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sábado, 16 de janeiro de 2016

Pra ficar bem na foto

“Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus.” Ef 3; 10 A visão comum deixa as coisas espirituais pra depois da morte, tipo, quem fez o bem vai pro céu, os demais, pro inferno.

Geralmente, noções de bem e mal derivam dos gostos, assim, como a maioria gosta do que é, do que faz, quem morre “vai pro céu.” Qualquer pessoa, malgrado a vida que tenha levado, ao morrer, dizem que “passou pro andar de cima;” se, for morte trágica, corre risco de ser “canonizada”, se tornar “protetora” contra tragédias semelhantes.

Não são assim, as coisas? Se deixarmos humanos costumes e observarmos à Palavra de Deus, não. Pra começar, embora as obras possam ser testemunhas do caráter, não são aferidoras de salvação.

Uma faceta da hipocrisia, por exemplo, é fazer “coisas boas” pra purgar às más, mascará-las. Como um chefe do tráfico que distribui cestas básicas no morro, para ser respeitado, amado, pelos que, seu comércio ajuda a destruir.

Para Deus, a primeira “obra” é crer; “A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.” Jo 6; 29 A segunda, obedecer; “Por que me dizeis, Senhor, Senhor, e não fazes o que vos mando?” Após crermos e obedecermos, nossa relação interpessoal deverá refletir Cristo, tanto nas obras, quanto, no caráter, pois, “não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte,” disse.

Todavia, não existe uma separação dimensional, as coisas celestes, pra depois; agora, apenas as da Terra. Desprender-se do casulo do corpo não é meramente conhecer outra dimensão; antes, é o fim da esperança, para quem rejeitou o Evangelho; o fim dos riscos, para quem o abraçou e viveu.

A Bíblia apresenta plena interação entre Céu e Terra; Isaías introduz seu Livro, assim: “...Ouvi, ó céus, dá ouvidos, tu, ó terra; porque fala o Senhor:...” Is 1; 2  O Senhor, por Sua vez, disse que “há alegria nos céus, por um pecador que se arrepende”. Uma decisão aqui, repercussão imediata, lá. Então, devemos considerar O Céu, Seus Poderes, anseios, nesse momento, não após a morte.

Ademais, o verso que inspirou essa reflexão diz que as riquezas de Cristo atuam para que, “agora, pela igreja, a Sabedoria de Deus seja conhecida dos Principados e Potestades nos céus.”

Que responsabilidade! O salvos são mais que figurantes nesse teatro universal, são atores. Coadjuvantes, é certo, pois, O Protagonista é Jesus Cristo, mas, nosso desempenho conta, e conta muito, nessa peça, cujo script foi dado para que se encenasse vividamente a Justiça, Sabedoria, e Amor Divinos, ante seleta plateia de poderes celestiais.

Como fotos antigas precisavam de um “negativo” antes de ser reveladas, assim, não podemos, dada nossa imperfeição, apreender a Sabedoria em si, antes, carecemos as dores de sua ausência, pra, depois, mediante experiência cotejarmos ambas as faces, e vermos a diferença. ”Visto como, na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Ele salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1; 21

Acontece que, quando da rebelião de Satanás, a “Teologia da prosperidade” foi pregada entre anjos e potestades celestes; ouçamos a descrição de Ezequiel: “Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas.” Ez 28; 16

Assim, as igrejas falsas são a foto, cujo negativo foi registrado por satanás, e as fiéis, retratam os anjos que permaneceram em sua sujeição ao Criador. Em ambos os casos a Sabedoria Divina é aprendida; tanto quando rejeita aos pérfidos, quanto, quando abençoa aos fiéis.

Por fim, a Cruz de Cristo é o majestoso “negativo” que retrata a imensa maldade humana, posto, alguns imbecis se suporem bons. Imaginemos que houve nas gerações pretéritas questionamentos por ser Deus, intangível, distante demais de nós; afinal, a multifacetada idolatria seria uma espécie de busca por um Deus distante; Vindo Ele, a cruz foi a nossa resposta de uma forma objetiva, concreta; mostrou o que faríamos se Deus abdicasse de Sua força e dependesse de nosso amor.

Essa constatação deveria bastar para nos humilhar diretamente proporcional ao orgulho que ensejou a queda, ao desejar independência do Criador. “Os melhores homens que conheci, eram insatisfeitos consigo mesmo, desejando ser melhores.” Disse Spurgeon. Assim, quanto mais crescemos espiritualmente, mais cientes ficamos de nossas misérias, nossas culpas. As fotos sendo reveladas, mostram o que há nos negativos.


Malgrado nosso feiura, o Espírito Santo e A Palavra, trabalham-nos em seu “Photoshop”; conseguem nos deixar parecidos com Cristo; na verdade dão os meios, capacitam, mas, a mudança que nos deixa bem na foto, depende de nós.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

As pirâmides e o Photoshop



Não podiam resistir à sabedoria, ao Espírito com que falava. Então subornaram uns homens, para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. E excitaram o povo, os anciãos, os escribas;  investindo contra ele, o arrebataram e levaram ao conselho. E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei;” Atos 6; 10 a 13 

Lucas relata o gládio entre Estevão e os libertinos pondo em relevo faceta humana que convém estudar. 

Diz que os oponentes não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito de Estevão; então, buscaram reforços. Suborno, mentira, excitação, violência, falso testemunho; foram convocados para reforçar o exército. 

Embora se diga: “Se não podemos resistir um mal, devemos nos unir a ele”; eles, não podendo resistir ao “mal” das palavras que ouviam, arranjaram um jeito de enfrentar por meios torpes. 

Ora, a mentira, o subornos o falso testemunho, podem me enganar quando estão do outro lado; digo, quando atuam contra mim. Mas, se lanço mão dos seus serviços, estou plenamente ciente de minhas falhas; decidido a resistir em minha posição. Desse modo deixo claro que não dou a mínima para a verdade, tampouco, para razões do argumento oposto. Todo aquele que faz uso da mentira quando  convém, não tem o menor direito de se irritar, ou, mesmo reclamar se, vitimado por ela. Antes, deveria elogiar e respeitar quem o engana; por ser, tal, muito competente nos “valores” que o enganado advoga. 

Mas, nesse campo, o dos valores, parece que a sociedade presente forma uma pirâmide inversa. Quanto mais esclarecido, quanto maior posto ocupar, menos decência exibirá, mais fará uso da mentira, calúnia e assemelhados, salvas, raríssimas exceções.

Ontem a Fundação Getúlio Vargas publicou um estudo, onde, os de maior índice de escolaridade, mais facilmente acreditam que deve burlar as leis; o vergonhoso “jeitinho brasileiro”. 

A turma que nos governa, dado que nem todos têm lá um primor de instrução, mas, ocupam altos cargos, todo dia se encarrega de patentear sua falta de caráter seu apego sórdido à mentira. 

Outro dia, me opondo aos pleitos de um amigo virtual que defende a tudo o que se fez na última campanha eleitoral como sendo “do jogo”, disse-lhe: Quem dividiu o país em dois foi o PT; quem não venha agora com essa balela de “diálogo”, e “desmontar o palanque”; antes, se faça a melhor e mais incisiva oposição que eles já tiveram; que se fiscalize tudo,  em atenção aos muitos que votaram na oposição, e em repúdio aos meios torpes usados na campanha. 

Disse mais: Corto meu pinto se a Dilma cumprir seu arroubo: “Tolerância zero à corrupção”;  sabes, disse, que não serei mutilado. Ontem a “máquina” que está nas mãos do PT, obstruiu uma vez mais a CPI que investigaria aos roubos na Petrobrás. Como podemos ver, ficarei intacto. 

As palavras de campanha atribuíam a Aécio o aumento da taxa de juros, das tarifas,  combustíveis, dado que, ele seria o candidato da “zelite”. Duas semanas após a eleição, o Governo fez isso tudo, mas, segue sendo dos pobres, “popular”; francamente!

Aécio acenou com a necessidade de medidas amargas. Falou a verdade. O povo escolheu à mentira. Estevão falou tão somente a verdade, morreu apedrejado. Aécio não foi um santo, um apóstolo, mas, foi decente, ético no pleito e foi preterido. 

Chegaram a chamar um homem que tem 30 anos de vida pública de “playboy”; como se fosse mero filhinho de papai metido querendo brincar com o que não conhece.  

Assim, se no prisma dos valores a sociedade é uma pirâmide inversa, via marketing, mentira, conseguem “vira-la” como no Photoshop. A sobreposição do ser e do parecer faria uma espécie de “Estrela de Davi; duas pirâmides opostas entrecruzando-se. 

Na verdade, Estevão traz em si, no nome, digo, uma profecia: Significa: “Coroado”, que tem uma coroa. Os que falam; vivem a verdade, certamente terão um dia suas coroas.

Essa geração, em sentido amplo, cauterizou a consciência, desconhece valores, defende interesses. Às vezes pessoas decentes vociferam enfurecidas ante coisas imorais, e seu alvos os acusam de ódio; pois, sendo seres amorais, falta-lhes a noção do ridículo, motriz do brio que alimenta a indignação alheia. 

Quem consegue alocar um pelotão bastardo para aumentar seu poderio em detrimento da verdade desconhece outro bem que não seja, manutenção do poder a todo custo. 

Mas, os algozes caíram no esquecimento; Paulo que os liderava caiu do cavalo para arrependimento; Estevão morreu mas, antes, viu o Rei dos Reis em pé, assistindo sua vitória. 

Não fosse Aquele Juiz e Seu Tribunal,  a justiça seria uma palavra sem sentido. Mas, Ele, a Seu tempo, colocará as pirâmides no devido lugar.

domingo, 21 de setembro de 2014

Photoshop remove montanhas



Que faremos para executarmos as obras de Deus?” Jo 6; 28 

Uma das máscaras mais comuns na face humana é travestir nossos próprios anseios como se de Deus. Noutras palavras: laborar pelos próprios desejos, cobiças, e “santificar” isso atribuindo nossas deturpações Ao Santo.

Facilmente nos voluntariamos às coisas das quais pressupomos uma recompensa imediata. Essa febre se vê no relato de João que mostra o ápice do ministério de Jesus em termos de “aceitação”.

Multidões foram a Cafarnaum a Sua procura, e o interrogaram sobre como servir a Deus; que maravilha! Finalmente o Salvador conseguira tocar em seus corações! Não, infelizmente não era bem assim. 

A Parábola do Semeador ilustra bem que pouca semente da muita lançada cai em boa terra. Um dia antes Ele multiplicara o pão para a multidão. Eles foram atrás do Mestre em busca de mais, de modo que os exortou: “…me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes.” V 26

Os ouvintes ainda tentaram uma fútil coação; quiçá emulação dizendo: “Moisés deu o pão do céu, que sinal operas tu?” v 30 e 31  Nem se preocuparam em disfarçar que não estavam atrás de pão como o Senhor acusara, antes, confirmaram isso com suas palavras. Não há dúvidas que se Ele tivesse vindo para trazer pães e peixes a desocupados seria um sucesso de público e crítica; mas, Seus alvos eram outros.

Depois de dizer que Ele é o pão vivo, o Senhor ensinou em quê consiste o “comer”. “…Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome…” v 35  “Mas já vos disse que também vós me vistes, e contudo não credes.” V 36 O comer, no caso, é crer, o que implica obedecer às ultimas consequências, como ensina Paulo: “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” Rom 6; 3

Se alguém pretende ser Dele, pois, abdique da pretensão de gerir a própria vida e submeta-se totalmente à Sua Vontade. “…Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” Luc 9; 23  
Aliás, o mesmo Paulo escrevendo aos filipenses, reforça essa ideia em palavras bem claras; “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo…” Fp 2; 5 – 7

As multidões que hoje correm após mensagens que afirmam que Jesus continua multiplicando o pão e os peixes, ou seja, basta “sacrificar” e ter tudo; prosperidade, empregos, honras, são imensa maioria.

Seus gurus pegaram as partes “feias” do Evangelho e deram um trato no Photoshop, de modo que ficou lindo, a carne adora, uma vez que oferece o céu sem cruz.

Nunca prosperou tanto o engano como nos lábios dessa geração de safados, que despreza a cruz de Cristo e profana Seu santo Nome. “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3; 18 e 19

Seus templos estão cheios de gananciosos atraídos pela mensagem facilmente digerível que eles pregam. Fácil ao homem natural, ao espiritual soa obsceno. 

Tristemente somos uma geração que vê, tudo acaba em vídeo, pouco ouve, quase nada analisa. A imensa interação que os meios tecnológicos propiciam massifica; tolhe o indivíduo que acaba sumindo numa coisa amorfa, conduzida pelo fluxo comum em busca de aceitação.

Constroem seus majestosos templos, criam um “Deus” às suas imagens corruptas e mercantís, e apregoam como sendo o Senhor do universo.

Será que tinha isso em mente o traíra-mor, quando disse, “sereis como Deus”? Talvez nem ele suspeitasse quanto efeito essa mentira faria no seio da humanidade, deve estar se sentindo o cara.

O Evangelho genuíno continua centrado na Cruz de Cristo, seu fim ainda é salvar, e o meio, também persiste, arrependimento. O resto é só motim de pecadores profissionais, faltos de caráter que pecam sobre os púlpitos; não importa quanto sucesso alcancem, aliás, o único atrativo do pecado é que acena com certo prazer, omitindo as consequências, e pecado da pior espécie é o que suas mensagens contêm, profanação. 

A verdade não carece retoques, pois traz a beleza em si. “A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.” Jo 6; 29
 
"O falso é tão vizinho do verdadeiro, que o sábio não deve aventurar-se num desfiladeiro tão perigoso."  Cícero