domingo, 5 de novembro de 2023

O Halloween e a ignorância



“Melhor é ouvir a repreensão do sábio, que a canção do tolo.” Ecl 7;5

Uma repreensão, melhor que uma canção, parece contraditório; mas, entrando em cena os “intérpretes”, sábio e tolo, a coisa começa a fazer sentido.

Deparei com a repreensão de uma mulher chamada Isabel Staudt, com o título, “Não à ignorância, sim ao Haloween”.

Deplorou às postagens que combatem isso como derivadas de religiões ignorantes. Ensinou (sem citar fontes) que isso veio dos costumes antigos dos nórdicos, que, acreditavam que muitas coisas, inclusive o frio do inverno era obra de espíritos malignos, contra os quais, se fantasiavam ou colocavam espantalhos diante das casas, visando afastá-los.

Folclore, tradição do povo, ensinou. Por fim, sua diatribe contra as religiões: “as guerras existem, em sua maioria, por causa das religiões. Em nome delas é que se matam pessoas.”

Não fiz nenhuma postagem, mas, concordei com muitas que vi, desaconselhando coisas, como fantasiar crianças de bruxinhas e diabinhos, de modo que, o chapéu me serviu.

Comecemos pelo que estamos de acordo. A ignorância, sobretudo, em questões espirituais, é grave. Tanto que, Deus adverte: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” Os 4:6

De quem ensina também: “Os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, da sua boca devem os homens buscar a Lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2:7

Quando Sua Luz chega aos ignorantes, se dispõe a apagar erros cometidos, quando, no escuro, desde que haja arrependimento; “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam;” Atos 17:30

Se, os antigos pensavam que, estações do ano eram obras de maus espíritos, e, se podia espantar aos mesmos com fantasias “assustadoras”, de onde derivam essas práticas, senão, da ignorância?

O Evangelho nunca foi, “algo mais”, que cada um acresce às suas vidas, enquanto continua com suas práticas errôneas, tradições obtusas. Sempre foi um desafio transformador, onde a pessoa “perde-se”, pela “Pérola de Grande Valor”, Jesus Cristo. Nele, ensina Pedro, “... fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais...” I Ped 1:18

Se parecer lúdico, probo, digno de aplausos, que alguém use fantasias bizarras, incluindo diabinhos, faça chantagem em busca de “gostosuras”, depois de gravar essas coisas no “HD” do cérebro infante, como ensinar que certas entidades estão a serviço do mal? O aprendido na infância tende a se prolongar à velhice. “Educa a criança no caminho que deve andar; até quando envelhecer não se desviará dele.” Prov 22:6

Por Jeremias Deus ensina que a prática reiterada do mal, se torna parte da alma da pessoa, como é parte do corpo a cor da pele; “Porventura pode o etíope mudar sua pele, ou o leopardo suas manchas? Então podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jer 13:23

Por fim, as religiões. 99,99% delas são apenas crendices, folclore, tradição de povos ignorantes. Se a articulista criticada é contra religiões, mas, favorável às tradições dos pagãos, temos uma contradição abrupta.

O Único Caminho que salva é Jesus Cristo, que não é estritamente uma religião, mas, uma Pessoa. Se, tivermos “religião” no sentido etimológico do latim “religare” O Único que religa o pecador com O Criador É Ele; “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6

Dizer que guerras são derivadas das religiões tem um quê de verdade. Atualmente muitos pretendem “destruir aos infiéis” em nome de Alá.

Agora, lançar tudo o que se acredita no âmbito espiritual na vala comum das “religiões” é ignorância deliberada, desonestidade intelectual.

Jesus nunca mandou matar; antes, perdoar, orar pelos inimigos, abençoar quem nos amaldiçoa. Se alguém cometeu barbáries usando O Santo Nome Dele, o fez por ignorância acerca dos Seus Ensinos e Sua Pessoa, ou, de novo desonestidade intelectual e moral, tentando envernizar sua maldade, para que essa tivesse uma aparência “aceitável”.

Antes de combater genericamente às religiões, colocar no mesmo rol coisas distintas, que tal se informar primeiro? Aristóteles dizia: “A pior forma de desigualdade é considerar iguais, coisas que são diferentes.”

Os únicos refratários ao Halloween e similares são os cristãos. Nossa “ignorância” também pretende ser contra a mentira, o adultério, o roubo, o homossexualismo, a violência, e tantas coisas “normais” por aí.

Fomos desafiados a deixar nossos pensamentos rasos pelos Divinos, “Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz O Senhor.” Is 55:8

Quem puder nos enriquecer suprindo-nos do que ignoramos será bem-vindo. Agora, se pretender iluminado andando no escuro... “... Se a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6:23

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