domingo, 21 de janeiro de 2024

Necessária santificação


“Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;” Fp 2:15

Paulo exortando aos cristãos filipenses a agir sem murmurações nem contendas, para exibirem aqueles traços de caráter.

“Para que sejais irrepreensíveis e sinceros...” Toda a ação má é passível de ser repreendida; a integridade espiritual torna desnecessária a correção; quem consegue andar retamente, não precisa ser chamado à retidão.

Nem assim estaremos livres de ataques; a repreensão incide sobre quem anda mal; a calúnia costuma apontar suas setas contra o que anda bem. “Bem aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;” Mat 5:10

Sincero equivale a estar de cara limpa, sem máscaras. Lidar com a verdade, tanto quando ela nos favorece, quanto, quando nos é adversa.

“... filhos de Deus inculpáveis...” sermos inculpáveis ante Deus, ou, os que O Servem, não raro, desperta inveja dos que assim não andam. Como José, filho de Jacó. Seu bom porte, fazia dele o favorito do seu pai; por isso, era detestado pelos irmãos. O ímpio costuma ser assim; não quer fazer as coisas que agradam ao Pai; entretanto, quer a reputação de favorito; ou, pelo menos, de igual ao de reto proceder. 

Quer igualdade andando por atalhos, sem preço, sem renúncias. “A pior forma de desigualdade é considerarmos iguais, às coisas que são diferentes.” Aristóteles.

Como nosso desafio é andarmos em espírito, escolhermos as veredas que Deus aprova, é diante Dele, que devemos caminhar sem culpas. Como os homens verão a isso, não depende de nós, mas, da visão de cada um. “Julgai se é justo, diante de Deus, ouvir antes a vós do que a Deus.” Atos 4;19

“... no meio de uma geração corrompida e perversa...”
pelo fato de os salvos coexistirem com os ímpios, eventualmente, dividirem os mesmos ambientes, sempre estarão em face a uma disputa, de escolhas, valores. Inevitável o conflito entre o jeito ímpio e o piedoso, de ver as coisas.

Serão acusados de pretender ser melhores que os outros, quiçá, de puxa-sacos do patrão, ao fazerem com esmero seu trabalho; se tornarão obstáculos em situações corruptas; pois, ao não participarem, serão ameaças, aos que buscam vantagens ao arrepio da justiça; enfim, não terão vida fácil, como foi a sina de Ló; “Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, por isso via e ouvia sobre suas obras injustas.” II Ped 2:8

Terão os mandados Divinos como parâmetro, enquanto, os demais, farão as coisas ao seu modo, o que caracteriza a perversão. Posicionar-se-ão, cada um, segundo parece bem aos próprios olhos, coisa desaconselhada ao que teme a Deus. “Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3:7

“... entre a qual,
(geração) resplandeceis como astros no mundo.” Essa generosa visão que contempla os santos brilhando no escuro, é a visão dos céus; o ímpio não vê assim; “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” Jo 3:3

Embora o teatro das nossas ações seja perante os homens, a palavra final sobre o valor delas, virá dos céus. O simples terem que admitir, os ímpios, que os cristãos são diferentes deles, chagará aos céus como um louvor, um testemunho que glorifica ao Santo; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5:16

A acusação que queremos ser melhores que os outros, em parte, é verdadeira; embora, nosso alvo não seja esse. Tentamos a cada dia ser melhores que nos mesmos; “crucificar a carne e suas paixões”, para crescermos em obediência, sermos aperfeiçoados em santificação.

Se, no ponto de partida, da dignidade humana, e de serem criaturas de Deus, se igualam todos, as escolhas dos rumos, e dos modos de ser e agir durante a caminhada se encarregam de deixar as pessoas mui diferentes.

Os que preferem os rasos pensares humanos, e o curso fácil das inclinações naturais, não podem estar no mesmo plano dos que negam a si mesmos, e adotam como diretrizes das suas vidas, os pensamentos de Deus; “Os Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, são Meus caminhos mais altos do que os vossos, e Meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55:8 e 9

Ao que parece o mundo ama mais que nós; afinal, valora nossas falas como “discursos de ódio.” Se soubessem o mal que o pecado faz, o odiariam também.

sábado, 20 de janeiro de 2024

A anulação do indivíduo


“Chegando-vos para ele, (Cristo) pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa.” I Ped 2:4

A diferença entre aprovação humana e Divina. Não raro, aquilo que Deus rejeita, o homem aprova, e vice-versa. O Salvador observou; “Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16:15

Nossas atitudes são, inicialmente, diante dos homens; mas, boas ou más, também estão diante de Deus. “Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos Daquele com quem temos de tratar.” Heb 4:13

O Senhor lutou contra hipócritas. O que são esses, senão, os que se preocupam em estar “bem na foto” perante os semelhantes, mesmo estando alienados do Senhor? O Salvador lembrou o vaticínio sobre eles; “Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo se aproxima de Mim com sua boca e Me honra com seus lábios, mas seu coração está longe de Mim.” Mat 15:7 e 8

Perante os homens é mui fácil encenar virtudes, por uma razão simples: A visão humana pode pouco; “... Não atentes para sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque O Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém O Senhor olha para o coração.” I Sam 16:7

Aos olhos humanos, basta que algo faça volume, ostente, tome as ruas, avenidas em grandes passeatas, para que, de alguma forma pareça um pleito justo, uma causa respeitável. O somatório de muitas vontades “valida” um pleito, a despeito do motivo de sua existência.

O Senhor não trabalha com multidões; antes desafia aos indivíduos, a responderem Seu chamado.

Por ocasião do “julgamento” de Cristo, Pilatos usou os muitos que era contra Ele, como argumento; “... tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim.” Jo 18:35 Adiante, O Salvador trouxe a responsabilidade para cada um em particular; “... Todo aquele que é da verdade ouve Minha Voz.” V 37

Paulo relembrou a responsabilidade individual do homem, diante do Eterno; “... Como Eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a Mim, e toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14:11 e 12

Está na moda nessa amálgama amorfa e amoral que se tornou a humanidade, a anulação do indivíduo, a massificação. Um líder qualquer faz uma declaração infeliz, presto alguém cria uma manchete espetaculosa dizendo ser aquela a opinião de todos seus congregados.

Uma denominação protestante aceita ao ecumenismo, e presto se conclui que todos os liderados por aquele aceitaram também.

Primeiro, nas questões espirituais, ninguém é proprietário de ninguém. Um líder humano na Igreja deve representar a Cristo, obedecê-lo e imitá-lo, para ter autoridade mediante seu exemplo, para exortar a outrem; como disse Paulo: “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.” I Cor 11:1

Certo que temos pastores humanos aos quais devemos obediência, à medida que eles também obedeçam a Cristo. Mas, em última análise, “O Senhor É O meu Pastor...”

Ninguém está autorizado a decidir nada em meu lugar. Deus em Seu plano salvador, enviou Seu Filho e Sua Palavra, para salvar aos que lhe dessem ouvidos; advertindo que, malgrado, muitos fossem chamados, poucos seriam escolhidos; Deus escolhe só os obedientes, os fiéis.

Os homens ímpios depois de apostatarem da fé, de rejeitarem a Cristo como Salvador e Senhor, decidiram que o negócio é se unirem num balaio de gatos global; fazerem as coisas como bem lhes parece. Aglutinar todos os ensinos e credos sob a mesma bandeira, o ecumenismo. A “paz inter-religiosa” se tornou, aos olhos humanos, mais importante que a salvação.

O Criador que vê as coisas como são, não, como parecem, pode chamar isso pelo nome; trata-se de uma união sim, mas para se rebelar contra Cristo; “Os reis da terra se levantam, os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o Seu Ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras, e sacudamos de nós Suas cordas. Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.” Sal 2:2 a 4

A coisa progredirá de tal forma que logo seremos forçados a decidir se preferimos obedecer aos homens, ou, a Deus. Não será com essas palavras. Dourarão a pílula para que o mal pareça bem, e o bem, mal; como os renascidos também foram capacitados a “ver” além das aparências, lhes será fácil escolher; “... Julgai se é justo, diante de Deus, ouvir antes a vós, que a Deus. Atos 4:19

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Prodígios da mentira


“Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” II Tess 2:9 e 10

A vinda do homem do pecado, filho da perdição, o anticristo.

Virá, “... segundo a eficácia de Satanás...” no que ele é eficaz? O texto traz, mentira, engano; forjando “sinais e prodígios”; falsos milagres, derivados da injustiça; eficazes apenas contra os que não amam à verdade.

Coisas impensáveis ao vulgo já são possíveis aos que pilotam a “Árvore da Ciência” derivando dela suas fontes, porque, alienados da “Árvore da Vida.” Quem não tem acesso aos milagres originais, precisa se contentar com simulacros artificiais.

Quem jamais viu os chamados “agro glifos” figuras geométricas perfeitas, sobrepostas, amassando às plantações; sem nenhum vestígio na terra, levando os mais precipitados a concluírem que estamos sendo visitados por ETs? Coisas assim já são possíveis ao homem, disparando algum laser, ou similar, a partir de drones.

A quem interessa a crença em ETs, nos momentos finais da difusão do Evangelho. Quem gostaria e faria, se pudesse, manobras diversionistas assim? Aquele que tem interesse em fomentar a mentira. Dispondo da ciência para pilotar, e dos “valores” necessários para mentir, por que se deteria?

Coisas inimagináveis ao homem comum, já são possíveis; como causar chuva espalhando determinados reagentes nas nuvens; terremotos, explodindo calculadamente, profundezas da terra; rodar imagens na “tela celeste” desde lasers da terra; forjar hologramas encenando coisas vivas, etc. A qualquer momento poderemos ver “Cristo” falando com a humanidade desde os céus.

Diante do Senhor foi enviado João Batista; Sua missão: “... Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda ao nosso Deus. Todo o vale será exaltado, todo monte e todo outeiro será abatido; o que é torcido se endireitará, o que é áspero se aplainará.” Is 40:3 e 4

No prisma da preparação, nivelaria todos; não haveria “montes;” ricos, religiosos, governantes que estivessem bem, espiritualmente; nem “vales”, prostitutas, publicanos, leprosos que devessem ser desprezados. A todos a mesma mensagem: “Produzi frutos dignos de arrependimento...”

No teor central do anúncio, Deus: “... levanta tua voz fortemente; levanta-a, não temas; dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus.” Is 40:9 Ele disse: “Eis O Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”

O imitador que tentará usurpar ao lugar de Cristo, também tem seu precursor, o Falso Profeta. Como o reino do enganador não pretende se estabelecer sobre um povo apenas, mas sobre todos os povos, um “nivelamento” também será necessário.

Se, então, todos foram “nivelados por baixo” por necessitarem de salvação, agora o mentiroso mor patrocina outro, por cima; todos os credos, doutrinas, ritos, ensinos, são considerados igualmente válidos, mediante o famigerado ecumenismo; “todos buscam a Deus, cada um à sua maneira,” defende o “Papa Francisco”, o “João Batista” de Satã. Já está enfrentando oposição interna, com a proposta de se abençoar “casais” homossexuais. Nada o deterá.

Quem aprendeu a amar a Verdade, a conhece e preserva; para salvação, sabe a receita exclusiva: “Eu Sou O Caminho, A Verdade e A Vida; ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6

Mesmo que a Bíblia seja proibida, reescrita, como está sendo na China; para quem ama à verdade, nenhuma mentira terá abrigo em seu íntimo; venha do papa ou do poderoso que for.

“Aos violadores da aliança ele com lisonjas perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte, fará proezas.” Dn 11:32

Não podendo cooptar adoradores com lisonjas, tentará via coação econômica. Como dominará o sistema, com moeda única digital, restringirá o acesso ao mercado aos que usam certa “Senha”; privado dela, ninguém poderá comprar nem vender. Outra vez, os que amam à verdade farão proezas no Senhor; não aceitarão o 666; selo do Capeta.

Os adventistas que puseram “todos os ovos num balaio só”, “decreto dominical”, passarão vergonha, pela sua obsessão por um “Anti-Moisés”, quando deveriam ter se preparado para o Anticristo.

A imposição da marca servirá como crivo, para separar verdadeiros e falsos servos do Senhor. Atualmente, que nada é proibido e a marca inda não foi imposta, muitos já mercadejam a Cristo, por dinheiro. Quando essa necessidade for “oficial” serão os primeiros da fila.

Quem passa a vida amando dinheiro ao preço da verdade, quando isso for lei, invés de fazer proezas pela salvação, correrá ao encontro do engano, supondo achar nele, seus “verdes pastos, águas tranquilas.”

Do jeito que a banda global toca, a verdade vai ficar cada vez mais “feia”; felizmente, como dizem, o amor é cego. A beleza está nos olhos de quem a vê.

Esconder ou prosperar


“O que encobre suas transgressões nunca prosperará; mas, o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28:13

“O que encobre suas transgressões...”
Por que alguém tencionaria fazer isso? Por estar ciente que as praticou; saber que as ações eram más; e não estar arrependido, disposto a mudar.

A doutrina do Mestre evidencia os limites dentro dos quais, devem andar os Seus. Esse clarificar entendimentos, O Senhor chamou de Luz; “a luz veio ao mundo...” Jo 3;19 Sua Doutrina, uma vez recebida, praticada, é como água que lava e regenera; mediante Seu Espírito, nos renova; “... segundo Sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.” Tt 3:5

“Deus não toma em conta os tempos da ignorância,” atos 17;30
Uma vez ciente da Vontade Dele, aquele que não se enquadra facilmente percebe isso. Pois, após a Luz, está ciente de como Deus vê suas atitudes; diante das alternativas de encobrir ou se arrepender e mudar, escolhe a primeira, para prejuízo seu; “nunca prosperará.”

Não entendamos “prosperar” como aquisição de bens; não é essa a ideia. Noutras partes a Palavra trata da “prosperidade dos ímpios”; “... pouco faltou para que escorregassem meus passos. Pois, eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios.” Sal 73:2 e 3 etc.

Não prosperará, o farsante que, agindo mal visa esconder e posar de bom. Ocultar-se de Deus é impossível; “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que Eu não veja? diz o Senhor. Porventura não encho os céus e a terra?” Jr 23:24 “Para onde me irei do Teu espírito, ou para onde fugirei da Tua face?” Sal 139:7

Diante dos homens, poderá “prosperar” até, o fugaz, fazendo coisas erradas e maquiando-as; mas, chega o tempo em que O Eterno o desnuda; “Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era como tu, mas Eu te arguirei; as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50:21

Quantas vezes escutamos pessoas desfazendo alheias visões com o argumento que segue: “Quem me julga é o Senhor.” Tal afirmação parece encerrar a questão, dando um tapa de luvas em quem ousou criticá-las. O fato que, quem nos julga é O Senhor, deveria ensejar temor, invés da arrogância de se supor acima de qualquer crítica. Quando alguém nos exorta pela Palavra e estamos errados mesmo, esse alguém está tencionando nos fazer um bem. Se, preferirmos que ele se cale, indiretamente diremos que Deus não se aproxime.

“... o que confessa e deixa...” Saul confessou mais de uma vez que Davi era inocente; agira mal ao tentar matá-lo; confessou, mas não se arrependeu; não houve uma mudança no coração. Essa espécie de “confissões”, onde alguém diz superficialmente: “Foi mal”, porque supõe que é o que a parte ofendida gostaria de escutar, não serve para nada.

Confissões superficiais tipo, “perdoa-me Pai porque eu sou um pecador”. Tais falas O Mestre usou nos lábios de um publicano arrependido, em contraponto ao Fariseu cheio de justiça própria, evidenciando que é melhor alguém se reconhecer pecador, que se presumir santo. Pois, Deus justifica aos humildes, não aos presunçosos.

Confissão, voltando, é um pouco mais incisiva que uma admissão genérica do óbvio; afinal, todos somos pecadores.

Quando da consagração do Templo, Salomão orou pedindo que O Senhor escutasse “Toda a oração, toda a súplica, que qualquer homem de todo o teu povo Israel fizer, conhecendo cada um a chaga do seu coração...” I Reis 8:38 Ou seja: Sabendo onde tinha falhado e admitindo isso, como fez por sua vez, Isaías: “... estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios...” Is 6:5 ele conhecia a chaga do seu coração; “Peco com meus lábios e convivo com outros iguais a mim.”

Seus lábios foram purificados e consagrados para ele falar como profeta do Senhor.

Nada mais eloquente para demonstrar que o arrependimento é verdadeiro, que, o arrependido, após perdoado deixar de cometer aqueles erros. Confessa e deixa.

“... alcançará misericórdia”. No provérbio antitético, essa conclusão está em oposição ao, “nunca prosperará”; de onde, se torna natural a conclusão que “prosperar” seria, “alcançar misericórdia.” Receber o perdão Divino. Como receberia a absolvição de sua culpa, quem a esconde, invés de admitir, se arrepender? O que encobre, pois, nunca prosperará.

Se as pessoas soubessem a fundo, o mal que o pecado faz, o evitariam como uma substância cancerígena.

Infelizmente, somos mais “talentosos” para pecar, que para admitir que pecamos. Por isso, o homem prudente deve orar como fez Davi; invés de tentar esconder erros, suplicar que Deus trate até dos despercebidos; “Quem pode entender os seus erros? Perdoa-me tu dos que me são ocultos.” Sal 19:12

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Agridoce


“O sábio de coração será chamado prudente; a doçura dos lábios aumentará o ensino.” Prov 16:21

“O sábio de coração...”
Embora, para humano apreço, fazer algo de todo coração seja o mais alto patamar, de entrega, fidelidade a um anseio, ao Divino olhar, o coração humano não é algo tão relevante, tão confiável assim. “Enganoso é o coração, mais que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Jr 17:9

Se, “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”, forçosa é a conclusão que, um sábio de coração, é alguém que O teme; “Bendito o homem que confia no Senhor; cuja confiança é o Senhor.” Jr 17:7

O fato de o coração humano ansiar determinada coisa, não significa, necessariamente, que essa conte com a aprovação Divina. “Do homem são as preparações do coração, mas do Senhor a resposta da língua.” Prov 16:1 Desejarmos é lícito; porém, aprovação celeste é indispensável.

“... será chamado prudente...” um sábio não é alguém que sabe tudo; o que fazer, quando fazer. Às vezes, admitir que não sabe essas coisas, é mais importante que se atrever no que não lhe foi ordenado. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; o conhecimento do Santo a prudência.” Prov 9:10

Quando não sabe os próximos passos, pelo menos sabe que não deve se meter em temeridades, agir “no escuro”, apenas para acalmar à instintiva impressão que “algo precisa ser feito.” Deus não trabalha com “algo”, tampouco, “alguém.”

Suas diretrizes são precisas. Quando as não tiver, o sábio de coração esperará. “Os que esperam no Senhor renovarão forças, subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão.” Is 40:31

Se, “Os passos de um homem bom, são confirmados pelo Senhor...”, Sal 37;23 As pausas e esperas também. O ativismo combina mais com impiedade que com sabedoria.

Da mulher adúltera, diz: “Estava alvoroçada e irrequieta; não paravam em sua casa seus pés.” Prov 7:11 Dos ímpios, diz mais: “Os ímpios são como mar bravo, porque não se pode aquietar, suas águas lançam de si lama e lodo.” Is 57:20
A inércia pode ser mais meritória que o movimento sem a direção Divina.

Por isso, do povo de Deus, em muitos casos se espera quietude, não, ativismo: “... no sossego e na confiança estaria vossa força, mas não quisestes.” Is 30:15 Adiante o profeta lamentou em nome de Deus: “Ah! se tivesses dado ouvidos aos Meus mandamentos, então seria tua paz como o rio; tua justiça como as ondas do mar!” Is 48:18

“... a doçura dos lábios...”
o risco é que provemos às coisas com paladares doentios, onde se deve permitir que o palato celeste, aquilate o seu sabor. A doçura dos lábios humanos sempre aponta para um vistoso bolo de anseios, com a suave cobertura das lisonjas, granulada com bajulações.

Permissões ímpias, segundo desejos carnais desorientados. Não deixará de ser doce, tal coquetel de guloseimas, embora, seu efeito seja deletério; o sabor agradável trará venenos mortais disfarçados, maquiando mortos, invés de regenerar vidas.

João, quando lhes foi ordenado que comesse um livro, disse que era doce aos lábios e amargo ao ventre; “Tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; na minha boca era doce como mel; havendo-o comido o meu ventre ficou amargo.” 10:10

Assim é A Palavra de Deus; nos lábios, no mero aprendizado teórico ela é doce; porém, para “digeri-la”, praticá-la demanda renúncias que vertem em amargo, o que, inicialmente pareceu doce. Os que “honravam” a Deus apenas com os lábios, sem praticar o que afirmavam, eram viciados em doces apenas.

“... a doçura dos lábios aumentará o ensino.” A destreza docente daqueles que O Senhor capacita, é a “doçura” que torna compreensíveis as coisas que, não seriam de outra forma; como disse um etíope a Filipe, certa vez: “... Como poderei entender, se alguém não me ensinar?” Atos 8:31

Tal sabor, tem a ver com o bem espiritual que o ensino do Senhor propicia; o gosto de aprender algo valioso; não significa que, eventualmente, o “doce” não apresente nuances salgadas. Paulo preceituou que nossas lições fossem “agridoces”: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um.” Col 4:6

No sul, poeticamente, alguns chamam o chimarrão de “doce-amargo”; a primeira parte figurando o prazer; a segunda, descrevendo o sabor que apraz.

Assim é o aprendizado da Palavra de Deus, para quem nasce de novo; é prazeroso, porém, isso traz consigo o “amargo” de praticá-la.

No organismo o excesso de açúcar pode causar diabetes; na vida espiritual o excesso de “doçuras” é já um sintoma de diabices, do canhoto fingindo alargar ao caminho estreito.

Os desdoutrinados


“Não poderás sacrificar a páscoa em nenhuma das tuas portas que te dá o Senhor teu Deus; senão no lugar que escolher o Senhor teu Deus, para fazer habitar o Seu Nome, ali sacrificarás a páscoa...” Deut 16:5 e 6

Instruções do Senhor a Moisés, que ele transmitia ao povo. Antes do êxodo, a cada um fora ordenado que sacrificasse a páscoa fechado, dentro de casa, tendo passado o sangue do cordeiro nas portas e janelas; nas ruas estaria passando o Anjo da morte.

Depois daquela situação prática, a mesma cerimônia deveria seguir anualmente, então, em memorial pela libertação que O Senhor operara.

Se, inicialmente todos o fizeram cada um em sua casa, quando se tornou memorial, o ritual passaria por uma mudança; “Não poderás sacrificar a páscoa em nenhuma das tuas portas que te dá o Senhor teu Deus; senão no lugar que escolher o Senhor teu Deus, para fazer habitar o Seu Nome...”

Deus mudou? Não. A situação mudou. A primeira celebração era uma emergência, uma necessidade para salvação; a segunda e as subsequentes, eram um memorial, uma festividade recordando didaticamente o livramento do Senhor.

Embora cada um tenha sido salvo em sua casa em particular, a comemoração disso seria coletiva, congregacional, comum.

Uma lição que os desigrejados e desigrejandos poderiam e deveriam aprender. Apegam-se pontualmente ao ensino que cada salvo é “Templo do Espírito Santo”, para derivarem daí, “conclusões” que não passam de confusões.

“Igrejas somos nós”, versam airosos de suas “descobertas”. Igreja é o aportuguesamento de “Ekklésia” palavra grega para assembleia. Poderia alguém ser uma assembleia em particular? Nesse caso, pode ser igreja. Como diz o humorista André Damasceno, “alguns têm um jeito singular de falar no plural.”

Embora a salvação seja individual, os salvos devem conviver, congregar, edificarem-se mutuamente; é a vontade do Senhor. “Não deixando nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.” Heb 10:25

Como faria sentido a diversidade de ministérios buscando a edificação, sem uma congregação para o devido exercício dos mesmos? “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, evangelistas, pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé...” Ef 4:11 a 13

Unidade da fé, (maturidade) deve ser atingida por todos, dentro do “Corpo de Cristo”, a igreja. Todavia, se cada um é uma igreja como versam os tais, já não há mais unidade a ser atingida. Levando seus argumentos às consequências necessárias, pois, muitos aspectos dos ensinos de Cristo e dos apóstolos precisam ser descartados.

Uma fúria paralela desses, se volta contra o dízimo que seria uma coisa da Lei, e Cristo trouxe a Graça. Será? Abraão e Jacó pagaram dízimos. A Lei veio uns quatro séculos após.

Seria a Graça tão graciosa, que teria liberado geral? Vejamos: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo...” Mat 5:21,22 A Graça mais severa que a Lei; “... Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” Mat 5:27,28 De novo, severidade maior.

Quanto à punição pela desobediência diz: “Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o Sangue da Aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da Graça?” Heb 10:28 e 29

A Graça fez por nós o que nos era impossível, acrescentou tempo para arrependimento que a Lei não previa, entretanto, trouxe responsabilidades muito maiores.

Quanto aos dízimos, O Salvador disse: “Deveis fazer essas coisas...” Mat 23;23 “Aqui (na Lei) certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, (em Cristo) porém, Aquele de quem se testifica que vive.” Heb 7:8

Certo que há muitos mercenários, mercadores da fé. Porém, a falta de caráter dos hipócritas mudará a eternidade para eles, não a doutrina para nós.

Além do suprimento das congregações, o dízimo honra, reconhece a grandeza daquele a quem o damos. “Considerai quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu dízimos...” 7:4

O Salvador ensinou que temos que escolher entre servir a Deus ou, às riquezas. Penso que muitos “zelosos” contra os dízimos, o fazem por inveja, não por zelo.

Os ensinos do Senhor são diáfanos; quem banca o obtuso, deve ter algum motivo para tornar opaco, o que é transparente.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Ataque às bases


“Se forem destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” Sal 11:3

Os fundamentos são a base de um edifício, ponte, casa... figuradamente, as premissas que sustentam uma ideia; valores cognitivos, lógicos, de uma filosofia, ideologia; os signos primários de um código de comunicação; todas essas coisas e similares, são suportes que sustentam, cada uma, o “peso” para o qual foi fundada, no âmbito da sua existência.

Tanto que, se alguém se expressar de modo desconexo, sem concatenar ideias, argumentos, sobre esses “apoios” presto se dirá que, falou sem fundamento. Não disse coisa com coisa.

No caso da língua portuguesa, as palavras se dividem inicialmente em dez classes; substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio. Salvo eventual licença poética, cada uma deve ocupar estritamente a função para a qual foi criada.

Mesmo dentro de sua classe, pode uma palavra ser destruída em seu sentido, pervertendo-se o significado. A preservação da identidade funcional de cada uma é indispensável, para que a comunicação se dê, sem “ruídos”, mal-entendidos, distorções.

Uma palavra que a sociedade deturpou e já aceita como normal sua nova significação, é “preconceito.” Basta alguém se dizer contrário à prática homossexual, para sofrer a pecha de preconceituoso, sem se atentar direito, para o real sentido da palavra.

Uma aglutinação de duas palavras; “pré”, antes; e “conceito”, juízo, parecer; sempre foi entendida e usada como nome de um juízo prévio, antecipado, precipitado. Ocorre quando alguém “julga” a outrem por algum fator periférico; etnia, idade, cor, gentílico... sem antes conhecer as atitudes.

Todas as atitudes são passíveis de juízo; pois, existem leis, ética, códigos de conduta que demandam certa postura, sob pena de transgressão.

O homossexualismo é um tipo de atitude, não um tipo de pessoas. A rejeição a essa é derivada de um conceito que se tem sobre a prática. Além dos preceitos bíblicos, temos fatores biológicos, sociológicos, psicológicos que sempre viram isso como anômalo. Essa balela que cada um pode ser o que quiser será veraz, no dia que uma mulher puder engravidar outra; ou, um homem puder conceber outra vida. Até lá, seguirá a biologia dando as cartas.

Não existe “pré-homossexual”, alguém só se torna um, quando pratica isso; também não existe adjetivação prévia possível. Ninguém pode ser julgado pelo que não fez. Porém, se aprendeu assentar tijolos é pedreiro; se fabrica pães é padeiro; se rouba é ladrão; se relaciona-se com pessoas do mesmo sexo é homossexual. São as escolhas que cada um faz, que lhe emprestam um “segundo nome”.

Embora não se faculte a ninguém agredir, vilipendiar, ofender, pessoas que assim agem, discordar das escolhas é um direito pacífico; não é preconceito. A lacração e a militância é que tentam destruir à palavra.

Para a mesma situação, criaram ainda a tal de “homofobia”; outra bosta de verbete estragado. Fobia em grego é medo, aversão. Dessa raiz temos palavras como, “claustrofobia”, (medo de lugares apertados) “agorafobia” (medo de falar em público); “aracnofobia” (medo de aranhas); etc.

Qual o sentido de se usar “homofobia” para nominar aos que são divergentes do comportamento homossexual? Nenhum. Discordamos da escolha deles, não temos medo nem aversão.

Se, algum deles buscar nossa ajuda, terá, sem problema nenhum, como já aconteceu comigo. Rejeitar a um comportamento, não é sinônimo de rejeitar uma pessoa.

Quem não lembra da tal “cura gay”? Ridicularizavam aos ministros evangélicos dizendo que eram proponentes da mesma. À luz da Palavra de Deus, que nos norteia, isso nunca foi doença. A Palavra nomina como “paixões infames”, “erro”, pecado.

Da mesma estirpe, mentiras, adultérios, roubos, cobiças... todos precisam da mesma “cura”; arrependimento para perdão, e abandono para permanência na fé.

Claro que é mais fácil mudar uma palavra que um comportamento. Todavia, o azul seguirá sendo azul, mesmo que, alguém decida que doravante será amarelo.

As coisas não passam a ser, ante O Absoluto, segundo os paladares relativos; Deus adverte-os: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, e da luz, trevas; fazem do amargo doce, e do doce, amargo!” Is 5:20

Gula, vem deixando de ser pecado para virar “transtorno alimentar”; roubo, agora é “cleptomania”; pedofilia e zoofilia são meras “doenças”, cujos agentes precisam de tratamento; e por aí segue a máquina de destruir fundamentos, tentando minar pelas bases, o restinho de decência que teima em habitar alguns recantos da humanidade.

Para efeitos de imposição social, basta que a mídia e a maioria gritem a favor, como tanto têm feito. Porém, onde estarão esses patrocinadores dos vícios, no dia do juízo? “Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Ml 3:18