“... comprei um campo e importa ir vê-lo, rogo-te que me hajas por escusado; outro disse: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-los, rogo-te que me hajas por escusado; outro disse: Casei, portanto, não posso ir.” Luc 14;18 a 20
Desculpas que uns e outros apresentaram para não comparecer a uma ceia. Frustrado com a negativa dos seus concidadãos, o anfitrião mandou seus servos em busca da ralé, até ver cheia sua casa, para o banquete que preparara.A afronta daqueles, pela recusa em participar “patrocinada” por desculpas esfarrapadas, os tornara “personas non gratas”; nem mais seriam recebidos, caso intentassem. “Porque eu vos digo que, nenhum daqueles homens que foram convidados, provará minha ceia.” Os que antes foram desejados, então, não mais seriam aceitos.
Como sabemos que seus “motivos” eram fajutos, derivados da má vontade? Ora, a ceia é a última refeição do dia, feita à noite. Acaso o que comprara um campo iria vê-lo no escuro? O que adquirira cinco juntas de bois as iria experimentar à luz do luar? Ou, o que casara deixaria de comer? Vemos que, nenhum dos motivos apresentados para as ausências no banquete era plausível; o que deixa evidente, a mera recusa, a má vontade.
Óbvio que, isso figurava a rejeição do convite ao Reino de Deus. O Salvador falou aos grandes, aos líderes religiosos de então; todos eles acharam “motivos” para descrer do que Ele dizia. Fosse porque Ele seria “contra Moisés”; porque teria vindo de uma terra sem tradição profética como Nazaré; por ser “amigo de publicanos e pecadores”; eles tinham “fundadas razões” para recusarem o convite do Mestre.
Como os servos da parábola da grande ceia, Ele saiu pelos valados convidando a quem O quisesse ouvir. Foi ouvido por muitos dos mais baixos na sociedade de então. Em dado momento chegou a dizer aos “grandes” que o recusaram, que os pequenos estavam em vantagem. “... em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós, no Reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não crestes; mas publicanos e meretrizes creram; vós, porém, vendo isto, nem depois, vos arrependestes para crer.” Mat 21;31 e 32
Paulo ampliou a ideia da admissão dos maus, dada a soberba dos “bons”; “... não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos nem nobres, que são chamados; mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir às sábias; escolheu às coisas fracas deste mundo, para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar às que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 1;26 a 29
Como a Sabedoria Divina se revelara “insuficiente” dada a arrogância dos que se achavam líderes espirituais, O Eterno escolheu um método mais simplório ainda, para deixar a arrogância bem mais longe da porta. “Visto como, na Sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua Sabedoria, aprouve a Ele salvar aos crentes pela loucura da pregação.” Cap 1;21
Dessa escolha Divina, deriva nossa necessidade de humildade para sermos aceitos na “Grande Ceia”; “Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens, a fraqueza de Deus, é mais forte que eles.” Cap 1;25 Logo, “... se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio.” I Cor 3;18
Quem quiser “motivos” para recusar ao convite de Cristo os encontrará aos montes. Entre os que se dizem cristãos, há muitos que não são; agem de modo mercenário, vil; outros são adúlteros, promíscuos, homossexuais, até. Quem quiser se “lavar com lama”, encontrará fartas banheiras preparadas, infelizmente.
Quem buscar a mensagem de salvação emoldurada por uma linguagem culta, também corre risco de se decepcionar; uma ou outra exceção; ilhotas aqui, acolá. Mas em geral, a Palavra da Vida anda em barcos toscos, singrando no mar da simplicidade.
Se, os pregoeiros da sã doutrina podem ser culturalmente simples, necessariamente, serão moralmente limpos, espiritualmente sadios. Os que assim não são, estão fora do lugar. O Senhor é cioso das Suas coisas que são Santas; não comissiona curiosos, enxeridos, ou desqualificados, para fazer convites em Seu Nome.
Os motivos dos que recusam o convite estarão sempre neles mesmos. Como dizia o pastor Dave Hunt, “a incredulidade tem muitas faces”; por trás dela, um mentor que a recrudesce; “O deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que É a Imagem de Deus.” II Cor 4;4
Como tornou-se um dito dos tempos atuais: “Quem quer dá um jeito; quem não quer, dá uma desculpa.” Quem vai querer?
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