domingo, 8 de dezembro de 2024

O infeliz Natal


“Do mundo são, por isso falam do mundo, e o mundo os ouve.” I Jo 4;5

Referência aos falsos profetas, a serviço do Anticristo. Cristo e os Seus, têm outro endereço; “Dei-lhes Tua Palavra e o mundo os odiou; porque não são do mundo, assim como Eu não Sou.” Jo 17;14

Tiago disse: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;4

Atualmente, o mundo se adorna de luzes e arranjos, as ditas decorações de Natal. Muitos cristãos fazem o mesmo. Dirão que não se trata de amizade com o mundo, mas, recordar o nascimento de Cristo.

Ouvi um pastor renomado dizendo: “O pinheiro, porque é uma árvore que segue verde sempre, significando a perenidade do Evangelho; enfeites apontam para o fruto do Espírito; a estrela no alto, lembra a que anunciou o nascimento do Salvador. Portanto, quem quiser enfeitar sua árvore que faça, defendeu. Porém, Papai Noel, aí já é outra história;” ressalvou.

Que cada um seja livre para fazer escolhas, de acordo; Deus leva a liberdade de expressão às últimas consequências; a cruz mostrou isso.

Algo carece ser dito, a bem da verdade, porém. Não há registro do dia do nascimento do Senhor; 25 de dezembro é uma data com outra conotação; tampouco, há mandamento para comemorar. A morte, sim. “Fazei isso em memória de Mim”, disse do rito da Santa Ceia.

Que os do mundo estejam espiritualmente cegos e não consigam entender as exatas implicações é esperável; “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque se discernem espiritualmente.” I Cor 2;14 adiante, acrescenta: “Mas o que é espiritual discerne bem a tudo, e de ninguém é discernido.” V 15

Como faria alguém uma decoração natalina nos moldes do mundo, que é inimigo de Deus, e separaria à mesma, da figura obscena, do Noel?
Acaso algum cristão espiritual, usaria a figura do Arco Íris para simbolizar algo? Malgrado seja bíblico, apareça no Gênesis, foi usurpado pelos movimentos LGBTs, e por essa razão, uma pessoa com o necessário discernimento evitaria usar um signo maculado pelo erro, para que aquilo que pretender simbolizar não seja confuso, nem associado a posturas que A Palavra de Deus deplora.

Assim, mesmo dando à árvore, e aos enfeites a conotação citada no início, necessariamente o nosso cenário “natalino” remeteria ao mundo de Noel; com sua furtiva visita noturna, suas vestes polares em pleno trópico, suas renas voadoras, e sobretudo, o espírito consumista que grassa nesse tempo, como em nenhuma outra época do ano. Jesus bate às portas dos corações e só entra nos se abrem para Ele; jamais o faz, furtivo, no escuro; Noel não o representa.

Por que será que nessa época aumentam suicídios, depressão, acidentes, bebedeiras... seria pela atuação mais intensa do “Espírito do Natal?”

Não duvido que haja algumas raias mais limpas no caminho largo; contudo, levam ao mesmo lugar que as sujas; perdição. Nosso desafio é entrarmos pela porta estreita, trilharmos o caminho estreito. 

Quem, deveras, tenciona honrar a Cristo, não o faz num dia apenas, como um filho rebelde que, em geral ignora seus genitores, mas produz ensaiado barulho e “homenagens”, no dia das mães, dos pais.
Essa hipocrisia não engana nem ao hipócrita. Ele conhece a farsa que encena.

Eu sei, os “liberais” se apressarão a denunciar minha “religiosidade”, novo termo que cunharam para mascarar sua licença mundana, sua aversão à disciplina e obediência, coisas que são caras aos fiéis.

Ora, quem foi desafiado a negar a si mesmo e “sair do mundo”, se tencionar fazer isso arrastando a bagagem mundana após si, apenas deixa patente a resiliência ímpia, de seu mundano e rebelde coração, sua carnal impotência, ante os prazeres e o comodismo.

Se Cristo nasceu em nós, o fez em vários dias diferentes, cada um por sua vez; e as “luzes desse natal” devem fulgir na fachada das nossas ações, não nas das nossas casas. “Assim, resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem ao vosso Pai que está nos Céus.” Mat 5;16

Quem não conseguir resistir a uma seduçãozinha chinfrin como essa, como resistirá, quando o sedutor mor se levantar, na pessoa do Anticristo?

Quem não pode ser fiel nem nas coisas pequenas, porque seria nas grandes? O fato que nossos pais mentiram para nós acerca dessas coisas, por estarem cegos, não significa que devamos seguir com a farsa, se, agora vemos. Afinal, “... fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais.” I Ped 1;18

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