“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por Minha causa.” Mat 5;11
Antes de tudo, convém atentar às letras miúdas; os que seriam ditosos nas perseguições, não o seriam por alguma profissão de fé; por se dizerem pertencentes a Cristo, malgrado, vivendo à ímpia maneira.
Quando sonegadores, fraudadores, estelionatários, charlatães são “perseguidos”, é a própria mão da justiça que os busca, pois, estão endividados para com ela; caso se digam cristãos, ou não, é irrelevante; suas obras falam mais alto que os lábios. Por elas são chamados a prestar contas.
A receita para não carecermos temer às autoridades não está num rótulo; antes, numa maneira de agir; “Porque os magistrados não são terror para boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.” Rom 13;3
Entendido isso, voltemos aos que são perseguidos por causa de Jesus. Primeiro, é necessário que os maldizentes sejam gratuitos; isto é: estejam mentindo. Ele mesmo ensinou a impossibilidade de ocultarmos, um “crime” tão grande; “... não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;” Mat 5;14 a requerida fidelidade, deve, necessariamente, tornar Cristo visível.
Há dois motivos, pelos quais, o bom porte em Cristo, incomoda aos que não andam assim. Um, psicológico, outro, espiritual.
Em geral, pessoas que escolhem o vício, invés da virtude, valoram aos que agem diferente, como arrogantes, presunçosos; “pensam que são melhores que os outros.” O bom andar em face aos valores de Cristo, acaba sendo uma denúncia oblíqua, mesmo que silenciosa, contra os que assim não fazem. Essa emulação gera mal estar; eventualmente, alguns impropérios podem verter dela, também.
Entretanto, não buscamos a Cristo, ou, acatamos Seu Chamado, tentando nos tornar melhores que os outros; antes, melhores que nós mesmos; reconhecemos nossos muitos erros, e convencidos do Seu perdão e regeneração, nos esforçamos para viver, ajudados pelo Espírito Santo, segundo O Salvador. Portanto, as objeções das almas que assim não fazem, devem ser encontradas nelas mesmas, não em nós.
Porém, se a razão psíquica não vai muito além da emulação, de alguns desdéns verbais, a objeção espiritual é muito séria. A Palavra ensina que o “mundo jaz no maligno”; portanto, todo aquele que vive à maneira mundana, com seus valores invertidos, e suposta autonomia em relação a Deus, está sob influência do espírito contrário.
Nessa influência, facilmente se chega a odiar quem não deu motivo para isso. As perseguições incidem, diretamente proporcionais à nossa santificação; quanto mais próximos de Cristo estivermos em obediência, consagração, mais potencialmente seremos alvos de ódio, por “razões que a razão desconhece”. Paulo ensina: “... todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.” II Tim 3;12
Se estamos errados por crer em Deus, que sequer existiria, como tantos defendem, qual o problema? Nossos erros dirão respeito a nós. Há pessoas que creem em astrologia, quiropraxia, numerologia, ufologia, etc. Os que não pensam como eles, não escrevem, nem gravam inflamados vídeos, em desagravo, cobrindo-os de impropérios. A maioria nem liga. Por quê, Cristo não pode ser tratado com a mesma indiferença?
Porque há um combate milenar entre Luz e trevas, verdade e mentira; gostemos disso, ou não, estamos alinhados de um lado, ou de outro.
Basta alguém se dizer cristão, conservador, heterossexual, defensor da família, em muitos ambientes, para ser rejeitado cabalmente e virar alvo de pesadas diatribes. Por quê? Porque o espírito desse mundo não deseja as coisas assim.
A religião não é o problema; antes, Cristo é. Está em célere implantação o dito ecumenismo, que será uma religião global, a única permitida.
A Palavra de Deus antecipa quem deverá ficar de fora; “Os reis da terra se levantam governos consultam juntamente contra o Senhor e contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, sacudamos de nós as suas cordas.” Sal 2;2 e 3
O Eterno, e Seu Ungido, Jesus Cristo, não devem fazer parte da nova religião; então, a serviço de qual espírito estará esse arranjo multifacetado e amoral? Sim, os mesmos entes que, odeiam a Cristo, e aos que O servem, serão os “anjos” da nova fé.
O combate ao Evangelho e seus desdobramentos vem desde que Ele foi anunciado; “Mas, se ainda nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4
O lado pesado das nossas lutas é que somos chamados a seguir atuando em justiça, mesmo ante injustos; o lado bom, é que até os ímpios testificam, que Cristo está em nós.
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