“... vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus, os que a ouvirem, viverão.” Jo 5;25
Duro para o orgulho humano, admitir sua condição de morto espiritual, sem O Salvador. Alguns postam em letras garrafais, que não é preciso religião para ter caráter.
Caráter e religião; coisas que precisam ser vistas nas letras miúdas. Caráter é a íntima índole, que direciona o ser; como consequência, pauta o agir. Se dizemos que determinada forma de atuar é a característica, de certa forma, estaremos lendo o caráter de alguém. Acontece que, um de bom caráter, na escravidão, é só um escravo.
O que é certo ou errado, num sentido amplo, todo o homem sabe, mesmo sem auxílio religioso. Paulo diz: “Porque, quando os gentios que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles, lei, para si mesmos são lei; os quais mostram as obras da Lei, escritas em seus corações, testificando juntamente sua consciência, e seus pensamentos; quer acusando-os, quer defendendo-os.” Rom 2;14 e 15
A consciência é um “resíduo” do homem original, que perseverou após a queda. Quem lograsse segui-la, estritamente, não pecaria. Ela, se consultada, adverte dos erros antes de cometermos, e os acusa depois que neles tropeçamos. Como disse Samuel Bolton, “Se a consciência não for um freio, será um chicote.”
Com ou sem caráter, todo homem quedou escravo do pecado após o primeiro; como “O Salário do pecado é a morte” Rom 6;23 A humanidade que fora criada para Glória do Criador, tornou-se mero reino da morte. “... a morte reinou desde Adão até Moisés...” Rom 5;14 Os que foram julgados no dilúvio não tinham mandamentos, apenas essa lei íntima; transgrediam e foram condenados.
Mesmo eventual homem de bom caráter acaba fazendo o que não quer, mercê da escravidão. “O que faço não aprovo, o que quero, não faço; o que aborreço, faço... de maneira que já não sou eu que faço isso, mas o pecado que habita em mim.” Rom 7;15 e 17 O “eu” do sujeito em apreço é prisioneiro de um feitor que o coage a fazer o que não quer. Não passa de um cativo desejando ser liberto, pois.
Então, mesmo os homens “bons” carecem de Jesus Cristo. Cornélio era um homem de oração, boas obras, de modo a ser conhecido nos Céus; nem por isso, pode prescindir de ser salvo nos termos Divinos. Teve uma visão onde lhe era ordenado que mandasse chamar a Pedro, para ouvir sobre Jesus. Pois, sem Ele, pelas próprias obras, ninguém será salvo, por razão simples: todos pecam; o pecado mata; fecha a porta. Por isso, apenas os “mortos” que ouviram a Voz de filho de Deus”, viverão.
Sé Ele religa o homem que fora desligado desde o Éden, a Deus; “Isto é: Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo; não lhes imputando seus pecados, e pôs em nós a Palavra da reconciliação.” II Cor 5;19
Desse “religare” deriva religião. Cristo é uma pessoa, não uma religião, sabemos. Mas, uma pessoa que pelo Seu Sangue e nos termos que ensinou, reconcilia pecadores ao Pai; todas as demais religiões, por bem intencionadas que sejam, justas que pareçam, são simulacros pobres, drogas espirituais tentando lenir o desejo de vida, que só Cristo pode saciar.
Esses que falam como Renato Gaúcho, “Eu sou bom, sou bom demais!” quando Cristo lhes é anunciado, mostram a mesma arrogância, o mesmo orgulho para vergonha alheia, exibido por aquele, noutro contexto.
Os refratários ao Senhor, não o são por bondade; antes, para que suas maldades fiquem onde estão, encobertas. No agir cauterizaram às próprias consciências que as denunciariam; no tocante a Cristo, mantêm “distância segura”, para traírem a si mesmos preservando a pose invés de receber a vida. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz para que suas obras não sejam reprovadas; mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;20 e 21
Muitos desses, travestem seu orgulho e arrogância de aversão à “religiosidade”, nome pejorativo, com qual tencionam desacreditar a disciplina e a obediência, vitais no Reino de Deus.
Somos desafiados a ser gregários, formarmos um rebanho após O Único Pastor. Os que preferem ser rebanhos de um homem só, os supostos “templos do Espírito Santo”, se realmente fossem habitados por ele, teriam mais luz acerca da verdade, pois Ele, “convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” Jo 16;8
Os que estão convencidos que não precisam Cristo, por causa de seus bons caracteres, ainda não ouviram ao Espírito Santo.
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