Instruções finais de Paulo, às portas do martírio. A apostasia; “tempos difíceis”, quando, os homens escolheriam o que iriam ouvir pelo próprio paladar, não, por amor à verdade.
Quem crê que devemos nos adequar aos “tempos”, eufemismo barato que muitos usam para desculpar ao apodrecimento moral, (os tempos são outros, dizem) temos um, “mas”, advertindo ao jovem pastor que não se deixe arrastar pela corrente, para parecer “politicamente correto”.
Tu sê sóbrio. Parece que os desviados estão embriagados dos sentidos, dado que, a antítese é a sobriedade.
É uma inclinação humana fazer o que a maioria faz; reproduzir o que observa nos exemplos cotidianos. É seletiva, imitando ao que lhe soa desejável.
Dos que ouvem o chamado de Cristo se espera algo melhor. “Filho meu, se os pecadores procuram te atrair com agrados, não aceites... não te ponhas a caminho com eles; desvia teu pé das suas veredas; porque seus pés correm para o mal, se apressam a derramar sangue”. Prov 1;10, 15 e 16
Malgrado, O Criador seja Eterno, não atua alheio ao tempo; antes, em consórcio, segundo Sua Soberania; “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho... ” Gál 4;4
Quando iniciou Sua mensagem O Salvador pontuou: “O tempo está cumprido, O Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no Evangelho”. Mc 1;15
Aquele que dispõe de todo o tempo, faculta-nos um tanto, quanto, entende necessário, para que possamos entender o que carecemos; assim, Sua revelação foi progressiva ao longo dos dias; conforme a capacidade humana de compreender o mundo espiritual, ela foi progredindo.
Com o avanço do tempo, e o concomitante progresso, da exposição da Sua Pessoa e Sua vontade, foi facultado “ver” a Deus, tanto, quanto é possível fazê-lo, sendo pecadores, vivendo num corpo de carne. O Senhor ensinou: “... Quem vê a Mim vê O Pai...”
Se, com o decurso do tempo foi disseminado um melhor conhecimento de Deus, natural que Ele espere uma melhor postura de nossa parte, atinente à necessária santificação, se O queremos ver, um dia. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”. Mat 5;9 “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual, ninguém verá O Senhor”. Heb 12;14
O que foi dado no Antigo Testamento, era só um esboço de algo infinitamente superior. A Lei, embora santa, justa e boa, não falava de amar ao inimigo, adulterar no coração, sem tocar na pessoa desejada, buscar imitar a perfeição do Pai, perdoar, etc.
Com o curso do tempo, Moisés foi superado por uma revelação superior; a Lei deve ser tida, “... à sombra dos bens futuros, não a imagem exata das coisas...” Heb 10;1 Um tipo profético do que viria.
Ela requeria dos praticantes, uma purificação ritual, exterior; em Cristo a exigência se aprofundou: “... O sangue de Cristo, que pelo Espírito Eterno ofereceu a Si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas...” Heb 9;14
Antes dissera: “Mas agora alcançou Ele ministério tanto mais excelente, quanto, é mediador de uma melhor Aliança que está confirmada em melhores promessas”. Heb 8;6
Cristo não é a negação da Lei, como pensaram os religiosos de então; antes, o cumprimento e um “upgrade”, para a vida espiritual, uma lei superior, gravada nas consciências. “(Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus. Heb 7;19
O Salvador ensinou que, aquele para o qual, mais foi dado, dele, mais será requerido. Então, os homens dos tempos atuais, são os que receberam entendimento das coisas que, muitos, de outrora, jamais souberam. Desse modo, estarmos nos presentes dias, invés de atenuantes para perversões como pensam alguns desavisados, temos luz bastante para saber o que agrada a Deus e o que O desonra, o que profana ao Santo Nome.
Tanto é assim, que, os transgressores da Nova Aliança são tidos por muito mais culpados que os da Antiga, uma vez que desprezam um conhecimento muito mais amplo do que tinham aqueles.
A Palavra questiona: “Quebrantando alguém a Lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais, será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o Sangue da Aliança com que foi santificado, fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;28 e 29
Caso, nos tempos de luz mais intensa, escolhermos perversidades maiores, equacionarmos a Misericórdia Divina com permissividade, só pioraremos o que já está ruim. “... Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23
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