sexta-feira, 10 de maio de 2024

Censurando à censura


“Quando dois sistemas filosóficos disputarem, a nenhum cabe o direito de dizer: Seu postulado é falso porque se opõe ao meu, que é verdadeiro. Pois, o outro poderia dizer a mesma coisa, arrastando a disputa ao infinito. O falso deve ser demonstrado como tal, em si mesmo; não por ser oposto ao presumido verdadeiro.” Heráclito.

Essa sentença do filósofo pré-socrático é perfeita. Tudo aquilo que é falso tem seus pontos fracos, pelos quais, pode ser desmascarado, a despeito do que digam seus defensores.

Embora essa forma de pensar tenha perto de três milênios já, é extremamente atual, dadas as disputas que observamos em nosso dia a dia, sobre as ditas “Fake News”, tão em evidência atualmente.

Esse qualificativo virou um biombo para trás do qual sempre corre, quem não gosta de algo que está sendo publicado, como se, bastasse essa pecha, para desqualificar algo, malgrado, o testemunho dos fatos.

O exemplo mais notório pela repercussão, foi a denúncia de que a ANTT estava multando caminhões que traziam doações para socorro das vítimas da tragédia no RS.

A Rede Globo, invés de uma investigação “in loco” como requer o verdadeiro jornalismo, se ateve à leitura de uma nota de estúdio qualificando como falsas as referidas denúncias; no que foi secundada pelo ex jogador Neto, que, baseado nas mesmas “fontes” as tais “vozes de minhazoreia”, também bradou que tudo era mentira.

Pior, o Ministro da SECOM, Paulo Pimenta, além de dizer o mesmo requereu do Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, providências em “defesa das instituições” que estariam sendo desacreditadas pelas supostas mentiras.

O SBT enviou uma repórter ao local e entrevistou caminhoneiros que confirmaram exibindo as multas que sofreram no referido posto; pelo menos, seis delas. O Governador de Santa Catarina, Jorginho Melo também afirmou, ao lado de um funcionário da Defesa Civil de seu Estado, a veracidade daquilo. Portanto, a notícia falsa estava nos lábios que negavam os fatos, não nos que os relatavam.

Desgraçadamente, o Governo Federal, em meio a uma tragédia sem precedentes, invés de lutar pelo resgate das pessoas flageladas, prefere lutar usando mentiras, para criar uma imagem favorável, quando, bastaria fazer a coisa certa; a boa imagem viria como efeito colateral inevitável. Querem frutos sem plantio; aprovação sem uma atuação proba.

O influencer Pablo Marçal, que, foi acusado de ser o criador da “notícia falsa” vociferou indignado, exigindo uma retratação da Rede Globo, sob pena de processar a referida emissora, e requerer uma reparação financeira pelo dano sofrido.

Mas, voltando ao Ministro Pimenta, quais “providências” ele estaria demandando contra os internautas que divulgaram aqueles incidentes? As mesmas que o “democrata” Alexandre de Morais, usou a torto e a direito, contra os que pensavam diferente da esquerda; censura.

Os fatos mostraram que, as Fake News foram contadas pelos que disseram não ter havido aplicação de multas; Rede Globo, Neto, e Governo Federal, na pessoa do Ministro; porque, mais tarde foi confirmado que realmente aconteceu, até, pelo diretor da própria ANTT. Assentado isso, aplicariam censura contra eles mesmos? Não. Tal lei só valeria contra desafetos.

O falso foi demonstrado como falso, pela averiguação dos fatos, deixando patente a realidade. A censura sempre foi uma tirania de gente totalitária que teme à verdade. Pois, quando alguém conta uma mentira, que antídoto mais eloquente pode haver, que demonstrar isso, expondo os fatos?

Embora, pretenda ser uma vacina preventiva contra a mentira, a censura sempre foi e sempre será, uma imposição covarde e tirânica por parte de quem teme à verdade. Os mesmos que, outrora cantaram “afasta de mim esse cálice, (nas entrelinhas, cale-se, a censura) de vinho tinto de sangue”, agora que se sentem donos da vinha querem fazer tin tin com nosso sangue.

Assim, como a pretendida censura se “justificaria” ancorada numa mentira, e seria imposta para prevenir contra essas, urge que censuremos à censura, para que ela tenha um mínimo vínculo com a verdade. Se o falso pode ser demonstrado como tal, em si mesmo, as “razões” da censura tropeçam na falta de razão. Não é possível prevenir à mentira, estabelecendo à mesma como antídoto, sendo que ela é o vírus.

Senão, se os fatos não contam, quem manda, pode dizer o que é, e o que não é verdade, daremos os Ministro da Censura, digo, das comunicações, o poder “Divino” de arbitrar desde seu umbigo, desde suas predileções, sem nenhum respeito pelos eventos.

“Os Melhores do Mundo” encenam uma peça onde um sequestrador, com mania de português correto, mata um refém a cada erro de português dos policiais. Até que ele mesmo comete um; por questão de coerência, suicida-se.

Que o garboso Ministro, tão cioso contra mentiras, amordace a si mesmo, em nome da lei.

Feixe de luz


“Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor...” Is 55;7

“Quem é injusto, seja injusto ainda; quem é sujo, seja sujo ainda; quem é justo, seja justificado ainda; quem é santo, seja santificado ainda. Eis que cedo venho...” Apoc 22;11 e 12

Duas situações distintas no trato de Deus com o homem. Na primeira, mediante Isaías, um convite ao arrependimento, um chamado à conversão. Depois, nas Palavras do Próprio Senhor ressuscitado, um desânimo em encorajar alguma mudança; só o desafio pra que cada um aprofunde-se ainda mais, no que escolheu.

Quem preferiu ser sujo, injusto, recrudesça nessa escolha; por outro lado, quem tem justiça e santificação como alvos no viver, que solidifique também sua opção.

No primeiro cenário palpita a possibilidade de mudanças, dos que ouvem a mensagem profética; o segundo sugere que as escolhas em que cada um ancorou sua vida, devem ser “pintadas” com contornos nítidos.

Os dias em que vivemos assemelham-se mais a essa situação, do que à primeira. Não que não seja possível alguém se arrepender e mudar de vida; o que se verifica é que cada um escolheu um lado, em relação à virtude ou o vício, e se fechou como um quelônio recolhido na carapaça, inacessível a qualquer resquício de mudança.

Invés de uma investigação íntima honesta, acerca dos valores em que vivem, e do teor em que são desafiadas, as pessoas escolhem o reducionismo de um rótulo; um rebanho ou alcateia, onde, unindo forças com outros de mesma pelagem e dieta, resistem a tudo e a todos, malgrado, a salvação ou perdição redundem de escolhas pessoais, não de uma identificação grupal. “... cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14;12

O lado que se opõe a Deus e Seus Santos preceitos, é buscado por muitos, infelizmente. Religiosidade se vê aos montes. Cada um tem suas platitudes espirituais para envernizar seus vícios e posar de engajado diante de quem não importa, dos homens. O novo nascimento se dará diante de Deus nos termos Dele; ou, toda encenação espiritual não passará de uma farsa, de quem, cegado pelo canhoto, trai a si mesmo.

Paulo anteviu: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando sua eficácia. Destes afasta-te.” II Tim 3;1 a 5

Outra vez, a secura da desesperança; invés de sermos exortados a chamar os maus ao arrependimento, apenas manter distância dos tais; “Destes, afasta-te.”

Quem escolhe a vereda virtuosa, não o faz porque seja bom; antes, porque reconhece que é mau e carece de ajuda. “Suas” qualidades no particípio, “santificado, justificado” evidenciam que as recebeu de fora. Não era santo, nem justo. Antes, pecador.

Reconhecendo isso e se arrependendo, herdou os Méritos de Cristo; as qualidades Dele, Justo e Santo, foram imputadas ao Seu servo, e possibilitadas de ser mantidas, pelo auxílio inefável do Espírito Santo, Que Jesus Cristo enviou aos Seus.

Cada porção da Sã Doutrina do Salvador, é um feixe de luz a nos desafiar. Se, andamos bem, a seguirmos assim; senão, a mudarmos nosso modo de agir, pois, só andando conforme os Divinos preceitos que aprendemos, a eficácia da redenção de Cristo estará vigente sobre nós. “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

Nesses tempos sombrios, onde, tudo o que as pessoas não gostam de ouvir é rotulado como “Fake”, e o remédio contra as “mentiras” seria a censura, proibir de falar, fica compreensível o “cansaço” do Santo. Nesse, invés do desafio às mudanças, O Senhor encoraja que cada siga agarrado nos valores que escolheu. “Quem é sujo, suje-se ainda...”

A Palavra da Vida, por muitos já tem sido rotulada como falsa, e breve, seu “incômodo” será calado, tolhendo a fala dos que a vivem e defendem. Sempre que um escândalo surge em nosso meio, ímpios agarram-se a ele para atacar aos de bom porte; como se, o tropeço de um, fosse retrato fiel da caminhada de todos.

Embora, grasse inevitável desesperança observando isso, O Espírito que me anima, ainda me instiga a reiterar com urgência, o bondoso convite Divino: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Is 55;6

Porque dias virão, em que, “...correrão por toda parte, buscando a Palavra do Senhor, mas não acharão.” Am 8;12

quinta-feira, 9 de maio de 2024

A volta de Nabuco


“Qualquer que não se prostrar e adorar, será na mesma hora lançado dentro da fornalha de fogo ardente.” Dn 3;6

Sentença de Nabucodonosor, contra os que não se prostrassem em adoração, diante de uma estátua de ouro que ele fizera.

Dois traços de coisas humanas em consórcio com o maligno, querendo posar de Divinas.

Primeiro: O apelo visual. A estátua era de ouro. O rei sonhara algo impressionante. Desejara tão ardentemente a interpretação daquilo, que requerera dos “sábios”, não apenas a interpretação, como também a revelação do que fora sonhado.

Imitar grotescamente algo, qualquer salafrário, astrólogo, intérprete de sonhos, vidente, consegue; como fizeram certos magos diante de Faraó. Agora, revelar o profundo, o escondido, somente O Eterno. Daniel rogou a Ele sobre o assunto do rei e recebeu a revelação, tanto do sonho, quanto, da interpretação.

O rei vira uma colossal estátua em forma humana. Cabeça de ouro, tronco e braços de prata, abdômen de bronze, pernas de ferro, pés em parte de ferro, outra de barro. A Interpretação dada pelo profeta mostrava a “evolução” moral da humanidade.

Os dias da cabeça de ouro eram aqueles; nos subsequentes a humanidade desceria, até chegar aos de hoje. Os pés, a parte mais baixa possível, mesclando barro com ferro. Firmeza para a tirania, e fragilidade para a resiliência moral.

O rei devaneara que não lhe bastava ser a “cabeça de ouro.” Que O Eterno teria subestimado a estatura dele. Assim, mandou fazer uma estátua de ouro, sem espaço para metais menores, deixando patente, sua “grandeza” pela qual exigia adoração. A ênfase no testemunho dos olhos, a idolatria, é doença humana, pujante.

A Grandeza de Deus deve ser vista por Suas Obras, não por bibelôs que nós mesmos podemos fazer; “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entende, e claramente se vê pelas coisas que estão criadas...” Rom 1;20 A “Imagem” espiritual do Eterno foi patenteada por Jesus Cristo; O qual veio, “... sendo o Resplendor da Sua Glória, Expressa Imagem da Sua Pessoa...” Heb 1;3

O outro traço humano da demanda de Nabucodonosor, quanto à estátua aquela, era o imediatismo das consequências; todo o desobediente, “... será, na mesma hora lançado dentro da fornalha de fogo ardente.”

Na mesma hora. Não tinha todo o tempo do mundo, como O Eterno. Como seria se, O Criador punisse severa e imediatamente, nossas desobediências? Não seria. Digo, não existiria mais a humanidade.

No entanto, invés de sermos agradecidos pela longanimidade Divina, na qual O Eterno nos dá o tempo de nossas vidas, durante o qual porfia conosco para que nos arrependamos para salvação, muitos abusam da Santa Bondade e Paciência. Veem nelas, como que, uma licença para pecar. “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8;11

Tiago desaconselhou essa temeridade, porque nossas vidas são demasiado frágeis, para que brinquemos com elas como se fossem inquebráveis. “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é vossa vida? Um vapor que aparece por um pouco, depois se desvanece.” Tg 4;14

Três jovens hebreus, Sadraque Mesaque e Abednego, apelidos babilônios dados a Hananias Misael e Azarias, recusaram a se curvar perante a estátua que o rei erguera.

Foram lançados na fornalha, conforme a sentença do monarca. Porém, O Rei do Reis, não permitiu que morressem queimados. Foram milagrosamente guardados no meio do fogo, sem sofrer danos, porque preferiram morrer, a desobedecer O Eterno.

As coisas rasteiras, necessariamente, deixam visível sua origem meramente humana, como o culto tencionado por Nabucodonosor; as que são de cima, forjam desprezo por bens menores, como a vida física até, em prol dos valores eternos.

“Nabucodonosor” tentará outra vez. Fará nova estátua dessa vez, falante, e exigirá adoração. Invés da fornalha, morte aos desobedientes. “Foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem falasse, e fizesse que fossem mortos todos que não adorassem a imagem da besta.” Apoc 13;15

O Salvador foi categórico quanto ao enfrentamento necessário dos verdadeiros males; “... Não temais os que matam o corpo, depois, não têm mais que fazer. Mas, Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei Àquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a Esse temei.” Luc 12;4 e 5

Além do apelo visual, e imediatismo, conforme aquela estátua, agora, um apelo maior; a estátua irá “falar”; um holograma do Anticristo, talvez.

Quem aprendeu de Cristo, habituou-se a andar em Espírito, não terá dificuldades em fazer sua escolha. “... Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Apor 2;10

quarta-feira, 8 de maio de 2024

Os discursos de ódio

“... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne seu braço, e aparta seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem...” Jr 17;5 e 6

A grave consequência de se confiar no braço humano, quando deveria descansar no Divino, é a maldição. A insanidade do humanismo onde, deveria ser vivido o cristianismo, patrocina a falta de noção. A incapacidade de aquilatar, mesmo as coisas boas que, eventualmente surjam. “... não verá quando vem o bem...”

O bem, de Deus, vem, mesmo ao encontro dos maus. “Porque faz que o Seu sol se levante sobre maus e bons; a chuva desça sobre justos e injustos.” Mat 5;45

As situações trágicas como a que estamos vivendo no Rio Grande do Sul, evidenciam o melhor e o pior das pessoas. Graças a Deus, grandes demonstrações de heroísmo, desapego, empatia, voluntariado, cobrem nosso Estado. Muitos, de lugares distantes no país, se organizam e arrecadam grandes montas em dinheiro, ou, produtos necessários e enviam para cá. A omissão vergonhosa do Estado tem sido amenizada pela bravura dos cidadãos que, voluntariamente se entregam, à causa de socorrer.

O lado ruim, infelizmente também põe suas digitais, com registros de roubos, assaltos, saques, violências aproveitando-se da calamitosa situação. (Sugestão aos deputados: Apresentem um projeto transformando em crime hediondo, os crimes praticados em situações de fragilidade social como essa. Que, para criminosos em situações assim, suas culpas sejam inafiançáveis, e suas penas irredutíveis.)

Além do mal nosso de cada dia, alguns de fora, poucos, felizmente, comemoram nossa sorte, afinal, por todos os predicados que nos atribuem, dizem que merecemos isso. 

É possível que, algum bem, oriundo do maldito Rio Grande do Sul esteja sendo usufruído por esses que nos odeiam e desejam nosso extermínio, nesse exato momento.

Afinal, nosso Estado produz, 12.7 milhões de toneladas de soja por safra. Sete em cada dez pratos de arroz servidos no Brasil cresceram aqui, pois, somos responsáveis por mais de 68 % da produção nacional; na área avícola, além do mercado interno, exportamos para 131 países; do trigo, 52 % da produção nacional cresce nos pampas. Ainda jorra daqui, mais de 4 bilhões de litros de leite anuais. O rebanho bovino é de 10.8 milhões de cabeças, exportando para quase cem países. (fonte: Site CompreRural)

Além dessas coisas, o Rio Grande é pujante na produção de cítricos, maçãs, uva, derivados etc.

Se, esses não conseguem torcer pelo nosso bem por empatia, poderiam fazê-lo ao menos por esperteza; pelo que significa nosso sofrido Estado no âmbito nacional.

Porém, além da baba do ódio difícil de fundamentar, uma cavalar dose de estupidez assoma, nas vidas desses que veem motivo para comemorar a tragédia daqui. Xandão o paladino contra discursos de ódio tirou férias.

Que nossas vidas sejam coisas descartáveis, vá lá; não somos grande coisa mesmo. Contudo, muito do que foi gerado aqui, serve à nação inteira. Quando o mal das consequências vier, atingirá todo o país pelas razões alistadas acima; eles também não verão. Tal é a maldição de quem se recusa à luz; tatear no escuro até que se arrependa para ser curado, ou seguir assim, errante, estúpido, traidor de si mesmo.

Falando em cura, Luciano Huck disse que a Madonna trouxe cura para um país dividido. Droga! eu continuo doente, acho que não ruminei minha dose.

O que fragmenta o país desde longa data, é um discurso safado, estrategicamente pensado, visando dividir para dominar. Negros contra brancos; gays contra héteros; pobres contra ricos, sulistas contra nordestinos, conservadores contra os “progressistas”, etc.

Ora, somente personalidades do lado esquerdo foram homenageadas no Rio; apenas os “valores progressistas” foram vistos na encenação apresentada. A corrupção que indigna patriotas, e mau uso do dinheiro público também compareceram.

A primeira vez que vejo uma mediação pacificadora que adota todas as inclinações de uma parte em oposição à outra. Que alguém diga ao ilustre apresentador, que essa “lata velha” de tentar substituir fatos por narrativas não tem concerto.

A divisão ficou ainda mais visível; de um lado, pornografia, satanismo, corrupção e mentiras; até vultosas “doações” fakes; de outro, apenas gente decente.

Muita gente valiosa segue abnegada, importando-se mais com vidas, que com bandeiras; com empatia, que com ideologia. Eu penso diferente de muitas pessoas no prisma político, artístico, espiritual. Não quero que os que pensam diferente, morram; quiçá possa convencer algum a mudar de ideia. Se, convencido que estou errado, eu mesmo ouso mudar.

Mas que me convençam segundo a Lei do Senhor, não pelo braço humano. Acho que é missão difícil; “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” Sal 125;1

terça-feira, 7 de maio de 2024

Madonna calou minha boca?


“Madonna cala a boca dos falsos moralistas”.
Deparei com isso e algumas frases semelhantes, nas redes sociais. Qual motivo?
Segundo algumas “notícias”, a cantora teria doado “secretamente” dez milhões de reais para ajudar ao RS.

Desejaria que a ajuda fosse mesmo verdadeira, porém, identifiquei três problemas com a suposta doação. Ela, em todo tempo que esteve no Rio, manifestou total desprezo pelos fãs; cuspiu, jogou bebidas, além dos impropérios que falou. Problema um: Quem despreza aos próprios que a idolatram, seria empática, com gente que nem conhece?

Problema dois: Se ela teria feito isso “secretamente”, como, só um privilegiado jornalista teve acesso a isso? Teriam deixado “vazar” desejando que viesse mesmo a público?

Problema três; O jornalista que seria a fonte da publicação, é o famigerado Erlan Bastos, processado mais de uma vez, pela comprovação de ter divulgado notícias falsas; processado pelas vítimas, entre as quais, Faustão, O Moraes não viu nada. Agora, saiu uma declaração do Governo Estadual, numa entrevista à CNN, dizendo não ter recebido nada da referida celebridade.

Assim, chegamos à conclusão nada surpreendente, que o desprezo pelos brasileiros, por parte dela, e o desapego à decência jornalística, por parte do citado farsante seguem inabalados.

Entretanto, alguns veículos de grande porte divulgaram a farsa sem nenhum cuidado com a verificação dos fatos, tampouco, temor do Ditador Alexandre de Moraes, com seu terrível inquérito das fake News. Aquilo que soa palatável é sempre “verdadeiro”; ter cuidados pra quê? O G1 estava entre os sites que replicaram.

A simples necessidade de um “pano” desse tamanho para passar em defesa da satanista pornô da terceira idade, indiretamente já mostra a autocrítica do sistema, admitindo, de modo oblíquo, que a cagada foi fenomenal. Queriam minimizar.

Mas, suponhamos que ela tivesse mesmo feito algo assim. Isso calaria nossas bocas, por quê? Primeiro, não me sinto um moralista, embora defensor da vigência de valores morais, mormente nos ambientes públicos; se isso me faz um moralista, pretendo, ao menos, ser verdadeiro; uma vez que vivo em acordo com os valores que esposo.

Essa balela que tudo foi pago pela Heineken e pelo Itaú, sem custos para o Estado é mentira. Prefeitura e o Governo do Rio aportaram 20 milhões para bancar ao dito show; dinheiro público portanto. Assim, os críticos pelo viés financeiro, de ser indecente num momento como esse, promover um showmício às expensas do Estado, estão cobertos de razão. A simples exibição no telão de “personalidades” como Gilberto Gil, Marina Silva e Paulo Freire, deixam bem visíveis as digitais da esquerda tentando se promover às custas do referido show.

Quanto aos que criticaram por pruridos morais, e espirituais, pela mescla de rituais satânicos com pornografia, no evento, acaso, se ela tivesse doado dez milhões, eles perderiam a razão, suas visões perderiam a valia?

Essa gentalha que mensura tudo a partir de dinheiro, precisa aprender a parar de medir aos outros com a sua régua. Quer dizer que se ela doasse uma grande quantia, do montante auferido naquilo, nós passaríamos a ver o lixo com bons olhos? Francamente! Que gente obscena! Que falsos humanos, sem nenhum valor!

Dez milhões para ela pode significar algo em torno de uma semana de trabalho, contando ensaios, produção. Um trabalhador braçal que ganha uns oitocentos reais por semana, se doasse mil reais, numa calamidade como atual, doaria mais do que ela. Que, a rigor não fez nada.

Jesus Cristo apreciou o “muito” de uns, e o “pouco” de outros; “Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo que tinha, todo seu sustento.” Mc 12;44

Isso sobre uma velhinha que doara duas moedas, em contraste aos abastados que davam ostensivamente, grandes quantias. Deus valora princípios, mais que números. Os que, Dele aprendem e O servem, andam nas mesmas pisadas.

Muita gente abnegada vem fazendo grandes coisas em socorro dos flagelados. Certamente Deus os recompensará. Mas o Estado, do qual o ladrão disse, que, tinha sido bom a natureza ter criado o COVID para que as pessoas aprendessem a importância do Estado na gestão das crises, tem dinheiro para eventos desnecessários, patrocínios de “companheiros” mas, para ajudar aos flagelados até agora, nada. Se os defensores do Estado inchado querem mostrar sua relevância, que melhor momento que esse?

Todavia, tolhem distribuição de alimentos por “falta de nutricionista” dificultam o recebimento de grandes doações exigindo nota fiscal, atrapalham os centros de distribuição onde estava funcionando chegam os fiscais e começam impor cadastros e o escambau. Eis a “utilidade” do Estado! Pelo menos, do atual.

E, quem precisa justificar escolhas com o “argumento” do dinheiro, acerta em desejar calar a boca dos que defendem valores. Precisam evitar esses “alienígenas” temendo uma abdução.

domingo, 5 de maio de 2024

A volta por baixo


“Só leve pro topo, quem te apoiou embaixo.”

Pela enésima vez deparei com isso; nem sempre se repete literalmente; embora, sempre o mesmo sentido. Quando dermos a “volta por cima”, devemos honrar quem nos honrou, e desprezar quem nos desprezou.

Dependendo de quem fala isso, a coisa muda. Outros envolvem Deus no desejo vingativo; “Que Deus te dê em dobro, tudo que me desejares.”

O conceito de “pagar na mesma moeda” é corriqueiro entre os ímpios; nos que temem a Deus, ou pretendem isso, os valores devem ser diversos dos comuns entre ímpios.

Deus ama, além das pessoas, justiça e verdade. Onde Ele está, mentira, hipocrisia, desonestidade intelectual e derivados, precisam sair.

“Seja rico daquilo que o dinheiro não compra” e similares, em locais que geram engajamento, que, permite ganhar dinheiro é duvidoso. Os verdadeiros ricos propagam suas convicções na arena das atitudes, não na confecção de outdoors.

Embora a melhoria de vida seja busca natural de todo homem, e os honestos trabalham por isso, o “dar a volta por cima” não é um alvo a ser seguido sofregamente, como um atleta treinando à exaustão por uma medalha olímpica.

Os lugares “altos” dos veros cristãos não têm degraus físicos; sua “subida” pode dar azo a certa ilusão de ótica. Vivem numa “piracema” espiritual, onde precisam ousar contra a corrente, do orgulho, exaltação, filhas da inclinação natural de homem caído, que, como as águas, tende sempre para baixo.

“Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Dado o novo nascimento, a natureza, antes perversa, passa a sofrer a mordomia do Espírito; sendo administrada por Esse, não mais ela, deve gerir as escolhas humanas. “... Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.” Gál 5;16

Para galgarmos tal mudança, até à Vontade de Deus, toda uma “reengenharia” moral, precisa moldar nossas almas. Essa ensejará rupturas com as ímpias valorações, nas quais vivemos antes de Cristo; uma série de tendências, “normais” precisaremos abandonar, se, desejamos o upgrade, rumo à santificação.

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Porque, o inspirador de todo tipo de pecados “ganhou” esse posto tendo subido muito acima do seu lugar, “Subirei sobre as alturas das nuvens, serei semelhante ao Altíssimo.” Is 14;14 e inoculou o orgulho e falta de noção nos que o servem, o que carecemos, para rompermos com ele e retornar à posição original, é dar a volta por baixo.

Ensinando que os governos humanos vivem na peleja por alturas, O Senhor advertiu: “Não sereis assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; quem governa como quem serve.” Luc 22;26

Paulo ampliou: “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; achado na forma de homem, humilhou-se, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Fp 2;4 a 8

O “negue a si mesmo”, não é uma castração, como pode parecer ao mais desavisado; antes, uma libertação. O banimento de um déspota sem noção, o ego, para entronizar O Digno Governante, Jesus Cristo.

Essa “volta por baixo” ao apreço do vulgo, onde, o orgulho é um dos principais regentes, se dá, porque os valores de cima, de Deus foram impregnados em nós, pelo Bendito Espírito Santo. 

Não carecemos buscar coisas segundo tendências errôneas que já deixamos.
“Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas da terra; porque já estais mortos, e vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” Col 3;1 a 3

Embora, “dar a volta por cima”, materialmente, não seja nosso alvo primeiro, eventualmente, alguns recebem do Senhor a incumbência de se moverem em locais mais abastados. Isso aumenta seu senso de dever; não mata, uma doentia sede de poder, que a cruz já mortificou; tampouco, o tal, deseja “dar o troco” a quem quer que seja.

Dias bons e maus fazem parte da vida, tanto no quesito posses, quanto, emocional, sentimental, espiritual. Quem precisa doentiamente “provar algo”, ainda não provou, do perdão de Cristo.

A Nova Aliança


“Esta é a Aliança que farei com eles depois daqueles dias, diz O Senhor: Porei Minhas Leis em seus corações, escreverei em seus entendimentos; e jamais Me lembrarei de seus pecados e suas iniquidades.” Heb 10;16 e 17

Na Antiga Aliança, a expiação, por razões óbvias, tratava apenas do passado. Ninguém se arrependeria no momento em que estava pecando, de modo a oferecer sacrifícios concomitantes ao erro; tampouco, ofereceria por pecados futuros, como que, fazendo um “crediário” para pecar. Inevitavelmente, os sacrifícios traziam remissão dos males feitos.

Quando na Nova Aliança, mediante O Sangue de Cristo, O Senhor diz: “... jamais Me lembrarei de seus pecados e suas iniquidades.” Também está tratando de nosso pretérito de erros, que foram purificados, mediante os Méritos do Salvador; porém, o alcance de Cristo vai além.

A purificação foi mais profunda que a do sacerdócio levítico, a eficácia também é maior, pode tocar o devir. “Porque, se o sangue dos touros e bodes, a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o Sangue de Cristo, que pelo Espírito Eterno Se ofereceu imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo?” Heb 9;13 e 14

Não significa que eu espose as ideias do Calvinismo; uma vez salvo, sempre salvo. Tampouco, que, uma vez que nasci de novo, posso soltar os bichos, posto que, O Sangue me purifica. Não é esse o argumento que proponho, quanto à eficácia futura da remissão em nós.

Antes, que a consciência, além de purificada é também vivificada, de modo a falar nitidamente, antes que venhamos a pecar, deixando claro que não devemos fazer isso. Se ela for ouvida, prevenirá pecados futuros, funcionando como um freio aos maus instintos, para que não venhamos a errar.

As Leis Divinas escritas em nossos corações e entendimentos, tolhem que pequemos por ignorância; O Espírito Santo dado aos renascidos possibilita que eles andem em obediência. Essa é a eficácia futura, da remissão de Cristo. Limpa nosso passado, e capacita a seguirmos limpos ao porvir. Coisa que os antigos sacrifícios não faziam, em sua monótona repetição. “Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados.” Heb 10;3 Falando de Cristo o profeta diz: “... Ele será como fogo do ourives, como sabão dos lavandeiros.” Ml 3;2

Claro que, malgrado as advertências de nossas consciências, ainda falhamos. Não mais sem dor, sem culpa, como era quando estávamos mortos. “Se a consciência não fórum freio, ela será um chicote.” Samuel Bolton.

Sabedor, disso, João escreveu: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, não há verdade em nós. Se confessarmos nossos pecados, Ele É Fiel e Justo para nos perdoar os pecados, nos purificar de toda injustiça.” I Jo 1;8 e 9

Assim, não carecemos de novo sacrifício; antes, arrependimento, confissão e mudança de atitude. A promessa Divina diz: “Jamais Me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades.” Não significa que as não cometeremos, eventualmente. Mas, que enquanto estivermos em Cristo, não sendo a iniquidade um modo de vida, mas, um tropeço eventual, Deus seguirá em Sua “amnésia” bendita. “Não me lembrarei.” Ou seja: Nos perdoará.

Porém, os que brincam com essas coisas, tendo conhecido a Cristo renascido Nele, voltam ao modo de vida antigo, como se, O Resgate do Calvário fosse ordinário, frágil como eram os primeiros, onde se ofereciam animais, com suas atitudes valoram para si, a Remissão Divina oferecida gratuitamente.

Ao tratarem Cristo de modo raso, não O diminuem; mas fecham para si as portas da salvação. “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se fizeram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, O expõem ao vitupério.” Heb 6;4 a 6

O Calvário é a solução final de Deus, quanto ao pecado; “Este, porque permanece eternamente, tem um Sacerdócio Perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” Heb 7;24 e 25

O Senhor nos capacitou a obedecer, vivificando nossas consciências e dando-nos O Espírito Santo; “A todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12

Agora, que, finalmente nosso arbítrio é livre, podemos fazer o que devemos; nossas escolhas serão patentes por nossas obras, mais que, pelas palavras. “... a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis; do pecado para morte, ou da obediência para justiça.” Rom 6;16