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quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Salvos de quê?

“Esperar dos céus O Seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.” I Tess 1;10

Lembro-me de um culto de ensino onde, depois de enfatizar que falava para salvos o pastor perguntou: “Jesus nos salvou de quê?” Um disse; da morte; outro, da perdição, um terceiro, do inferno. Eu que já conhecia ao pastor que costumava fugir do lugar comum fiquei só observando.

Não satisfeito com as respostas perguntou-me. Ocorreu-me esse verso, ou, outro similar: Jesus salvou-nos da ira de Deus. Ele sorriu satisfeito; era o que esperava ouvir.

Morte é consequência para quem tem o pecado como modo de vida; “O salário do pecado é a morte.” A perdição eterna a abrangência do juízo; o inferno o meio de execução da sentença; mas, o juízo procede da ira justa de Um Deus Santo que odeia ao pecado. “Mortificai, pois, vossos membros, que estão sobre a terra: prostituição, impureza, afeição desordenada, vil concupiscência, e avareza, que é idolatria; pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência;” Col 3;5 e 6

Escrevendo aos romanos, Paulo disse que, os que vetam impiedades a terceiros e permitem a si estão armazenando ira; “Segundo tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;” Rom 2;5 Afinal, além de ser Amor, “Deus é juiz justo, que se ira todos os dias.” Sal 7;11

Os falsos profetas combatidos nos dias de Jeremias eram anunciadores de facilidades ao povo que recusava emendar seus caminhos, segundo Deus. Jeremias só pra contrariar acenava com a Ira do Eterno; “Nos profetas de Jerusalém vejo uma coisa horrenda: cometem adultérios, andam com falsidade, fortalecem as mãos dos malfeitores, para que não se convertam da sua maldade; eles têm-se tornado para mim como Sodoma, seus moradores como Gomorra.” Jr 23;14 “Não se desviará a ira do Senhor, até que execute e cumpra os desígnios do seu coração; nos últimos dias entendereis isso claramente.” V 20

Quando João Batista veio “preparar o caminho do Senhor” começou desafiando pessoas a uma postura justa e misericordiosa. Acenava com os Divinos juízos ao populacho que o ouvia, até que, de repente chegaram com seus tefilins sagrados nos braços e testas, com seus “mantos de orações” os homens religiosos.

Certamente algum observador mais simplório pensou; agora o pregador terá que mudar seus discursos ácidos; achou com quem tratar, com gente santa; só que não. “Vendo Ele muitos Fariseus e Saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.” Mat 3;7 a 9

Nem capa religiosa, nem direito hereditário à salvação; o esperado pelo Santo são “Frutos dignos de arrependimento.” Fugir da ira, não é uma movimentação geográfica; antes, espiritual. Justo por seu Amor, Deus enviou-nos O Salvador; “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para recebermos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” I Tess 5;9

O primeiro traço de arrependimento em nós, é que passamos da mentira para a verdade; “Portanto, a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça.” Rom 1;18 Note que o contraponto à verdade aqui não é a mentira, antes, a injustiça.

Permanecer nas Palavras de Cristo, além de conhecer à verdade nos redime das injustiças. Nele a vida, o novo nascimento; sem Ele, apenas ira. “Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem O rejeita não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele.” Jo 3;36

Quem se ocupa das coisas espirituais, se fizer as mesmas coisas ímpias que os de fora além da impiedade comete profanação; vilipêndio das coisas santas. Não sem razão, a Ira de Deus pesa mais contra os hipócritas que contra ímpios comuns.

Agora perdoa e desafia-os a perdoar setenta vezes sete; quando sua longanimidade esgotar Sua Ira será tremenda, assustadora. “Diziam aos montes e rochedos: Caí sobre nós; escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;” Apoc 6;16

O único lugar seguro é Nele. Senão, Sua Ira que se volta contra o pecado ceifará aos que se apegam a esse assassino. “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.” Sal 91;1 “... nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Rom 8;1

domingo, 30 de dezembro de 2018

O Cristão e a Ira

“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra;” Mat 5; 5

Frequentemente se equaciona mansidão com fraqueza, mas, não é bem assim. Animais extremamente fortes como elefantes podem ser mansos. Mansidão é força sob controle, não a ausência dela. Se, “Deus não nos deu o espírito de temor, mas, de fortaleza, amor e moderação.” II Tim 1;7 A mansidão requerida é o fruto espiritual do domínio próprio, não, um subproduto da covardia.

Quem pretenderia ser mais forte que Aquele que venceu o pecado, o mundo, o diabo e a morte. Contudo, Ele disse: “... aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração...” Mat 11; 29

Em algum momento teremos que lidar com a ira. Somos advertidos pela Palavra que, “... a ira do homem não opera a Justiça de Deus.” Tg 1; 20
Portanto, parece uma postura que convém evitar. Paulo diz: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre vossa ira.” Ef 4;26 Ele estava parafraseando o salmista que dissera: “Perturbai-vos e não pequeis; falai com vosso coração sobre vossa cama e calai-vos.” Sal 4; 4

É uma concessão para que até, nos iremos, sem, todavia, em cima disso cometermos pecado. Pois, apesar de ser alistada nos “pecados capitais” pelo catolicismo, a ira em si, sequer, pecado é.

Só um absoluto pusilânime pode contemplar injustiças, covardias, obscenidades, sem um quê de irritação; sem certa dose de ira. Ló em Sodoma provou muito disso, “Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, vendo e ouvindo sobre suas obras injustas; II Ped 2; 8

Jesus quando encontrou o comércio usurpando o lugar da adoração, em Seu zelo não conteve a ira; “Tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; espalhou o dinheiro dos cambistas e derribou as mesas;” Jo 2; 15

Aliás, se Ele vier passar em revista tudo que se faz em Seu Nome é considerável o número de “mesas” a virar.

Uma vez que, nossa luta não é contra carne e sangue, alguns acham que não devemos polemizar, nem criticar aos “irmãos” que agem de modo diverso do ensinado nas Escrituras.

Ora, no mesmo texto que fala isso, manda nos cingirmos com a verdade, que, não é outra coisa senão, além de sermos verdadeiros, denunciarmos o falso. Vestirmos a couraça da justiça, que, demanda não cometermos injustiça, nem concordarmos com os que a cometem; assim as demais “armas”.

Mesmo tendo que lutar contra o inimigo, isso envolve participação humana, de um lado e de outro. “Não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme suas obras.” II Cor 11; 14 e 15

Como assistir ao obsceno desempenho desses ministros, sem uma saudável dose de ira? Até Deus sente. “Deus é Juiz Justo; um Deus que se ira todos os dias.” Sal 7; 11

Claro que não estou advogando aos melindrosos, irritadiços que, por coisas banais chutam o balde; esses, ante uma correção qualquer, invés de se arrependerem e mudarem o rumo derrubam o beiço; se isolam, com se, vítimas de injustiças. Neles, a cruz inda tem muito trabalho a realizar.

Na hiper-melindrosa geração atual, tudo fere, magoa; somos bem vindos para “curtir” bajular, elogiar, mas, se ousarmos ensinar algo da Palavra de Deus logo fervilham indiretas para que cuidemos das nossas vidas. A maioria prefere o “esconderijo” de Adão, a ouvir o Chamado do Criador.

Tratando-se de cristãos maduros, a paz necessária é com Deus; “Deixo-vos a paz, minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá...” Jo 14;27 A interpessoal, horizontal é mera possibilidade, nem sempre desejável. “Se, for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.” Rom 12; 18

No que respeita-nos devemos laborar pela paz, mas, se o preço for condescender com violência à sã doutrina, às Escrituras chamemos à arena a advertência de Jeremias: “Maldito aquele que fizer a Obra do Senhor fraudulosamente; maldito aquele que retém sua espada do sangue.” Jr 48; 10

A amor que, “Não folga com a injustiça, mas, com a verdade...” para essa geração intocável tem que vir vestido de Papai Noel; se, verter sangue numa cruz como demonstração de autenticidade, não vale.

Abusam da paciência do “Cordeiro de Deus”; mas, nada mais perigoso que um “animal” manso forçado a violar à própria mansidão; “Diziam aos montes e rochedos: Caí sobre nós! Escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono; e da ira do Cordeiro;” Apoc 6;16

Simples; ou aprendemos Dele, “Manso e humilde”, ou, um dia enfrentaremos Sua Ira.