domingo, 18 de agosto de 2024

A reconciliação


“O Senhor está longe dos ímpios, mas a oração dos justos escutará.” Prov 15;29

Deus ama a todas as Suas criaturas. Manda entregar a cada uma, um convite do Seu amor, para que venham a ser salvas mediante Cristo. Todavia, o fato do Seu amor ser inclusivo, universal, não torna o relacionamento, banal, comum; do tipo que possa ser regido à nossa escolha, “Deus como você o concebe”, dizem. Parece inocente, mas é um desdobramento da antiga sugestão do Capeta; vocês decidirão sobre o bem e mal, certo e errado.

Dessa “visão” errônea, miopia de espúria fonte, se originam monstrengos espirituais, como o ecumenismo, por exemplo. Todos os credos, por discrepantes da Palavra de Deus que sejam, antagônicos, até, estariam certos; ou, seriam aceitáveis. Afinal, todos estariam buscando a Deus, cada um à sua maneira. O Salvador É Categórico: “... Eu Sou O Caminho, A Verdade e A Vida; ninguém vem ao Pai, senão por Mim.” Jo 14;6

Pela Sua Exclusividade e demandas santas, que as pessoas são avessas À Palavra de Deus; não poucos, chegam a adjetivar aos Santos Ensinos, como “discursos de ódio”; assim, quando se abrigam sob a casamata de crenças periféricas, não estão buscando Deus; antes, fugindo Dele. Camuflando isso com artifícios religiosos. Quem deu o primeiro passo para a reconciliação, foi O Eterno, malgrado, a culpa pela inimizade fosse humana.

Os profetas avisaram: “Porque eis que O Senhor está para sair do Seu lugar; descerá, e andará sobre as alturas da terra.” Miq 1;3 “Vendo que ninguém havia, maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; por isso Seu próprio braço lhe trouxe a salvação, Sua própria justiça O susteve.” Is 59;16

O Salvador, no pleno cumprimento do que fora prometido assegurou: “... Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” Jo 10;10

“Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;19
Quando diz “o mundo” alude ao alvo do Seu objetivo; quando pontua, “A Palavra da reconciliação”, refere-se ao método. Não há espaço para termos alternativos. Ou voltamos à comunhão com Deus nos Seus termos, ou jamais retornaremos.

Assim, se Deus fez a Sua parte, cabe ao homem, agora, responder à altura, ao Divino chamado, para que a amizade seja refeita. O Salvador convidou: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;28 e 29

O descanso da alma, Nele, enseja uma paz tal, que já não carecemos sair por aí maquiando a rebeldia sob o disfarce da religiosidade; a Justiça de Cristo é atribuída aos injustos que se arrependem e submetem a Ele. Por Ele, apenas por Ele, o acesso ao Eterno é possível outra vez. Daí voltamos ao verso inicial: “O Senhor está longe dos ímpios, mas a oração dos justos escutará.”

Tendo deixado a impiedade autônoma, na qual vivíamos, sido abrigados sob a Justiça de Jesus Cristo, agora, seremos íntimos do Santo. Ele ouvirá nossas orações.

Pois, se O Altíssimo é inclusivo no que tange à difusão do Seu Amor, colocando-o alcance de todos, é seletivo quanto ao relacionamento. Sua mensagem amorosa é disponibilizada a quem quiser; “Pregai O Evangelho a toda criatura.” Porém, a aprovação não é tão abrangente assim: “Meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6

Portanto, essa balela que tenta fundir coisas que não são fusíveis, equacionando o fato que Deus aceita e ama a todos, com a ímpia ideia que Ele aceita a tudo, é uma perversão maligna da Doutrina de Cristo.

Desde a Antiga Aliança, O Eterno pontua a barreira que atrapalha o relacionamento com Ele, e o fruir das Suas bênçãos: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado Seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; os vossos pecados encobrem Seu rosto de vós, para que não vos ouça. Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, vossos dedos de iniquidade; vossos lábios falam falsidade, a vossa língua pronuncia perversidade.” Is 59;1 a 3

As pessoas que recusam ao Divino chamado, não o fazem por aversão ao suposto “discurso de ódio”; antes, porque amam pecar, viver às suas ímpias maneiras. Ademais, o ódio nem é tão ruim assim; basta que esteja na prateleira certa. Nela, até Deus o tem; “Tu amas a justiça e odeias a impiedade...” Sal 45;7

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