“Mas o espírito expressamente diz, que nos últimos dias apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizadas suas próprias consciências.” I Tim 4;1 e 2
Apostatar da fé não significa parar de crer; mas, mudar o teor daquilo em que se acreditava. A apostasia requer dar ouvidos a seres espirituais, abraçar suas doutrinas; não é uma negação da fé, estritamente; antes, uma substituição.
Quando a identificou na igreja da Galácia, Paulo censurou: “Maravilho-me que tão depressa, passásseis daquele que vos chamou à Graça de Cristo para outro Evangelho.” Gál 1;6
Depois explicou: “O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam, e querem transtornar O Evangelho de Cristo.” V 7 Alterações na essência do que fora ensinado, fizeram da mensagem original, “outra”.
O traíra usa ajustar suas velas de acordo com os ventos; sabendo da afeição daqueles pelo judaísmo, fundira, o quanto pudera, O Evangelho da Graça, com nuances da Lei. Ora, cada um tem seu lugar e objetivo próprio. A Lei para manifestar os pecados; a Graça, para trazer salvação; cada aspecto, independente; a fusão estragava a ambos. Paulo explicou: “Separados estais de Cristo, vós que vos justificais pela Lei; da Graças tendes caído.” Gál 5;4
O inimigo conhece as cobiças humanas em detalhes; é consorte delas. Assim, não nega cabalmente a doutrina de Cristo, sob pena de perder a atenção dos mais escrupulosos; antes, perverte um pouco aqui, outro ali, de modo que, paulatinamente a doutrina vá perdendo a pureza; faz isso usando vidas humanas que estão sob seu domínio.
Implementa seu trabalho sujo, “... pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizadas as suas próprias consciências.”
Alguns desavisados acreditam que os humanos são inocentes, dado que, “não temos que lutar contra a carne e o sangue.” Como se, isso significasse que a culpa pelos erros fosse exclusivamente dos demônios.
Eles são os mentores. Homens hipócritas que os servem, são obreiros a serviço da oposição. O diabo aviva neles, orgulho, vaidade, autonomia, desejo de sucesso, aceitação; movidos desses “insumos”, caçam os incautos; desconectados da Voz do Espírito à qual, abandonaram, temperam seus descaminhos segundo os paladares próprios, e os dos tolos que lhes ouvem.
Por isso, “virá o tempo em que não suportarão à sã doutrina; mas tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores, conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando-se às fábulas.” II Tim 4;3 e 4
Como as coisas tendem a progredir com o curso do tempo, o que começara como tênue alteração, cresce para um estágio maior, avança para a mudança total, por fim, acaba em dissolução. Esse processo não demanda muito tempo; viça à medida que os que deveriam estar vigilantes, adormecem. Judas identificara o mesmo “prontinho”, nos seus dias; “... convertem em dissolução a Graça de Deus, negam a Deus, Único Dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.” Jd v 4
Entre negar a si mesmos pela obediência, e negar ao Espírito Santo nas consciências, pela ímpia conveniência, esses escolhem a segunda opção. Aos ouvidos incautos, ineptos para valorar as coisas no âmbito espiritual, os proponentes de facilidades serão sempre mais “amorosos” que os que apontam ao “caminho estreito”.
Também amor e ódio, precisam de sintonia fina, se não quisermos ser enganados, quanto às suas presenças, ou não; A Palavra ensina: “Leais são as feridas feitas pelo amigo; mas os beijos do inimigo são enganosos.” Prov 27;6
Pois, se servir a Cristo requer renúncia, “Negue a si mesmo”, a apostasia, após o conhecimento da verdade também demanda que se renuncie algo; que se deixe de ouvir a Voz do Espírito Santo, o qual fala em nossas consciências, valorando escolhas, fazendo-nos, apreciá-las segundo Deus, para ouvir facilidades falsas, de origem espúria.
Para afundar tanto assim, depois de ter renascido e aprendido de Cristo, carece o suicida em apreço, renunciar à consciência reiteradas vezes, até que ela cauterize e deixe de lhe falar.
Para atingir tal “estatura” na obra do canhoto, o homem necessita ser hipócrita; primeiro, fingindo não ouvir o que ouviu do Senhor; depois, ensinando algo que sabe que hauriu de fonte espúria.
Como o mentor dos tais é aquele que cega, quanto mais se aprofundam os servos dele, menos enxergam; acabam obrando para tolher o conhecimento do Santo, invés de disseminar.
Os que seguem fiéis ao Eterno, são capacitados para o devido contraponto, justo, nessa esfera; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo.” II Cor 10;4 e 5
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