Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
Pancada no Coração
Anteontem sofri um pequeno acidente de trabalho; uma madeira com peso considerável caiu-me no crânio gerando um sangramento expressivo até; os colegas sugeriram que eu fosse até ao posto de saúde e fizesse uma pequena sutura, ao que resisti; pois, sou meio refratário a isso e preferi limpar o sangue que corria até que estancasse; não demorou muito e ficou só a dor da pancada.
Ontem, meu irmão e minha cunhada encorajando-me a tomar uma decisão sobre um tema em apreço eu os respondi com bom humor. Vamos ver; vamos esperar o efeito da pancada na cabeça para saber se me curou da loucura ou, acentuou-a.
Agora pensando sério sobre o assunto lembrei que eram as novelas que usavam e abusavam de traumas assim onde personagens perdiam a memória, apagavam histórias e, como diz numa canção sertaneja que pegou carona, geravam errantes que “assinavam com X”.
A cabeça é extremamente sensível, dado o HD que armazena. Todo o nosso funcionamento, coordenação motora, pensamentos, decisões, vontades derivam dela; atuam ao seu comando.
Talvez, por isso O Criador tenha estruturado o corpo colocando os ossos por dentro, enquanto na cabeça, a caixa craniana fica por fora, apenas com um tênue invólucro, o couro cabeludo.
Por causa da função vital imprescindível que exerce, tendemos a fazer nossa “sala de comando”, a sede do nosso íntimo, o coração.
Como O Eterno costuma falar-nos numa linguagem que entendemos, aludindo à conversão que tencionava gerar no porvir prometeu dar um novo coração; “Então aspergirei água pura sobre vós e ficareis purificados de todas vossas imundícias e de todos vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei um coração novo; porei dentro de vós um espírito novo; tirarei da vossa carne o coração de pedra, vos darei um coração de carne. Porei dentro de vós Meu Espírito; farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” Ez 36;25 a 27
Embora, na figura usada pelo profeta pareça que O Senhor tencionava um transplante de órgãos, mediante Isaías deixou claro que a mudança buscada era no modo de agir e no de pensar. “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque Meus Pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8
Quando, a rejeição ao Salvador envolveu sentimento; “amaram mais...” esse foi um subproduto da mente. Pensaram e entenderam que, servir Ao Senhor trazia no pacote o abandono de pecados dos quais gostavam; optaram pelo autonomia egoísta e suicida. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21
Várias vezes O Salvador disse: “Por que sobem tais pensamentos aos vossos corações?” Ora, se subiam, o “coração” em apreço deve ser no alto, onde os pensamentos costumam habitar.
Então, quando tencionamos falar de amor, por exemplo, usamos o coração como “argumento”; muito embora, seja nossa mente que tece palavras, compõe poesias até, quem possui o dom. Soaria estranho aos nossos ouvidos invés de um “te amo do fundo do coração, um “te quero do mais recôndito dos meus pensamentos”. (a esta altura meu irmão e cunhada devem estar preocupados com o efeito da pancada)
Salomão o mais sábio dos homens colocou-o com a fonte de onde saem todas as decisões; portanto, o que deve ser guardado com mais zelo; “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Prov 4;23
Assim, um coração convertido invés da autonomia egoísta tão adequada ao ímpio paladar, terá suas fontes em Deus; “... todas as minhas fontes estão em ti.” Sal 87;7
Por isso a relevância intransferível de conhecermos à Palavra de Deus, a “Mente de Cristo”; pois, sem conhecermos aos Pensamentos do Santo, acabaremos endeusando aos nossos.
Decisão autônoma, independente, como vimos no Gênesis foi sugestão do Traíra; assim, por dramático que pareça é a mais cristalina verdade que, ou agimos segundo Deus, ou, a ação será, necessariamente, segundo o inimigo; que, não labora por mudar sentimentos, antes, cegar entendimentos; ele sabe onde batem nossos corações. “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4
domingo, 2 de outubro de 2016
Efeito manada
“Toda a multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou
que se retirasse deles; porque estavam possuídos de grande temor. Entrando ele
no barco, voltou. Aquele homem, de quem haviam saído os demônios, rogou-lhe que
o deixasse estar com ele;” Luc 8;37 e 38
Duas situações antagônicas. A multidão pedindo que O Senhor se
afastasse, o liberto desejando manter-se perto Dele.
Os gregos definiram a multidão como um “monstro acéfalo”, ( sem
cérebro ) na maioria dos casos isso se verifica. Basta que uma voz de comando
dê o primeiro grito, tanto faz, “herói”, “crucifica-o”, “não vai ter golpe”, “grande
é a deusa Diana”, “fora daqui”, presto, o efeito manada, acaba unificando os
anseios do “monstro”.
Pouco importava se, o recém liberto fora um alijado social, que vivia
entre sepulcros autoflagelando-se, e, agora estava livre. Alguém viu mais valor
numa vara de porcos, e, tal, deve ter dado a voz de comando à manada; O Senhor
se retirou. Contudo, quem peregrina pelo deserto sabe, como ninguém, apreciar o
valor da água; digo, um que fora cativo de uma legião de demônios, sabe bem,
quanto vale, ser, enfim, livre. Por isso, grato ao Libertador, tencionou
permanecer com Ele.
Não obstante se “filosofeie” a primazia da qualidade sobre a quantidade,
grosso modo, essa tem sobrepujado àquela. Lembro de um texto que enviei certa
vez a um editor esperando que me ajudasse a publicar um pequeno livro. O
material era de cunho teológico, e, a editora, especializada em publicações
desse viés. Devolveram-me com muitos elogios ao conteúdo sadio, mas,
escusaram-se dizendo não ser do seu perfil; noutras palavras, um livro como
aquele, tinha pouco apelo comercial, não venderia. Na apreciação deles, pois,
tinha qualidade, mas, por isso, prejudicava à quantidade.
Basta que entremos numa livraria “Evangélica” aliás, para ver em
destaque um monte de esterco, doutrinariamente falando, e eventuais obras de
sadio conteúdo, esquecidas em prateleiras dos fundos. Autores como Benny Him,
Kennet Hagin, Napoleon Hill, e, outros tantos, menos votados, cujos ensinos
desafinam da boa hermenêutica Bíblica, vendem muito, dão lucro, portanto, fazem
sucesso. De novo, a multidão, cujo apelo deveria ser evitado, ensino que vem
desde Moisés. “Não seguirás a multidão para fazeres mal; nem, numa demanda
falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito.” Ex 23;2
Cheia está a Internet desse lixo de jogar com a curiosidade em
busca de números, visitas. Certos sites são especialistas em manchetes bombásticas,
para atrair; aí a gente vai ler e não passa de um traque; ou, seria um truque? Nesses,
depois de uma ou duas, considero-os sinônimos de fraude; não leio mais, mesmo que, eventualmente, tenham
algo de valor. Seu histórico desqualifica.
De igual modo trato ministros cujos ensinos em parte são corretos,
noutra, hereges. Toda heresia precisa certo, quê, de verdade para ser
palatável, pois, em seu estado “puro” não é. Assim, o que de correto esses
histriões ensinam serve de “farinha” entre a qual dissolvem seu “princípio
ativo”.
Então, quem se impressiona com números, multidão, coisas que “viralizam”,
certamente se manterá afastado do Salvador, pois, aos olhos naturais será como
foi aos seus coevos, quer, gadarenos, quer, judeus. Isaías anteviu tal
desprezo: “...olhando nós para ele, não havia boa aparência, para que o
desejássemos. Era desprezado, o mais rejeitado entre os homens, homem de dores,
experimentado nos trabalhos; como um de quem escondiam o rosto, era desprezado,
não fizemos dele caso algum.” Is 53;2 e 3
Desgraçadamente, os demônios que possuíam ao infeliz,
identificando O Senhor, pediram misericórdia; homens que viram isso tudo,
pediram distância. Um pecador de coração endurecido consegue ser pior que o
diabo.
Não sem razão, pois, O Senhor figura a mudança que faria nos
convertidos com um transplante de órgãos. “Dar-vos-ei um coração novo, e porei
dentro de vós um espírito novo; tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos
darei um coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que
andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos, os observeis.” Ez 36;26 e
27
Essa sociedade apodrecida, alienada de Deus, no prisma político
faz moda da opção das minorias, por imoral que seja; no aspecto filosófico, a
onda é o “politicamente correto”, marchar com a maioria.
O Eterno não se
impressiona com números, quer módicos, quer, astronômicos; Ele criou os astros.
O que impressiona ao Santo é caráter, fidelidade, integridade, como tinha Jó.
Assim, Sua ceifa será qualitativa, seletiva, pouco importando quantos serão.
Quem usufrui a libertação de Cristo quer ficar perto dele; e, a Seu tempo,
ficará, O verá pessoalmente. “Meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que
se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá.” Sal 101;6
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sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Reis falidos
“Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas! Dizimais hortelã, endro, cominho, e desprezais
o mais importante da lei, juízo, misericórdia e fé; deveis, porém, fazer estas
coisas, e não omitir aquelas.” Mat 23;23
Parece que
nossos antepassados Fariseus faziam de bom grado as coisas fáceis, sem,
contudo, se importarem em praticar o que era mais importante para Deus: “O
juízo, a misericórdia e a fé.” O fato de algo ser prioritário, porém, não
exclui a prática de outras coisas necessárias. O Senhor disse: Continuem
fazendo essas coisas menores ainda, mas, pratiquem também as que são de maior
relevância.
Com outras palavras
o Mestre denunciou que eles coavam um mosquito e engoliam um camelo. O quê nos
leva a sermos criteriosos com coisas pequenas, e relapsos com as principais?
Provavelmente, o fato de que nosso “critério” não deriva de zelo de Deus, antes,
não passa de uma selfie “espiritual” onde buscamos nosso melhor ângulo para nos
expormos à torcida.
O homem
espiritual sabe que está numa luta renhida, onde, nada menos que a verdade,
aprendida, vivida e ensinada, o faz probo ante O Senhor. O hipócrita se
satisfaz com um verniz dourado que o faça parecer áureo ante os olhos humanos,
mesmo que, esteja desnudo diante de Deus. O danoso desse cristianismo “para
inglês ver” é que, se mantido, nos fará herdeiros de uma “salvação” do mesmo
calibre.
No fundo
somos imediatistas demais para esperarmos viçarem os demorados frutos da fé.
Assim, “recompensas” agora, prezamos mais que o galardão porvir. Por outro
lado, a certeza que as consequências das más ações são demoradas também, nos dá
“segurança” para seguirmos no escuro, imaginando que, um dia, oportunamente,
sairemos à luz. Salomão ensinou: “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a
má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer
o mal.” Ecl 8;11
Sabemos que
pensamentos geram ações, ações forjam caracteres, e esses, colhem um destino. Enquanto
não cambiarmos nosso jeito de pensar, seguiremos agindo apenas para a humana
plateia, como que, cegos para a perdição que espera-nos, do outro lado do rio
da vida.
Por isso, a
conversão nunca começa no escopo das obras, antes, na mudança de mente, de
coração, pois, feito isso, as coisas exteriores cambiarão também, tendo cambiado
sua fonte, vejamos: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda teu coração,
porque dele procedem as fontes da vida.” Prov 4;23 “Deixe o ímpio seu caminho, o
homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor...” Is 55;7 “Não vos
conformeis com este mundo, mas, transformai-vos pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita
vontade de Deus.” Rom 12;2 etc.
Cada um é rei
no vasto império da vontade, e nossas escolhas pretéritas são as crônicas dos “decretos”
que selamos desde nosso trono. Cristo, como a Herodes, soa uma ameaça à coroa
que tanto prezamos. Como aquele,
hipocritamente queremos “adorar” o Novo Rei, embora, no fundo, obramos para que
morra.
O que levou o
Sinédrio a impor a Pilatos a morte do Messias, senão, o medo de perderem seu
lugar? Pois, esse é o “problema” do Salvador: Ele quer o meu lugar. Disse: “Se
alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome cada dia sua cruz, e siga-me.”
Luc 9;23
Desse modo, a
conversão é absolutamente impossível à natureza caída, pois, teria que trair à
própria inclinação que se opõe a Deus. “Porque a inclinação da carne é morte;
mas, a inclinação do Espírito, vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é
inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, pode
ser.” Rom 8;6 e 7
Esse é o
papel da cruz. Matar um inimigo de Deus, e, em seu lugar, trazer à luz um filho
adotivo mediante Jesus Cristo. Em quem aceitar tal renúncia, O Eterno se dispõe
a fazer um transplante de órgãos, para possibilitar a obediência, antes,
impossível. “Vos darei um coração novo, porei dentro de vós um espírito novo; tirarei
da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei
dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis
os meus juízos, e os observeis.” Ez 36;26 e 27
Feita essa
mudança vital, nosso próprio agir há de ser uma mensagem ante quem vê, e nosso
anseio pueril de exibir virtudes sumirá paulatinamente, pois, a atuação do
Espírito Santo, “Sangue” do novo coração, pulsará para que se veja Cristo em
nós.
É só um presunçoso invés de convertido todo “cristão” quem inda não pode
falar como João Batista, o amigo do Noivo: “Convém que ele cresça e eu diminua.”
domingo, 8 de novembro de 2015
Coração duro; que dureza!
“E, entrando em casa, a ninguém deixou entrar, senão,
Pedro, Tiago, João, o pai e a mãe da menina.” Luc 8; 51
O
Senhor estava prestes a fazer algo grandioso; ia ressuscitar à filha de Jairo.
Contudo, restringiu bastante o número de testemunhas. Apenas os pais da menina,
e três discípulos, Pedro, Tiago e João.
Seus irmãos carnais chegaram a reclamar
certa vez, de Sua falta de jeito para a propaganda; “Se fazes essas coisas,
manifesta-te ao mundo.” Disseram.
Que oportunidade de ouro para chamar às
câmeras, documentar tudo e exibir no horário nobre!! Mas, isso combinaria com
os “apóstolos” de hoje, não com Ele. Nunca foi espetaculoso, apenas, prático,
amoroso, prudente... ante Herodes que queria ver milagres como se fosse plateia
e Jesus, um artista, nada fez; não estava a serviço da curiosidade ímpia,
antes, da Vontade do Pai.
Erram os que pensam acessar às coisas Divinas
mediante o intelecto. Carecemos, antes, fé para entrar; e obediência,
fidelidade, para nos tornarmos íntimos do Santo; depois, seremos partícipes de
Sua revelação. “O segredo do Senhor é com aqueles que o temem; e ele lhes
mostrará a sua aliança.” Sal 25; 14
Temos as parábolas, com veras razões, como
ferramentas didáticas excelentes, uma vez que, lançando mão de trivialidades
imanentes, nos facultam conhecer verdades transcendentes.
Contudo, no contexto
em que foram proferidas, serviram mais para “ocultar” verdades aos duros de
coração, que pra revelar. O mesmo Salvador disse isso: “E, acercando-se dele os
discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas? Ele, respondendo,
disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a
eles não; porque àquele que tem, se dará e terá em abundância; mas àquele que
não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas;
porque eles, vendo, não veem; ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se
cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não
compreendereis, E, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste
povo está endurecido, E ouviram de mau grado, fecharam seus olhos para que não
vejam, ouvidos para que não ouçam, compreendam com o coração, se convertam e eu
os cure.” Mt 13; 10 a 15
Assim, um coração endurecido ante Deus, não apenas não
recebe Dele revelações, como, se torna incapaz de perceber mesmo o que está
patente.
Desse modo, aliás, devemos entender a expressão que “Deus endureceu o
coração de Faraó” cada vez que o rei agia insanamente apesar das gritantes evidências
de estar numa luta inglória, impossível de vencer. O Criador não o forçava a
pecar, apenas, o entregava a si mesmo, que equivale a endurecer o coração. “Tens
visto o homem que é sábio a seus próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo
do que dele.” Prov 26; 12
Todos nós possuímos um coração assim, no tocante às
coisas de Deus. Sem uma ajuda do alto, nada feito.
Por isso, é indispensável a
ação conjunta do Espírito Santo com a pregação da Palavra. Enquanto Essa é um
agente externo de persuasão, Aquele é interno atuando com o fito de amolecer as "defesas" do Pecador.
É Necessária uma intervenção tão drástica que, mediante
Ezequiel Deus ilustrou como se fosse um transplante de órgãos; “Então
aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas
imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E dar-vos-ei um coração
novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o
coração de pedra, e vos darei um coração de carne.” Ez 36; 25 e 26
Aspersão de
água pura, a pregação da Palavra; mudança de coração, a ação, e posterior
habitação, do Espírito Santo nos salvos. Após isso somos capacitados a termos
intimidade com Deus.
Paulo ensina: “Porque, qual dos homens sabe as coisas do
homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as
coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Não recebemos o espírito do mundo,
mas, o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é
dado gratuitamente por Deus.” I Cor 2; 11 e 12
Quem se tornou íntimo do Senhor não precisa milagres para crer, ainda que, os presencia sempre; os que têm o
coração endurecido, mesmo que vejam duvidam, seus olhos espirituais ainda não
foram abertos.
Intimidade demanda acordo, coesão; “Porventura andarão dois
juntos, se não estiverem de acordo?” Am 3; 3
Quem quer presenciar os feitos
grandiosos de Jesus precisa andar com Ele; para isso, propôs um contrato de uma
cláusula apenas: “Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, tome cada dia
a sua cruz, e siga-me.” Luc 9; 23
sábado, 11 de abril de 2015
Coração transplantado
“Assim
não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe, o
homem. Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de
divórcio, repudiá-la? Disse-lhes ele:
Moisés, por causa da dureza dos vossos corações permitiu repudiar vossas
mulheres; mas ao princípio não foi assim.” Mat 19; 6 a 8
Ele e Moisés estariam
prescrevendo coisas diferentes, uma vez que o Mestre propunha a
indissolubilidade do matrimônio, enquanto, Moisés aceitava o divórcio.
Então explicou
que, a permissão atinava às possibilidades do homem, ( por causa da dureza dos
vossos corações ) não da Vontade perfeita de Deus. ( Mas, ao princípio, não foi
assim )
Mas, se em Moisés o coração duro “abonava” certos pecados, em Cristo,
não mais? A transição do Velho para o Novo Testamento enseja um upgrade fantástico.
“Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de
uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas. Porque, se aquela
primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda.” Heb
8; 6 e 7 Então, embora a graça de Deus esteja em plena vigência para com os que
se arrependem, os reclames da Santidade são altos, sublimes, aos moldes de
Cristo.
O cumprimento formal da Lei, mesmo os Fariseus conseguiam, mas, o
Salvador advertiu: “Porque vos digo que, se vossa justiça não exceder a dos
escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mat 5; 20
Claro que, imitar a Cristo demanda, antes de tudo, conhecer Seu caráter, Sua
mente, como disse Paulo: “Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que
possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.” I Cor 2; 16 Só pode dizer isso, contudo, aquele que está
espiritualmente edificado, tanto no conhecimento, quanto, na prática da
Doutrina; os demais, devem seguir buscando, pelos caminhos propostos. “E ele
mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas,
outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a
obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguem à
unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da
estatura completa de Cristo...” Ef 4; 11 a 13
Quem logra atingir estatura, pelo
menos, aproximada, já não busca “brechas” para pecar, antes, identificando uma,
repara-a. “E busquei dentre eles um
homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante mim por esta
terra, para que eu não a destruísse; porém, ninguém achei.” Ez 22; 30
Afinal, o
coração duro, posto que seja herança inevitável após a queda do Éden, (Porque a
inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto
a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de
Deus, nem, em verdade, o pode ser. Rom 8; 6 e 7 ) Ainda assim, segue sendo
consequência de nossas escolhas, pois, bem podemos dar ouvidos ao que amolece. “Enquanto
se diz: Hoje, se ouvirdes sua voz, não endureçais os vossos corações...” Heb 3;
15
Assim, o mero sair em busca de justificativas, invés de buscar o perdão do
que justifica é já em si, um diáfano atestado de coração endurecido; qualquer
que seja o “álibi” encontrado, servirá
apenas como conservante de sua rigidez, seu medo da “cirurgia” tencionada pelo
Pai. “Então aspergirei água pura sobre vós e ficareis purificados; de todas as
vossas imundícias, de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei um
coração novo, porei dentro de vós um espírito novo; tirarei da vossa carne o
coração de pedra e vos darei um coração de carne.” Ez; 36; 25 e 26
Vemos que a “anestesia” que antecede ao
transplante de órgãos é feita com “água pura”. Paulo ensina: “Para santificá-la,
purificando-a com a lavagem da água, pela palavra...” Ef 5; 26
Concluindo; se,
havia uma discrepância entre a possibilidade humana e a Vontade Divina, O
Salvador começou Sua obra por aí: “Mas, a todos
quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que
creem no seu nome;” Jo 1; 12
Desse modo, em Cristo podemos buscar a santificação.
Mais; devemos. Senão, o upgrade de bênçãos propiciado pelo Sacrifício Perfeito subirá noutro gráfico, o do juízo. “Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre
sem misericórdia, só pela palavra de duas, três testemunhas. De quanto maior
castigo, cuidais, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver
por profano o sangue da aliança com que foi santificado, fizer agravo ao
Espírito da graça?” Heb 10; 28 e 29
Em suma: A única coisa que um coração duro
prova é que, a cirurgia tencionada pelo Eterno ainda carece ser feita.
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