quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Seriedade do amor


“O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder; ao culpado não tem por inocente;” Naum 1:3

Três aspectos do Ser Divino: Deus É Longânime, Poderoso e Justo.

“... tardio em irar-se...” longanimidade; capacidade de esperar por muito tempo, aguardando nosso arrependimento; mudança de mentalidade, de atitude. O fato de suportar silente nossas desobediências, não significa que compactue com elas; antes, que está prorrogando nosso tempo, esperando que “caia a ficha” dos nossos erros, mediante aprendizado, consciência, consequências...

A um que, tendo feito uma série de coisas más, imaginou que o silêncio Divino significava aprovação, quiçá, tolerância, O Eterno descreveu seu andar, depois, advertiu: “Quando vês o ladrão, consentes com ele, tens a tua parte com adúlteros. Soltas tua boca para o mal; a tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas Eu te arguirei; as porei por ordem diante dos teus olhos:” Sal 50:18-21

O mais trágico era que, o que fazia essas coisas todas era um religioso; alguém que eventualmente citava porções da Palavra de Deus; “... Que fazes tu em recitar Meus Estatutos, e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças Minhas Palavras para detrás de ti.” Vs 16 e 17 Como pode alguém fazer essas coisas todas e seguir “distraído”, como se, o “remédio amargo” da correção fosse apenas para alheios paladares?

A longanimidade amorosa do Pai, que faz com que Seu juízo demore a nos alcançar, invés de ser apreciada prudentemente, muitas vezes tem sido mal interpretada, levando muitos a se perder. “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8:11 Invés de gratos a Deus pela Sua bondade, reiteram suas maldades, pagam bem com mal.

“... Grande em poder...” O fato de que O Eterno Pode, não significa que ‘deve’ nem, que quer, fazer algo; opera todas as coisas segundo Seus desígnios, no tempo que Lhe apraz.

Os perversos urinam sobre um Bíblia, rasgam, queimam, blasfemam, deturpam À Palavra; bradam ofensas contra O Nome de Jesus, vilipendiam ao Salvador no Carnaval, como todos temos testemunhado; O Todo Poderoso resolveria tudo num sopro, se, a vingança, o juízo, tivessem Nele, apelo maior que o amor.

Os que, invés de se limitarem à impiedade em particular partem, para a profanação, vilipêndio das coisas santas, mesmo esses, recebem o favor da longanimidade Divina, no intento que encontrem ainda, lugar de arrependimento.

Que graça teria pare Ele, pelejar, “medir forças” com reles vermes como nós? “... Quem poria sarças e espinheiros diante de Mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria. Que se apodere da Minha Força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.” Is 27:4,5 Invés de pelejar conosco, anseia reconciliar; que façamos paz com Ele.

Invés de punir, deseja nos salvar; Por isso, “o Verbo se fez carne...”; “... Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5:19

“... ao culpado, não tem por inocente.”
Ele prolonga o tempo em Sua longanimidade, esperando pelo arrependimento dos errados de espírito; porém, não alarga à porta estreita.

Tolera, mesmo blasfêmias, dos mais atrevidos; contudo, Sua espera deriva da força do Seu Amor misericordioso, não de uma frouxidão moral, que faria vistas grossas ao pecado, como se, pudesse fingir que o sujo está limpo, em nome do “amor.” Ele ensina e faz distinção entre o santo e o profano; “Deus não rejeitará ao reto; nem toma pela mão aos malfeitores;” Jó 8:20

Como disse Abraão, “Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” Gn 18:25

Paulo ensinou a sermos prudentes no nosso trato das coisas santas; “Considera a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado.” Rom 11:22

Pois, quando a Santa paciência acabar, não adiantará choro nem reza, como foi nos dias de Jeremias: “Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem Me supliques, porque não te ouvirei.” Jr 7:16

Em suma, “O erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, o que Me der ouvidos habitará em segurança; estará livre do temor do mal.” Prov 1:32,33

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