quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

As perseguições


“... porque nem todos os que são de Israel, são israelitas.” Rom 9;6

De Israel, identifica a origem; laços de sangue, circunstâncias em meio às quais, veio ao mundo. Israelita atina à escolha cultural, espiritual; à causa e os valores com os quais alguém se identifica, se compromete. Assim, nem todos os que lá nascem, abraçam cabalmente as coisas pertinentes àquele povo; mormente, as espirituais.

Pois, argumenta Paulo, a filiação espiritual é que mostra a descendência de Abraão, que conta para O Divino propósito; não, os laços de sangue. “Nem por serem descendência de Abraão, são todos, filhos; mas, em Isaque será chamada tua descendência.” V 7 Foi após ele crer, se arrepender e manifestar isso, que O Salvador disse de Zaqueu: “Também esse é filho de Abraão.” Luc 19;9 De sangue já o era. Crendo se tornara herdeiro da promessa.

Ismael também fora filho de Abraão; mas os escolhidos seriam os da descendência de Isaque, pela promessa de abençoar em Abraão a todos os povos, “... em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gn 12;3 o que se cumpre, em Cristo. Malgrado nossa origem devemos crer no Salvador, pois. “Nós, (cristãos) somos filhos da promessa, como Isaque; mas, como então, aquele que era gerado segundo a carne, perseguia o que era segundo o espírito, assim também é agora.” Gál 4;28 e 29

Não que Isaque tenha sido concebido pelo Espírito, conforme foi Cristo; mas, seu nascimento fora prometido tardiamente, do ponto-de-vista da natureza; tanto que, Abraão e Sara desistiram de esperar e arranjaram um “plano B”, donde veio Ismael. Para mostrar a fidelidade do Eterno, bem mais tarde, o prometido sucedeu. Assim, Ismael é tido como, gerado segundo a carne, a natureza humana; Isaque, segundo o espírito; a fidelidade Divina.

Deixando a saga dos judeus e trazendo para nosso contexto, nem todos os “cristãos” são salvos. Embora se digam atuantes na esfera da Promessa, em Cristo, o critério do Eterno vai além do que professamos, para identificar quem, deveras, somos. 

Paulo acentua a seriedade de tomarmos sobre nós o Santo Nome do Salvador: “Todavia, o fundamento de Deus fica firme tendo este selo: Deus conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo, aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Se, Ele em nós não obrar uma transformação visível, que salte aos olhos dos que nos conheceram antes, e conhecem agora, estando Nele, há fundadas razões para duvidarmos da nossa conversão.

Embora, nem todas as conversões sejam traumáticas como a descrita no salmo 40, “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs meus pés sobre uma rocha e firmou meus passos.” V 2 mesmo a conversão menos estrondosa, deverá ser igualmente visível. “... muitos, verão, temerão, e confiarão no Senhor.” V 3

Falando da necessária transformação dos que O recebem, O Salvador ensinou: “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.” Mat 5;14 Embora, aparecer não seja nosso objetivo, fazer Cristo aparecer em nós é uma necessidade.

Um “cristianismo” que não se compromete, sob o argumento de não ser “polêmico”, que passa despercebido, malgrado, vivendo entre muitos, certamente é uma fraude.

O confronto necessário de verdade com mentira, luz com trevas, fatalmente nos indisporá com o “cristianismo” inclusivo da moda; nos fará alvos de ataques, cuja origem, o próprio texto já visto, expõe: “... aquele que era gerado segundo a carne, perseguia o que era segundo o espírito...”

Assim, embora desagradáveis, dolorosas até, as perseguições são melhores, no prisma do testemunho dos Céus sobre nós, que a aceitação. “Bem aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é O Reino dos Céus; bem aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem, e mentindo disserem todo o mal contra vós por Minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos Céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós.” Mat 5;10 a 12

Malgrado, combatentes à higiene espiritual necessária, usem argumentos como religiosidade, legalismo, fundamentalismo etc. contra nós, tencionando parecer que, por se dizer “inclusivos, tolerantes” são melhores que nós, a última palavra sobre o que é réprobo, ou probo, em Cristo, virá Dele mesmo, não do mundo.

Quem leva A Palavra Dele a sério, não carece o testemunho de outras palavras. Ademais, a unidade global, tencionada para os últimos dias, use os rótulos que usar, é derivada da rebelião contra O Senhor. “Os reis da Terra se levantam, governos consultam juntamente contra O Senhor; e contra O Seu Ungido, dizendo: Rompamos as Suas ataduras, sacudamos de nós, Suas cordas.” Sal 2;2 e 3

Enquanto os professos “sacodem Suas cordas”, os que são Dele, submetem-se ao Seu jugo.

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