Mostrando postagens com marcador inimigos da cruz. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador inimigos da cruz. Mostrar todas as postagens

domingo, 12 de julho de 2020

A "Fé" dos Náufragos


“Agora, porém, completai o já começado, para que, assim como houve prontidão de vontade, haja também cumprimento...” II Co 8;11

Uma situação pontual em Corinto, de uns que começaram uma coleta em favor dos mais pobres e em dado momento arrefeceram e pararam antes de completá-la.

Deixando esse evento em particular, quero pensar um pouco sobre o vício humano de começar coisas e largar inacabadas.

Advertindo sobre a seriedade de segui-lo, Jesus ensinou que o homem prudente calcularia custos e posses antes de começar a edificar uma torre, para que não pesasse sobre ele a vergonha de ter começado sem conseguir acabar;

ou, de um rei, ante a batalha, que sabedor da superioridade do adversário, sequer começaria a mesma, desperdiçando vidas inutilmente; antes, evitaria isso e enviaria embaixadas buscando condições de paz.

Quanto ao custo do discipulado, avisou: “Assim, qualquer de vós, que não renuncia tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.” Luc 14;33 Se, para salvação a palavra-chave é arrependei-vos, para o discipulado e perseverança na fé, desprendei-vos.

A Abraão, “Pai da fé” foi dito: “Sai da tua terra e dentre tua parentela para um lugar que te mostrarei”. Um apego qualquer ao lugar ou a alguma pessoa teria sido um óbice, na caminhada dele.

O que são os milhares de divórcios, mães solteiras, pais até, senão, projeções de sentimentos enganosos, planos de famílias começados e deixados por acabar?

O que são os milhares de desviados por aí, senão, gente que começou a obra e não a terminou?

Em muitos casos, na maioria deles, a culpa é dos pregadores que, invés de, como Jesus, advertirem da seriedade do que está em jogo, bem como dos custos, no seu afã carnal de encher templos mais que encomendar almas aos Céus, alargam as portas acenando com facilidades ausentes na Palavra de Deus. “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, espaçoso o caminho que conduz à perdição e muitos são, os que entram por ela;” Mat 7;13

Chamam incautos dourando a cruz e prometendo facilidades onde deveriam ensinar renúncias; como bem disse Watchman Nee, alguns se ocupam em ensinar “viver melhor” quando, deveriam ensinar a morrer melhor.

A esses festeiros adversários da Cruz Paulo combatia desde seus dias já; “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3;18 e 19

Entretanto, só pensar nas coisas materiais é um vício tão entranhado, que a maioria sequer precisa do engano dos pregadores falsos; os próprios corações se encarregam disso.

Muitos embarcam no oba oba do momento, como certo populacho no Egito que, vendo Deus pelejar maravilhosamente pelos escolhidos contra Faraó, e os libertados saírem do cativeiro com grandes despojos decidiram embarcar junto como se a peregrinação pelo deserto fosse um convite para festa.

Esses tributários das emoções, eram os primeiros a choramingar ante as dificuldades e devanear em voltar ao Egito.

Na Parábola do Semeador, O Salvador falou das sementes sobre pedras que nascem rápido e por não ter raízes fundas ao primeiro sol murcham.

Desse calibre é a “fé” dos que se baseiam meramente em emoções, invés de o fazerem na imutável Palavra de Deus; no Seu Santo Caráter; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Muitos possuem suas fés de plástico para decoração das mesas do próprio engano. Pintam imaginários horizontes coloridos e animam um ao outro; “confie, creia, tome posse, vai dar tudo certo;” chamam a essa doença de fé. Só otimismo raso e inconsequente.

A fé sadia supera a falta de horizontes por ser aferida por um “Prumo” excelente; “Quando estiver em trevas e não ver luz nenhuma...” Cadê o horizonte? “Confie no Nome do Senhor” a Santa Integridade, na qual se pode confiar mesmo em circunstâncias adversas.

Então, muitos começam e não acabam, porque invés de uma confiança inabalável no Piloto, que sabe como levar, e onde devem chegar as naus das suas vidas, querem eles ser os timoneiros; escolher por si mesmos as direções.

Mais que confiança, como pensaria o incauto, fé demanda obediência, por ter um conteúdo, uma doutrina na qual crer, e pela qual, andar.

Se, sairmos fora da mesma, a consciência, essa faculdade do Espírito regenerada, nos acusará; se não lhe dermos ouvidos, não acabaremos a obra; naufragaremos. “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.” I Tim 1;19

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

O Mercenário e o Motim


“O mercenário foge porque é mercenário, não tem cuidado das ovelhas.” Jo 10;13

O “Bom Pastor” que dá a vida pelas ovelhas, ou o mercenário que dá as costas em momentos de perigo.

Existem mil maneiras de fugir; a mais cretina é a do que foge fingindo ficar, entrega as ovelhas ao devorador encenando protegê-las.

Qualquer concessão a ensinos espúrios, por religiosa, piedosa, inclusiva, que pareça, é só uma forma de fuga caramelizada com o açúcar da religiosidade, desprovida do princípio ativo amargo, que cura as mazelas do pecado, a cruz.

Paulo denunciou aos que usavam religião como pretexto, o ventre como Deus; da cruz era opositores. “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre; cuja glória é para confusão deles que só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3;18 e 19

As ameaças iniciais nem chegam a ser à integridade física dos mercenários. Apenas, psicológicas, sociais; de privação de convívios ímpios, e ser alvo de pechas como, radical, fundamentalista, fanático, etc. Ora, se aos fiéis está o desafio de resistirem até ao sangue combatendo contra o pecado, (Heb 12;4) onde encaixariam os que profanam ao Santo Nome por não resistir a mera privação de aplausos?

Esses dias foram antevistos não apenas como de apostasia dos ensinadores; mas, dos ensináveis que, optariam espontâneos pelos falsos, por parecer-lhes a morte em embalagens bonitas mais desejável que a vida no seu escuro embrulho de renúncias necessárias. “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tm 4;3 e 4

O apóstata mor, vulgarmente conhecido como Papa Francisco chegou a um estado de indiferença para com Deus, tal, que abertamente fala em unificação das religiões com fim de promover um “novo humanismo”. Sai mundo afora beijando pés de islâmicos, que cortam cabeças de cristãos em nome de Alá; reconhecendo demoníacas pajelanças tribais como cultos válidos.

Desde quando O Sangue Bendito de Cristo, bem como Sua Santa Palavra foram dados para a promoção do humanismo?

O ser humano no centro, alienado do Criador foi sugestão de Satã. Então, o nome correto é satanismo. Não há três alternativas; a coisa é dual, estrita, radical. “Quem não é comigo é contra mim; quem comigo não ajunta, espalha.” Simples e sério assim.

A ação do traíra difamador ocasionou a ruptura da amizade do homem com Deus; “O ... perverso instiga a contenda; o difamador separa os maiores amigos.” Prov 16;28

Daí a boa nova do Evangelho é que, mediante Cristo a reconciliação é possível; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20

Entretanto, invés da reconciliação de cada um em particular, mediante Cristo, o ensino que Seus servos foram comissionados a pregar, sutilmente temos uma reconciliação global, entre religiões, coisa que jamais fez parte do Divino Propósito.

Essa união planetária contra os Ensinos e o Governo de Cristo foi profetizada, com o devido nome; invés do insosso ecumenismo, Motim. “Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, governos consultam juntamente contra o Senhor e contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos suas ataduras, sacudamos de nós suas cordas. Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.” Sal 2;1 a 4

A coisa pode soar à favor de um monte de palavras da moda; inclusão, diversidade, união, tolerância etc. Acontece que é “Contra O Senhor e Seu Ungido;” isso basta para fazer da mesma uma luta inglória, como dizia o pré-socrático Estobeu: “Termina com má fama que se atreve a duelar contra o mais forte.”

Aliás, Deus mesmo disse algo assim, e invés do duelo aconselhou a reconciliação; “Quem poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria. Que se apodere da minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.” Is 27;4 e 5

Vemos, como a Bíblia ensina, sinais no sol e na lua; as “Luas de sangue” o Sol superaquecendo; na Terra o falso profeta trabalhando veloz pelo império de Satã.

Para quem enxerga um palmo não há como confundir O Sumo Pastor com o mercenário; quem não, avie-se; “... que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.” Apoc 3;18

sábado, 5 de maio de 2018

O Limão da Dor

“Melhor é a mágoa que o riso, porque com a tristeza do rosto se faz melhor o coração.” Ecl 7;3

Notemos que a superioridade da mágoa não tem a ver com a coisa em si; mas, com o resultado que a tristeza produz. Melhora o coração.

Tendemos a ver a dor, invariavelmente, como, feitora de certo juízo, no rigor dos seus açoites. Contudo, nem sempre é assim. Em muitos casos é a ceifa do nosso plantio desastrado; mas, tem ainda a função profilática de prevenir dores maiores; didática, de modo a nos ensinar quão ditosos são os momentos sem ela; e, se, sua incidência pode melhorar nossos corações tem ainda certo ministério atinente à edificação.

Nos meus primeiros passos na vereda da fé muito ouvi de cristãos mais “experientes” a seguinte assertiva, sobre conversão: “Quem não vier pelo amor virá pela dor.” Abstraída a boa vontade dos que pensavam ser isso um estímulo à salvação, se, fosse verdade faria O Senhor um chantagista, cujos valores e ética não seriam superiores aos do Capeta. Não fosse a ignorância, pois, seria blasfêmia.

Primeiro que, salvação não é salvo conduto em relação à dor; antes, um desafio a nos identificarmos com o “Homem de Dores” tomando nossas cruzes. “No mundo tereis aflições...” “... sofre comigo...” “... os que piamente querem viver em Cristo padecerão perseguições...” etc. porções da Palavra que evidenciam o necessário concurso da dor na nossa saga.

Portanto, se a salvação fosse pra fugir da dor dessa vida, os que buscam os lenitivos eventuais e enganosos dos prazeres do pecado seriam “mais salvos”, que, os que sofrem as agruras da cruz.

Porém, A Palavra não tem em estima a esses, antes, denuncia-os: “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo; cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre e a glória é para confusão deles que só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3;18 e 19

Não é a caminhada, um lugar de ansiarmos comodismos; antes, uma empresa rumo à chegada. Daqueles “o fim é a perdição” disse Paulo. Não é o caminho, estritamente, que o aquilata em seu valor, mas, para onde conduz; pois, “Há caminhos que ao homem parecem direitos, mas, no fim se revelam caminhos de morte.”

Deus não se equipara ao homem sem noção que, tendo filhos rebeldes ignora isso e se incomoda com as rebeldias dos filhos do vizinho; antes, um Pai Zeloso que disciplina sim, aos filhos do Seu Amor. “Porque o Senhor corrige o que ama; açoita a qualquer que recebe por filho. Se, suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;6 a 8

Notemos que a dor, nesse caso, não é para que um errante venha para o caminho da salvação, mas, para que um que já está no caminho e se porta mal, aprenda a devida seriedade de se invocar a Deus como Pai e ande como é digno da vocação de filho.

Não que os salvos sejam masoquistas indo ao encontro da dor, enquanto, os ímpios fogem dela; mas, são mais sábios, pois, entendem como necessário o concurso eventual das dores, num cenário de oposição a Deus, para serem tidos par dignos do lugar onde, enfim, “Deus enxugará toda a lágrima, não haverá mais morte nem dor.”

Na verdade, para amar é necessário conhecer; e, para conhecermos ao Senhor precisamos caminhar um tanto ao Seu lado; por melhores que sejamos somos maus; assim, nossa entrega inicial acontece porque Ele É Salvador, não, Senhor. Digo, há mais de amor próprio, certo egoísmo escapista, que O Santo tolera, em nossa anuência, que amor. Ele suporta isso, até que, andando consigo aprendamos amar a Si, Seu Caráter, Justiça e Santidade.

A suma é que, não vamos a Deus para fugir da dor; os fugitivos aceitam aos prazeres enganosos do pecado como casamata; tampouco, vamos por amor, antes, certo interesse. Depois que aprendemos, andando com O Senhor, e, que O Espírito Santo nos é dado, os primeiros traços de correspondência ao amor Divino surgem.

Dado que nos fez arbitrários, os caminhos do Senhor são consequentes, não, fatalistas. Os que arrostam valores eternos para fugir da dor agora tê-la-ão mais intensa na eternidade, como fruto desse plantio. Se, a dor, como vimos, pode melhorar nossos corações, e, são deles que fluem as fontes da vida, os homens sábios fazem desse “limão” uma limonada.

“O prazer não é um mal em si; mas, certos prazeres trazem mais dor do que felicidade.” Epicuro

sexta-feira, 1 de abril de 2016

O Desvio Mortal

Porque virá tempo que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas, tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de evangelista, cumpre teu ministério.” II Tim 4;3 a 5

Aconselhando ao Jovem Timóteo, Paulo vaticinou dias iguaizinhos aos de hoje; tempos em que a verdade assustaria; as pessoas correriam ao encontro de quem as agradasse. Imaginemos, como ilustração, uma casa pegando fogo; dentro dela, um morador alheio, escolhendo entre sua coleção de CDs, qual música quer ouvir. Sua vida correndo risco iminente, ele preocupado com prazer.

Igualmente a esse louco nos comportamos, quando, priorizamos nossas conveniências, paixões, fugindo à Verdade. A Verdade não tem como alvo nossa satisfação, antes, salvação. Apenas, deseja salvação, quem sente-se em perigo, ameaçado; só pode identificar o risco quem mantém certa lucidez; o torpor espiritual nos faz descuidados, temerários, como um ébrio atravessando uma avenida movimentada.

Aliás, Paulo, por inferência chamou aos do desvio, de ébrios, quando exortou Timóteo a fazer diferente: “Mas, tu, sê sóbrio...”

Convém meditarmos nisso: Por que alguém toma um desvio? Geralmente, por duas razões: a) A estrada principal está interrompida; b) Acredita que será melhor o caminho, mais rápido, pela rota alternativa.

A Estrada Principal, (do Príncipe) é inequívoca: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão, por mim.” Jo 14;6

Não consta que essa senda esteja bloqueada em si mesma, ainda que, falsos pregadores podem tolher a caminhada, de quem segue suas dissoluções.

Pois, os fujões da verdade denunciados não o fariam, por eventual interrupção do caminho, antes, por verem mais aprazíveis os atalhos. “Tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências;”

A salvação não é invasiva em seu método, uma vez que nosso livre arbítrio é intocável para Deus. Entretanto, é muito incisiva no mérito, chega a ser violenta, uma vez que seus alvos são instados à cruz. Onde entra a preponderância de minhas preferências, meus gostos, se, para ser salvo sou desafiado a negar a mim mesmo?

Já em seus dias, Paulo denunciou uns que queriam ser salvos “da” cruz, não, “na” cruz. Porque muitos, há, dos quais muitas vezes vos disse, agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo;” Fp 3;18

Ante à dor de renunciar às naturais inclinações que chamamos cruz, se for possível evitarmos isso e chegarmos ao mesmo lugar, acaba compreensível a opção por um caminho mais fácil.

Contudo, a Epístola aos Hebreus, introduz apresentando parte da Esplêndida Majestade de Cristo, tão superior aos anjos que deve ser por eles adorado; lembra, que, mesmo as palavras dadas por anjos tiveram cumprimento cabal, então propõe a questão em apreço, se existe possibilidade lateral de salvação: Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram?” Heb 2;2 e 3

Não esqueçamos que a pergunta é: Como escaparemos da perdição; pois, da verdade, o texto em apreço mostra que se pode escapar, tão somente selecionando “doutores” que nos sejam diletos.

Aos pregadores da Verdade, pois, compete situar seus ouvintes do risco de perdição iminente; que a vida terrena é uma Divina concessão de tempo e espaço onde devemos urgentemente reconciliarmos com Deus. Não é um salão de festas como devaneiam os ímpios de costas para Deus.

A grande tragédia da hipocrisia é que seu agente acaba traindo a si mesmo. Quer o belo status de cristão, por isso cultua; mas, ao escolher mestres segundo seu carnal paladar, caminha voluntário para a morte, qual boi na fila do matadouro.

Enfim, para não deixar em suspenso, a mesma carta aos Hebreus que propõe a questão de como escapar sem Cristo, depois de desenvolver amplamente o assunto da salvação, responde o que perguntara: “Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus;” Heb 12;25

Começamos advertindo a não se desviar da Verdade; concluímos com não se desviar “daquele que é dos Céus”, Cristo, que dá no mesmo: Ele É a Verdade!


É certo que a Verdade ameaça, à medida que, nos desnuda; mas, aos que a ela se submetem, reveste de Cristo. Na hora do incêndio pouco importa a música; vida é prioridade. Jesus convida para festa, mas, na Eternidade. O ingresso lá demanda o preço aqui; esse, é tomar a cruz.

domingo, 21 de setembro de 2014

Photoshop remove montanhas



Que faremos para executarmos as obras de Deus?” Jo 6; 28 

Uma das máscaras mais comuns na face humana é travestir nossos próprios anseios como se de Deus. Noutras palavras: laborar pelos próprios desejos, cobiças, e “santificar” isso atribuindo nossas deturpações Ao Santo.

Facilmente nos voluntariamos às coisas das quais pressupomos uma recompensa imediata. Essa febre se vê no relato de João que mostra o ápice do ministério de Jesus em termos de “aceitação”.

Multidões foram a Cafarnaum a Sua procura, e o interrogaram sobre como servir a Deus; que maravilha! Finalmente o Salvador conseguira tocar em seus corações! Não, infelizmente não era bem assim. 

A Parábola do Semeador ilustra bem que pouca semente da muita lançada cai em boa terra. Um dia antes Ele multiplicara o pão para a multidão. Eles foram atrás do Mestre em busca de mais, de modo que os exortou: “…me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes.” V 26

Os ouvintes ainda tentaram uma fútil coação; quiçá emulação dizendo: “Moisés deu o pão do céu, que sinal operas tu?” v 30 e 31  Nem se preocuparam em disfarçar que não estavam atrás de pão como o Senhor acusara, antes, confirmaram isso com suas palavras. Não há dúvidas que se Ele tivesse vindo para trazer pães e peixes a desocupados seria um sucesso de público e crítica; mas, Seus alvos eram outros.

Depois de dizer que Ele é o pão vivo, o Senhor ensinou em quê consiste o “comer”. “…Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome…” v 35  “Mas já vos disse que também vós me vistes, e contudo não credes.” V 36 O comer, no caso, é crer, o que implica obedecer às ultimas consequências, como ensina Paulo: “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” Rom 6; 3

Se alguém pretende ser Dele, pois, abdique da pretensão de gerir a própria vida e submeta-se totalmente à Sua Vontade. “…Se alguém quer vir após mim, negue a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” Luc 9; 23  
Aliás, o mesmo Paulo escrevendo aos filipenses, reforça essa ideia em palavras bem claras; “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo…” Fp 2; 5 – 7

As multidões que hoje correm após mensagens que afirmam que Jesus continua multiplicando o pão e os peixes, ou seja, basta “sacrificar” e ter tudo; prosperidade, empregos, honras, são imensa maioria.

Seus gurus pegaram as partes “feias” do Evangelho e deram um trato no Photoshop, de modo que ficou lindo, a carne adora, uma vez que oferece o céu sem cruz.

Nunca prosperou tanto o engano como nos lábios dessa geração de safados, que despreza a cruz de Cristo e profana Seu santo Nome. “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3; 18 e 19

Seus templos estão cheios de gananciosos atraídos pela mensagem facilmente digerível que eles pregam. Fácil ao homem natural, ao espiritual soa obsceno. 

Tristemente somos uma geração que vê, tudo acaba em vídeo, pouco ouve, quase nada analisa. A imensa interação que os meios tecnológicos propiciam massifica; tolhe o indivíduo que acaba sumindo numa coisa amorfa, conduzida pelo fluxo comum em busca de aceitação.

Constroem seus majestosos templos, criam um “Deus” às suas imagens corruptas e mercantís, e apregoam como sendo o Senhor do universo.

Será que tinha isso em mente o traíra-mor, quando disse, “sereis como Deus”? Talvez nem ele suspeitasse quanto efeito essa mentira faria no seio da humanidade, deve estar se sentindo o cara.

O Evangelho genuíno continua centrado na Cruz de Cristo, seu fim ainda é salvar, e o meio, também persiste, arrependimento. O resto é só motim de pecadores profissionais, faltos de caráter que pecam sobre os púlpitos; não importa quanto sucesso alcancem, aliás, o único atrativo do pecado é que acena com certo prazer, omitindo as consequências, e pecado da pior espécie é o que suas mensagens contêm, profanação. 

A verdade não carece retoques, pois traz a beleza em si. “A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.” Jo 6; 29
 
"O falso é tão vizinho do verdadeiro, que o sábio não deve aventurar-se num desfiladeiro tão perigoso."  Cícero