sábado, 9 de dezembro de 2023

Medo de tomar banho


“Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3:20

“... todo aquele que faz o mal...”
Embora o individualismo que grassa, com sua escala de valores, gostos e nuances de personalidade; onde, eventual conselho ou correção equivaleria a alguém “se meter” na vida de outrem, os que adotam o mal como modo de vida, abstraídas algumas peculiaridades periféricas, são rebanho comum.

Nos humanos apreços, contam escolhas políticas, esportivas, estéticas, religiosas, situações financeiras adjetivadas por “classes sociais”, etc. No prisma espiritual, há dois rebanhos apenas. Os maus obstinados, que, decidiram ser assim a despeito das emulações da bondade, e advertências da justiça; e os maus arrependidos, que, convencidos pelo Amor de Cristo e pela verdade, se arrependeram, mudaram de vida; malgrado, imperfeitos, são reputados bons, pela bondade de Cristo incidindo sobre eles.

Os primeiros estão espiritualmente mortos; os outros, foram vivificados em Cristo, nasceram de novo comprometidos com os valores do Salvador.

“... todo aquele que faz o mal, odeia a luz...” O que a luz tem de tão ruim, que enseja ódio? O problema dela não é em si, estritamente; mas, no que opera. Ela mostra as coisas como são; quem é mau, não “acha bonito ser feio” como dizia certo humorista; o tal, não adota o mal, plenamente; a reputação de mau lhe incomoda; assim, se sua maldade desfilar “no escuro”, ele poderá posar de bom.

A Luz costuma dar nome, pelagem, tipo sanguíneo e até o DNA aos bois; estraga a festa presunçosa, dos que ostentam rótulos vistosos disfarçando produtos ordinários, nefastos.

Há uma “ética utilitarista” na maldade, que faz seus pacientes preferirem as trevas, por serem estas mais úteis na “construção de uma imagem;” de quem liga para aparências alienado da essência. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz...” v 19

Qualquer credo que dilua a verdade, afaste a responsabilidade individual, transfira culpa, por inverídico e inverossímil que seja, presto recebe anuência dos maus, mais por sua função secundária, de camuflar o ódio à luz, que por outra razão qualquer.

O espiritismo por exemplo, malgrado o cerne de sua doutrina negue a eficácia de Cristo, (se, cada pagaria seus erros em encarnações várias, Cristo não pagou nada) não obstante isso, digo, tem adeptos aos milhares, em todos os cantos.

O que ele tem de atraente? O fato que, faria de mim, invés de um agente moral, cujas consequências das ações incidiriam sobre mim, inda nessa vida, e eternamente, mero títere, de “carmas” pretéritos, cujos “boletos” não vencem nunca; eu teria a eternidade para pagar, voltando a viver aqui, tantas vezes, quantas, necessário fosse. Nada mais diabolicamente calculado, para ninar o berço dos maus contra a vigília das culpas, para que sigam alheios às consequências, dando asas a toda sorte de maldades e prazeres deletérios. A Luz de Cristo estraga isso; que ódio!!

“... não vem para a luz...” Deus fala, sinaliza, orienta desejando que o homem mau, objeto do Seu Amor, venha ao Seu encontro para ser perdoado, regenerado; todavia, não força ninguém a nada. Dissemina Sua Palavra visando convencer, persuadir, mas, não toca no arbítrio dado ao homem. Ir ou não para a luz, é escolha de cada um.

O “negue a si mesmo”, que tolhe do homem a gerência da própria vida em prol do Senhorio de Cristo, “nega” também toda gama de coisas que “por vergonha se oculta”. O perdão do Salvador nos possibilita um recomeço, Nele, sem a incidência dos antigos pesos. A Luz não apenas mostra nossa sujeira, pois; antes, também traz consigo a Água da Vida que nos lava. “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados...” II Cor 5:19

“... para que suas obras não sejam reprovadas.”
Esse é o sintoma mais alarmante nas escolhas dos homens maus. Não se importam de ter o mal, como modo de vida; porém, não desejam ser conhecidos pelo que são. Maus. Pretendem fazer boa figura na festa da vida, com vestes furtadas. Sendo maus, mas, “vestindo-se” como bons.

Não querer ser reprovado até que é uma coisa boa. Porém, nos domínios da verdade. Por isso, O Criador colocou em nós a consciência, essa fonte íntima que valora escolhas, segundo os padrões celestes. Nela que, Deus nos aprova ou denuncia, a despeito dos apreços humanos.

A Luz de Cristo mostra-nos como somos; traz junto o agente de limpeza que dá o “branco” requerido para a festa nos Céus. “... ele será como o fogo do ourives, como o sabão dos lavandeiros.” Ml 3:2 

No fundo, os “Cascões” têm medo do banho.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Força da comunhão


“Porque Deus é que opera em vós tanto o querer quanto, o efetuar, segundo Sua boa vontade.” Fp 2:13

Evitemos dar ocasião para mal entendidos. Não significa que somos marionetes de Deus, das quais Ele “puxa as cordinhas” coagindo as escolhas.

Opera em nós, querer e efetuar; porém, antes disso fizemos a escolha de renunciar o mundo, em prol do conhecimento e da adoção da Vontade Divina. Renunciamos à autonomia suicida proposta pela oposição, escolhendo a obediência, em Cristo.

Ninguém se torna servo de Deus na marra. Somos ensinados e eventualmente persuadidos, que O Criador É Bom; sabe o que é melhor para nós.
Confiando nisso, seremos convencidos a abandonar a força do nosso braço, as escolhas da nossa maneira, para sermos por Ele, conduzidos. “Bendito o homem que confia no Senhor, cuja confiança é O Senhor. Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende suas raízes para o ribeiro; não receia quando vem o calor, mas sua folha fica verde; no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto.” Jr 17:7,8

Paulo ensina: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12:1,2

A renúncia dos anseios naturais é uma escolha indispensável, para que conheçamos O Divino querer. Mesmo quando passamos a pertencer ao Senhor, ainda temos escolha entre obedecer ou pecar.

Um salvo não o é porque para de pecar; antes, porque começa a crer. Ainda, peca; não mais, sem culpa, sem dor. A consciência, antes cauterizada, morta, é regenerada no novo nascimento; erros que cometíamos “seguros”, não mais podemos. Se o fizermos sentiremos o peso da culpa, necessidade de perdão. A iluminação para que vejamos o mal como é, também deriva da operação Divina em nós.

À medida que crescemos em santificação, amadurecimento espiritual, comunhão, tendemos a errar menos; paulatinamente, somos aperfeiçoados no conhecimento das coisas segundo os padrões celestes. Invés dos nossos direitos, o pleito costumeiro do homem natural, atinamos aos nossos deveres, como viver para agradar ao Criador.

A exortação a não errar nessas coisas, discernir segundo a escala de valores celeste, é o aperfeiçoamento requerido dos que tencionam viver com O Santo; “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto, o mal.” Heb 5:14

Coisas tipo: “Que mal tem?” Ou, “Eu nasci assim.” Não fazem parte do vocabulário de um salvo. Seu tribunal de apelação não é seu; antes, do “está escrito.” “Tem seu prazer na Lei do Senhor; na Sua Lei medita dia e noite.” Sal 1:2

Vimos que, Deus opera em nós o querer e o efetuar, “segundo Sua vontade”; assim, quem deseja a Vontade Dele como diretriz, também pode contar com a Santa ajuda, na prática do que é agradável ao Eterno. Quando cedemos espaço à carne e sua contumaz rebeldia estamos por conta própria; não tenhamos blasfemos pensamentos, achando que, o eventual querer desorientado contaria com o apoio dos céus.

O “apoio” para pecar vem de outra fonte, como disse Billy Graham: “Se o homem quiser navegar para longe de Deus, Satanás sempre terá um barco ao dispor dele.”

A segurança da salvação, deriva de se andar em espírito, nome alternativo para “ser dirigido por Deus;” O Espírito Santo e Sua diretriz ao nosso espírito, é a Operação Divina, chamando-nos a um consórcio, mediante obediência. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo O Espírito.” Rom 8:1

Opera em nós, com nosso consentimento, pelo qual, deixamos nossa maneira fútil de ser e pensar, acatando a excelência da proposta Divina; “Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem, vossos caminhos os Meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são Meus caminhos mais altos do que os vossos, e os Meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55:8,9

A futilidade corrente nas redes sociais, tipo: “quem ama a Jesus curte, compartilha” apenas deixa patente o quão superficial somos. Nosso amor por Ele requer coisas mais profundas; “Se me amais, guardai os Meus mandamentos.” Jo 14:15

Deus opera em nós, quando nos dispomos a operar Nele; nos Seus valores; na Sua Vontade. Se quisermos as coisas à nossa maneira, contamos apenas com nossas forças. Nossa dependência que parece enfraquecer, é que possibilita grandes vitórias; pois, “... quando estou fraco, então sou forte.” II Cor 12;10

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

A ímpia mordaça


“... Vai-te, ó vidente, foge para a terra de Judá, ali come o pão e ali profetiza; mas, em Betel daqui por diante não profetizes mais, porque é o santuário do rei e casa real.” Am 7:12,13

O sacerdote Amazias, tentando bater a porta na cara do profeta do Senhor. Quando Deus comissiona alguém, não compete ao homem, sacerdote ou não, decidir, onde, nem o quê, pode falar. O papel dum sacerdote seria de um elo entre o homem e Deus, não uma barreira; “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento; da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Ml 2:7

Ironicamente, Betel significa: “Casa de Deus.” Assim, na casa de Deus, o servo Dele não poderia falar, porque os pruridos do ímpio rei, e a subserviência corrupta do inútil sacerdote se incomodavam.

O Eterno chamara um colono, desde seu labor para falar Sua Palavra, certamente fora porque o sacerdote não estava cumprindo seu dever.

Desgraçadamente sempre foi assim; invés de a oposição vir de fora, dos que estão alienados do Senhor, geralmente vem dos de dentro, os omissos que, não fazendo o que deveriam, invejam e obstruem, aos que fazem. A ação de outrem num lapso que deveria ser preenchido pela minha, acaba sendo uma denúncia eloquente de minha omissão.

Todavia, não era a ideia de outrem profetizar que estava sendo resistida; antes, o teor das mensagens. Elas apontavam para a morte do rei Jeroboão, e a destruição dos locais de idolatria, pujantes, então.

Tentar silenciar À Palavra de Deus, por não gostar do conteúdo, pois, não é uma coisa nova. Isaías denunciara: “Que dizem aos videntes: Não vejais; aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis e vede para nós, enganos.” Is 30:10

A filosofia de botecos, de que, mais vale uma triste verdade que uma alegre mentira, serve quando no desfile vaidoso dos pretensos saberes, onde tantos “filósofos” funcionam, movidos a álcool; mas, no escopo das ações, o teor festeiro e ufanista das mentiras acaba sobrepujando à verdade. Preferem manter suas enfermidades, escolhendo “remédios” pelo sabor, invés de, pela eficácia.

Hoje, falam em “atualizar” À Palavra, removendo ou diluindo, partes que os ímpios consideram incômodas. O silêncio Divino se dará, não em recuo pela rejeição humana; antes, em juízo, para que os rebeldes sintam na pele o que significa sua obstinação. “Eis que Eu trarei mal sobre este povo, o próprio fruto dos seus pensamentos; porque não estão atentos às Minhas Palavras, e rejeitam a Minha Lei.” Jr 6:19

Então, “Eis que vêm dias, diz O Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as Palavras do Senhor. Irão errantes de um mar até outro, e do norte até ao oriente; correrão por toda a parte, buscando a Palavra do Senhor, mas não acharão.” Am 8:11,12

Sabemos que houve o “silêncio profético, desde Malaquias a João Batista; mas, basta olhar como caminha a humanidade, com a glamourização dos vícios e a absolutização das vontades humanas, por perversas que sejam, para entender que em breve, A Palavra de Deus já rotulada como “fundamentalismo e discurso de ódio”, perderá seu espaço, seu direito de expressão.

Novamente um sacerdote, Francisco, promove o famigerado ecumenismo, reputando igualmente válidas todas as crenças, por contraditórias que sejam, buscando a religião unificada; assim, tudo sendo “válido, eficaz,” a exclusividade de Cristo fatalmente será coibida, pois, Sua Doutrina, invés de encorajar aos errados, denuncia-os.

Muitos “cristãos” também erram, pois, fazem suas procissões após imagens, fúteis. “... nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar... Olhai para Mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque Eu Sou Deus, não há outro.” Is 45:20 e 22

Tal exclusividade agressiva, certamente incomodará à casa de “Jeroboão”; o “Amós” da vez, também será rejeitado. Ora, não fomos treinados para buscar aceitação; não, humana. A Divina teremos à medida que perseverarmos na verdade, a despeito de, como reagirão os que não gostam dela.

Fomos enviados quais ovelhas entre lobos; nosso alvo é propagar a verdade, exortar ao arrependimento para regeneração; não, dourar a nefasta pílula dos pecados, porque esses agradam aos mortos.

Tentarão de novo, como naqueles dias, dizer onde e o quê podemos falar; seremos forçados a dizer como Pedro: “... Julgai se é justo, diante de Deus, ouvir antes a vós do que a Deus;” At 4:19

O estreitamento do mundo ímpio se apressa; mas, “Em Deus faremos proezas; porque Ele é que pisará nossos inimigos.” Sal 60:12

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

O profundo é simples


“Por ti mesmo te privarás da herança que te dei; far-te-ei servir os teus inimigos, na terra que não conheces; porque o fogo que acendeste na Minha ira arderá para sempre.” Jr 17:4

Fácil quando, a culpa pelas nossas desventuras pode ser diluída, ou, transferida para outrem. O Senhor colocara os pingos nos is, dizendo que, a derrocada de Judá, então, não era possível diluir, tampouco, transferir. “... por ti mesmo te privarás da herança que te dei...” ou seja: Pelas tuas escolhas, serás privado do que te dei.

Não seria coerente que, o “Juiz de toda terra” apresentasse a punição no colo de um, sendo a culpa, de outro. Como puniria aos pecados, quem também errasse, pecasse? “Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” Gn 18:25

Jeremias ensinou: “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lm 3:39

Um efêmero e falso conforto que o escapismo possa trazer sobre os culpados é como, invés de tratarmos à doença, negarmos sua existência, malgrado, os evidentes sintomas.
A doença de então, era apostasia; os sintomas, altares nos bosques onde cultuavam aos deuses de sua predileção, de costas para O Senhor.

Desgraçadamente, o ser humano religioso, tende a ser mais efusivo no culto do engano, que do Senhor. Por quê? Porque o engano deriva das próprias inclinações, que invés de se deixar conduzir em obediência, molda algo amoral e enganoso para o próprio deleite.

A confiança nas imagens de humana feitura equivale a confiar em si mesmo, na força do próprio braço; eis a sentença! “Assim diz O Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, e aparta seu coração do Senhor!” Jr 17:5

“...far-te-ei servir aos teus inimigos...”
a suposta neutralidade, onde alguém seria apenas humanista, sem Deus nem Diabo, como pretendem alguns, é insano, como votar numa “terceira via” onde só há dois candidatos.

O homem se pretender autônomo, independente do Criador foi sugestão do inimigo, para desfazer a relação dele com O Eterno, trazendo-o para debaixo das suas garras. Portanto, quem assim age, escolhe um senhor para obedecer; “Não sabeis que, a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis...” Rom 6:16

Não adianta ficar em cima do muro, ele é do canhoto.

“... na terra que não conheces...” Sempre, o que temos ou vemos, parece ter menos apelo que o desconhecido; dessa “moral” surgiu o fato de um profeta não ser bem vindo em sua terra; o tardio aprendizado sobre o valor das coisas ao alcance, quando delas privados, no clássico: “Eu era feliz e não sabia.”

Para quantas pessoas o ocultismo parece mais sedutor do que as coisas reveladas? O exotérico com seus mistérios exerce maior influência que os ensinos cristalinos? Quem precisa mergulhar por coisas “mais profundas”, tendo conhecido a Cristo, invés de uma sede de conhecimento, apenas deixa patente sua estupidez; “Porque Nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade;” Col 2:9 Quem provou deveras do “bom vinho”, não vasculha adegas em busca de vinagre.

Tais mergulhos se dão noutras águas; “... todos quantos não têm esta doutrina, não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás...” Apoc 2:24

As coisas Divinas foram dadas de modo simples, para serem acessíveis; o canhoto pretende sofisticar, para que apenas alguns “especialistas” conheçam seus “mistérios”; fomos advertidos desde sempre; “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com sua astúcia, também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” II Cor 11:3 Quem troca Cristo pelo desconhecido acaba servo lá.

“... o fogo que acendeste na minha ira, arderá para sempre.” Os que descansam no fato que “Deus É Amor”, seria prudente considerarem isso também. Acima de tudo, ama à justiça; se ira contra o pecado. “Não se desviará a Ira do Senhor, até que execute e cumpra os desígnios do Seu coração; nos últimos dias entendereis isso claramente.” Jr 23:20

O Amor de Deus é que chama para arrependimento; porém, os chamados que fazem ouvidos moucos às advertências, invés de corresponder a Ele, que É Grandioso em perdoar, apenas avivam as brasas do juízo; “Segundo tua dureza teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;” Rom 2:5

Cada um pode criar os argumentos que quiser; o juízo será segundo A Palavra, não segundo desculpas esfarrapadas. “O que Me der ouvidos habitará em segurança; estará livre do temor do mal.” Prov 1:33

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Sociedade possuída


“Andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes, pelos sepulcros, ferindo-se com pedras.” Mc 5:5

O gadareno, e algumas nuances de sua escravidão à legião de demônios que o atormentavam.

"... de dia e de noite...” Dada nossa constituição, após determinado período de vigília, trabalho, necessariamente, carecemos certa medida de sono, para equilíbrio das energias. Se andarmos sempre, dia e noite, seremos fadados à exaustão.

Muitos que sofrem opressões similares, não conseguem identificar a origem. A ausência de paz, dos espíritos banidos do Reino da Luz, acaba assomando no comportamento daqueles que sofrem suas influências. “Os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios...” Is 57:20,21 O justo, por sua vez, pode dizer: “Em paz me deitarei e dormirei, porque só Tu, Senhor, me fazes habitar em segurança.” Sal 4:8
À mulher adúltera, “faltavam freios”; “Estava alvoroçada e irrequieta; não paravam em sua casa seus pés. Foi para fora, depois pelas ruas, espreitando por todos os cantos;” Prov 7:11,12

Um dos frutos do Espírito é o domínio próprio; quem o produz, não precisa arfar em constantes inquietações; certamente terá seu tempo de repouso e meditação. Quando alguém se inquieta sem motivos aparentes, temos razões para considerar a hipótese de estar sob opressão maligna.

Aquele infeliz, malgrado andasse dia e noite, sem um repouso, exibia uma força descomunal; “Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, os grilhões em migalhas, ninguém o podia amansar.” Mc 5:4

Coloque-se a virtude como desafio e o canhoto fugirá; porém, para violência, transgressão, fortalece aos seus. Quando A Palavra ordena a vencermos o mal com o bem, ela está apresentando o “tendão de Aquiles”, do adversário. “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” Rom 12:21

“... clamando pelos montes...”
clamar é natural se, alguém carece socorro, ajuda. Mas, tal clamor nunca será uma coisa difusa, atirada ao vento para ver onde cai; antes, terá um alvo e um objetivo precisos: “Esperei com paciência no Senhor, Ele se inclinou para mim, e ouviu meu clamor.” Sal 40:1

Sair uivando pelos montes como cachorro louco, talvez combine mais com o deserto de esperança na qual o inimigo erra, que com qualquer outra anomalia da alma humana. Assim, o possesso se tornara mero veículo de expressão das dores do canhoto, pela usurpação daquele que foi criado à Imagem de Deus.

“... pelos sepulcros...” se, sair alguém a clamar pelos montes é apenas uma errância privada de qualquer nexo, clamar pelos sepulcros não melhora a situação. Como o socorro a uma vida surgiria de um ambiente dedicado aos mortos? Ou, como disseram os anjos às mulheres junto ao sepulcro do Salvador: “... Por que buscais o vivente entre os mortos?” Luc 24:5

“... ferindo-se com pedras.”
Cuidar bem de si mesmo é uma atitude natural em todo o ser humano. Por que alguém ferira a si mesmo? Só quando o “si mesmo” está à mercê da inimigo, cujo labor preferencial é destruir à Obra de Deus.

Esses aspectos da ação do inimigo deveriam bastar, para que nos mantivéssemos à distância, dele; no entanto, grande parte da humanidade tem firmado parceria com o tal. Ora, dando vazão às inquietações várias, fugindo sem saber de quê; “... Os ímpios fogem sem que haja ninguém a persegui-los...” Prov 28:1

Ora, “clamando pelos montes”; adotando uma religiosidade fútil, sem foco, objetivo; pavimentando a insanidade de considerar iguais, às coisas que são diferentes. Anda, pelos sepulcros, onde muitos incautos perderam suas vidas por confiar no engano; esses reiteram erros pretéritos quase que, com orgulho; meu avô foi assim, meu pai, idem, e também serei até o fim.

Por fim, ferindo-se, com “pedras” de Crack, agulhas para drogas injetáveis; maconha, cocaína...

É certo que O Salvador requer: “Negue a si mesmo;” porém, nos que O recebem, não vemos traços de sadismo e escravidão, como no possesso que estudamos; o mesmo, depois de liberto pelo Senhor já fez melhor figura; “... viram o endemoninhado que tivera a legião, assentado, vestido, em perfeito juízo, e temeram.” V 15 Não obstante isso, pediram ao Salvador que fosse embora.

Pior que um possesso, escravizado que, pode ser, eventualmente, liberto, é uma sociedade deliberadamente ímpia, que avalia coisas, (no caso, porcos) como mais importantes que o ser humano.

Onde estiverem nossos corações, estará nosso tesouro; a maioria está nos prazeres imorais, para os quais é necessário que Jesus se afaste, pois, atrapalha. Quando, rejeitado, Ele se vai ofendido e pode não retornar mais; “Então clamarão a Mim, mas não responderei...” Prov 1;28

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Letais influencers


“Ainda que tu, ó Israel, queiras prostituir-te, contudo, não se faça culpado Judá...” Os 4:15

Quantas vezes deparamos com situações onde alguém se “voluntaria” pra pecar, apenas porque outrem, também está fazendo. Se fulano/a pode, por que não eu? Questiona.

Se, alguém sofre um acidente de trânsito, padece de alguma enfermidade, ninguém pergunta: Por que não eu? O verniz do prazer com o qual a oposição e a carne, disfarçam o veneno do pecado é que faz ele parecer o que não é.

Facilmente chamam de “negacionista” ao que tem certos escrúpulos de seguir bovinamente a tudo o que é ditado pelo sistema; estaria colocando a própria vida em risco. Porém, o pecado que realmente faz isso, cujo “salário é a morte”, Rom 6;23, o mesmo sistema que apedreja pelas coisas duvidosas como vacinas não testadas, aí estimula com seus múltiplos meios, para que se vá ao encontro da perdição.

Quando alguém que foi ensinado na vereda da obediência, mas se perde no caminho largo buscando prazeres insanos, não o faz porque “pode”; antes, porque ainda não pode viver da forma que O Senhor espera que o faça; em santificação. “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual, ninguém verá O Senhor.” Heb 12;14

Cristo faculta o poder necessário para que, quem O recebe, deixe de agir de modo ímpio e seja capacitado a atuar segundo Deus; “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, da carne, nem do homem, mas de Deus.” Jo 1:12,13

O fato de que eu posso algo, não significa que o queira, necessariamente. Por isso, muitos, embora tendo sido capacitados para a vida em Cristo, voltaram atrás, capitulando à sedução dos prazeres, no caminho largo do pecado.

Quando o erro de outrem desperta meu desejo de errar, invés de me compadecer e orar, quiçá, aconselhar, isso mostra que meu coração ainda é tão enfermo quanto o daquele; a diferença é que o tal, teve mais atrevimento em busca do que deseja, que eu.

A firmeza do que permanece em obediência, santificação, malgrado, vendo os de sua relação caírem, tem um valor impossível de se exagerar; o simples perseverar desse, é já uma pregação, uma exortação aos errados de espírito, no sentido de estarem cientes dos descaminhos onde andam.

Como vimos no verso inicial, o erro de um, não deve ser, necessariamente, um estímulo à queda de outro. “Se Israel quer se prostituir, não se faça culpado Judá...”

Como seria se, o irmão do filho pródigo, quiçá, o pai também, ao verem aquele cair na gandaia, tivessem desejado imitá-lo e o tivessem feito? Para onde voltariam, quando estivessem todos entre os porcos, padecendo fome? Os bons referenciais espirituais são como ilhas nesse mar de lama onde a imensa maioria se perde.

Quando alguém desanda na direção do vício, as pessoas carnais saem a esposar seu “direito” de fazer o mesmo. Por que não, quando alguém deixa o “charco horrível de lodo e é firmado na rocha”, como disse o salmista; por que, as pessoas que eram parceiras no lodaçal, também não requerem seu direito de buscar a mesma bênção? Na verdade, o venturoso que mudara do lixo para a luz, contava com o reflexo do testemunho do seu câmbio de vida, como um mensageiro a buscar mais, de onde ele saíra: “... muitos verão, temerão, e confiarão no Senhor.” Sal 40:3

A má inclinação palpita na alma humana desde a infância, mercê da “herança maldita” pós queda; “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela.” Prov 22:15

Paulo amplia: “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8:7

Claro que, “Para baixo todo santo ajuda”, como se diz alhures. Porém, para cima só O Espírito Santo, mediante A Palavra de Deus que nos ensina e capacita a obedecer. Mesmo que todos a nossa volta decidam se espojar na lama, quais porcos; se O Espírito Santo nos anima, será a comunhão com Deus, não o prazer letal de pecar que nos há de persuadir.

O exercício repetido no Espírito, tem o “efeito colateral” de impregnar em nós, valores celestes de modo a discernirmos as coisas, a partir deles; “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5:14

Enfim, se teu amigo, colega, cônjuge, quiser pecar, não se faça culpado você; afinal, “... cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14:12

terça-feira, 28 de novembro de 2023

O salvo, raiz


“Os homens são como o vinho; a uns, o tempo apura; outros, viram vinagre.” Cícero

Paulo advertiu contra o “cultivo” da amargura, por causa da sua colheita. “Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.” Heb 12:15

Uma ameaça, contra a qual, recomendou vigilância: “Tendo cuidado...” Nossas almas são objeto de disputa entre Deus e o maligno; a mordomia, o direito de escolha pertence a cada um.

Todos nós tivemos que coabitar com alguma amargura. Todavia, se ela tem esse efeito, de privar da Graça Divina, perturbar-nos e contaminar ao semelhante, então, devemos empreender esforços, para dela nos livrarmos.

Como poderíamos elogiar da doçura do vinho, exalando a acidez do vinagre? Digo, falar sobre a beleza e necessidade do perdão, estando nossos corações habitados pela mágoa?

Somos ensinados a pedir perdão na justa medida em que perdoamos; “perdoa nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores...” Aquele que guarda mágoas, pois, orando assim, pede que O Santo guarde também, seus pecados, invés de perdoá-los. Por isso, que a existência da “raiz de amargura” nos “priva da Graça de Deus.”

Quem jamais sofreu calúnias, traições, difamações, roubos, violências...? Dada a maldade desse mundo, ninguém escapa dessas coisas.

O excesso de amor próprio é que patrocina o cultivo das amarguras, por peso excessivo à maldade alheia, e consequente incapacidade de perdoar. Se as pessoas soubessem, quanto o perdão é medicinal...

Como um câncer que só vulnera quem o tem, assim é a mágoa. Quem perdoa faz mais bem a si mesmo, que ao objeto do seu perdão. Alguns tipos de câncer têm cura; mas, para isso devemos aceitar as prescrições médicas. O dever de orarmos pelos inimigos e abençoarmos aos que nos maldizem é uma parte do “tratamento” preventivo.

Perdoar nem sempre é fácil; é necessário. Se nos parece demasiado difícil, peçamos ao Senhor; nenhuma oração feita segundo a vontade Dele será rejeitada.

Preocupa, quando, observamos pessoas que se dizem cristãs, cujas falas e escritos sempre trazem nuances de alguma mágoa, uma dor mal resolvida. Ora, o dízimo está errado; outra, nenhum pastor presta; depois, os costumes estão devassos, e por aí vai. Mal percebe esse presumido superintendente da moral alheia, que a enfermidade mais urgente está nele. Paulo ensina que a raiz de amargura perturba e contamina. Tal “vírus” pode migrar para quem ainda não foi imunizado pela bendita vacina do perdão.

Não significa que os erros alhures, não sejam erros; mas, que devo cortar a grama do meu pátio, antes de me inquietar com o do vizinho. Paulo ensina o dever de bebermos primeiro, o remédio que receitaremos; “Estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida vossa obediência.” II Cor 10:6

Sendo o amor, a base da Lei de Deus, tanto que, Cristo resumiu os dez mandamentos em dois; amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a si mesmo, a amargura acaba sendo um testemunho que, o amor ao próximo ainda está do outro lado da porta. Isso fecha-a na Face Divina também; “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama ao seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, que não viu?” I Jo 4:20

Cantamos por ocasião do batismo: “Tens ainda mágoas, no teu coração?”

Uma raiz, outra coisa não é, senão, o sustentáculo duma árvore, sendo ambas, parte da mesma essência; “... se a raiz é santa, também os ramos são.” Rom 11:16

Para nossa raiz ser santificada, carecemos que ela esteja próxima ao ribeiro da Água da Vida, não no deserto da amargura.

Quem rejeita ambientes e companhias desprezíveis para se santificar, e medita na Lei do Senhor, pelo mesmo motivo, e edificação, tem raízes melhores, “Pois, será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.” Sal 1:3

Os que viram ao Messias como “raiz de uma terra seca”, não contavam com o “estrago” que a Semente da Sua Palavra faria, no tempo oportuno; “... a palavra, que sair da Minha Boca; ela não voltará para Mim vazia, antes fará o que Me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei.” Is 55:11

Se, não produzir em nós, convém meditarmos se ainda estamos na Graça; “Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas, a que produz espinhos e abrolhos, é reprovada, perto está da maldição; seu fim é ser queimada.” Heb 6:7,8