sábado, 10 de agosto de 2024

A zombaria


“... nos últimos dias virão escarnecedores...” II Ped 3;3

Escarnecer: Ridicularizar, menosprezar, zombar de algo ou alguém.

Embora atue pretendendo mostrar indiferença, não é bem isso que evidencia o agir do escarnecedor. A verdadeira indiferença enseja total desprezo, a pessoa age como se nem existisse aquilo que lhe é indiferente. Agar escarnecendo de Sara, o fazia, porque pretendia a atenção do esposo, Abrão, para si; Penina zombando de Ana, invejava o amor que Elcana tinha por aquela.

Escárnio é um método enviesado, uma “releitura” de coisas que, os incomodam, embora, jamais se admita isso. O amor próprio adoecido, se fazendo maior que o amor pela verdade.

“Quem desdenha, quer comprar”
. Sabedoria popular, vendo além do esfarrapado disfarce.

Os escarnecedores mencionados por Pedro zombariam nos últimos dias, da volta de Cristo; afinal, se passaram tantos anos e nada aconteceu. Tem um quê de verdade nisso; muito de estupidez. Seria como alguém dizer: Falam que vou morrer, mas é bobagem. Já estou com sessenta e cinco anos, e nunca morri. Verdadeiro o dito, mas, confiável?
Jesus nunca voltou, desde que ascendeu aos Céus; também nunca mentiu, e prometeu que, no devido tempo, voltará; logo...

Que o escárnio é um interesse disfarçado, temos mais exemplos bíblicos. Quando da reconstrução dos muros de Jerusalém, teve quem zombasse dos edificadores, liderados por Neemias. “Ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, se indignou muito; escarneceu dos judeus... Estava com ele Tobias, o amonita, que disse: Ainda que edifiquem, vindo uma raposa, derrubará facilmente seu muro de pedra.” Ne 4;1 e 3

Os escárnios foram usados como “armas de guerra” para tentar desencorajar a algo que temiam. Não funcionando, “subiram a régua” da oposição; os adversários daquela empresa, “ligaram-se entre si todos, para virem guerrear contra Jerusalém, para os desviarem do seu intento.” V 8 Como era de origem Divina, foram malogrados seus planos; a edificação foi concluída com sucesso.

Entretanto, na ausência de Neemias, que voltara à Pérsia, o “adversário” Tobias se aparentara com um sacerdote e arranjara uma câmara par si, junto ao Templo do Senhor.

Voltando de viagem, o governador, colocou os pingos nos is; “voltando a Jerusalém, compreendi o mal que Eliasibe fizera para Tobias, fazendo-lhe uma câmara nos pátios da casa de Deus. O que muito me desagradou; de sorte que lancei todos os móveis da casa de Tobias fora da câmara.” Cap 13;7 e 8

Despejo, pé na bunda. Eis a porção dos escarnecedores! a menos que se arrependam em tempo.

As Olimpíadas, ainda em curso, foram um festival de escárnios em sua cerimônia de abertura. A pretextos de inclusão e diversidade, se deram ao direito de profanar símbolos sagradas aos Cristãos. Sabemos que o quadro da “Santa Ceia” é apenas uma pintura de Leonardo da Vinci, que deve estar a anos-luz da verdade. Mas, simboliza algo verdadeiro, sacro para os cristãos; como tal, deveria ser respeitada; mas os escarnecedores não conhecem limites.

A maioria dos tais, não escarnece da existência de Deus, de Seu Reino vindouro. Apenas discorda dos termos para ingresso, pretendendo que a “porta estreita” seja alargada, ao bel-prazer das suas comichões. Os que pregam à Sã Doutrina, são desqualificados pelos seus “discursos de ódio”; pois, de amor, apenas eles entendem. Assim criam suas igrejas “inclusivas”, se pretendendo mais íntimos de Deus, que os que se mantêm segundo A Palavra Dele.

Ora, uma coisa é anunciarmos fielmente a verdade que nos foi revelada por Deus; outra, odiar à verdade. Pior é que, os que fazem isso, supostamente lutam contra o ódio. Em tempos de misericórdia, O Eterno ainda os chama ao arrependimento e reconciliação; porém, no juízo, “Certamente Ele escarnecerá dos escarnecedores, mas dará graça aos mansos.” Prov 3;34

O Senhor expõe seus motivos; “... porque clamei e recusastes; estendi Minha Mão e não houve quem desse atenção, antes, rejeitastes todo Meu conselho, e não quisestes Minha repreensão, também de Minha parte Eu me rirei na vossa perdição e zombarei, em vindo o vosso temor.” Prov 1;24 a 26

Embora o mandado que, O Evangelho seja pregado “a toda a criatura,” dos escarnecedores convém mantermos segura distância; há certas posturas ante as quais, o silêncio é o melhor argumento. “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Sal 1;1

Enfim, essa resposta enviesada, à tentativa de persuasão do Espírito Santo, que os chama ao arrependimento, o escárnio, acaba fechando uma porta bendita, que presto se abriria, se tivessem a honestidade de admitir suas carências; contudo, resilientes nisso, perdem-se; “O escarnecedor busca sabedoria e não acha nenhuma, para o prudente, porém, o conhecimento é fácil.” Prov 14;6

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