terça-feira, 27 de agosto de 2024

"Cristo nunca existiu"


“Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem.” Sal 14;1

Bons tempos aqueles em que a estupidez tinha escrúpulos e fazia mal apenas ao próprio coração. Hoje, perdeu a modéstia e se pôs a “ensinar”, para deleite dos seus semelhantes.

Deparei com um vídeo onde dois ateus ridicularizavam da existência de Jesus, negando-a, em falas vorazes que tinham a velocidade de uma metralhadora, e a consistência cerebral de um camarão.

O "mestre” dizia que, se fosse um fato histórico, pelo menos um historiador deveria ter mencionado Cristo, e segundo ele, nada. Citou Filo de Alexandria que teria escrito 30 livros e vivido na mesma época, sem citar Jesus, como uma “prova” que Ele seria produto de um romance, uma ficção, não uma pessoa histórica. Investigadores honestos não derivam a verdade de omissões.

O fato do dito escritor não o ter citado não é prova cabal de Sua inexistência. Flávio Josefo, malgrado, não fosse seguidor de Cristo, mas um sacerdote do judaísmo, era também historiador, vivendo em Jerusalém, não em Alexandria como Filo.

Ele escreveu, em seu livro Antiguidades Judaicas, livro 18, parágrafos 63 e 64, escrito em 93 em grego koiné: "Havia neste tempo Jesus, um homem sábio [se é lícito chamá-lo de homem, porque ele foi o autor de coisas admiráveis, um professor tal que fazia os homens receberem a verdade com prazer]. Ele fez seguidores tanto entre os judeus como entre os gentios.[Ele era o Cristo.] E quando Pôncio Pilatos, seguindo a sugestão dos principais entre nós, condenou-o à cruz, os que o amaram no princípio não o esqueceram;[ porque ele apareceu a eles vivo novamente no terceiro dia; como os divinos profetas tinham previsto estas e milhares de outras coisas maravilhosas a respeito dele]. E a tribo dos cristãos, assim chamados por causa dele, não está extinta até hoje."

Logo, o argumento que nenhum historiador citou a existência do Salvador é mentira do sujeito, ou, crassa ignorância; ele que escolha a razão. 

Ademais, ignorar que os Evangelhos são quatro reportagens históricas, de autores diferentes, tendo, inclusive, pequenas discrepâncias; tentar agrupá-los numa coisa só como se fosse uma ficção ou romance de único autor, é preciso um cérebro de galinha para isso.

Em dado momento o “mestre” ateísta, disse que Marcos e Lucas não eram discípulos. Como eles poderiam saber coisas como o sonho da mulher de Pilatos, que teria aconselhado o marido a não se meter com Jesus? Perguntou.

Marcos não era dos doze; era de segunda geração. Certamente aprendeu dos apóstolos que andaram com O Senhor. Lucas admite que não foi testemunha ocular, antes, que entrevistou aos que foram para escrever. Disse: “Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra, pareceu-me também conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio;” Lc 1;1 a 3

Pior que ver duas cabeças ermas desprovidas do recheio original que deveriam ter, foi ler os comentários sob o vídeo de outros do mesmo calibre. “Ganharam um seguidor, são fantásticos, sempre fui enganado, mas abriram meus olhos” etc. 

A Bíblia ensina que seria assim. “... tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4

As consequências benditas da Doutrina de Cristo, ensinada, crida e vivida, como ficam? Aquele que era adúltero, e tendo aprendido Dele, mudou de vida se tornou um homem decente, quem o indenizará pelo seu engano? Os que deixaram o crime, as drogas, a mentira, por amor a Cristo, como ficam? Quem os reembolsará pelos prejuízos??

“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.” I Cor 15;33

Ele mesmo, Cristo ensinou como poderíamos desfazer eventuais dúvidas quanto à origem dos seus ensinos; “... Minha doutrina não é Minha, mas Daquele que Me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade Dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se falo de Mim mesmo.” Jo 7;16 e 17

A Palavra nem se detém muito com a irrelevância dos que se opõem ao evidente. Apenas coloca-os na devida prateleira e segue seu curso; “Disse o néscio em seu coração: Não há Deus.”

Porém, no tempo do juízo, os que trabalham contra a verdade, serão alvos da Ira, porque desprezaram e debocharam dos apelos do Amor Divino; “Do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.” Rom 1;18

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