segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Códigos Eternos


“O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um quanto outro, são abomináveis ao Senhor.” Prov 17;15

Quem se apega com todas as forças ao “não julgueis”, sem entender deveras o sentido, precisa cotejar o ensino, com o provérbio supra. Não está censurando justificar, ou condenar; mas, fazer isso de modo indevido, alienado do método justo.

Uma coisa é julgar, de modo temerário, atribuindo motivações que ignoramos, produzindo-as. Outra, saber o que é justo, por ter aprendido do Senhor; à luz disto, se portar no teatro da vida. Nesse caso, não julgamos, antes, discernimos a essência das coisas segundo Deus. “O que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 1 ;15

Deriva de sermos bons ouvintes, ante À Palavra do Eterno, que traz edificação, maturidade, aperfeiçoamento no sentido de identificarmos a essência das coisas; “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm sentidos exercitados para discernir tanto o bem, quanto, o mal.” Heb 5;14

Como poderíamos optar pelo bem, pelas coisas virtuosas, ou, evitar o mal, sem certa capacidade de julgar e identificar um e outro?

Para mantermos o bom porte nos apreços que fazemos, seja, censurando, seja, apoiando, devemos nos pautar por valores, não por preferências; e os tais, derivados da Fonte da Justiça, O Todo Poderoso, se, pretendemos estar alinhados com Ele. “... todas minhas fontes estão em Ti.” Sal 87;7

Os reféns de paixões clubísticas nos esportes, ideológicas na política ou filosofia, rituais espúrios na religião, em geral, tendem a ser lenientes, cúmplices até, com os que envergam o mesmo lábaro; avessos, severos contra os que pensam diferente. Tanto censuram aos justos se esses forem diferentes, quanto, justificam aos ímpios, se os tais forem dos “seus”.

Nesse caso, tendo as paixões humanas como aferidoras, ou, alguma conveniência rasteira a “patrocinar”, então se aplica com todas as letras, o “não julgueis.” Foi a isso que O Salvador censurou. “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.” Jo 7;24 “Porque O Senhor é justo, ama a justiça; o Seu Rosto olha para os retos.” Sal 11;7

Tenho minha preferência esportiva, nada doentia, mas gosto de ver o Grêmio ganhar. Quando se anula um gol “nosso”, como ocorreu duas vezes, ontem, penso: Se fosse contra nós, seria justa a anulação? Caso afirmativo, considero justa mesmo sendo a favor. Simples assim. Por essa régua devemos pautar todos os nossos julgamentos, a isonomia. Convém medir nossos direitos com a mesma escala dos deveres.

Há um ditado que versa: “Ouro nas mãos do bandido, ainda é ouro.” Ou seja, a coisa certa, veraz, justa, feita por gente que desaprovo, segue sendo certa, veraz e justa. Mas, em geral as paixões humanas não permitem nenhuma concessão aos que não são aves do mesmo bando.

Na política, com a imprensa prostituta a serviço de quem paga seus trabalhos de alcova, alguns começam a falar que Nicolás Maduro é de direita; porque a escalada de violência e a nudez da fraude que cometeu se tornaram indefensáveis.

Aqueles que sempre defenderam à ideologia esquerdista, quando percebem que o “modus operandi” da mesma desfila inaceitável, tentam amputar um de seus próceres e jogar para o outro lado. O esquerdismo sempre foi amoral e imoral; defendendo bandidos, aborto, drogadição, casamento gay... qual o problema, roubar a eleição e matar quem se opõe?

Isso evidencia que tais “juízes” não censuram ao ímpio; antes ao que pensa diferente. Se, o tirano é mesmo de direita, o que fez esses anos todos que participou do encontro da esquerda latino-americana, no de Foro de São Paulo? Devia ser um infiltrado, um espião. Francamente! O jornalismo tinha dever de não ser tão obsceno.

Enfim, as palavras de julgamento que falarmos, serão usadas contra nós em juízo; “Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado.” Mat 12;37

Por isso, quem teme a Deus fala segundo Ele; não precisa se preocupar, mesmo sabendo que os Céus registram suas falas; “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; O Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele, para os que O temeram; para os que se lembraram do Seu Nome. Eles serão Meus, diz O Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve.” Ml 3;16 e 17

Nossas falas estarão no Tribunal Eterno, não como códigos; mas, como testemunhas das escolhas que fizemos. Códigos, são as Palavras do Senhor. “Quem Me rejeitar, não receber Minhas Palavras, já tem quem o julgue; a Palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12;48

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