quinta-feira, 30 de novembro de 2023

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“Ainda que tu, ó Israel, queiras prostituir-te, contudo, não se faça culpado Judá...” Os 4:15

Quantas vezes deparamos com situações onde alguém se “voluntaria” pra pecar, apenas porque outrem, também está fazendo. Se fulano/a pode, por que não eu? Questiona.

Se, alguém sofre um acidente de trânsito, padece de alguma enfermidade, ninguém pergunta: Por que não eu? O verniz do prazer com o qual a oposição e a carne, disfarçam o veneno do pecado é que faz ele parecer o que não é.

Facilmente chamam de “negacionista” ao que tem certos escrúpulos de seguir bovinamente a tudo o que é ditado pelo sistema; estaria colocando a própria vida em risco. Porém, o pecado que realmente faz isso, cujo “salário é a morte”, Rom 6;23, o mesmo sistema que apedreja pelas coisas duvidosas como vacinas não testadas, aí estimula com seus múltiplos meios, para que se vá ao encontro da perdição.

Quando alguém que foi ensinado na vereda da obediência, mas se perde no caminho largo buscando prazeres insanos, não o faz porque “pode”; antes, porque ainda não pode viver da forma que O Senhor espera que o faça; em santificação. “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual, ninguém verá O Senhor.” Heb 12;14

Cristo faculta o poder necessário para que, quem O recebe, deixe de agir de modo ímpio e seja capacitado a atuar segundo Deus; “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, da carne, nem do homem, mas de Deus.” Jo 1:12,13

O fato de que eu posso algo, não significa que o queira, necessariamente. Por isso, muitos, embora tendo sido capacitados para a vida em Cristo, voltaram atrás, capitulando à sedução dos prazeres, no caminho largo do pecado.

Quando o erro de outrem desperta meu desejo de errar, invés de me compadecer e orar, quiçá, aconselhar, isso mostra que meu coração ainda é tão enfermo quanto o daquele; a diferença é que o tal, teve mais atrevimento em busca do que deseja, que eu.

A firmeza do que permanece em obediência, santificação, malgrado, vendo os de sua relação caírem, tem um valor impossível de se exagerar; o simples perseverar desse, é já uma pregação, uma exortação aos errados de espírito, no sentido de estarem cientes dos descaminhos onde andam.

Como vimos no verso inicial, o erro de um, não deve ser, necessariamente, um estímulo à queda de outro. “Se Israel quer se prostituir, não se faça culpado Judá...”

Como seria se, o irmão do filho pródigo, quiçá, o pai também, ao verem aquele cair na gandaia, tivessem desejado imitá-lo e o tivessem feito? Para onde voltariam, quando estivessem todos entre os porcos, padecendo fome? Os bons referenciais espirituais são como ilhas nesse mar de lama onde a imensa maioria se perde.

Quando alguém desanda na direção do vício, as pessoas carnais saem a esposar seu “direito” de fazer o mesmo. Por que não, quando alguém deixa o “charco horrível de lodo e é firmado na rocha”, como disse o salmista; por que, as pessoas que eram parceiras no lodaçal, também não requerem seu direito de buscar a mesma bênção? Na verdade, o venturoso que mudara do lixo para a luz, contava com o reflexo do testemunho do seu câmbio de vida, como um mensageiro a buscar mais, de onde ele saíra: “... muitos verão, temerão, e confiarão no Senhor.” Sal 40:3

A má inclinação palpita na alma humana desde a infância, mercê da “herança maldita” pós queda; “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela.” Prov 22:15

Paulo amplia: “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8:7

Claro que, “Para baixo todo santo ajuda”, como se diz alhures. Porém, para cima só O Espírito Santo, mediante A Palavra de Deus que nos ensina e capacita a obedecer. Mesmo que todos a nossa volta decidam se espojar na lama, quais porcos; se O Espírito Santo nos anima, será a comunhão com Deus, não o prazer letal de pecar que nos há de persuadir.

O exercício repetido no Espírito, tem o “efeito colateral” de impregnar em nós, valores celestes de modo a discernirmos as coisas, a partir deles; “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5:14

Enfim, se teu amigo, colega, cônjuge, quiser pecar, não se faça culpado você; afinal, “... cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14:12

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