“... e vós, quem dizeis que Eu Sou?” Mat 16;15
Após inquirir sobre o que as pessoas diziam Dele, O Salvador abordou aos Seus discípulos.
Aqueles que são nossos íntimos nos conhecem melhor do que os que apenas nos veem no teatro social. Esses têm uma visão periférica; podem ver o que fazemos quando atuamos, mas desconhecem como somos em ambientes reservados, nosso modo de pensar que patrocina o agir.
Em se tratando de conhecimento entre humanos, natural; pela multiplicidade desses, e a impossibilidade de interação estreita com todos. Entretanto, no que se refere ao Senhor, um conhecimento genérico, superficial, pode ensejar muitos tropeços.
Fácil alguém se dizer “escolhido do Senhor”, como diatribe a eventuais críticos; difícil é deixar isso patente, na capacidade de suportar as infâmias e rejeições várias que acompanham aos escolhidos.
Aos que separa e chama a Si, O Senhor costuma se revelar, manifestando coisas que escapam aos demais; “O Segredo do Senhor é para aqueles que O temem; Ele lhes fara mostrará a Sua Aliança." Sal 25;14 Um escolhido não carece dizer isso; O Senhor fará evidente.
Jó, na provação que sofreu, motivada pela inveja do inimigo, no fim recebeu a graça de uma “audiência” com O Senhor. No calor do desabafo desejara; “Ah, se eu soubesse onde O poderia achar! Então me chegaria ao Seu Tribunal; exporia ante Ele minha causa; a minha boca encheria de argumentos.” Cap 23;3 e 4 dissera.
Foi concedido seu desejo. Todavia, as coisas não foram como ele imaginara.
Invés de fundados argumentos, em dada ocasião assumiu sua ignorância: “... eu Te perguntarei e Tu me ensinarás; com os meus ouvidos ouvi, mas agora Te veem meus olhos; por isso, me abomino e me arrependo, no pó e na cinza.” Jó 42;4 a 6
Invés de fundados argumentos, em dada ocasião assumiu sua ignorância: “... eu Te perguntarei e Tu me ensinarás; com os meus ouvidos ouvi, mas agora Te veem meus olhos; por isso, me abomino e me arrependo, no pó e na cinza.” Jó 42;4 a 6
Ante O Eterno, nossos melhores argumentos empalidecem; as mais fundadas razões carecem de solidez. Assim, o conhecimento do Santo traz, inversamente proporcional, um melhor conhecimento de si próprio. Quem lograr essa dádiva, como Jó, se abomina e se arrepende, invés de pensar em se abrigar na cabana de palha das inúteis falácias humanas. O “não há um justo sequer” ganhará amargos contornos de verdade irrefutável.
Quanto mais santo, mais íntimo do Senhor alguém for, mais humilde e menos pretencioso será. Invés de apresentar suas pretensas razões, descansará nos sábios motivos, e Integridade do Eterno. “... Quando estiver em trevas, não tiver luz nenhuma, firme-se sobre o seu Deus.” Is 50;10
Na verdade, nossos melhores discursos prescindem de palavras. É nossa atuação que os pratica. “Assim, resplandeça a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai que está nos Céus.” Mat 5;16 As obras não são meios de salvação, mas testificam sobre a mesma.
Pois, o outro lado, o dos que apenas falam a coisa certa e seguem fazendo a errada, seu testemunho é de hipocrisia, não de salvação; “Confessam que conhecem ao Senhor, mas negam-no com suas obras, sendo abomináveis e desobedientes, reprovados para toda a boa obra.” Tt 1;16
Eventualmente deparo com uma postagem que desaconselha a falar de Jesus, pois, já há muitos fazendo isso; e prescreve viver como Ele viveu, pois há poucos assim.
Como diatribe à hipocrisia é válido o conselho. Entretanto, se usado como veto à pregação do Evangelho, como usam fazer os que confiam em si mesmos, cabe lembrar uma coisa: Viver como Jesus Cristo viveu, implica também, ensinar; pois, Ele fez isso em todo Seu ministério.
Nosso agir na contramão do mundo certamente despertará curiosidades, acerca dos motivos para esse; e Pedro aconselha: “Santificai O Senhor Deus em vossos corações, e estai sempre prontos para responder com mansidão e temor, a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós.” I Ped 3;15
Eventualmente, pois, carecemos dizer quem Jesus Cristo é, usando também, palavras. Como disse alguém: “Pregue o Evangelho o tempo todo; se necessário, use até palavras.”
Afinal o que fazem ou pretendem fazer, os inimigos do genuíno Evangelho, senão, alterar partes da Palavra? Cobrar coerência entre falas e atitudes é uma coisa justa; mas usar como argumento a existência de hipócritas, para amordaçar aos que não são, não vai colar.
Esses que tencionam que os valores de Deus sejam efêmeros, biodegradáveis, reformáveis, precisam ler o que Jesus Cristo disse, com melhores lentes: “O Céu e a Terra passarão; mas as Minhas Palavras, não hão de passar.” Mat 24;35
Não venham com a falácia de restringir isso ao estritamente dito pelo Senhor. Ele É A Palavra de Deus na íntegra. Das Escrituras disse: “Elas testificam de Mim.” Qualquer imposição espúria seria como se disséssemos que O Senhor mente. “Quem dizeis que Eu Sou?”
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