Mostrando postagens com marcador Benny Him. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Benny Him. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Parcial, mas Vital

“Conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios da plenitude de Deus.” Ef 3;19

Somos desafiados a conhecer o Amor de Cristo, contudo, advertidos que o conhecimento possível é parcial, uma vez que, o ser, excede todo o entendimento.

Não só no que se refere ao Amor Divino; também o Seu agir extrapola às nossas mais altas perspectivas; Deus “... é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos...” v 20

Então, se a falta de conhecimento do Eterno pode ser destrutiva, o conhecimento a que somos exortados é limitado. Pois, Seus feitos dão nuances pálidas do Seu Infinito Poder; “Porquanto 'o que de Deus se pode conhecer' neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;19 e 20

Claramente se veem num sentido de que elimina argumentos fajutos do ateísmo, não que, a compreensão do que se vê seja cabal; o que podemos ver já é testemunho sobejo para que possamos crer.

Sendo o homem criado à Sua Imagem e Semelhança, a mera ideia de semelhança invés de igualdade já preserva a distinção de algumas coisas que lhe são peculiares, os atributos incomunicáveis; Onisciência, Onipresença e Onipotência; Destes O Salvador esvaziou-se como “Segundo Adão”, para que, sua atuação redentora estivesse no nível humano como convinha à Sua Própria Justiça; “Sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se, tomando forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;” Fp 2;6 e 7

Assim, pela Sua parte careceu esvaziar-se para, por um pouco ser como nós; pela nossa, uma vez que após a desobediência nos enchemos de entulhos morais e espirituais como, egoísmo, orgulho, jactância, violência, mentira e toda sorte de impurezas, precisamos nos esvaziar totalmente, para sermos de novo preenchidos da Plenitude de Cristo; no que nos é possível voltarmos a ser como Ele; “... Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.” Luc 9;23

Esses dois “vazios” se encontrando que preenchem novamente, a lacuna de relacionamento criado pela desobediência.

Se alguém quer vir... evidencia Seu Chamado, que O Santo preza pela nossa liberdade de escolha; não fada ninguém a uma “escolha” de cartas marcadas como ensinam os calvinistas.

Esvaziar para ser preenchido não é uma coisa fácil, tampouco, superficial; demanda esforço, aplicação, aprendizado; “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, evangelistas, pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguem à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” Ef 4;11 a 13

O aproximar-se do Salvador requer esvaziamento dos maus conselhos, ambientes, companhias; “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Sal 1;1

Depois dessas negativas às fontes corruptas, a salutar Água da Vida; “Antes tem seu prazer na lei do Senhor, na sua lei medita de dia e de noite.” V 2

Por falta de uma palavra melhor usamos “Teologia” para expressar nossas limitadas possibilidades de conhecimento nesse campo; os dicionários a definem: “ciência ou estudo que se ocupa de Deus, Sua natureza e Seus atributos; Suas relações com o homem e com o universo.”

Entretanto, invés de reconhecer quão infantil é nossa mais alta ciência nos domínios espirituais, ainda há os que adjetivam suas idiossincrasias como, teologia disso, daquilo.

Ora, por definição a palavra trata apenas de nomear o esforço em conhecer o que nos é possível sobre Deus, não em catalogá-lO segundo nossas idólatras preferências.

Os que amam dinheiro e usam Deus como pretexto chamam de Teologia da Prosperidade; os que querem comunismo, partilhar riquezas alheias, Teologia da Libertação. Duas idolatrias diversas no método e iguais no alvo.

Benny Him, da Prosperity renunciou aos seus erros recentemente; dizem possuir uma fortuna de U$100 milhões; então faça como Zaqueu; “Restituo ao que roubei”. Senão, segue o cadáver no armário.

Enfim, o fato de que o conhecimento possível é limitado, não justifica que sejamos omissos nisso.


Olavo Bilac poetou que quem ama pode ouvir estrelas; pois, quem ama ao Senhor anda retamente como lhe agrada recebe Dele, o conhecimento; “Porque o Senhor dá sabedoria; da Sua Boca é que vem o conhecimento e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade. Prov 2;6 e 7

domingo, 2 de outubro de 2016

Efeito manada

“Toda a multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles; porque estavam possuídos de grande temor. Entrando ele no barco, voltou. Aquele homem, de quem haviam saído os demônios, rogou-lhe que o deixasse estar com ele;” Luc 8;37 e 38

Duas situações antagônicas. A multidão pedindo que O Senhor se afastasse, o liberto desejando manter-se perto Dele.

Os gregos definiram a multidão como um “monstro acéfalo”, ( sem cérebro ) na maioria dos casos isso se verifica. Basta que uma voz de comando dê o primeiro grito, tanto faz, “herói”, “crucifica-o”, “não vai ter golpe”, “grande é a deusa Diana”, “fora daqui”, presto, o efeito manada, acaba unificando os anseios do “monstro”.

Pouco importava se, o recém liberto fora um alijado social, que vivia entre sepulcros autoflagelando-se, e, agora estava livre. Alguém viu mais valor numa vara de porcos, e, tal, deve ter dado a voz de comando à manada; O Senhor se retirou. Contudo, quem peregrina pelo deserto sabe, como ninguém, apreciar o valor da água; digo, um que fora cativo de uma legião de demônios, sabe bem, quanto vale, ser, enfim, livre. Por isso, grato ao Libertador, tencionou permanecer com Ele.

Não obstante se “filosofeie” a primazia da qualidade sobre a quantidade, grosso modo, essa tem sobrepujado àquela. Lembro de um texto que enviei certa vez a um editor esperando que me ajudasse a publicar um pequeno livro. O material era de cunho teológico, e, a editora, especializada em publicações desse viés. Devolveram-me com muitos elogios ao conteúdo sadio, mas, escusaram-se dizendo não ser do seu perfil; noutras palavras, um livro como aquele, tinha pouco apelo comercial, não venderia. Na apreciação deles, pois, tinha qualidade, mas, por isso, prejudicava à quantidade.

Basta que entremos numa livraria “Evangélica” aliás, para ver em destaque um monte de esterco, doutrinariamente falando, e eventuais obras de sadio conteúdo, esquecidas em prateleiras dos fundos. Autores como Benny Him, Kennet Hagin, Napoleon Hill, e, outros tantos, menos votados, cujos ensinos desafinam da boa hermenêutica Bíblica, vendem muito, dão lucro, portanto, fazem sucesso. De novo, a multidão, cujo apelo deveria ser evitado, ensino que vem desde Moisés. “Não seguirás a multidão para fazeres mal; nem, numa demanda falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito.” Ex 23;2

Cheia está a Internet desse lixo de jogar com a curiosidade em busca de números, visitas. Certos sites são especialistas em manchetes bombásticas, para atrair; aí a gente vai ler e não passa de um traque; ou, seria um truque? Nesses, depois de uma ou duas, considero-os sinônimos de fraude; não  leio mais, mesmo que, eventualmente, tenham algo de valor. Seu histórico desqualifica.

De igual modo trato ministros cujos ensinos em parte são corretos, noutra, hereges. Toda heresia precisa certo, quê, de verdade para ser palatável, pois, em seu estado “puro” não é. Assim, o que de correto esses histriões ensinam serve de “farinha” entre a qual dissolvem seu “princípio ativo”.

Então, quem se impressiona com números, multidão, coisas que “viralizam”, certamente se manterá afastado do Salvador, pois, aos olhos naturais será como foi aos seus coevos, quer, gadarenos, quer, judeus. Isaías anteviu tal desprezo: “...olhando nós para ele, não havia boa aparência, para que o desejássemos. Era desprezado, o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos; como um de quem escondiam o rosto, era desprezado, não fizemos dele caso algum.” Is 53;2 e 3

Desgraçadamente, os demônios que possuíam ao infeliz, identificando O Senhor, pediram misericórdia; homens que viram isso tudo, pediram distância. Um pecador de coração endurecido consegue ser pior que o diabo.

Não sem razão, pois, O Senhor figura a mudança que faria nos convertidos com um transplante de órgãos. “Dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos, os observeis.” Ez 36;26 e 27


Essa sociedade apodrecida, alienada de Deus, no prisma político faz moda da opção das minorias, por imoral que seja; no aspecto filosófico, a onda é o “politicamente correto”, marchar com a maioria. 

O Eterno não se impressiona com números, quer módicos, quer, astronômicos; Ele criou os astros. O que impressiona ao Santo é caráter, fidelidade, integridade, como tinha Jó.

Assim, Sua ceifa será qualitativa, seletiva, pouco importando quantos serão. Quem usufrui a libertação de Cristo quer ficar perto dele; e, a Seu tempo, ficará, O verá pessoalmente. “Meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá.” Sal 101;6