“Então Herodes, chamando secretamente os magos, inquiriu exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera. Enviando-os a Belém, disse: Ide, perguntai diligentemente pelo menino e, quando o achardes, participai-me, para que também eu vá e o adore”. Mat 2;7 e 8
A chegada dos sábios a Jerusalém, perguntando pelo Rei recém-nascido, causara perturbação na corte.
O monarca, invés de assumir abertamente seus intentos assassinos, tentou camuflá-los de sentimento piedoso, com fim de manipular os sábios, para que esses trabalhassem para ele mais do que já tinham feito.
Migraram de terra distante, em decorrência do surgimento de uma nova estrela (possivelmente eram astrônomos, observadores dos céus, a definição de magos, não tinha o sentido de ilusionistas, como hoje) e vinham trazendo preciosas dádivas, ouro, incenso e mirra; mas, foram manipulados pela oposição.
O anúncio da parte de Deus fora feito pelos anjos, que revelaram aos pastores nos campos. Se os sábios tivessem estreito relacionamento com Deus, teriam passado ao largo do assassino Herodes, e ido a Belém por outro caminho. No entanto, foram à corte.
O astuto mor, possivelmente manipulou aos astrônomos, para que esses, no desejo de honrarem ao nascituro, prestassem um serviço a ele, indo levar a perigosa notícia, ao que faria tudo para evitar o crescimento do novo Rei; Herodes.
Embora tenham ido em busca do menino sem dolo, sem culpa, apenas com o propósito de conhecê-lo e de presenteá-lo, acabaram sento instrumentos da oposição. Porém, “A sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia”. I Cor 3;19
O Eterno permitiu que eles cumprissem, apenas uma parte do intento maligno; “Sendo por Divina revelação avisados em sonhos para que não voltassem para junto de Herodes, partiram para sua terra por outro caminho”. Mat 2;12 Quando quer, Deus permite que a aposição saiba parte dos Seus planos; mas a última palavra é Dele.
Os presentes que levaram tinham grande valor, de modo que, a migração para o Egito, ordenada a seguir, para fugir da fúria assassina de Herodes, tinha custos, aos quais, José pode pagar, vendendo aqueles bens. Então, o inimigo tentou manipular aos sábios, para que eles servissem aos seus anseios assassinos; Deus os conduziu de forma que foram meio de livramento, do recém-nascido, Rei.
Muitas coisas com aparência de virtude nos chegam, oriundas da oposição; toda a vigilância nos convém, se, queremos servir a Deus, apenas, sem sermos, eventualmente, instrumentos de “Herodes”.
Paulo advertiu aos coríntios: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com sua astúcia, sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo”. II Cor 11;3
Como a serpente enganou à Eva? Ofereceu a ela coisas que sequer desejava, antes da sedução do inimigo. Se dermos ouvido às sutilezas do maligno, também corremos o mesmo risco; de termos nossa atenção atraída para falácias ao sabor do inimigo, artificialmente disfarçadas para que pareçam diferentes do que são; afrontas diretas À Palavra de Deus.
Pode usar “magos” inocentes, desprovidos de más intenções, para colocar nossas almas em risco de perdição. Mesmo, nos ambientes espirituais, nas congregações, onde o temor do Senhor deveria ser o sentimento dominante, nem sempre é assim; O inimigo tem muitos dos seus nesses lugares, infelizmente. Uma das características alistadas por Paulo, sobre os homens dos “tempos difíceis” era a religiosidade oca; “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela”. II Tim 3;5
Quando um desses nos assediar, devemos exercitar o discernimento espiritual, para que não sejamos levados pelo engano.
“Aquele que odeia dissimula com seus lábios, mas no seu íntimo encobre o engano; quando te suplicar com voz suave não te fies nele, porque abriga sete abominações no seu coração, cujo ódio se encobre com engano; sua maldade será exposta perante a congregação”. Prov 26;24 a 26
O desafio de nos tornarmos como meninos, em Cristo, atina à dependência Dele, a manifestarmos a índole dócil e ensinável de uma criança; não, à ausência de senso crítico, permissividade doutrinária, privação de vigilância; “Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento”. I Cor 14;20
Quando o inimigo ”revela” à sua maneira, coisas que Deus já revelou, pelos canais que escolheu, certamente, algum veneno foi incluído no pacote; algum propósito perverso está em curso.
O espírito da pitonisa em Filipos, mesmo falando a verdade sobre Paulo e Silas foi expulso; o anúncio de vez, era, quem É Jesus; não, quem eram Paulo e Silas. A verdade nos lábios mentirosos, sempre traz um quê de mentira.
Inquirido sobre os dias da Sua volta, O Salvador preveniu: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane”. Mat 24;4
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