“Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Sal 84;5
A diferença entre um homem forte em si mesmo, e outro, forte no Senhor, é que a robustez do segundo, pode se passar por fraqueza. O tal acaba sendo visto com desdém, desprezado, até; apenas quando as circunstâncias demandarem, o que se esforçou para permanecer em comunhão com o Santo, deixará evidente o que isso significa.
Um homem com postura correta faz diferença enorme: “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante Mim por esta terra, para que Eu não a destruísse; porém a ninguém achei.” Ez 22;30
Vejamos, quando foi achado: “Houve uma pequena cidade em que viviam poucos homens; veio contra ela um grande rei, a cercou, levantou contra ela grandes baluartes; encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria; ninguém se lembrava daquele pobre homem. Então disse eu: Melhor é a sabedoria que a força, ainda que a sabedoria do pobre foi desprezada, e suas palavras não foram ouvidas.” Ecl 9;14 a 16 Um aspecto que acompanha a sabedoria espiritual, pois, é a prudência; quem a possui descansa confiado no Senhor, invés de tentar chamar atenção.
Baseado no exemplo do sábio desprezado, o pensador cunhou nova sentença: “As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais que o clamor do que domina entre tolos. Melhor é a sabedoria que as armas de guerra, porém um só pecador destrói muitos bens.” V 17 e 18
Assim, a vantagem do que se fortalece no Senhor, buscando Nele a sabedoria, não somente supera à força do braço; sobrepuja também às armas de guerra.
Não só no ponto de vista pragmático, devemos nos fortalecer no Senhor; mas também pelo significado espiritual adjacente. Porque, o autoconfiante deixa A Palavra de Deus e adota para si o conselho do inimigo. Foi ele quem sugeriu a independência do homem em relação ao Criador; agir assim, equivale a valorar como mais preciosa a palavra do canhoto, do que a de Deus. A rigor, confiar no próprio braço, é confiar no capeta.
Não é gratuita, pois, a sentença entregue mediante Jeremias: “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, e aparta seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.” Jr 17;5 e 6
O verso que encabeça esse tratado, traz o contraponto da maldição, na bênção ao que se submete ao Eterno. “Bem-aventurado o homem cuja força está em Ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.”
Esse tipo de força, tem nexo com o coração, não, com outro tipo de músculos. Figura aos descaminhos da vontade rebelde, como os verdadeiros problemas; o que se isola do Senhor, traz em seu coração, óbices, como se fossem montes; dado que, o que no Eterno confia, tem caminhos planos, no mesmo lugar, no coração.
Então, quando pensarmos na fé que remove montanhas, antes de apontarmos seletivamente esse “canhão” contra os “montes” da nossa predileção, deixemos que ela remova do nosso coração, as coisas que desagradam ao Senhor. Feito assim, seremos fortalecidos Nele.
Sua Palavra é categórica sobre muitas coisas que devem ser removidas; vejamos um breve rol: “Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a Sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos.” Prov 6;16 a 19
Embora aos olhos do vulgo a fé seja equacionada com fraqueza, nos escondemos atrás da Bíblia, dizem, os que se atrevem a confiar em Cristo de modo irrestrito, precisam enfrentar a si mesmos; isso não é coisa para covardes; “Melhor é o que tarda em irar-se do que o poderoso, o que controla o seu ânimo do que aquele que toma uma cidade.” Prov 16;32
A mansidão e o domínio próprio necessários para isso, apenas o Espírito Santo pode dar. E esse Bendito ajudador não se encontra fazendo academia. Nada contra os cuidados com a saúde do corpo. Mas, a verdadeira força é espiritual.
Quando Israel deixou de confiar no Senhor, e apelou aos Egípcios o profeta disse: “Porque os egípcios são homens, não Deus; os seus cavalos, carne, não espírito; e quando o Senhor estender a Sua Mão, tanto tropeçará o auxiliador, como cairá o ajudado...” Is 31;3
Enfim, “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala...” Sal 125;1
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