terça-feira, 3 de junho de 2025

A senda luminosa


“A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18

A escolha pela justiça, não traz consigo, o necessário discernimento. Esse é derivado de uma aquisição progressiva, onde, a cada dia entendemos um pouco mais.

Podemos estar inclinados a agir de modo reto, sem ver totalmente o que abarca nossa atitude, e errar por ignorância; por estar “no escuro”, naquele aspecto preciso, que respeita à nossa ação pontual. Quantas vezes isso já aconteceu?


Portanto, além de escolhermos a justiça como nosso princípio norteador, precisamos meditar na Lei do Senhor, para entender em quê, consiste ela.

Se colocarmos nossos rasteiros pensamentos como aferidores estaremos perdendo tempo; “Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz O Senhor. Porque assim como os Céus são mais altos que a Terra, assim são Meus caminhos mais altos que os vossos caminhos, e Meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55;8 e 9

“Com minha alma te desejei de noite, com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te; porque, havendo Teus juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” Is 26;9

Além de um desejo profundo, Isaías colocou a oração da madrugada, como coautora na busca por conhecer à justiça.

Invés de questionar aos Divinos preceitos, ele atribuiu aos juízos Divinos, a veraz retidão. Abraão dissera: “Longe de Ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” Gn 18;25

Quantas vezes ouvimos: “Não acho justo Deus mandar a alguém para o inferno só por isso.” Se, conhecesse aos Juízos Divinos entenderia que Deus não nos manda para lá; mas, contra Sua Santa vontade, respeita nossas escolhas. “Dize-lhes: Vivo Eu, diz O Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis... ?” Ez 33;11

Por que O Eterno juraria pela Própria Vida, que Seu prazer é salvar, não, condenar, se não desejasse ardentemente que, nós valorizemos essa Sua disposição amorosa?

Quando dizemos que Deus É Amor, e Ele É, geralmente a ênfase repousa no fato de que Ele se inclina a perdoar; Sim, o mesmo Isaías diz: É Grandioso em perdoar; Is 55;7 porém, o amor tem algumas características mais; “Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.” I Cor 11;6

A “justiça” que Deus requer de nós, é muito mais, um reconhecimento das nossas injustiças; arrependimento veraz de um coração transformado, que tributa ao Feito de Cristo, sua salvação, não a presumidos méritos; isso, é conhecido como conversão, mais que, justiça, estritamente.

Tendo recebido a justificação, e aprendido a vontade do Senhor para nossos passos, não mais agiremos como em dias passados, pois, já não estamos no escuro; “... Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” Rom 6;2

Para sermos salvos não carecemos mérito nenhum; apenas arrependimento, confissão e submissão ao Senhor; tendo sido regenerados, óbvio, que se espera uma nova maneira de agir, consoante com O Senhor ao qual, passamos a pertencer; “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

A Palavra chama à necessária progressão no entendimento espiritual, de edificação. Esse é o sentido do verso inicial, que alude à vereda dos justos que vai clareando pouco apouco, como o romper da aurora.

Além do crescimento até à “Estatura de Cristo” Ef 4;13 O que nos fará representantes Dele em verdade e justiça, a edificação também nos “vacinará” contra ensinos errôneos, dos que caçam almas, invés de as evangelizar. “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia agem fraudulosamente.” Ef 4;14

Quem se dispuser a crescer em iluminação espiritual, esteja pronto para ver melhor aos próprios defeitos. Cada conquista do Espírito Santo, em nossas almas, implica numa derrota da carne. Mas, essas “derrotas” não são a castração de algum direito como pensa o vulgo; antes são cercas a proteger nossas vidas. “O mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.” Rom 7;10

Enfim, a luz espiritual nos é dada mais para os pés, que para os olhos; para andarmos conforme, não apenas vermos; “Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

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