domingo, 11 de agosto de 2024

A Imagem de Lúcifer

“Aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém? Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.” Luc 13;4 e 5

Tendemos a julgar como se tivéssemos um “pecadômetro” que mensurasse quais erros são graves, mortais, e quais, não. O Catolicismo faz distinção entre pecados “capitais” e “venais”. A única distinção bíblica é a Blasfêmia contra O Espírito Santo, para o qual, não haverá perdão. Aos demais, sem arrependimento e mudança, a sentença é igual; “O salário do pecado é a morte.” Rom 6;23

Os erros diferem entre si em gravidade, mas para todos, o “remédio” é o mesmo: “... se não vos arrependerdes, perecereis.”

O Salvador encontrou uma sociedade ímpia, porém, parte dela religiosa, zelosa com o verniz, a aparência. Ele não fez distinção, entre os que precisavam se arrepender e os que não. Antes, nivelou a todos, na morte; os desafiou a ouvirem Sua Voz, para receber vida; “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus, os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25

Esse nivelamento por baixo, feriu aos brios dos “santos” de então. Afinal, havia meretrizes, publicanos, pecadores públicos, aqueles sim, precisariam se arrepender de seus pecados, os religiosos, não. Ledo engano. Para agravar a “injustiça” em dado momento Jesus lhes disse: “... publicanos e meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não crestes; mas publicanos e meretrizes creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crer.” Mat 21;31 e 32

Qual era o “mérito” dos que entrariam no Reino? Se arrependeram, enquanto os religiosos sem noção, recrudesciam nas suas pretensões. A parábola do Fariseu e do publicano foi dada, justo para desfazer a ilusão, derivada dos “méritos” humanos. Que entendeu se arrepende, invés de se justificar.

Entre o religioso cheio de si, e o publicano cheio de culpas, mas contrito, esse foi perdoado; aquele, não. “Deus escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 1;28 e 29

Agora muitos “profetas” estão alarmados, porque, em Gravataí, RS, está sendo exposta uma estátua de Lúcifer, tendo cinco metros de altura, para a “Igreja” do referido caído. Recém tivemos uma grande catástrofe e não aprendemos nada, vociferam alguns.

Ora, antes das enchentes foi feito o “Cristo Protetor” maior que aquele do Rio de Janeiro, em Encantado; qual a diferença entre um e outro?? Ah, mas um representa Cristo, outro, o Capeta. Não, ambos representam o Capeta. Um de modo mais explícito.

O veto a fazer imagens para culto, não faz distinção entre as que seriam boas, e as más. Todas são abomináveis aos Olhos do Santo. “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás...” Ex 20;4 e 5

Já ouvi padres dizendo: “Mas Deus mandou fazer dois querubins sobre a Arca, e uma serpente de metal.” E daí? Quando O Senhor ordena, para o propósito que ordenou, deve ser obedecido; nada além.

Alguns supõem que sofismas e A Palavra de Deus cabem na mesma sentença; ou, que ler cartas é igual a ler a Bíblia. Quem não aprendeu a distinção entre santo e profano, no âmbito espiritual, não sabe de nada.

Na pretendo, como gaúcho, amenizar nossas culpas; imensa maioria no nosso estado tem sido resiliente no mal, avessos a Deus e Seus ensinos. Porém, temo que nos demais rincões do país, não seja diferente. Em suma, estamos no mesmo barco, onde uns poucos se atrevem honrar a Deus, enquanto os demais, segundo o conselho do querubim caído, andam às suas errôneas e doentias maneiras.

Assim, parafraseando ao Senhor, ouso: Pensais que os cidadãos de Gravataí são mais pecadores que a média, porque na cidade deles se está erigindo um local de culto ao Capeta? Não vos digo; antes, senão vos arrependerdes, todos, de igual modo, morrereis.

Toda imagem cultuada, pequena, “santa” que seja, é uma desobediência coletiva, solene. “... nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar.” Is 45;20 “Eu sou O Senhor; este é Meu Nome; Minha glória, pois, a outrem não darei, nem Meu louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

“Reconhecemos um louco quando o vemos; não, quando o somos.”

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