscências, “vá bene”! Mas, desgraçadamente projetam-nas sobre terceiros que não têm nada a ver com seus desarranjos de alma; no caso em apreço, sobre Aarão e Moisés. A “boa” e velha inveja que costuma ter olhos sagazes para ver frutos, posição, privilégios, sempre é míope para ver o preço, as dores, o trabalho de quem é seu alvo.

Não sem razão, pois, sua origem latina, “invídia” significa não querer ver. O dito que o pior cego é o que não quer ver, num sentido mais amplo significa que o pior cego é o invejoso.

Desses O Salvador também falou: “Se, porém, teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Portanto, se, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

Aos romanos que estavam em luta com suas carnalidades resilientes, ao que parece pela exortação de Paulo, ele desafiou que olhassem para trás, para a esbórnia suicida em que viveram e a comparassem com o dom recebido em Cristo. “Porque, quando éreis servos do pecado estáveis livres da justiça. Que fruto tínheis, então, das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6;20 e 21 Se, o passado era motivo de vergonha e o presente os tinha no dom da vida, estavam muito melhor.

Se, é pra frente que se anda como falam, há uma bagagem pretérita de experiências, dores, aprendizado que deve andar conosco para que as lições dos passos idos não sejam desperdiçadas.

Por Jeremias o Próprio Deus aconselhou o povo a olhar um tiquinho para trás; “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos.” Jr 6;16 Nesse caso, gente que andara bem, e se desviara.

O que muitos chamam de seguir em frente não passa se fuga da sombra de correr sem alvo, foco. Onde querem chegar? Daniel anteviu o progresso da ciência nos últimos dias, e a corrida insana também; “... muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará.” Dn 12;4

Lembrei uma antiga canção que dizia: “A vida é de quem corre menos em busca de mais...”

Quando O Salvador acenou com “vida com abundância” estava falando de vida eterna, não de fartura terrena, facilidades. Advertiu das aflições.

Nele (como a de Aarão) somos varas mortas que recebem o dom da vida.

O agricultor não planta para o deleite das plantas, mas, para obter frutos; assim espera que frutifiquemos invés de devanearmos com coisas que não nos pertencem. “Eu sou a videira verdadeira; meu Pai é o lavrador. Toda vara em mim, que não dá fruto tira; e limpa aquela que dá fruto, para que dê ainda mais.” Jo 15;1 e 2

domingo, 28 de julho de 2019

A Falsidade Contamina

“... dos profetas de Jerusalém saiu a contaminação sobre toda a terra.” Jr 23;15

Sempre que a palavra profeta nos soa, a ideia primeira é de algo respeitável, ofício nobre; alguém que falaria da parte do Senhor. Entretanto, nesse fragmento de Jeremias os vemos como uma espécie de epidemia, uma peste a contaminar a terra; por quê?

Ao mesmo Jeremias se explica: "Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas, que entre vós profetizam; fazem-vos desvanecer; falam da visão do seu coração, não da Boca do Senhor." V 16

E “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor; esquadrinho o coração e provo os rins...” Cap 17;9 e 10

Quantas vezes já ouvimos “orações” bem intencionadas tipo: “Eu profetizo mudanças, eu profetizo vitória, bênçãos sem medida.” “Eu profetizo” já identifica a fonte doentia, o que é mui diferente de, "Assim diz O Senhor.”
Não que alguém não possa usar a fórmula para enganar; mas, a diferença reside em algo que O Eterno manda dizer, invés de algo “bom” que, outrem nos deseja. Um servo de Deus idôneo, profeta ou não, pode dizer como o salmista: “... todas as minhas fontes estão em ti.” Sal 87;7

Uma vez que a voz profética tenciona balizar ações de quem a ouve, tanto pode haver poder criativo quanto destrutivo nela. Jeremias lutou por mais de duas décadas contra um povo resiliente que preferia os falsos profetas contaminadores, à pura Palavra de Deus.

Quando o juízo predito finalmente se cumpriu, a cidade foi arrasada e o povo levado ao cativeiro em Babilônia; ele caminhava chorando entre as ruínas e denunciando a causa daquilo; “Por estas coisas eu ando chorando; meus olhos, os meus olhos se desfazem em águas; porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar minha alma; os meus filhos estão assolados, porque prevaleceu o inimigo... Os teus profetas viram para ti, vaidade e loucura; não manifestaram tua maldade, para impedirem teu cativeiro; mas, viram para ti cargas vãs e motivos de expulsão.” Lam 1;16 e 2;14

“... não manifestaram tua maldade...” Eis uma coisa que falsos profetas resistem em fazer. Quem é comissionado por Deus entrega o que Ele mandou e sai da frente; quem “envia” a si mesmo carece o selo da aceitação humana já que padece do lapso da aceitação Divina.

Em busca disso tende a ser leniente com a maldade explícita e propagador de facilidades falsas que jamais se cumprirão.

Quem avalia profecias pelo sabor, como Acabe, tende a cercar-se dos falsos e deixar a verdade presa a pão e água, como fez aquele com Micaías. Essa sua escolha doentia resultou na sua morte. Sempre resulta.

No início da história da igreja tivemos já auto-comissionados, que, cheios de inveja dos escolhidos saíram emporcalhando o trabalho alheio.

“Ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras e transtornaram as vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a Lei, não lhes tendo nós dado mandamento.” Atos 15;24

Suas “credenciais”; “saíram dentre nós”; seus frutos; perturbadores ensinado o que não convinha. Contudo, vejamos as credenciais dos enviados: “Pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns homens e enviá-los com os nossos amados, Barnabé e Paulo, homens que já expuseram suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” VS 25 e 26

Há uma grande diferença entre homens que já expuseram suas vidas por amor à obra, e outros que, só conseguem expor alguns palpites infelizes.

Quem sabe o real peso do ministério profético não o busca, nem deseja. Os que correm por isso não passam de bobos alegres que, devaneiam com prerrogativas, privilégios rasteiros, onde existe apenas pesada e impopular responsabilidade.

Se, é vero que não existem mais profetas nos moldes antigos, também é que, os pregadores da Palavra são, em certo sentido, profetas; “Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?” Am 3;8

Tanto se pode ser falso criando algo novo, espúrio, quanto, deturpando a sadia interpretação da Palavra.

Se, por uma lado é “grande o exército dos que anunciam Boas Novas”, por outro, é inda maior o dos que saem por iniciativas próprias, embalando em nuances da Palavra, pacotes da velha mentira de Satanás que coloca o homem num patamar indevido. Acenando com facilidades onde deveriam denunciar maldades.

Os preguiçosos inclinados a “comer na mão dos outros” invés, de investigarem por si mesmos a Palavra, são presas fáceis à contaminação da falsidade que grassa.

Não há profilaxia possível, vacina preventiva que desincumba a cada um de buscar conhecer a Palavra. “Desvia de mim o caminho da falsidade; concede-me piedosamente a Tua Lei.” Sal 119;29

sábado, 27 de julho de 2019

O Depósito e o Motim

“Pobreza e afronta virão ao que rejeita a instrução, mas o que guarda a repreensão será honrado.” Pov 13;18

Apesar dos que advogam a predestinação dos salvos e perdidos, A Palavra insiste em fazer-nos livres, arbitrários, consequentes. “O que rejeita... o que guarda...” são definições de escolhas; não de sinas às quais estejamos fadados.

A própria pregação é um desafio à boa escolha, coisa que sequer teria sentido se, tudo não passasse de um jogo de cartas marcadas. “... as más conversações corrompem os bons costumes.” I Cor 15;33

Tendemos a guardar com zelo coisas que nos são caras e descuidarmos até, das mais ordinárias. Então, quem guarda a repreensão sabe que ela é derivada do Amor Divino, portanto, valiosa; “Porque o Senhor corrige ao que ama; açoita a qualquer que recebe por filho. Se, suportais a correção, Deus vos trata como filhos...” Heb 12;6 e 7

Quando apresentamos repreensões oriundas da Palavra a quem teme a Deus, geralmente, o tal arrepende-se e visa corrigir-se. Porém, as mesmas coisas ditas a outrem que rejeita a instrução encontram a muralha da má vontade pichada com defesas pífias, tipo: “Não julgueis” “você também peca”, “quem és tu para atirar pedras” etc. A forma pode variar; o teor sempre é a rejeição da correção que, mesmo vindo por meio de nós não se origina em nós; é da Palavra.

Quando apresentamos à mesma não estamos julgando, porém, deixando patente o Juízo Divino que se aplica a todos igualmente; o que nos inclui.

Desgraçadamente, a maioria do que atualmente se chama igreja tem se ocupado mais em gerar distração, entretenimento, que pregar a sã doutrina que cambia das trevas para a luz, da morte para a vida.

Dias que foram antevistos por Paulo; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de evangelista, cumpre teu ministério.” II Tim 4;3 a 5

Tratávamos de uma antítese entre os que guardam e os que rejeitam a correção; deparamos com um terceiro tipo. Os que rejeitam a Deus de forma cínica, escorregadia, fingindo servi-lo. Escolhem o que querem ouvir, fugindo do que Ele quer que ouçam. Certamente, os que rejeitam abertamente são mais honestos que esses que se enganam com a própria hipocrisia como se, buscar facilidades equivalesse a buscar Deus.

Esses cegos traidores de si mesmos fazem a fortuna e a fama dos falsos profetas tão em voga, infelizmente.

A sobriedade espiritual tem custo, traz aflições. Mas, o conselho foi: “Sofre as aflições, faze a obra; cumpre teu ministério.”

Cheia está a Terra de patrulheiros do politicamente correto caçando “crimes” de homofobia, machismo, racismo, radicalismo e o escambau; mas, um obreiro idôneo, cheio do Espírito e da Palavra tem em si a “Patrulha da Consciência” que o leva a lançar mão apenas do “bom depósito” preocupado em servir a Deus, mais que, agradar aos homens. “Do despenseiro - disse Paulo – requer-se que se ache fiel.” I Cor 4;2

Como nos dias de José no Egito, mediante ele Deus ensinou que se fizesse depósitos de mantimento nos dias fartos para quando viessem os escassos; assim deveria ocorrer conosco enquanto usufruímos liberdade de crença, de culto; ainda há bons pregadores servindo do Pão do Céu. Quando o estio da perseguição vier, e virá, teremos em nós, se guardarmos, o “mantimento” necessário para a preservação da vida recebida em Cristo.

Desse modo, mais que guardar a repreensão no sentido de emendar nossos caminhos devemos guardar a instrução como reserva de vida no meio de tanta morte que nos circunda.

Na China, e países islâmicos a perseguição já atua. Breve a coisa será global. A destruição das famílias e dos valores cristãos, agenda “esquerdista” da ONU caminha a passos largos. Embora aos olhos desavisados seja apenas uma agenda política, trata-se do motim do salmo segundo; a instauração do império maligno na Terra.

Todavia, “Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.” Sal 2;4

Sim é risível, ridículo a criatura ousar contra o Criador; entretanto, muitos o fazem. Ele pergunta: “... Quem poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria.” Is 27;4
Ele, não deseja guerrear conosco, antes, mandou Cristo para propor paz; “... se apodere da minha força; faça paz comigo...” v 5

Seu amor buscou todos; “O Senhor desnudou Seu santo braço perante os olhos de todas as nações; todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.” Is 52;10 Poucos correspondem; “Quem deu crédito...” Is 53;1