quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Quando Deus não entrega



“... veio Nabucodonosor... O Senhor entregou nas suas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá e uma parte dos utensílios da casa de Deus; ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus; pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.” Dn 1:1,2

Uma vitória num confronto bélico sempre foi atribuída, ao deus a quem serviam. Assim, os utensílios do templo do Deus “derrotado”, foram transportados para os domínios do deus “vencedor” em Babilônia.

Derrotado e vencedor, entre aspas, pois, o próprio texto explica que não se tratava disso. 

O Eterno, O Senhor, não pode ser derrotado por ninguém; “... Quem poria sarças e espinheiros diante de Mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria.” Is 27:4 “Ainda antes que houvesse dia, Eu Sou; ninguém há que possa fazer escapar das Minhas mãos; agindo Eu, quem impedirá?” Is 43:13 etc.

Da “vitória” de então, Daniel disse: “... O Senhor entregou...”

Quando o povo se desviava da obediência e proceder condigno com os ensinos que recebera, O Senhor enviava profetas com uma chamada ao arrependimento; insistia nisso, antes de enviar a punição. Jeremias gastara décadas avisando em vão; “Desde o ano treze de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até o dia de hoje, período de vinte e três anos, tem vindo a mim a Palavra do Senhor, e vos tenho anunciado, madrugando e falando; mas, não escutastes.” Jr 25:3

Então, em casos de reiterada desobediência, O Senhor os entregava nas mãos dos inimigos, para que fossem punidos pela rebeldia. Isso se verificou muitas vezes, na saga do povo eleito.

No fundo, era Deus pelejando contra eles, embora nem sempre vissem assim. “Eles foram rebeldes, e contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo, Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63:10

Nem todas as tentativas dos adversários, porém, contaram com a “entrega” Divina dos Seus servos para serem derrotados. O Criador sempre pelejou pelo Seu Povo; quando esse andou em obediência; ou, mesmo quando a iniciativa era dos inimigos sem ligação com o juízo Divino, o povo escolhido sempre foi vencedor.

Cada nação que, os “conquistadores” da época derrotavam, juntamente, derrotavam o deus dela, era a visão comum. Quando Senaqueribe o rei assírio vinha levando tudo de roldão, mandou emissários contra Jerusalém contando vantagem, e arrolando ao Todo Poderoso, como se fossem um boneco de humana feitura como os deuses derrotados. “Tampouco, Ezequias vos faça confiar no Senhor, dizendo: Infalivelmente nos livrará o Senhor; esta cidade não será entregue nas mãos do rei da Assíria.” Is 36:15 “Onde estão os deuses de Hamate e Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim? Porventura livraram Samaria da minha mão?” Is 36:19

Invés de ceder a essa jactância o prudente Rei enviou mensageiros ao profeta Isaías e foi orar; “Verdade é, Senhor, que os reis da Assíria assolaram todas as nações e suas terras. Lançaram no fogo os seus deuses; porque deuses não eram, senão, obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso os destruíram.” Cap 37;18,19

O Eterno enviou palavras de conforto, e confiança, ao rei que se humilhava. Numa noite O Anjo do Senhor feriu a 185.000 assírios, derrotando-os cabalmente, sem necessidade de guerra. Assim, quando Ele entrega, é uma coisa; quando peleja, outra.

Não há indícios no ar, que a guerra, ora, em curso contra Israel, bem como, a “solidariedade” circunstante, toda ela, pendendo para os terroristas, os causadores do conflito, seja algum viés de Juízo Divino contra Seu povo.

Na verdade, a certa confederação de nações, que tentará destruir O Estado Judeu nos últimos dias, foi perguntado: “... Assim diz o Senhor Deus: Porventura não saberás, naquele dia, quando Meu povo Israel habitar em segurança?” Ez 38:14

“Ah, vocês cristãos com a mania de meter Deus em tudo! É assunto de homens, não de religiões.” Será? Quando os terroristas degolam vítimas inocentes bradando: “Alá é grande!” trata-se de quê? O deus deles está por trás do que fazem.

Todos têm seu deus! Mesmo os ateus quando endeusam suas “visões de mundo” humanistas.

Os que servem ao Deus vivo com fidelidade, não podem ser derrotados; mesmo que, se permita violência contra eles, aqui; no além, terão a devida reparação em justiça. Assim, se não há desobediência em nós, nada temos a temer.

Oremos pelos inocentes dessa guerra, de qualquer bandeira. Os que a desejam, mascarando inveja, ódio religioso e cobiça por bens alheios, de “Libertação dum povo”, no devido tempo, conhecerão o “Braço do Deus de Israel.”

“O Senhor desnudou Seu Santo Braço perante os olhos de todas as nações; todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.” Is 52:10

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