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quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Os milagres e a vida

“Então Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e milagres, não crereis.” Jo 4;48

Muitos que viveram nos dias do Salvador mesmo vendo sinais e milagres extraordinários não creram; pior; entregaram O Senhor à morte, temendo mais indispor-se com o Sinédrio que os instigava a gritar: Crucifica-o! ou, com os romanos; noutras palavras, temeram mais aos homens que a Deus.

Embora um milagre tenha esse efeito colateral de despertar a fé em alguns, em muitos casos, a má índole está entranhada de modo tal, que milagre nenhum consegue desentocá-la.

Como dissera Platão: “Trágico não é as crianças temerem o escuro; a real tragédia é os adultos terem medo da luz.”


A verdadeira fé repousa sobre a Palavra, não necessita de milagres. Se, a mesma ensina que tudo o que há foi criado pelo Eterno, então, a fé pode fartar-se de milagres apenas abrindo os olhos; “Os céus declaram a Glória de Deus, o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos. Um dia faz declaração a outro, uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala onde não se ouça sua voz. A sua linha se estende por toda terra, suas palavras até ao fim do mundo...”

Charles Spurgeon comentando isso disse algo que convém lembrar; depois de elencar as obras maravilhosas do Criador luzindo diuturnamente nos céus afirmou: “Se, alguém contemplando isso tudo, ainda se apresenta como ateu, juntamente se declara imbecil e mentiroso.” A coisa é de uma evidência tal, que o sujeito precisaria mentir para si mesmo traindo seus olhos e consciência para negar.

Paulo ampliou: “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;19 e 20

Resumindo: Para quem crê O Senhor não precisa provar nada; para quem duvida, mesmo falando de modo audível desde os Céus não bastará. “Pai, glorifica Teu Nome. Então veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei. Ora, a multidão que ali estava, e que ouvira, dizia que havia sido um trovão. Outros diziam: Um anjo lhe falou.” Jo 12;28 e 29

O Eterno acabara de falar dos Céus, a Voz foi ouvida, tanto que, registrada; mas, uns disseram: Não foi Deus, foi um anjo; outros, nem tanto; foi apenas um trovão. Não importa se o céu está azul; a tempestade da incredulidade sempre dará um jeito de produzir seus trovões.

Não significa que não creiamos em milagres, nem que não oremos por eles; os vivenciamos já; apenas, que nossa fé não se estriba sobre eles, antes, sobre O Senhor e Sua Palavra mesmo que não vejamos mais nenhum deles. Ademais, as mudanças operadas dentro de nós depois que cremos são milagres mais eloquentes que eventuais portentos que apelem às nossas ludibriáveis vistas.

Milagres ostensivos podem ser falsos, “prodígios da mentira”, ou, de origem maligna, como o “fogo de Deus” que queimou aos rebanhos de Jó.

Embora O Senhor tenha zelo pelos Seus e os abençoe ainda nesta vida, os verdadeiros fiéis se manterão assim, pelo relacionamento vivido; quando pedem por um milagre para si, ou, para outrem mais necessitado, não o fazem para crer, como se, o relacionamento com O Santo demandasse alguma “prova de amor” mais, depois do Calvário. Pedem por conhecer ao poder e amor do Pai, todavia, aceitam submissos, se ao Altíssimo parecer bem não atender ao que 
pediram. “Seja feito como Tu queres, não como eu quero.”

Fé não é cartão de crédito com saldo infindo, nem Deus um caixa eletrônico; antes, uma confiança inabalável, que, vendo o invisível permite a falência da “conta” terrena, se Deus assim permitir, sabendo que Cristo pagou já o que era necessário e garantiu-nos um depósito eterno.

Milagres fazem parte relacionamento com Deus por causa do Seu Ser e Seu Amor; mas, não são o preço. Até porque, se tivesse um custo para nós não o poderíamos pagar. “Deus prova Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rom 5;8

Satanás não fez milagre para separar ao primeiro casal de Deus; bastou torcer à Sua Palavra; Cristo veio para desfazer isso: “Todo o vale será exaltado, todo o monte e todo o outeiro será abatido; o que é torcido se endireitará e o que é áspero se aplainará.” Is 40;4

Quem quer ver o milagre da vida, pois, abandone aos contorcionismos malignos que fogem da luz e deixe-se moldar pela Palavra. Quem um dia moldou o barro, agora quer regenerar ao espírito.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Amor em Cheque

“Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois, poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.” Rom 5;7

Paulo está cogitando a possibilidade de, um impensável gesto de altruísmo, onde alguém se sacrificaria por outrem, desde que merecesse; ou, fosse tido por justo. Assim o maluco gesto além da auto-negação seria patrocinado pelo mérito do seu alvo.

Todavia, “Deus prova Seu Amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” V 8

Nosso mais ousado e hipotético sacrifício seria ridículo, pois, demandaria que seu objeto merecesse. A entrega real, histórica de Cristo por nós, ocorreu mesmo que todos nós sejamos maus; não merecemos.

O Calvário não tem a ver com o que somos no quesito mérito; aliás, por nossa falta de méritos se fez necessário; pelo que Deus É tornou-se possível; Deus É Amor.

Esse “amor” que atina a méritos ou a recompensas por “amar” é apenas o egoísmo com vestes alheias. Lembrei de Drummond: “Amor é estado de graça; com amor não se paga.” Aquilo que precisa ser pago é comércio.

Os homens-bomba que cometem atentados em nome de Alá, não o fazem por amor à causa; mas, pelas mirabolantes promessas num ilusório paraíso, aos incautos que se deixam manipular assim. O Deus da Bíblia manda amar e orar pelos inimigos; como Ele, amar a quem não merece; o tal de Alá ensina a matança de “infiéis”; portanto, essa história de “Deus como você o concebe, ou, todas as religiões são boas” está anos-luz da verdade.

Se o amor não for o motivo, o combustível dos nossos atos, mesmo os mais ousados, corajosos serão inúteis. “... ainda que entregasse meu corpo para ser queimado, se não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.” I Cor 13;3

Paulo considerou-se o campeão dos pecadores; o pior de todos, uma vez que perseguira à igreja embrionária; “Esta é uma palavra fiel, digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas, por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer Nele para a vida eterna.” I Tim 1;15 e 16

Somos salvos a despeito dos nossos “méritos” pelo Amor Divino, se, tão somente o correspondermos, ninguém é tão mau que não possa ser salvo, nem tão bom que mereça.

Às vezes deparamos com tolices tipo: “Fulano matou, roubou, adulterou fez o diabo; agora foi para a igreja e está salvo. Só porque bebo umas e outras, vou a umas baladas estou perdido?” Querer a salvação por parâmetros humanos equivale a desejá-la por meios diabólicos; foi ele que disse que poderíamos agir alheios a Deus, por nossa conta.

Sem Cristo, para efeitos dos olhos espirituais estão todos mortos em delitos e pecados; não importa qual o “calibre” dos pecados cometidos. Recebê-lo equivale a passar da morte para a vida; no mais, nada muda, a morte segue seu baile. “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, os que ouvirem viverão. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo;” Jo 5;25 e 26

Essa balela recorrente de “sou bom para quem é bom comigo; trato bem a quem merece” está a léguas do amor ensinado pelo Salvador que disse: “Amai vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons; a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? Se, saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós pois perfeitos, como é perfeito Vosso Pai que está nos Céus.” Mat 5;44 a 48
A psicologia direciona o amor para outro lado, geralmente; invés de voltar-se aos outros, bons, ou maus, encoraja à auto-estima, auto-aceitação, auto-perdão, auto-valorização... Esse excesso de autos na garagem, o amor próprio desmedido impossibilita o perdão, muitas vezes; mágoa é como câncer; faz mal quem tem. A Bíblia adverte contra essa “raiz de amargura”.

"Por que Deus me ama? A Bíblia responde a essa profunda questão com uma palavra incomparável: graça. Deus ama em razão do que Ele É; não que eu tenha feito algo por merecer. Deus não pode deixar de amar. Pois o amor define sua natureza" Phillip Yancey