“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará”. Gál 6;7
A sentença foi convertida num axioma; a dita, “Lei da Semeadura”.
É verdadeira, por duas razões: a) porque consta na Palavra de Deus; b) porque a natureza, que foi tomada como símile, se encarrega de demonstrar de modo inequívoco.
Porém, mesmo convencidos, nem sempre nos atemos a considerar tudo que a sentença abarca. “Lato sensu”, pensamos que cada um ceifa o que plantar, numa espécie de retribuição proporcional; quem traiu, será traído; quem furtou sofrerá furto; o mentiroso será vitimado para alguma mentira; etc. A Palavra ensina algo assim; “Os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados”. II Tim 3;13
Essa demonstração atinente ao produto que colheremos, ainda é uma figura pobre, da real abrangência da semeadura. Ela especifica o tipo, mas não mensura a abrangência possível das sementes lançadas.
Na “Parábola do Semeador”, O Salvador comparou aquele que recebe a mensagem num coração íntegro, com a semente que cai em boa terra, cuja desenvolvimento ensejará a colheita de trinta, sessenta, até, cem por um. Tipo é uma coisa; quantidade, outra.
Assim, não apenas encomendamos uma colheita da mesma espécie, pela nossa semeadura, como, ainda corremos o risco de uma multiplicação exponencial.
Por exemplo: Muitos, por conveniências de chagas íntimas, ou alinhamento ideológico, se colocam a favor do aborto.
“Plantam” com suas escolhas a semente da coisificação da vida, como algo do qual se pode dispor arbitrariamente, ao sabor dos interesses casuísticos. Porém, quando, em decorrência de uma guerra, crianças são exibidas maltrapilhas e famintas, em campanhas de arrecadação, presto vociferam contra a crueldade de a, ou b, como se tivessem moral para isso. Não são pela coisificação da vida? Eis a sua seara madura! Alguém manifestou interesses maiores que aquelas pequenas “coisas”.
As suas sementes produzindo a sessenta por um, ou mais. Quando votam num ladrão, defensor de bandidos, perversões sexuais, corrupção, (os “cristãos” esquerdistas, sobretudo) e depois pregam contra essas coisas, estariam pretendendo erradicar às suas sementes? Ao escolherem um mentiroso e ladrão, não seria o esperável que ele mentisse e roubasse à farta? Nomeasse a outros da mesma estirpe?
O homem que teme a Deus deve pautar-se pela integridade, não por casuísmos, conveniências pontuais. “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre tua cabeça”. Ecl 9;8
Os que se escandalizam com o “genocídio” palestino, (maneira cretina como tratam as consequências dos feitos dos terroristas do Hamas, que mataram 1200 indefesos e usam seus irmãos de sangue como escudos) e fazem estrondoso silêncio enquanto radicais islâmicos incendeiam igrejas cheias de cristãos na Nigéria, precisam decidir urgente se são a favor da vida, ou da morte.
Quem, como fez o ladrão mor, defende a “soberania do Irã” quando atacado, mas silencia quando braços terroristas, Hamas, Jihad, Isis, Fatah, Hezbollah, atacam civis, financiados pelo mesmo regime, também precisam rever, o quê, entende por soberania.
Sabemos que o povo do Irã em sua grande maioria é gente pacífica e trabalhadora, não é contra eles a guerra; mas o regime que se apossou do poder por lá, oprimindo-os também, é terrorista. Lá, como cá, uma minoria criminosa se apropriou de tudo e não represente aos cidadãos; apenas aos interesses escusos da súcia usurpadora.
Então, os valores que esposamos em nosso dia a dia, também são sementes, e seremos chamados a lidar com seu produto, na hora da ceifa.
Toda morte de alguém inocente é trágica; seja ele palestino, iraniano, nigeriano, israelense, etc. Porém, os que gritam palavras de ordem dependendo da cor ideológica de quem sofre violações, e fazem silêncio conivente quando a cor muda, longe de serem alguma coisa parecida com seres humanos, não passam de patifes de marca maior. Pois, além de todos os males nos quais estão enlameados, ainda acrescentam a hipocrisia de se fingirem defensores da virtude, quando pelejam pelos seus vícios de estimação.
O Salvador ensinou: “Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado”. Mat 12;37
A pregação do Evangelho busca a todos, para que em tempo, se arrependam, e possam ser tratados em misericórdia, invés de em juízo; porém, os que recrudescem no erro, não escaparão das consequências no dia que o juízo tratará com seus frutos maduros. “Segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus”. Rom 2;5
O que se arrepende e muda, acaba virando semeador da Palavra de Deus; desses está dito: “Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo seus molhos”. Sal 126;6
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