Paulo a Tito, acerca das características que devia ele buscar, nos que ia escolher para estabelecer como presbíteros. Embora a ideia vulgar de alguém poderoso seja a capacidade para operação de sinais, curas, profecias, exorcismos, Paulo acabou definindo como tais, aos que eram constantes na preservação daquilo que aprenderam. “Retendo firme a fiel Palavra”; essa postura os faria detentores de autoridade moral para corrigir aos desordenados entre os que criam, bem como, desfazer as “razões” dos que se opunham.
A batalha excede o conceito de “pisar serpentes e escorpiões”; onde, um da vasta legião que campeia em busca de corpos, sujos o bastante, é expulso d’onde habitou sem o desejo do proprietário.
A milícia espiritual é uma peleja entre verdade e mentira; argumentos alinhados aos fatos, versus falácias capciosas, atinentes aos vis interesses. A Palavra de Deus, contra derivados do pai da mentira.
Não por acaso, a “armadura do Cristão” começa pelo “cinturão da verdade” conhecimento da Palavra, e a “couraça da justiça”, a prática; testemunho de vida ilibado. Ef 6;14
O Salvador altercou muito com os religiosos, sobre a correta interpretação das Escrituras; em dado momento diagnosticou que, embora se pretendendo mestres, eram ignorantes; “... Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o Poder de Deus”. Mat 22;29
Deve ter sido um duro golpe no orgulho religioso deles; todavia, era verdade. A pompa de fruir uma posição, o apego doentio a um título eclesiástico, acaba cegando aos deslumbrados, de modo a esquecerem do preparo necessário para a mesma. Ao príncipe Nicodemos O Salvador perguntou: “... Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?” Jo 3;10
Um título ministerial é dado a alguém para identifica-lo funcionalmente, não para fazê-lo. O obreiro não deve ser separado para, finalmente, ser; antes, porque seus frutos evidenciam que ele já é. Quem recomenda aos que não estão aptos, pelo caráter, sobretudo, se torna participante dos seus pecados; O mesmo Paulo recomendou cautela a Timóteo quanto a isso; “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva a ti mesmo puro”. I Tim 5;22
O fogo do Espírito em nós, embora seja inevitável que enseje calor, deve ser buscado, sobretudo, pela sua luz. “Se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus”. Prov 2;4 e 5 “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”. Prov 4;18
Ver na dimensão espiritual é que nos habilitará para o bom combate. Para tanto, o “negue a si mesmo”, a renúncia das naturais inclinações é indispensável; “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”. I Cor 2;14 O poder dado aos espirituais incide mais valiosamente nisso; na aptidão para ver distintamente ao joio e ao trigo. “O que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido”. I Cor 2;15
Eventualmente ouvimos alguns, se pretendendo tão polidos que evitam aos “assuntos polêmicos”, como se isso significasse o suprassumo do amor cristão. Não! O amor “... não folga com a injustiça, mas com a verdade”. I Cor 13;6 “Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos”. Prov 27;6
Pois, onde uma injustiça está sendo praticada, ou uma inverdade anunciada, fatalmente, o amor movido pelo Espírito Santo, deixará por um pouco seus buquês, e tomará a espada. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo”. II Cor 10;4 e 5
Os que evitam polêmicas não o fazem por serem mais amorosos que os demais, nem mais sábios; antes por astutos em demanda de interesses rasos, que visam agradar aos que tentam seduzir, atraindo a si, invés de iluminar e conduzir a Cristo.
A afeto Divino vem casado com disciplina; pois, O Pai nos ama tanto que não quer que nos percamos. “Porque O Senhor corrige ao que ama, açoita a qualquer que recebe por filho”. Heb 12;6
Todo amor, invariavelmente, anseia ser correspondido; como pretendemos viver isso em relação ao Pai, se, omissos permitirmos que a fiel Palavra seja alterada?
Eventualmente, invés de expelir demônios alhures, devemos rechaçar seduções deles, em nós. “Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos”. Jo 8;31
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