quarta-feira, 28 de agosto de 2024

O risco de ignorar


“... Vós não sabeis de que espírito sois.” Luc 9;55

Samaritanos se recusarem a receber Jesus e Seus discípulos; dois deles, Tiago e João cogitaram clamar aos Céus pedindo que caísse fogo sobre eles. Então, O Salvador disse as palavras acima, e acrescentou: “Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las...” v 56

Isso deve ser lido pontualmente, sem derivar daí, consequências ausentes. Certo é que o direito de crer ou descrer segue intocável, e, por alguém recusar à mensagem de Cristo, não legitima nenhuma animosidade contra o tal. O que foi vetado então, continua válido.

Entretanto, alguns partidários da “Graça Barata” que resumem suas Bíblias ao “Deus É Amor”, presto elevam suas vozes contra o “Legalismo, cegueira religiosa” dos que, anexo ao amor Divino que chama para arrependimento, apresentam a disciplina necessária, para os que pretendem seguir ao Senhor. Não veio destruir, mas salvar; porém, virá de novo e julgará segundo Sua Palavra; Seu amor não restringe Sua Justiça.

Paulo aconselha: “Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus...” Rom 11;22

Se alguém tenta fundir a universalidade do Amor Divino, com permissividade, o tal não entendeu o que significa nascer de novo, nem o que é andar em espírito. “Vós não sabeis de que espírito sois.”

O novo nascimento em Cristo teve o auxílio do Espírito Santo, capacitando a entender e constrangendo a recebermos a Palavra da Vida; certamente, nas vidas dos salvos segue atuando. Daí a postura necessária dada desde a Antiga Aliança, reiterada por Pedro. “Porquanto está escrito: Sede santos, porque Eu Sou Santo.” I Ped 1;16

Grave é não saber qual Espírito anima-nos, bem como, ignorar esse fato contíguo, que não somos mais autônomos. Pertencemos a Cristo que nos regenerou, e ao Espírito Santo que nos habita.

A autonomia que o canhoto prometeu era falsa. Invés de o homem decidir livremente segundo sua vontade, foi feito escravo do pecado, incapaz de agir, resistindo a ele. “Porque o que faço não aprovo, o que quero não faço, mas o que aborreço, isso faço. se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.” Rom 7;15 a 17

Os escrúpulos de gente que se sente desconfortável pecando, “consinto coma Lei que é boa”, mas, por escravo, não pode agir de modo diferente. Poderemos atuar segundo Deus, apenas recebendo a Cristo. “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Infelizmente é muito comum encontrar “cristãos” que não sabem de que espírito são. Eles estão nas filas das lotéricas fazendo suas “fezinhas”; “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para seus caminhos, e sê sábio.” Prov 6;6 na fila do churrasco, na festa do “santo padroeiro”, ignorando que coisas consagradas aos ídolos nos são vetadas. “... as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.” I Cor 10;20 Não importa o nome do “Santo” sabemos o que está por trás.

Muitos por crassa ignorância, inda buscam “benzedeiras”, outros leem cartas como se isso fosse equivalente de ler à Bíblia; “vós não sabeis de que espírito sois.” Tiago amplia: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais que, em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” Tg 4;4 e 5

A Palavra de Deus é categórica sobre a necessária separação entre o santo e o profano; “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; Eu serei seu Deus e eles serão Meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo, e vos receberei; serei para vós Pai, vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” II Cor 6;14 a 18

Naquele contexto inicial, os discípulos erraram por desejar juízo onde o propósito era salvação; os mencionados acima erram, pela falta de costume de ouvir O Espírito que lhes foi dado na conversão. “... Andai em Espírito, não cumprireis a concupiscência da carne.” Gl 5;16

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