quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Volta por baixo


“Tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão e aqui pereço de fome!” Luc 15;17

O Filho pródigo de ressaca, após a esbórnia dos prazeres fugazes, “ouvindo” argumentos de ordem diversa dos que estivera a ouvir. Na “monotonia” do cumprimento do dever, embora, no usufruto de uma vida abastada, surgiram os devaneios pela busca de prazeres e lhe deram impulso, para desejar a posse precipitada de sua herança.

“A herança que no princípio é adquirida às pressas, no fim não será abençoada.” Pov 20;21

Tendemos a fantasiar grandezas pintando anseios a despeito dos fatos; e menosprezar bens reais, que, estão disponíveis; quando nossos pés pensam ser os de Hermes, o mensageiro dos deuses, providos de asas.

Geralmente nessas obscuras cavernas costuma se esconder o réptil do, “eu era feliz e não sabia.” Por avaliarmos mal, tanto a realidade, quanto a possibilidade de sucesso na excursão rumo ao desejo de aventuras, deixamos o estável pelo duvidoso; o sólido pelo gasoso.

Nosso jovem em apreço deixara a casa paterna, lugar de estabilidade e conforto, embora com trabalho, responsabilidade, em busca do prazer sem custo; boa vida sem “efeitos colaterais.”
Passados alguns meses o encontramos de novo, privado dos bens, herdados na marra, sem alegrias, prazeres, tampouco, amigos; pior: Sentindo fome.

Iniciara sua diáspora no colorido barco a vela dos anseios mirabolantes; voltava agora, “encorajado” pelos sisudos conselhos da fome.
Salomão filosofou a respeito: “A alma farta pisa o favo de mel, mas para a alma faminta todo amargo é doce.” Prov 27;7

O mesmo pensador aconselhou a prudência de se fazer a coisa certa ainda em tenra idade; pois, na velhice seria mais difícil; “Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;” Ecl 12;1 Pois, mesmo ainda moço, o desventurado pródigo já conhecia alguns dias maus.

Foi o desejo por novas experiências, mesmo habitando O Paraíso, em plena comunhão com O Criador, que estimulou o primeiro casal a colocar à prova a Divina Palavra; deixando a vida plena, por mera existência, fadada à morte.

É menos ruim quando descaminhos, nos levando, ainda permitem um retorno ao lugar de onde nem deveríamos ter saído; no entanto, quantos se fazem reféns de vícios, num grau de escravidão tal, que sequer desejam voltar; apenas saciar os maus hábitos que os devoram.

Esses caminhos sem volta também são desaconselhados; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas no fim, são caminhos da morte.” Prov 14;12

O coração natural, sede de toda sorte de enganos, sempre se coloca como piloto, quando deveria ser mero passageiro; daí o conselho: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal. Isto será saúde para teu âmago; medula para teus ossos.” Prov 3;5 a 8

Alguém cunhou a frase que, “quem não vier (a Cristo) pelo amor, acabará vindo pela dor.” Me permito discordar por duas razões simples: a) Todos que vão A Ele o fazem por necessidade, não por amor; depois, conhecendo-O Melhor, alguns poucos aprendem amar.
 
b) muitos possuem uma índole tão endurecida, que nem mesmo eventual dor, os demove de suas incredulidades.

Podendo nós, reparar o telhado enquanto o sol brilha, seria estúpido deixar para tapar goteiras durante a chuva.

Não precisamos cair na escravidão dos vícios, nem no insano caminho da promiscuidade, ou, corrupção dos valores, para entendermos que somos maus, privados da Glória de Deus, e que carecemos Dele com urgência. Podemos cuidar de nossas “despensas” antes que a fome nos venha acusar de relapsos.

O pródigo se sentira infeliz na nobre posição de ser um dos três chefes da fazenda; então, após o desperdício forjado pelos enganos, se sentiria aliviado na condição de simples empregado.

O cinema imaginou diversas vezes a “máquina do tempo.” Essa permitiria visitar passado e futuro, conforme o desejo do “viajante”. A Palavra de Deus, por ser Eterna, é alheia à ação de Chronos; e adverte aonde, cada caminho leva.

Cheia está A Palavra de Deus, bem como a vida que nos cerca, com exemplos de gente assim; que, deixam lugares altos, como Adão e Eva, e, convidados a um upgrade, acreditando, acabam em desgraça.

Em nossos dias fartos “Sophia” costuma falar às paredes; quando as privações pedem a palavra, geralmente já não há paredes em nosso redor.

“Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo.” Ecl 8;5

domingo, 25 de setembro de 2022

Nunca vos conheci


“Eu Sou O Bom Pastor, conheço Minhas ovelhas, e delas Sou Conhecido.” Jo 10;14

Nem sempre avaliamos corretamente o que significa, conhecer. Por exemplo: Estivemos em determinada cidade, ou país, e quando ouvimos referência aos tais lugares dizemos: Eu conheço. Quando, mais correto seria dizer: Estive lá. Conhecer demandaria dominar minúcias que nos escapam.

Com pessoas ocorre o mesmo. Há um provérbio que diz: “Para conhecermos satisfatoriamente alguém, precisamos comer um quilo de sal juntos.” Figura de linguagem significando que, carecemos demorado convívio; passar por boas e más situações juntos, antes de afirmar que o/a conhecemos.

Relacionamento interpessoal é via de mão dupla; ambas as pessoas carecem interagir. Não basta uma parte cansar a paciência da outra, fazendo forçado uso do seu nome. Se não houver devido intercâmbio, comunhão de valores, afinidade de sentimentos forjando a interação, não haverá conhecimento.

Cristo É Uma Pessoa ausente, no prisma físico. Todavia, Presente em Espírito e na Palavra. A Verdade. Condicionou nosso conhecimento Dele, e consequente fruir Sua Libertação, a isso: “Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Denunciou uns que fariam barulho, em torno do Seu Nome, sem devido compromisso; advertiu que não conheceria aos tais; “Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que Está nos Céus. Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu Nome? em Teu Nome não expulsamos demônios? e não fizemos muitas maravilhas? Então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Mat 7;21 a 23

Comunhão e obediência são mais importantes que operação de sinais; pois, existem “sinais e prodígios da mentira”. Nos dois fundamentos, uma casa na rocha, outra, na areia, a diferença entre ambos era que, um cumpria o que ouvia, o outro, não.

“Conheço Minhas ovelhas e delas Sou Conhecido...” A via de mão dupla necessária ao conhecimento.

O Senhor não é uma enciclopédia; deseja uma relação que vá além do conhecimento. Nos Ama; e é próprio do amor ansiar pela devida correspondência. Conhecimento deve progredir para admiração, respeito; finalmente, amor.
Esse é um estágio bem mais sublime que mero exibicionismo religioso. Quem ama Jesus, não deseja meramente fazer coisas em Nome do Amado; antes, agir de modo que Seu Nome seja honrado. Afinal, “O amor... não se porta com indecência, não busca seus interesses...” I Cor 13;4 e 5 “Se Me amais, guardai Meus Mandamentos.” Jo 14;15

O Amor de Cristo nos eleva bem acima do egoísmo que reinava antes do “negue a si mesmo.” Invés de realizações ou frustrações pessoais, como acontecia, no prisma natural do velho homem, morto em delitos e pecados, agora nosso escopo abarca coisas que “não nos dizem respeito”. “De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; se um é honrado, todos se regozijam com ele.” I Cor 12;26 “Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase?” II Cor 11;29

Nosso amor por Cristo nos faz participantes de Suas bênçãos e Suas Promessas; mas também, de suas dores; “Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo.” II Cor 1;5 “Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da Sua Glória vos regozijeis e alegreis.” I Ped 4;13

Quando homens de renome do meio cristão agem de modo a causar escândalo, quem ama Cristo sofre com essas coisas. A honra de sofrer com Ele só pertence aos que são Dele; “Porque a vós foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer Nele, como também padecer por Ele;” Fp 1;29

“É coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e sofreis, isso é agradável a Deus. Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais Suas pisadas.” I Ped 2;19 a 21

Infelizmente, o sentimento tem sido acarinhado mais que o entendimento; muitos cultos “avivados” ardem em meio a um “fogo” que produz calor sem luz; emoções que não movem a pedra pesada do pecado que sepulta o morto; movimento sem vida, flores de plástico.

O Senhor não salva os inteligentes; antes os obedientes, que O buscam conhecer; e conhecendo obedecem. Os demais, malgrado o rótulo, falta essência. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” Os 4;6

sábado, 24 de setembro de 2022

Igreja Sem Partido (?)


“Por mim se decreta que no meu reino todo aquele do povo de Israel... que quiser ir contigo a Jerusalém, vá.” Ed 7;13

Decreto de Artaxerxes, rei persa, enviado ao sacerdote Esdras. Atualmente temos “democratas” simpatizantes de ditadores, admiradores dos que tolhem à liberdade religiosa, como o Ortega na Nicarágua; tais, ameaçam fazer o mesmo por aqui.

No tempo do absolutismo real, tivemos um rei decretando liberdade de escolha, a um povo sabidamente religioso. “Quem quiser ir contigo vá...”

Forçoso concluir que, nem sempre o poder absoluto era tão absolutista assim; tampouco, os “democratas” são fiadores dos direitos e vontades populares como afirmam.

Via de regra, o ser humano usa máscaras conforme suas conveniências.

Tenho deparado com um “purismo” religioso que me tem feito pensar. Chama-se “Movimento Igreja sem partido”; deles a seguinte frase: “Usar O Nome de Deus para pedir votos é heresia.”

Sempre entendi heresia como um desvio da fé ortodoxa; acréscimos ou supressões à Doutrina. O “Dai a César que é de César, e a Deus o que é de Deus”, normalmente é interpretado como separação entre Estado e Igreja. De acordo; o Estado é laico. Mas, somos cidadãos dos Céus e da Terra; as coisas de “César” nos dizem respeito. Nada valerá votarmos com ímpios, depois orarmos como cristãos.

É próprio da democracia que todos os seguimentos se façam representar, se assim o desejarem. Os da liberação das drogas têm seus candidatos; as abortistas, idem; o Agro, defensores da ecologia; cada viés tem postulantes a defendê-lo sem problema nenhum.

Mas, os defensores da família, da moral, dos bons costumes, da heteronormatividade, etc. Esses não podem ter quem defenda suas pautas, dizer o que pensam, nem mencionar O Nome do Santo???

“Não tomar O Santo Nome em vão” tem sido usado pelos “puristas” citados. Definir nossos destinos pelos próximos quatro anos é algo vão? Desculpem aí, mas é demais para meus neurônios. Temos mais de duzentos milhões de motivos para desejar a Ajuda Divina.

Claro que púlpitos devem existir para pregação da Palavra de Deus, não para comícios, em defesa desse ou daquele candidato. Todavia, eventualmente, um líder orientar seus ouvintes acerca de valores que estão em jogo anexos a cada escolha não vejo mal nenhum. É bom senso.

Perseguição religiosa campeia onde a esquerda domina; Chile, Bolívia e Nicarágua oferecem elementos para pensarmos. Será que, mesmo vendo essas coisas seremos tão estúpidos de modo a trabalharmos contra nossa causa? Liberdade de crença e culto?

Bastaria orar que Deus faria as coisas acontecerem a despeito de nós? Não! Deus nos Fez arbitrários, portanto, consequentes; “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará.” Gál 6;7

Quem semear alienação colherá um rebanho de alienados; quem plantar votos inconsequentes colherá um governante “conforme a espécie” do voto “plantado.”

Em momento nenhum vejo cristãos empunhando a bandeira de um partido; exceto, os “cristãos” de esquerda; sempre esposam valores como liberdade, Deus, Pátria e família. Que mal há nessas coisas? Ah, mas todos sabem que isso significa fazer campanha para O Bolsonaro.

Qual problema se apenas ele tem coragem de defender as coisas com as quais nos identificamos? Quem não gostar é só votar no outro que cultua Zé Pilintra, fala em censura, restrição de liberdades; é amigo do Ortega, da Nicarágua.

Ele disse que nem precisa de Padres ou Pastores, que vai a "Deus" diretamente.

Vergonhosamente deparei com um vídeo do pastor Yago Martins, que eu admirava, repetindo as falácias sobre “votar em genocida”; tal “influência” não diminuiu um milímetro do que o Bolsonaro significa; apenas ele, Yago, desceu do meu patamar de admiração para a masmorra da irrelevância.

Cresci ouvindo uma baboseira, tida como axioma: “Religião, futebol e política não se discutem.” Ora, Cristo passou três anos e meio debatendo contra religiosos hipócritas.

Quem disse que os governos da Terra são autônomos, podem fazer o que quiserem a despeito de Deus? “Ele Muda os tempos e as estações; Ele Remove reis e Estabelece reis...” Dn 2;21

Diz mais: Que Ele restringe o domínio dos iníquos, por causa do peso de sua má influência sobre os que não são maus; “O cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda as suas mãos para a iniquidade.” Sal 125;3

Com devido respeito, caros do “Igreja Sem Partido”, vosso zelo parece inoportuno e privado de entendimento. Foi pela preservação da liberdade de escolha que certa árvore vetada estava no Jardim; toda a desgraça que campeia pelo mundo é derivada do “voto” errado.

Ele não foi dado pelo Senhor, mas pelo homem. Advertir do significado das escolhas é iluminar. Heresia seria negar que as mesmas trarão consequências.

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Os nomes dos bois

“O mar estava posto sobre doze bois; três olhavam para o norte, três para o ocidente, três para o sul e três para o oriente; o mar estava posto sobre eles; suas partes posteriores estavam todas para o lado de dentro. Tinha um palmo de grossura; sua borda foi feita como a borda de um copo, ou como uma flor-de-lis, da capacidade de três mil batos.” II Cr 4;4 e 5

O “mar” era um tanque para purificação no átrio do templo; um bato era uma medida para líquidos equivalente a 22 litros; três mil batos; 66 mil litros de água, uma pequena piscina redonda forjada sobre as figuras de doze bois de bronze.

Além da utilidade prática, toda a mobília e construções anexas ao templo tinham um significado profético; “sombra de um bem futuro.”

O círculo figura a universalidade dos cuidados Divinos; os bois divididos em grupos de três, olhando para os “quatro cantos” da terra. Embora os hebreus fossem o “povo escolhido” a meta Divina incluía a todos; “... em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gn 12;3

O número doze; a nação de Israel é a origem dos doze patriarcas, no Antigo Testamento; base da fundação da Igreja de Cristo, com doze apóstolos, na Nova Aliança. Assim, um cuidado amoroso e universal deveria originar-se a partir de doze trabalhadores a serviço de Deus. Afinal, que animal tipificava o trabalho pesado naqueles dias, melhor que o boi?

Quando Eliseu foi chamado para o ministério de profeta, trazia consigo uma “fusão” das duas Alianças; invés de doze animais, duas vezes doze; “Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; ele estava com a duodécima; Elias passou por ele e lançou a sua capa sobre ele.” I Rs 19;19

Evidente eloquência desse símbolo! Quem melhor credenciado para ser profeta, que alguém que conhece a Revelação Divina em ambas a Alianças? “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra...” Luc 4;4

Os bois sustentavam 66 mil litros de água. Se considerarmos a Bíblia sem os apócrifos são exatamente 66 livros no Cânon Sagrado. Os “bois” que laboram na Obra do Senhor não devem levar nada além disso.

Abaixo o modernismo, inclusivismo, ecumenismo! “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas...” Jr 6;16

O ecumenismo traz um homem querendo ser Deus, validando tudo o que Deus abomina.
O número seis é tido como símbolo do homem; foi no sexto dia que ele foi criado. A Revelação em ambas as Alianças foi dada mediante homens escolhidos por Deus. Combinando também com o 66.

Paulo analisou o aspecto funcional do Esvaziamento de Cristo; “Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente; o último Adão, espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual.” I Cor 15;45 e 46 

Aberta a Porta à regeneração espiritual, Cristo também enviou os “bois” em todas as direções; “Ide por todo mundo e pregai O Evangelho a toda criatura.”

Um homem tentar validar predileções e conveniências anexando-as à Palavra de Deus, como faz o Papa Francisco, misturando o Santo com o profano, via ecumenismo, é colocar um seis a mais; formando o que a Revelação chama de número da Besta; 666. Quando plasmado esse império, via tecnocracia, o sistema excluirá quem não andar segundo a cartilha.

O formato circular do “mar” continua; o sonho de consumo dos “donos do mundo” é o “Great Reset”; globalismo ecumênico sem esse “ranço” das coisas serem criadas e fadadas a se reproduzir, “conforme sua espécie”.

Agora é linguagem neutra; sexualidade neutra; religiosidade neutra... tudo é líquido, moldável ao gosto do momento, relativo...

Se tais tivessem cérebros funcionando acima das vontades perversas, perceberiam que não faz sentido um humano qualquer, que vive em média setenta anos, dominar o planeta. Pior; perverter a ordem natural das coisas que sempre existiram satisfatoriamente sem nenhuma variação essencial.

Isso é reflexo duma batalha milenar da oposição contra Deus. Ao governante humano, ser patriota, zelar pelo bem do seu país é já um peso enorme; muito maior o ônus que o bônus.

Marionetes do Capiroto são cegas; “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Falam em liberdade, tolerância, inclusão, harmonia... contudo, são apenas alegorias enfeitando ao letal carro da perversão. Breve O Senhor Voltará; então, todos saberão os nomes dos bois.

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Evangelho profanado


“Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra dum evangelista, cumpre teu ministério.” II Tim 4;5

“Mas...” aponta geralmente, para trás; Tais e quais são assim, mas tu, sê diferente. Como eram os que figuravam com uma postura adversa à aconselhada a Timóteo?

“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” vs 3 e 4 “Mas tu, sê sóbrio...”

Paulo os via embriagados pelo desejo de aceitação, comodismo; invés de mestres que lhes mostrassem o caminho, outros, escolhidos a dedo que concordassem com os caminhos escolhidos.

Outrora já fora assim; “Porque este é um povo rebelde, filhos mentirosos que não querem ouvir a Lei do Senhor. Que dizem aos videntes: Não vejais; aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, vede para nós enganos.” Is 30;9 e 10

Nada contra uma fábula; a maioria traz ensinos valiosos; a “moral da história” justifica a criação da mesma. Esopo, pensador grego, se notabilizou por isso.

Contudo, quando fábulas são colocadas como alternativas à verdade, aí me ocorre Jorge Amado: “Não me pergunte pela moral da história; pois, essa história não tem moral nenhuma.” Nesse caso, digo, a fábula perde seu caráter didático, para revestir-se dum manto herético.

Hoje ainda deparei com uma delas; dizia: “Não haverá morte nem luto em tua casa, nem em tua família, em Nome de Jesus”. Reproduzo o comentário que postei; - Na minha vai, infelizmente. Lido com a realidade não com fantasias infantis. O que Jesus salva é a alma dos que lhe seguem e obedecem, mas mesmo esses morrem e causam luto. Que gente sem noção e sem laços com a realidade da vida!! Pior, seguidos por milhares de incautos, que decepção!! -

Usando O Nome Santo, uma fábula divorciada da realidade; almas com síndrome de Peter Pan recusando-se a crescer. Mas, quando olhei os comentários partilhas e curtidas, aos milhares, percebi basbaque que não se trata de uma síndrome pontual; mas de uma pandemia. Quase todos gostam de mentiras doces.

“... sofre as aflições...” uns chamados a sofrer, porque a imensa maioria tem ojeriza à verdade; alguém precisa seguir zelando por ela.

Há algum tempo, a pretexto de contextualizar O Evangelho, se adotou diversos cacoetes do mundo; “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;4

Contextualizar seria apresentar Valores Eternos, numa linguagem assimilável aos tempos atuais; não, perverter O Evangelho para agradar o mundo. Tudo fazer para que os pecadores se arrependam e aceitem O Evangelho; porém, jamais criar um “Evangelho” que soe aceitável a quem se recusa a mudar de vida.

Qualquer coisa que o mundo faça, a Igreja emulada tenta produzir sua versão “gospel”; Carnaval, festas juninas, semana farroupilha, funk... e adjacências. Ora, isso nem de longe é contextualizar; apenas emporcalhar o que É Santo e Eterno, misturando-o ao profano e vulgar.

“... faze a obra de um evangelista...” não consigo imaginar uma obra assim, que não seja anunciar genuinamente A Palavra; até porque, a hipótese de um Evangelho alternativo foi amaldiçoada. “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do Céu vos anuncie outro Evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gál 1;8

A “contextualização desceu tanto, que nem se trata disso mais; antes, de esculhambar à Verdade, “incluindo” toda sorte de perversões, temendo à vaia do mundo. Dane-se!!

Não fomos chamados para ser aplaudidos, antes, ser santos, embora perseguidos e rejeitados. “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por Minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande vosso galardão nos Céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” Mat 5;10 a 12

“... cumpre teu ministério.”
Uma autoridade delegada; quem a recebe não tem permissão para alterar nada; como um porta-voz apenas fala o que lhe mandam, assim é um ministro probo. Não herda um mote para refletir e filosofar a respeito; tampouco uma ideia vaga para aperfeiçoar e apresentar ao mundo; recebe um ministério pra cumprir; uma missão nobre bem definida; não um esboço pobre.

Se o mundo não aceitar, paciência. Nossa missão não é sermos aceitáveis; é sermos verdadeiros. Os que têm comichões por facilidades, que vão se coçar noutro lugar.

Hão de porfiar conosco e não mudaremos uma vírgula; “A porfia é a paciência do lado avesso; a longanimidade do Diabo”. Z. Rossa

terça-feira, 20 de setembro de 2022

O pior inimigo


“Tomaram a Arca de Deus e colocaram na casa de Dagom; a puseram junto a Dagom. Levantando-se de madrugada no dia seguinte, os de Asdode, Dagom estava caído com o rosto em terra, diante da Arca do Senhor...” I Sam 5;2 e 3

Dadas as muitas profanações dos filhos Eli, e a omissão dele em corrigi-los, O Senhor lhe fizera saber que os julgaria. Mesmo avisado, o sacerdote deu de ombros como se não fosse com ele. “Ele é o Senhor; faça o que bem parecer aos Seus Olhos...” cap 3;18

Pois, pareceu bem aos Olhos do Senhor, permitir que os filisteus derrotassem os exércitos de Israel. Na iminência da derrota, alguns concluíram que Deus “não fora” à peleja; mandaram buscar a Arca, símbolo da Divina Presença e nada; a derrota se consumou, os filhos rebeldes de Eli foram mortos; a Arca foi tomada.

Naqueles dias, quem vencia determinada batalha concluía que seu deus era superior ao dos adversários; a vitória na peleja significaria isso.

Quando Senaqueribe tencionou invadir Jerusalém, advertiu que não confiassem no Senhor; pois, várias nações circunvizinhas tinham confiado em seus deuses e perecido; “... Porventura os deuses das nações livraram cada um, sua terra das mãos do rei da Assíria? Onde estão os deuses de Hamate e Arpade? Onde estão os deuses de Sefarvaim? Porventura livraram Samaria da minha mão?” Is 36;18 e 19.

O Rei Ezequias orando, colocou os pingos nos is; “Inclina, ó Senhor, o Teu Ouvido e ouve; abre, Senhor, Teus Olhos e vê; Ouve todas as palavras de Senaqueribe, as quais ele enviou para afrontar O Deus Vivo. Verdade é, Senhor, que os reis da Assíria assolaram todas as nações e suas terras. Lançaram no fogo seus deuses; porque deuses não eram, senão obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso os destruíram.” Cap 37;17 a 19

Não foi preciso levar a Arca ao front, bastou que orasse um que Deus aceitava; O Eterno Enviou Seu Anjo que numa noite matou a 185 mil soldados adversários e livrou Seu povo.

Portanto, a conclusão de que uma vitória em combate prova a superioridade do deus do povo vencedor, sobre o dos adversários não é regra.

Nunca foi hipotética superioridade do deus adversário que infundiu derrota a Israel; mas, quando aconteceu, sempre foi porque O Eterno Estava julgando rebeldia, desobediência. “Como poderia ser que um só perseguisse mil, dois fizessem fugir dez mil, se a Sua Rocha os não Vendera; o Senhor os não Entregara? Porque a sua rocha não é como a nossa Rocha, sendo até nossos inimigos juízes disto.” Deut 32;30 e 31

Os filisteus eufóricos pela vitória pegaram a Arca como troféu de guerra a oferecerem a Dagon, seu deus. O Eterno deixou patente que não se tratava disso; “Levantando-se, porém, de madrugada no dia seguinte, os de Asdode, eis que Dagom estava caído com o rosto em terra, diante da Arca do Senhor...”

Achando que fora acidental tornaram a pôr o deus no seu lugar; “levantando-se de madrugada, no dia seguinte, pela manhã, eis que Dagom jazia caído com o rosto em terra diante da Arca do Senhor; a cabeça de Dagom e ambas as palmas das suas mãos estavam cortadas sobre o limiar; somente o tronco ficou."

Pior que a humilhação do fantoche cultuado pelos filisteus, O Senhor fez eclodir tremenda peste entre eles; mudaram de lugar diversas vezes a Arca e onde a levavam a peste ia; até que resolveram devolvê-la aos hebreus. Feito isso, a peste cessou.

Se eu servisse a um deus que fosse humilhado dessa forma, por algum rival, palavra que repensaria minha fé. Mas, os filisteus se livraram do “problema” e seguiram segundo suas cegueiras.

Infelizmente, muitos de nós sabedores dessas coisas, ou, vergonhosamente ignorantes, incorremos no mesmo erro. Atribuímos eventuais derrotas à fúria do inimigo, “trabalhos” que fizeram contra nós etc. A Palavra de Deus É clara; “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 3;39

Os filhos de Eli cansaram À Santa Paciência com suas profanações; quando o juízo veio queriam que O Eterno pelejasse por eles. Pelejou contra. “Eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10

São nossos pecados que “enfraquecem” a Deus; não, eventual poder do inimigo. “Vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós, para que não vos ouça. Porque vossas mãos estão contaminadas de sangue, vossos dedos de iniquidade; vossos lábios falam falsidade; vossa língua pronuncia perversidade.” Is 59;2 e 3
Portanto, “... Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações.’ Tg 4;8

domingo, 18 de setembro de 2022

A cura da peste


"Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro...” Tt 1;12 e 13

O que dissera isso se chamava Epimênides. Durante uma grave peste em Atenas ele fora chamado para ajudar.

Chegando a Atenas, disse que não faria mais do mesmo. Sacrifícios tinham sido oferecidos a todos os “deuses” e a peste continuava dizimando vidas.

Deve ser um deus desconhecido que tem poder sobre a vida e que está irado conosco, concluiu. Uma promessa de anistia fora feita a alguns dissidentes, e o juramento não fora cumprido; rendendo-se os tais, invés do perdão prometido, foram mortos; o juramento foi quebrado; então, a peste começou.

O cretense ergueu as mãos ao céu e orou ao desconhecido pedindo que Ele manifestasse que tinha poder sobre as vidas humanas e dos animais; que mostrasse isso fazendo deitarem invés de pastar, as ovelhas soltas pela manhã; aquelas que Ele fizesse deitar-se seriam sacrificadas, para que Ele livrasse a cidade da peste.

Algumas fizeram assim logo que soltas; essas foram oferecidas junto com orações e pedidos de clemência; a peste cessou. Então ergueram aquele altar que Paulo mencionou muitos anos mais tarde; “Ao Deus Desconhecido”. Do livro “O Fator Melquisedeque” de Don Richardson.

História conhecida então; Paulo mencionou o Profeta Cretense, no escrito a Tito.

Mas, surgiu um “Problema” lógico na afirmação do apóstolo. Lembrou que, o próprio profeta dissera que os cretenses eram todos mentirosos; sendo ele também proveniente da referida ilha. Assim, se Epimênides falava a verdade, ele mentia; mas, se mentia, ele não era mentiroso. O chamado “Paradoxo de Epimênides.”

Claro que, com alguma honestidade intelectual a coisa se resolve. Ele não denunciaria as mazelas que ele mesmo praticava, sendo um sujeito decente. Se ele se incomodava com os maus hábitos dos ilhéus, natural se concluir que ele era um “albino” no bando; que ele agia de modo diferente dos demais. Os desprezava por isso. Tanto era diferente dos demais que fora chamado a Atenas na emergência mencionada.

Os caçadores de palavras com cujas “peles” empalham argumentos fajutos sempre existiram. Sócrates tinha calorosos debates com os sofistas que buscavam vencer uma disputa apenas, sem se importar com a verdade. Produzir crença sem ciência, como dizia.

Esses, à narrativa do feito do profeta cretense apresentariam o “Paradoxo”, desqualificariam ao mesmo pelo “lapso lógico” e prosseguiriam airosos e “vencedores”. A falta de amor pela verdade faz isso. Tal espaço acaba ocupado pelo amor ao interesse; genitores de falácias se orgulham de suas proles, invés de se envergonharem de suas faces abastardadas.

Os que juram que Bolsonaro “adquiriu 51 imóveis” em dinheiro vivo seguem “vitoriosos” lançando isso ao ventilador para deleite e partilha dos “idiotas úteis.”

Basta mudarmos uma palavra, (há quem diga que a origem é derivada) de cretenses para cretinos e tudo se encaixará. “Os cretinos são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro...” Tt 1;12 e 13

Ora, bastaria juntar “lé com cré” para concluir que se trata de grosseira calúnia, espetaculosa fake news. O Xandão deve ser de Creta. Aliás, ele decreta cada coisa...

Enfim, a sistema todo em seus diversos tentáculos, (mídia militante, STF, Rouanets, isentões, comunas) odeia de Paixão ao Jair e o que ele representa; um indício só de ilicitude comprovável no currículo do Presidente bastaria para a casa cair.

Mas, os cretinos insistem. De certa forma assemelham-se aos atenienses; aqueles quebraram uma promessa solene, um juramento; ofenderam ao Senhor da Vida e a peste punitiva começou.

Esses quebraram dezenas; direitos humanos, inclusão social, ética na política, democracia, liberdade de expressão, de culto, de ir e vir, etc.

O “Epimênides” da vez chegou inovador; invés de promessas mirabolantes, mais do mesmo, rompeu com os velhos hábitos e pontuou um compromisso com O Alto. “Brasil acima de tudo; Deus acima de todos.” Feito o devido culto, a nação começou a sarar.

A “Vanguarda do atraso”, o “quanto pior melhor”, os “Incapazes capazes de tudo” atritam pedras full time, no afã desesperado de atear fogo no circo.

Muitas “ovelhas” abdicam do “pasto” e jejuam; se oferecem em sacrifício para que a peste não volte nunca mais. Ainda que, a “máquina de ungir reis” esteja em mãos indignas, eles não têm a última palavra; “Ele (Deus) muda os tempos e as estações; Ele Remove reis e Estabelece reis; Ele Dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos." Dn 2;21

Mesmo que a Extrema Imprensa grite pedindo censura; que a pobreza pleiteie por miséria; que os “democratas” anseiem uma ditadura, os paradoxais, o “gado” somos nós. Urge livrar os cretinos deles mesmos.

“Tão cegos são os homens que chegam a gloriar-se da própria cegueira”. Santo Agostinho