segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Segundo casamento


“Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a Lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.” Rm 7;4

Interessante alegoria usada por Paulo. Comparou a relação do homem com Deus a um casamento, ensinando que, o cônjuge, se tiver relação com outro enquanto casado será adúltero. Porém, morrendo aquele, estará livre para contrair novo matrimônio, sem impedimento ou culpa.

Assim, os que “Casaram com Deus” mediante a Lei dos dez mandamentos, tendo Cristo morrido a morte deles, foi como se eles também morressem; “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte?” Rom 6;3

Se morreram para a Lei, pela morte de Cristo, ficaram livres da Lei, podendo “casar de novo”, agora com Cristo. “... estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos...” 

Por isso, quando alguém se pretendendo cristão, ainda ensina segundo a Lei, não segundo Cristo, não é obediência que esse está evidenciando, antes, ignorância.

Paulo foi categórico e incisivo sobre isso: “Todos aqueles, pois, que são das obras da Lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da Lei, para fazê-las. É evidente que pela Lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.” Gl 3;10 e 11

Portanto, os que se dizem cristãos, mas esposam coisas da Lei, como a alimentação “santa” e a guarda do Sábado, estão “coxeando entre dois pensamentos”, extraviados entre Cristo e Moisés.

Um sabatista me esfregaria na cara uma dezena de versos onde se preceitua a observância do sábado, como se isso fosse necessário. Qualquer estudante mediano da Palavra sabe o que está escrito nela; porém, a interpretação sadia, do que ainda vige e do que foi superado, é mais uma questão de honestidade intelectual, que, de capacidade de entender o que está expresso com todas as letras.

“Dizendo Nova Aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, se envelhece, perto está de acabar.” Heb 8;13 “Mas agora temos sido libertados da Lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, não na velhice da letra.” Rom 7;6 “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; e tudo se fez novo.” II Cor 5;17 “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” Col 2;16 e 17 etc.

A doutrina da necessidade de guarda do sábado, para os cristãos, vem dos escritos de Ellen White, não da Bíblia. Os adventistas levaram isso tão a sério, que tratam o sábado como sendo o “selo de Deus”, e a observância do domingo, como a “marca da besta”. Colocaram todos os ovos num balaio só; quando ele cair, breve cairá, ficarão sem nenhum. 

A marca será uma senha obrigatória aos, “world citizens”, em tempo de governo global, e dinheiro digital. Sem ela não se acessará ao sistema, não se comprará nem se venderá. Quando for implantada, breve será, os adventistas ficarão sem discurso nenhum.

Muitos deles se ofendem porque alguém os definiu como uma seita. Ora, a melhor maneira de evidenciar que não são, seria agirem como não sendo. Mas eles não conseguem.

Para eles, os salvos são apenas os adventistas; alguns eventuais sinceros que perambulam por “Babilônia”, como chamam aos não adventistas, no devido tempo se tornarão um deles também. Assim, embora não expresso, fica implícito que, fora do adventismo, não existe salvação. Felizmente, será O Senhor que escolherá quem serve, e quem não.

Embora, ensinos como não ter outros deuses, honrar pai e mãe, não fazer imagens para adoração, não matar, furtar, adulterar, dar falso testemunho, continuem válidos, devemos fazer essas coisas como evidências do que Cristo fez por nós, não como substitutos à Sua remissão, como se, pudéssemos ser salvos pelas obras. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Nem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;8 a 10

Em Cristo estamos num “segundo casamento”, dentro do qual, as preferências do falecido, não importam mais. Pior, se voltarmos a elas, perderemos nosso cônjuge; “Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela Lei; da graça tendes caído.” Gál 5;4

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