Outro dia, deparei com uma frase espirituosa, que me fez pensar. Dizia: “A diferença entre o Halloween e o Natal é que naquele, fingimos ser maus; nesse, fingimos ser bons."
Entre um fingimento e outro, acho que quando nos paramentamos de maus, estamos mais próximos da verdade. A Palavra de Deus ensina: “Não há um justo sequer.” Os que se incomodam lendo isso são os que, mais rápido testificam que é verdade. Pois, atribuem à Palavra de Deus, erros; e a Ele, imperfeição. Pior que mau, isso é blasfemo.
A maioria dos cristãos ainda não entendeu que somos chamados para confrontar o mundo, não, nos alinharmos a ele. “Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas porque não sois, antes, Eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.” Jo 15;19
Não que devamos ser mal educados, enxeridos, deselegantes; mas, podemos ser diferentes pelo exemplo, e saber expor os motivos, se inquiridos.
Alhures, a institucionalização da hipocrisia, saudações “amorosas” dos que se detestam, faz parte do pacote, do dito “Espírito do Natal”.
Os que levam Jesus Cristo a sério, mesmo dentro das suas casas encontram oposição. “Cuidais que vim trazer paz à Terra? Não vos digo, antes, dissenção. Porque daqui em diante estarão cinco divididos numa casa; três contra dois, e dois contra três. O pai estará dividido contra o filho, o filho contra o pai, a mãe contra a filha, a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra sua sogra.” Luc 12;51 a 53
Portanto, essa história que o Natal é o tempo das famílias unidas requer, na maioria dos casos, a ausência do Senhor. Sob a batuta do Noel, toda falsidade é encorajada.
Jesus Cristo estando, deixa em maus lençóis aos que vivem em trevas; Ele é a Luz. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20 Um cristão autêntico acaba sendo o proverbial “soldadinho-do-passo-certo” onde o mundo marca sua cadência.
O máximo de “luz” que o Natal do Noel consegue são essas miríades chispantes “Made in China”, que obram o disfarce das trevas espirituais reinantes. A Luz de Cristo não fulge alguns dias apenas; brilha no caráter, nas ações, não nas fachadas.
Os “cristãos” natalinos, que se atiram sobre essa parafernália amoral, aos moldes do mundo, invés de estar contextualizando sua fé, como pretendem alguns que fazem certas ressalvas para ser iguais ao mundo, estão apenas se amoldando à hipocrisia reinante, por incapazes de suportar, inda que de forma tênue, o “vitupério de Cristo.”
Muitos gostariam de criticar severamente a um texto como esse, mas não farão; fazendo acabariam “assinando recibo” de que o mesmo é verdadeiro e os incomoda.
Estou perplexo por constatar que não somos capazes de resistir nem às seduções mínimas; como será quando o sedutor mor se levantar e praticar com “sabedoria”, na pele do Anticristo?
Quantos cartões com votos de “Feliz natal” serão enviados entre adúlteros, mentirosos, promíscuos, corruptos, ladrões, farsantes...
Cristo é mais seletivo em Seus “votos”; invés de um “Feliz Natal” indiscriminado, a qualquer um, para ser agradável, ele o faz de modo seletivo, por ser verdadeiro: “Felizes os pobres de espírito; (humildes) Felizes os limpos de coração, os que têm fome e sede de justiça, os perseguidos por causa do Meu Nome, os pacificadores...” Mateus cap 5ss
Desgraçadamente nessas épocas a morte usa tarrafas invés de anzóis; basta ver o acidente em Minas Gerais com mais de quarenta mortos, a avião em Gramado dos que foram em busca do “Natal”, a queda da ponte no Rio Tocantins, etc. Seria esse “avivamento” da morte um testemunho da atuação do “Espírito do Natal”?
Ora, fazer caridade socorrer aos desvalidos é virtuoso sempre, sobretudo se o fizermos sem chamar o aplauso humano, apenas diante de Deus. Essa tentativa de ficarmos “bonzinhos” por um dia e vivermos os demais às nossas ímpias maneiras, só piora nossa já ruim situação.
Não significa que as luzes dispostas nas praças e fachadas não formem coisas belas ante nossos olhos. Mas, quem crê em Jesus Cristo tem outro tipo de visão. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se espera, e aprova das coisas que não se vê;” Heb 11;1
Embora respeite aos que fazem decorações de Natal, só consigo admirar aos que deixam O Senhor, não o Menino Jesus, adornar suas almas para que, capacitados por Ele produzam, enfim, o fruto do Espírito, para a Glória de Deus, em todos os dias do ano. Assumindo cada um, as suas maldades e se arrependendo delas, aprendendo a bondade segundo O Senhor.
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