sexta-feira, 30 de agosto de 2024

"Quem sou eu para julgar?"


“Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.” Jo 7;24

O “não julgueis” tem sido o biombo favorito dos desobedientes, que, denunciados por seus descaminhos, correm para trás dele.

Faça-se aos tais, uma pergunta objetiva sobre as perversões sexuais da moda, sobre o que esbarra na aversão do Senhor, e logo se esconderão atrás de um “versículo” que alguém inventou para esse fim; fugir da Palavra de Deus. “Quem sou eu para julgar?”

Sobre a capacidade humana, foi dito que Deus fez o homem, “... pouco menor que os anjos; de glória e honra o coroaste. Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das Tuas mãos; tudo puseste debaixo dos seus pés:” Sal 8;5 e 6

Quem exerce funções ministeriais, deve ser depositário da Palavra de Deus; na Antiga Aliança eram os sacerdotes, na Nova os obreiros. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, da sua boca devem os homens buscar a Lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Ml 2;7

Assim, quando alguém nos pergunta algo mais polêmico, deixa nas entrelinhas que sabemos a Vontade Divina acerca daquilo, pelo dever funcional de conhecermos À Palavra de Deus.

Quando apresentamos o que está escrito sobre determinado assunto, não estamos apresentando particular juízo, movidos pelas nossas motivações; antes, evidenciamos o juízo Divino, conforme está expresso.

Sequer precisamos nos esconder após um “quem sou eu para julgar”, uma vez que, estamos cientes que não será nosso juízo, mas o Divino que verterá. Todavia, esses melindrosos avessos à mínima ideia de juízo, quando se trata da defesa dos seus pecados de estimação, presto nos chamam de “moralistas, fundamentalistas, religiosos legalistas, expoentes de discursos de ódio”, isso que eles são avessos a julgar.

Resulta necessário que, são refratários ao anúncio do juízo Divino que veta suas comichões favoritas, apenas; no tocante a eles, podem nos julgar como aprouver; colar em nós os rótulos derivados dos seus juízos peculiares. Não deveriam viver pelo “não julgueis,” uma vez que esposam esse conceito?

O “Quem sou eu para julgar”, longe de ser uma atitude piedosa e humilde, é uma cretinice covarde que ama mais à aprovação do mundo ímpio, que, de Deus. Já ouvi isso do Papa Francisco, do Padre Fábio, da “bispa” Sônia Hernandes, dos “pastores” da graça barata, que desprezam nosso “farisaísmo”, embora, não julguem.

A Palavra de Deus é categórica sobre o homossexualismo; “como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, Ele os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;” Rom 1;28 “Não erreis: nem devassos, idólatras, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, bêbados, maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus.” I Cor 6;10 etc.

Quem apresenta A Palavra de modo idôneo, é mero porta-voz, não juiz. Isso incomoda, sabemos. Mas, denunciamos a toda sorte de pecados, pois, A Palavra não faz distinção, como um fosse mais réprobo do que outro. Todos os pecadores são chamados ao arrependimento e mudança de vida para salvação; os que preferem mudar À Palavra invés de mudar suas vidas, estão julgando ao Próprio Deus, por terem A Palavra Dele como imperfeita, falível.

Enfim, nenhum de nós carece julgar; mas, se temos o ministério na Obra de Deus, por ofício, o mínimo que se deve esperar de nós, é que conheçamos o que O Eterno falou sobre cada assunto que desejou que conhecêssemos Sua Vontade a respeito.

Das coisas ordinárias da vida espiritual, não saber julgar segundo Deus é que seria o fato vergonhoso, como disse Paulo em determinada ocasião: “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?” I Cor 6;2

O motivo da incapacidade daqueles, para o conhecimento da vontade Divina nas coisas mínimas, foi diagnosticado pelo Apóstolo, noutro trecho: “... porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa.” I Cor 15;34

Quem sou eu para julgar? Como homem sou mero pecador, que careço do perdão Divino, da Graça de Cristo, para ser salvo da Ira que virá; como ministro, uma voz capaz de fazer audível o Juízo Divino, deixado na Santa Palavra.

A pior das faces da maldade é aquela onde o mal se camufla, tentando furtar às vestes do bem; onde o orgulho se atreve a desfilar com o modelito da humildade.

Há dois gêneros biológicos e múltiplas formas de perversão. A recusa de conhecer ao Eterno nos Seus Termos, é já um julgamento, que coloca as inclinações da carne, acima da revelação de Deus. Alguma anomalia pontual deve ser tida como tal, não, como viés legitimador do que Deus abomina.

Os hereges


“Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o.” Tt 3;10

Buscar mel numa colmeia traz o risco de sofrermos algumas ferroadas; mexer num vespeiro, também. No primeiro caso, ao menos, a existência do mel, compensa o risco. No segundo não há nenhuma compensação, o que tornaria a hipotética atitude, estúpida.

Debater com outrem, razoavelmente esclarecido, intelectualmente honesto, que, diverge do nosso ponto-de-vista é normal. Certamente, sendo um oponente qualificado, eventualmente nos deixará em “saias justas”, com argumentos sólidos, quiçá, fará repensar e mudar alguns aspectos da nossa visão.

Um gládio de ideias nesse nível, malgrado, eventuais picadas, de um e outro lado, compensa, pelo contraponto do “mel” do crescimento para ambos; certamente sairão do pleito melhores do que entraram.

Porém, outro, sem respeito aos fundamentos estabelecidos, que se esmera em defender o indefensável, sem a honestidade de manter que disse algo, se for demonstrado falso, ou, conceder razão ao oponente quando oportuno; enfim, que não se embrenha na floresta dos argumentos sonhando com a clareira da verdade; acha que já a possui. Foge ou distorce tudo aquilo que ameace mostrar sua fragilidade, nesse caso, evitar o debate é mais sábio. Não encontraremos mel entre vespas ou marimbondos.

Paulo aconselhou que não gastemos latim com tipos desses; “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o.”

Entretanto, não é o que acontece. Notórios ateus, vibrantes sectários, especialistas em línguas originais da Bíblia, “intérpretes” preteristas desengonçados que sabem tanto da Palavra, quanto eu de física quântica, nada, estão em muitos vídeos, entrevistas, podcasts, para ensinar. O “Evangelho de Tomé”, de “Maria Madalena”, ETs, reptilianos, não existência do Jesus Histórico, de Moisés, outros esposam que Jesus seria um Deus à Imagem de Paulo, etc.

Não nego que exista algo além da Bíblia; ela não encerra informações sobre tudo o que há; não é esse seu propósito. Entretanto, no motivo pelo qual foi dada, é plena, nada lhe falta. “Visto como o seu divino poder (Deus) nos deu tudo que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela Sua Glória e Virtude;” II Ped 1;3

Para a regeneração das vidas perdidas desde a queda, tudo o que é necessário está na Palavra de Deus.

Se, alguém já sabe tudo e cumpre o que sabe, ao tal, para fugir do tédio, nada mais natural que excursione fora da Bíblia, tentando entender o Livro de Enoque, a saga dos dinossauros, a estrutura das galáxias, o tamanho do Universo, etc. Agora, quem não sabe o básico, ou, se sabe não cumpre, qual o sentido de exercitar-se em ímpias ginásticas mentais, cujo fito é desfazer da crença alheia, invés de edificar ao semelhante?

Quem encontrou a salvação, labora para difundi-la, não, para lutar contra os que creem. Os que se opõem, sabemos, servem a outro espírito, e nada lhes compete construir, uma vez que se alistaram nas fileiras do destruidor. Jesus disse: “O ladrão não vem senão a roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” Jo 10;10

O Evangelho é a maior declaração de amor de todos os tempos. Mas, está tão amalgamado à justiça, que foi necessário ao Eterno, escrevê-la com sangue. Logo, a leitura isolada, do Amor Divino, deixa de ser O Evangelho, torna-se uma heresia, ao sabor da humana e perversa concepção de “amor”.

O “Carro da salvação” é puxado por uma parelha antagônica; de um lado, o Amor Divino pelos pecadores; do outro, o ódio do Eterno, ao pecado. Do Salvador foi dito: “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o Teu Deus, Te ungiu com óleo de alegria mais do que aos Teus companheiros.” Sal 45;7 

Quem não sabe separar uma coisa e outra, ao menos deveria saber fazer silêncio. Entretanto, em linhas gerais, quem menos tem a dizer é quem mais fala, salvas venturosas e raras exceções.

O tempo que gastamos após vespas, discutindo com esses cujo benefício é zero para nosso crescimento, e para proveito do Reino de Deus, perdemos, deixando de fazer a coisa certa, altercando acerca do sexo dos anjos. Qual o sentido?

Não basta que tenhamos alguma luz espiritual; é necessário que essa luz seja usada para fim proveitoso, senão, nosso entendimento será usurpado pelo poder das trevas. O Salvador ensinou: “... Se a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

Pouco importa se, “fulano não crê na existência de Jesus”; “beltrano, duvida que A Bíblia seja de origem Divina”, etc. Como bem disse Spurgeon, não trocamos de lugar com reis em seus tronos, a menos que eles também, conheçam a Jesus. Quanto aos hereges, não os conheço.

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Peregrinos


“Do mundo são, por isso falam do mundo, e o mundo os ouve.” I Jo 1;5

Dois traços para identificação dos falsos profetas e mestres. Quando suas predições, doutrina, ensinos, desalinham das Escrituras, ou, suas pregações, recebem aplausos de gente que não é do Senhor.

A mensagem deve ser pregada aos ímpios, claro! Mas, quando esses a recebem, invés de aplausos, mostram arrependimento, tristeza, contrição. Se não for assim, mesmo pensando que a receberam, ainda não entenderam o que está em jogo; a salvação das almas, mediante arrependimento e conversão.

Em geral, o ser humano aplaude a si mesmo; quando se identifica com determinada performance, arte, ensino, discurso... Quando um ímpio se “encontra” com uma mensagem espiritual, há sobejas razões para acreditarmos que a mesma não procede do Senhor; pois, Ele confronta à impiedade chamando ao arrependimento, invés de avalizar às más posturas. Após o perdão sempre tem um sisudo, “não peques mais.”

Se, um pregador “descolado” com sua “teologia liberal”, seus chavões “politicamente corretos” desfila airoso entre aplausos do mundo, não significa que esteja revolucionando-o com sua mensagem; antes, que ele deturpou à Santa Palavra, por amar mais à glória dos homens, que a de Deus. Trata-se de um farsante, drogando incautos com rótulos bonitos, ninando o berço de mortos.

“... Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

O vulgo arde em febre, por modernismos; nós, ainda que possamos usufruir de meios tecnológicos de última geração, quando ao caminho espiritual, por ter vertido seu ensino da Fonte Perfeita, não há lugar para melhoramentos; apenas perseverança. “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos.” Jr 6;16

Cristãos não pretendem ser melhores que outros que não creem. Mas, atendendo ao chamado de Cristo foram desafiados ao “caminho estreito”, logo, se forem vistos andando “folgados” demais, certamente é porque se desviaram da vereda proposta.

Somos exatamente iguais aos demais pecadores; contudo, aceitamos um convite, que, traz anexo um jugo de obediência a Deus, cuja vontade destoa do jeito mundano. “Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;29

Isso requer uma postura diferente do modo corriqueiro; quem se atreve a andar após Cristo deve ser um “... que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem seu prazer na Lei do Senhor, na Sua Lei medita dia e noite.” Sal 1;1 e 2 

Não acha A Lei do Senhor, “jurássica” ultrapassada, carente de edições modernizantes. O que foi superado por ser, segundo os “rudimentos do mundo”, a própria Palavra ensina. No demais, nenhum reparo é necessário.

Empreendedores perspicazes, fazem pesquisas, consultam os anseios do povo, até descobrirem um “nicho de mercado;” o que falta em determinada praça, antes de se lançarem em novo empreendimento.

Os farsantes espirituais nem precisam disso; basta semearem segundo os desejos ímpios, poluindo locais que deveriam ser consagrados à Palavra, com músicas antropocêntricas, coreografias sem vigor espiritual, luzes, fumaça, paredes escuras, e mensagens humanistas, materialistas, ensejando motivação, onde deveria estar a “Água da Vida” fomentando arrependimento para regeneração. Como disse Watchman Nee, “muitos tentam ensinar o ímpio a viver melhor, quando deveriam ensiná-lo a morrer melhor.”

Invés dos “investidores” buscarem o público, esse os busca em sua doentia avidez pelo engano. Tais, conhecem a “receita” de Soren Kierkegaard: “Para dominar as multidões, basta conhecer as paixões humanas, certo talento, e boa dose de mentiras.”

Dominam todas as paixões, pois, padecem das mesmas; assim, propõem a saciedade das alheias, enquanto se locupletam fartando às suas. Paulo disse que os “consumidores” dos últimos dias seriam doentios assim: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4

Um “cristianismo” que oferece matéria-prima para humoristas, menções “honrosas” de “líderes espirituais” em revistas que alistam às grandes fortunas, é um derivado dessa farsa, não da Sã Doutrina do Senhor.

A Palavra da Vida desafia-nos a mudar de mentalidade e de atitudes, deixando o curso do mundo, andando segundo O Senhor. Quem ousar fazer isso, espere por vaias, não, por aplausos alheios. Incomoda um pouco, porém, “O mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” I Jo 2;17

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

O risco de ignorar


“... Vós não sabeis de que espírito sois.” Luc 9;55

Samaritanos se recusarem a receber Jesus e Seus discípulos; dois deles, Tiago e João cogitaram clamar aos Céus pedindo que caísse fogo sobre eles. Então, O Salvador disse as palavras acima, e acrescentou: “Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las...” v 56

Isso deve ser lido pontualmente, sem derivar daí, consequências ausentes. Certo é que o direito de crer ou descrer segue intocável, e, por alguém recusar à mensagem de Cristo, não legitima nenhuma animosidade contra o tal. O que foi vetado então, continua válido.

Entretanto, alguns partidários da “Graça Barata” que resumem suas Bíblias ao “Deus É Amor”, presto elevam suas vozes contra o “Legalismo, cegueira religiosa” dos que, anexo ao amor Divino que chama para arrependimento, apresentam a disciplina necessária, para os que pretendem seguir ao Senhor. Não veio destruir, mas salvar; porém, virá de novo e julgará segundo Sua Palavra; Seu amor não restringe Sua Justiça.

Paulo aconselha: “Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus...” Rom 11;22

Se alguém tenta fundir a universalidade do Amor Divino, com permissividade, o tal não entendeu o que significa nascer de novo, nem o que é andar em espírito. “Vós não sabeis de que espírito sois.”

O novo nascimento em Cristo teve o auxílio do Espírito Santo, capacitando a entender e constrangendo a recebermos a Palavra da Vida; certamente, nas vidas dos salvos segue atuando. Daí a postura necessária dada desde a Antiga Aliança, reiterada por Pedro. “Porquanto está escrito: Sede santos, porque Eu Sou Santo.” I Ped 1;16

Grave é não saber qual Espírito anima-nos, bem como, ignorar esse fato contíguo, que não somos mais autônomos. Pertencemos a Cristo que nos regenerou, e ao Espírito Santo que nos habita.

A autonomia que o canhoto prometeu era falsa. Invés de o homem decidir livremente segundo sua vontade, foi feito escravo do pecado, incapaz de agir, resistindo a ele. “Porque o que faço não aprovo, o que quero não faço, mas o que aborreço, isso faço. se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.” Rom 7;15 a 17

Os escrúpulos de gente que se sente desconfortável pecando, “consinto coma Lei que é boa”, mas, por escravo, não pode agir de modo diferente. Poderemos atuar segundo Deus, apenas recebendo a Cristo. “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Infelizmente é muito comum encontrar “cristãos” que não sabem de que espírito são. Eles estão nas filas das lotéricas fazendo suas “fezinhas”; “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para seus caminhos, e sê sábio.” Prov 6;6 na fila do churrasco, na festa do “santo padroeiro”, ignorando que coisas consagradas aos ídolos nos são vetadas. “... as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.” I Cor 10;20 Não importa o nome do “Santo” sabemos o que está por trás.

Muitos por crassa ignorância, inda buscam “benzedeiras”, outros leem cartas como se isso fosse equivalente de ler à Bíblia; “vós não sabeis de que espírito sois.” Tiago amplia: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais que, em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” Tg 4;4 e 5

A Palavra de Deus é categórica sobre a necessária separação entre o santo e o profano; “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; Eu serei seu Deus e eles serão Meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e vos receberei; serei para vós Pai, vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” II Cor 6;14 a 18

Naquele contexto inicial, os discípulos erraram por desejar juízo onde o propósito era salvação; os mencionados acima erram, pela falta de costume de ouvir O Espírito que lhes foi dado na conversão. “... Andai em Espírito, não cumprireis a concupiscência da carne.” Gl 5;16

terça-feira, 27 de agosto de 2024

"Cristo nunca existiu"


“Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem.” Sal 14;1

Bons tempos aqueles em que a estupidez tinha escrúpulos e fazia mal apenas ao próprio coração. Hoje, perdeu a modéstia e se pôs a “ensinar”, para deleite dos seus semelhantes.

Deparei com um vídeo onde dois ateus ridicularizavam da existência de Jesus, negando-a, em falas vorazes que tinham a velocidade de uma metralhadora, e a consistência cerebral de um camarão.

O "mestre” dizia que, se fosse um fato histórico, pelo menos um historiador deveria ter mencionado Cristo, e segundo ele, nada. Citou Filo de Alexandria que teria escrito 30 livros e vivido na mesma época, sem citar Jesus, como uma “prova” que Ele seria produto de um romance, uma ficção, não uma pessoa histórica. Investigadores honestos não derivam a verdade de omissões.

O fato do dito escritor não o ter citado não é prova cabal de Sua inexistência. Flávio Josefo, malgrado, não fosse seguidor de Cristo, mas um sacerdote do judaísmo, era também historiador, vivendo em Jerusalém, não em Alexandria como Filo.

Ele escreveu, em seu livro Antiguidades Judaicas, livro 18, parágrafos 63 e 64, escrito em 93 em grego koiné: "Havia neste tempo Jesus, um homem sábio [se é lícito chamá-lo de homem, porque ele foi o autor de coisas admiráveis, um professor tal que fazia os homens receberem a verdade com prazer]. Ele fez seguidores tanto entre os judeus como entre os gentios.[Ele era o Cristo.] E quando Pôncio Pilatos, seguindo a sugestão dos principais entre nós, condenou-o à cruz, os que o amaram no princípio não o esqueceram;[ porque ele apareceu a eles vivo novamente no terceiro dia; como os divinos profetas tinham previsto estas e milhares de outras coisas maravilhosas a respeito dele]. E a tribo dos cristãos, assim chamados por causa dele, não está extinta até hoje."

Logo, o argumento que nenhum historiador citou a existência do Salvador é mentira do sujeito, ou, crassa ignorância; ele que escolha a razão. 

Ademais, ignorar que os Evangelhos são quatro reportagens históricas, de autores diferentes, tendo, inclusive, pequenas discrepâncias; tentar agrupá-los numa coisa só como se fosse uma ficção ou romance de único autor, é preciso um cérebro de galinha para isso.

Em dado momento o “mestre” ateísta, disse que Marcos e Lucas não eram discípulos. Como eles poderiam saber coisas como o sonho da mulher de Pilatos, que teria aconselhado o marido a não se meter com Jesus? Perguntou.

Marcos não era dos doze; era de segunda geração. Certamente aprendeu dos apóstolos que andaram com O Senhor. Lucas admite que não foi testemunha ocular, antes, que entrevistou aos que foram para escrever. Disse: “Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra, pareceu-me também conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio;” Lc 1;1 a 3

Pior que ver duas cabeças ermas desprovidas do recheio original que deveriam ter, foi ler os comentários sob o vídeo de outros do mesmo calibre. “Ganharam um seguidor, são fantásticos, sempre fui enganado, mas abriram meus olhos” etc. 

A Bíblia ensina que seria assim. “... tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4

As consequências benditas da Doutrina de Cristo, ensinada, crida e vivida, como ficam? Aquele que era adúltero, e tendo aprendido Dele, mudou de vida se tornou um homem decente, quem o indenizará pelo seu engano? Os que deixaram o crime, as drogas, a mentira, por amor a Cristo, como ficam? Quem os reembolsará pelos prejuízos??

“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.” I Cor 15;33

Ele mesmo, Cristo ensinou como poderíamos desfazer eventuais dúvidas quanto à origem dos seus ensinos; “... Minha doutrina não é Minha, mas Daquele que Me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade Dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se falo de Mim mesmo.” Jo 7;16 e 17

A Palavra nem se detém muito com a irrelevância dos que se opõem ao evidente. Apenas coloca-os na devida prateleira e segue seu curso; “Disse o néscio em seu coração: Não há Deus.”

Porém, no tempo do juízo, os que trabalham contra a verdade, serão alvos da Ira, porque desprezaram e debocharam dos apelos do Amor Divino; “Do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.” Rom 1;18

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Sobre as águas


“Quando subiram para o barco, acalmou o vento.” Mt 14;32 Após um breve passeio sobre as águas, Jesus e Pedro, tende esse mergulhado, também, subiram ao barco onde estavam outros discípulos.

Mar agitado, ventos fortes, situação que mudou, de uma hora para outra. “quando subiram para o barco, acalmou o vento.” Certamente concorreu a vontade do Senhor, que tem poder sobre essas coisas; isso encerra uma lição que faremos bem em aprender.

No caso de Jonas, se dera o contrário. Terrível tempestade ameaçava o navio; ele assumiu ser o culpado, por estar fugindo de um mandado Divino, pediu que fosse lançado ao mar; feito isso, a tempestade acalmou. Num caso o vento serenou quando se aumentou a carga; no outro, quando se diminuiu, por quê?

No caso de Jonas havia relação de causa e efeito. A tempestade viera como punição a uma desobediência. Punido o rebelde, a procela deixou de existir. Os desdobramentos, com o arrependimento do profeta, e obediência, são de outra história.

No caso de Jesus e os discípulos, não havia uma causa corretiva. Perante os Seus, O Salvador explicava coisas em particular, como o sentido das parábolas; também permitia que eles vissem coisas que eram vetadas aos demais; como no monte da transfiguração, a Pedro, Tiago e João; ou, o incidente de andar sobre as águas. Essa intimidade fora predita, em dias idos; “O segredo do Senhor é com aqueles que O temem; Ele lhes mostrará Sua Aliança.” Sal 25;14

Como os que acompanhavam ao Senhor eram Seus alunos, natural que aquilo tivesse uma função didática, diferente da correção de Jonas.

Andar contra os ventos em águas agitadas, é comum aos que ousam ser diferentes do mundo, seguindo após os ensinos do Senhor. Ele mesmo disse: “Tenho-vos dito isto, para que em Mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo.” Jo 16;33

Duas situações antagônicas: No mundo, águas agitadas, ventos opostos, aflições; em Cristo, Paz. Não por acaso, quando O Salvador entrou no barco, as águas se acalmaram. Há uma lição importante aí.

Grosso modo, confunde-se a paz do mundo com a do Senhor; mas Ele disse que não é assim. “Deixo-vos a paz, Minha paz vos dou; não vos dou como o mundo dá. Não se turbe vosso coração, nem se atemorize.” Jo 14;27

A “paz” do mundo, em geral, é uma calmaria baseada em apetites naturais saciados; por um pouco; como um leão no prado que, após devorar a uma zebra repousa “pacífico”. Miquéias descreveu alguns assim: “... que mordem com seus dentes e clamam paz; mas contra aquele que nada lhes dá na boca preparam guerra.” Miq 3;5 

O preço desses é a saciedade dos seus anseios. Paulo também apreciou aos dos seus dias, uns; “Cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e a glória é para confusão deles; que só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3;19

A paz de Cristo reconcilia-nos com Deus, a despeito do que aconteça ao redor. “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;19

Feito isso, presto soprarão ventos de perseguições, valores invertidos, difamações, calúnias, inveja dos falsos cristãos, etc. sopram contra os que pretendem “navegar” com fidelidade. As águas, os povos, se deixam agitar por essas coisas; tentam nos contagiar com suas agitações. É indispensável que Jesus Cristo esteja “no barco”, para que, tais tempestades ímpias não nos façam naufragar.

Andar sobre as águas, naquele incidente foi algo literal; hoje podemos fazer o mesmo, como Pedro, enquanto não duvidou do Mestre. Agora num sentido figurado, de não submergir nessas coisas que afundam os que não têm O Senhor como timoneiro das suas vidas.

Usando uma figura mais sólida, O Salvador nos desafiou a edificarmos nossas casas sobre a rocha, pois elas serão testadas pelos rigores naturais. “Desceu a chuva, correram rios, assopraram ventos, combateram aquela casa e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.” Mat 7;25

No primeiro caso, bastaria confiar no Senhor irrestritamente para não afundar; Pedro falhou. No segundo, cumprir à Palavra que ouvimos, para termos firme a nossa casa espiritual, o que, também requer confiança inabalável no Salvador.

A paz de Cristo não é flutuar pela ausência de problemas; antes, manter-se íntegro em meio a Eles, ciente da Bendita Presença, conosco. “Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2

Se as agitações circunstantes estão ameaçando afundar-te, verifique se O Senhor está na embarcação; caso não, convide-o a entrar. Entrando Ele, os ventos acalmarão.

domingo, 25 de agosto de 2024

Os sete sóis


“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas.” Luc 21;25

Todo mundo deve ter visto ou, ouvido falar sobre os “sete sóis” nos céus da China.
Especialistas disseram que é um fenômeno atmosférico que, dada a posição da terra, das nuvens e da umidade do ar, etc. possibilitou que o astro produzisse seis reflexos, gerando assim, a ilusão que, havia sete sóis ao mesmo tempo.

Seja como for, é algo extremamente raro, tanto que, eu jamais ouvi falar. Embora, se possa explicar “como” o fenômeno é produzido, a mim, do prisma de quem sabe que Deus preside sobre essas coisas, importa mais o, porquê.
Quando criou sol e lua disse: “... Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e noite; sejam eles para sinais e tempos determinados; para dias e anos.” Gn 1;14

Os que conhecem um mínimo de teologia sabem sobre as “setenta semanas” de Daniel, tempo que O Eterno aprazou, para a redenção do povo do profeta, os judeus.

A rejeição de Cristo e Sua crucificação, foi na sexagésima nona semana de anos; 483 anos após a profecia. Antes, sabendo que seria rejeitado, o Salvador avisou: “... o Reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê seus frutos.” Mat 21;43 Haveria uma interrupção, no Divino propósito em relação a Israel, uma mudança de foco.

Paulo ensina: “Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. Assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, desviará de Jacó as impiedades.” Rom 11;25 e 26

Assim, a rejeição de Israel duraria até certo tempo, que seria dado aos não judeus, os gentios. Os teólogos chamam de era da Igreja. Então, cumprido esse tempo, a graça do Eterno voltaria outra vez para o povo eleito, para os regenerar e perdoar seus pecados.

Que sinal haveria quando esse tempo estivesse chegando? “A luz da lua será como a luz do sol, a luz do sol sete vezes maior, como a luz de sete dias, no dia em que o Senhor ligar a quebradura do seu povo, curar a chaga da sua ferida.” Is 30;26

A luz da lua sendo como a do sol, tornaria a noite em dia; a do sol sete vezes mais, certamente faria estragos à natureza. Então, não devemos entender literalmente. A lua figuraria a própria nação de Israel, uma vez que o tempo da igreja teria findado; sol tipifica ao próprio Deus, como Ele mesmo usa essa figura, mais de uma vez: “... para vós, os que temeis Meu Nome, nascerá o sol da justiça...” Ml 4;2 “... o oriente do alto nos visitou...” Luc 1;78 quando nasceu Cristo; “Porque o Senhor Deus é um sol e escudo...” Sal 84;11 etc.

Assim, esse upgrade luminoso do sol e da lua, figura uma iluminação espiritual especial, sobre o povo de Israel. “Sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e súplicas; olharão para Mim, a quem traspassaram; e prantearão sobre Ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por Ele, como se chora amargamente pelo primogênito.” Zac 12;10

Por que, sobre a China? Um país que adota como símbolo um dragão, que na Bíblia, figura o Capeta? Porque lá já é, como será em toda a terra, quando do império global do canhoto foi instaurado. Castração de direitos, vigilância eletrônica, supressão da liberdade de crer, escolher, expressar-se... cidadãos não passam de gado no curral do partido comunista.

Durante esse sistema, de opressão planetária, governo único e ímpio, O Criador voltará Sua Graça especial sobre a nação de Israel, tão odiada ao longo dos anos.

O sol, servo do Deus Altíssimo, como um precursor Dele, está “tocando trombeta” para avisar ao povo da aliança, que seu tempo se avizinha.

Títeres de Satã conspiram, manipulam, fraudam, na pressa de entregar todo governo da terra a ele, O Senhor observa e pergunta pelas razões deles; “Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos suas ataduras, e sacudamos de nós suas cordas?” Sal 2;1 a 3

De nada valem os mais eloquentes sinais, para quem se recusa a ver. A ciência “explica” tudo. Por isso, Daniel adverte: “... os ímpios procederão impiamente, nenhum dos ímpios entenderá; mas os sábios entenderão.” Dn 12;10 Sejamos sábios, pois.