sábado, 18 de junho de 2022

Deus Vivo e os autoimóveis


“Não terás outros deuses diante de Mim.” Ex 20;3

Sendo Ele Quem É, nada mais justo que demande exclusividade. Todos os demais não passam de humanas criações, espantalhos inertes que precisam ser carregados. “Têm boca, mas não falam; olhos, mas não veem. Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes, mas não cheiram.” Sal 115;5 e 6

Ao bani-los, no fundo, O Eterno Está protegendo aos Seus, vetando que repousem sua confiança naquilo que não é nada, afastando-se da vida.

Quando Belsazar foi destronado, Daniel advertiu-o de seu culto às futilidades, de costas para Aquele que detinha sua vida; “... deste louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está tua vida, de quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” Dn 5;23

O Egito de onde o povo acabara de migrar, era eivado de deuses; Anúbis, Rá, Ápis, Isis, Osiris etc. A nova relação trazia a mudança de um cenário de escravidão entre o politeísmo, para a liberdade responsável, sob tutela do Único Deus. 

O Eterno apresentou-se a Moisés dizendo: “Eu Sou O que Sou”; por ser Eterno, Sempre Foi e sempre Será; e porque aqueles simulacros vistos, não eram. Meras ilusões humanas.

Crianças brincam com seus “automóveis” de plástico numa fantasia natural, devaneando com o domínio dos verdadeiros. Quando adultos, de posse desses, não carecem mais daquelas veleidades infantes.

Assim, ídolos de humana feitura derivam das ilusões de gente privada do Deus Verdadeiro; quem O Conhece e recebe, não tem mais espaço para “brinquedos”; a nova realidade destrona à fútil fantasia; só um insano, imbecil, aquilataria como iguais, os espantalhos, e O Criador.

Logo, quem conhece ao Deus Único, Sua Plenitude não deixa espaços a serem preenchidos. Quando alguém tem muitos deuses, a rigor, não tem nenhum. Me espanto com certos amigos virtuais que postam de roldão, numa sequência breve, um texto com promessas bíblicas, a seguir as boas vibrações de Budha, um ensinamento espiritual de Osho, uma receita de Chico Xavier, uma “bênção” dos pretos velhos, uma filosofia dos Vedas, etc.

Leio aquilo preocupado, com a gritante carência espiritual de tal amigo; se conhecesse O Deus Vivo, não precisaria de tantos autinhos de plástico, assim.

Pior, o “representante de Deus na Terra” o Papa Francisco fazendo todo empenho para formatar a igreja única, ecumênica, onde todos os credos serão “válidos”. Islâmicos, animistas, católicos, protestantes, hindus, panteístas, etc. Tudo no mesmo balaio de gatos.

A mesma lógica: Quem tem deuses demais, é porque não tem nenhum. O Deus Vivo, diria: “Me inclua fora dessa”. Aliás, já disse, a quem pretendia cultuar coisas criadas concomitante Consigo; “... assim diz o Senhor Deus; Ide, sirva cada um os seus ídolos, pois que a Mim não quereis ouvir; mas não profaneis mais Meu Santo Nome com vossas dádivas e vossos ídolos.” Ez 20;39

Então, a “Igreja Ecumênica” tão cara ao mundo, com sua fé “inclusiva, diversitária”, foi prevista e sentenciada no salmo segundo; trata-se de global motim, contra O Escolhido de Deus, Jesus Cristo e Suas Leis; “Por quê se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, governos consultam juntamente contra O Senhor, contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras, sacudamos de nós Suas cordas.” Vs 1 a 3

O fruto dessa insurreição será o despertar da Ira Do Todo Poderoso; “Então lhes falará na Sua ira, no Seu furor os turbará... Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; despedaçarás como a um vaso de oleiro.” vs 5 e 9

Porém, antes do juízo, ainda aconselha a quem desejar evitá-lo: “Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra. Servi ao Senhor com temor, alegrai-vos com tremor. Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender Sua ira; bem-aventurados todos aqueles que Nele confiam.” Vs 10 a 12

Pois, se agora, os que descansam nessas ilusões inda podem fruir seu autoengano, em breve a faxina será feita: “Assim lhes direis: Os deuses que não fizeram os Céus e a Terra desaparecerão da Terra e debaixo deste Céu.” Jr 10;11

Esse vasto planeta mentira será purificado de toda obra humana impura para, finalmente, aprendermos a santificar O Criador; “... Ainda uma vez comoverei, não só a Terra, senão também o Céu. Esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam.” Heb 12;26 e 27

“... não rejeiteis Ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram quem na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos Daquele que É dos céus.” Heb 12;25

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Paladar Espiritual


“Sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados;” II Ped 2;9

Uns que serão livres, outros, castigados. Diferente de uma pré-escolha Divina, reflexo das escolhas humanas definindo quem é quem. “piedosos... injustos...” adjetivos que refletem nossas ações; embora a salvação não derive das obras, essas testificam quem somos.
“Porque somos feitura Sua, (os regenerados) criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

A queda destituiu da filiação Divina para um plano inferior; meras criaturas. Uma centelha ficou em nós, que ainda sonha com a liberdade e a inocência de filhos. “Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus... na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.” Rom 8;19 a 21

Como a “fé vem pelo ouvir...” são dos nossos ouvidos o primeiro passo, fugindo, ou indo ao encontro da verdade, quando essa nos é revelada; “Porque o coração deste povo está endurecido, ouviram de mau grado...” Passos fugitivos. Por outro lado, tem os que, ouvindo do Salvador, O seguem; “Eis aqui o Cordeiro de Deus. Dois discípulos ouviram-no dizer isto e seguiram a Jesus.” Jo 1;36 e 37

A questão sempre é posta ante os ouvidos, não aos olhos; “Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.” Mc 4;23 Nossa índole, “paladar” define a reação: “Porque o ouvido prova as palavras, como o paladar experimenta a comida.” Jó 34;3

Quando diz que muitos são convidados e poucos escolhidos, não significa que O Eterno acene com bens a todos, os tendo reservado para uma elite; antes, que não obstante a mensagem salvadora ser comunicada a todos, poucos abraçam-na.

Os que escolhem obedecer, são escolhidos; poucos. “Os meus olhos buscarão os fiéis da terra, para que se assentem Comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101.6 De novo, as ações humanas testificando da salvação: “O que anda num caminho reto...”

Como O Santo busca a esses para servir; enriquece com dons, protege. “Porque o Senhor dá a sabedoria; da Sua Boca é que vem conhecimento e entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos Seus santos.” Prov 2;6 a 8

Quanto ao livre arbítrio, sem Cristo, não temos. Nossas boas intenções se perdem pela escravidão ao pecado. “Porque o que faço não aprovo; que quero, não faço, mas o que aborreço, faço. Se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.” Rom 7;15 a 17

Se, sem Cristo não temos escolha, como poderíamos optar por Ele? O Espírito Santo concorre com a mensagem que ouvimos e tenta nos convencer; se ouvirmos de bom grado mudaremos. “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” Jo 16;8

É mediante a Voz do Espírito Santo, que Deus livra da tentação aos piedosos; onde domina e escraviza, o pecado reina; nos que estão se afastando dele, tenta seduzir ao regresso; tem em nós uma “cabeça-de-ponte" chamada, carne que cobiça sempre seu desembarque; “Cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; o pecado, sendo consumado, gera a morte.” Tg 1;14 e 15

“Dar à luz” aqui é diferente de um nascimento físico; O Espírito revela a pretendida ação como pecaminosa. Aí o arbítrio nosso decide seguir O Espírito, ou, capitular à carne. “Sendo consumado”, não apenas cobiçado é que o pecado mata.

“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Rom 8;1 

Assim, o ouvir de bom grado inclina-nos à obediência; essa forja o “andar em espírito;” dessa forma saímos vitoriosos ante às tentações.

Quem ouviu à Mensagem de Salvação teve, ajudado pelo Espírito Santo, oportunidade para decidir sobre ela; quem recebeu ao Salvador, recebeu também O Espírito Santo; “... tendo Nele também crido, fostes selados com O Espírito Santo da promessa.” Ef 1;13

Logo, não apenas a possibilidade de decidir sobre receber a Cristo, todas nossas ações são valorados pelo Espírito, mediante a consciência vivificada. Cada rejeição às tentações é um livramento; cada ato, na Divina direção, um testemunho; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

quinta-feira, 16 de junho de 2022

O Mesmo Amor


“Por isso não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais...” II Ped 1;12

Chamamos chover no molhado quando alguém ensina de novo o que já foi, repete uma advertência, conselho, reporta uma história já conhecida...

Mas, coisas que dependem de persuasão, conquista da vontade, excedem ao mero saber para serem aceitas, seguidas. Alguém disse que a verdade deve ser repetida diuturnamente em palavras, porque a maldade se repete em ações.

A ideia de Pedro; vocês já sabem; porém, quero lembrar-vos mais uma vez; não deixarei de fazê-lo enquanto viver.

Eventualmente fundimos saber e conhecer, como a mesma coisa, mas não são. Saber é uma posse intelectual, uma informação; conhecer, o derivado de um relacionamento, intimidade. Inclusive, escritores bíblicos usam “conhecer” como eufemismo para relações íntimas, tal a aproximação necessária.

Ouvirmos parte dos ensinos de Cristo, por exemplo, uma vez basta para que os saibamos; contudo, para conhecer precisamos viver; “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.” Jo 13; 17 O saber desafia à prática.

O que são os hipócritas que O Senhor tanto combateu, senão, gente que sabia a receita da virtude, embora vivesse no vício? Nosso risco é incorrermos no mesmo erro.

O conhecimento requer muitos passos na mesma vereda; O Senhor chamou de “Permanecer na Minha Palavra.” ou seja: Tê-la como diretriz da vida. “Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

No ensino sobre os dois fundamentos, um na areia, outro na rocha, vemos que a diferença residia nisso: Ambos os “construtores” sabiam; um praticava, o outro, não. “Todo aquele, pois, que escuta estas Minhas Palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha... Aquele que ouve elas e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou sua casa sobre a areia;” Mat 7;24 e 26

Na hora das chuvas e ventos que se verifica a solidez de uma edificação; a queda da “casa”, tem a ver com fracassar na fé sucumbindo ao engano. Escrevendo aos efésios Paulo elencou os meios da edificação; Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres; o alvo: “Até a Estatura Completa de Cristo”; depois, apresentou o fim: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;14

Irônico e veraz: Quem ouve A Palavra de Cristo e não a pratica zelosamente, acabará praticando ensinos vãos de falsos mestres.
Quem se omite ao convite da Luz, fatalmente acabará seduzido pelas trevas.

A persuasão operada pelo Espírito Santo também é conhecida por convencer; ideia de uma vitória conjunta; vencer com. Por isso, sempre que ouvimos da Palavra, O Espírito opera concomitante, visando abrir o entendimento de modo a conquistar a vontade de quem ouve, rumo à obediência. Nos que obtém êxito, convence. É partícipe de uma vitória íntima rumo à salvação. “Os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Discordo da doutrina calvinista da tal “graça irresistível”, (se não pudesse ser resistida nem seria graça, seria imposição ditatorial) aprendo que, “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”; Tg 4;6 o trabalho do Espírito visa nos afastar do orgulho que O Eterno abomina, e nos levar a humildade e dependência Dele; “Negue a si mesmo.” Nossa própria natureza caída resiste o quanto pode ao Chamado do Amor Divino; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus; pois, não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.”

Por sua essência viva, seu poder vivificante, A Palavra de Deus, mesmo repetida à exaustão, nunca é mais do mesmo, como dizemos das cantilenas humanas. Até poderá ser mais uma investida do mesmo Amor, mas sempre chegará aos nossos entendimentos como um novo desafio, a bebermos da Água da Vida.

A queda deu-se pelo desejo de independência, autonomia, agora a regeneração demanda a morte do “deus” usurpador, o ego; a começar por seus pensamentos rasteiros. “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos; nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

O Amor Divino ainda É O mesmo a chamar com igual anseio; uma vez correspondido trará a um monte de novidades. “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

terça-feira, 14 de junho de 2022

Ratanabá e as pulgas


“Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, que só profetizam do engano dos seus corações?” Jr 23;26

A ideia comum de profecia, até pelos antecedentes, normalmente está atrelada ao Senhor; o que Ele disse, deveras; e o que, falsos profetas dizem que Ele disse, sem nenhuma participação Divina.

Porém, quando alguém se atreve a “prever” como serão os dias porvir, seja Elon Musk, Bill Gates, George Soros, ou outro qualquer, de certa forma, o tal, profetiza.

Pois bem, o barulho mais intenso atualmente diz respeito à descoberta do que seria, “Ratanabá” na selva amazônica. Embora, o achado pretenda ser testemunho de um passado remoto, segundo os “descobridores”, abalará à ciência, as religiões e o mundo inteiro.

Então, os que isso dizem, estão profetizando; Além do passado, pretendem conhecer o futuro.

Baseados nos seus ditos, o que “sabemos”? Que foram encontradas construções de pedras; algumas, em formato piramidal; artefatos cerâmicos também; dizem que lá existiria uma cidade maior que São Paulo, que foi capital de um mundo mui antigo, há 460 milhões de anos. Que lá teriam vivido os de uma civilização chamada “Muril”, que seria mais avançada que nós. Tal civilização teria interligação entre cidades via imensos túneis; muitos, atualmente sob o oceano... ufa!!

Quais evidências mostraram?? Imagens aéreas duma porção de floresta, onde, realmente a intervenção humana parece evidente; depressões no topo da floresta em relativa simetria, o que sugere que haviam ruas de pedra naquele lugar, o que teria atrofiado o crescimento da floresta nesses pontos. Mais ou menos isso.

Imagens de computação gráfica projetando mirabolâncias não valem nada, como provas. A cada quatro anos O PT fazia as águas do São Francisco “Chegarem ao povo” assim. Mas, pela mão deles, jamais chegaram.

Algumas questões resultam necessárias para quem se atreve a pensar: Quem aprendeu a falar “murilês” para interpretar sua escrita e saber que civilização era, em qual tempo viveu, e qual o nome da cidade?

Se, supera São Paulo em amplitude, por quê apenas aquela fotinho que não daria um bairro, como evidência? Se, tal povo teria vivido há 460 milhões de anos, o que houve com a sedimentação das rochas que seguem “originais”? Cadê a superposição de camadas de solo, necessárias em um período assim, que as árvores ainda “acusam” a rudeza do solo onde seriam as ruas? Daria tempo para carvão virar diamante milhares de vezes, mas, não deu para a regeneração do solo, de modo a apresentar uma flora uniforme? Sinceramente a Terra Plana parece menos ilógica, que as “conclusões” cronológicas dos descobridores.

Ora, quando da dispersão dos povos em Babel, por necessidade de comunicação eles fracionaram-se formaram tribos; cada grupo linguisticamente identificado seguiu um rumo, num compulsório “Multiplicai-vos e enchei a Terra” Ordem Divina que, a humanidade se recusara a cumprir.

Isso fez com que migrassem grupos em diversas direções; por que não, uns com boa capacidade arquitetônica? Talvez, arquitetos de Babel vieram para essas bandas, o que explicaria as construções Astecas, Incas e Maias; Se, Macchu Picchu fosse numa floresta, não numa montanha relativamente desprovida de vegetação, invés de ser o que conhecemos, bem poderia ser outra “Ratanabá”.

Acresça-se a esses argumentos lógicos o fato de que, Urandir Fernandes Oliveira, o dono da empresa de pesquisas que teria descoberto a coisa, além de ufólogo (estudioso de ETs) é terraplanista; em seu pretérito traz vasta lista de charlatanismos. Assim, a pulga que a mera lógica colocara atrás de nossas orelhas, acaba de arranjar um par; quiçá possa acasalar.

Ora, a maioria da humanidade não consegue lidar satisfatoriamente com o que aconteceu há dois mil anos; mas, esses seres “iluminados” conseguem uma retrovisão tão perfeita, que alcança 460 milhões de anos?

Você já parou para pensar no que significaria um milhão de anos? Por quais alterações um planeta paciente de terremotos, vulcões, inundações, maremotos, etc. passaria? Mas, para esses “cientistas” os traços de 460 milhões de anos ainda podem ser lidos, francamente!

A Palavra de Deus nada tem contra a ciência; tanto que a “Palavra da ciência” é um dom do Espírito Santo; mas, adverte contra o charlatanismo, a “ciência” que se opõe à fé; “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência, a qual, professando, alguns, se desviaram da fé.” I Tim 6;20 e 21

Que se pesquise o que tem de fato por lá. Mas, parem de viajar na maionese e vender essas viagens como “descobertas”. “O que já sucedeu é remoto, profundíssimo; quem o achará?” Ecl 7;24

“A pior insensatez do homem é manter-se vítima de sua própria mentira, e ainda mais triste: Faz outros acreditarem nela!” Joice

domingo, 12 de junho de 2022

Vida; frente e verso


“Os que comiam comidas finas agora desfalecem nas ruas; os que se criaram em carmesim abraçam monturos.” Lm 4;5 

Os outrora ricos em Jerusalém, então, jaziam cativos em Babilônia; entre ruínas, Jeremias escrevia seus lamentos.

O risco de descansar na opulência das posses é que essas podem sumir ante uma desventura; a vida que fora regalada, pode acabar miserável. Contudo, nem era mera desventura; mas, juízo Divino pela indiferença e apostasia. As Mensagens Divinas dadas mediante Jeremias foram ignoradas. Preferiram vida mansa e ímpia, corroborada por falsas profecias.

O profeta chegara a pensar que era um desatino da ralé; mas, achou apostasia em todas as classes; “Eu, porém, disse: Deveras estes são pobres; são loucos; não sabem o caminho do Senhor, nem o juízo do seu Deus. Irei aos grandes, falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo do seu Deus; mas estes juntamente quebraram o jugo, romperam as ataduras.” Jr 5;4 e 5 A figura do “jugo” usada por Jesus, nada mais é, que submissão, obediência a Deus.

Salomão cotejara sabedoria e posses; “A sabedoria serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;12

Bens podem trazer conforto à vida; apenas a sabedoria pode preservá-la; Oséias denunciou: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te Rejeitarei... visto que te esqueceste da Lei do teu Deus, também Me Esquecerei de teus filhos.” Os 4;6

Filosoficamente é interessante conhecermos os dois lados da moeda, “No dia da prosperidade goza do bem; no dia da adversidade considera; porque Deus fez este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele.” Ecl 7;14 do ponto-de-vista da melhor escolha, devemos buscar sabedoria sempre, independente do que temos.

Embora seja uma virtude altamente nobre, a sabedoria também habita em lugares baixos, entre pobres. “Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens; veio contra ela um grande rei, a cercou e levantou contra ela grandes baluartes; encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria, e ninguém se lembrava daquele pobre homem. Então disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força...” Ecl 9;14 a 16

Tínhamos visto a sabedoria superar o dinheiro; agora a temos como melhor que a força. Ela mesmo diz: “Porque melhor é a sabedoria que os rubis; tudo o que mais se deseja não se pode comparar com ela. Eu, a sabedoria, habito com a prudência; acho o conhecimento dos conselhos.” Prov 8;11 e 12

Se adversidade vier, alheia aos nossos feitos, paciência; mas, que não seja consequência de más escolhas, tampouco, juízo pela arrogância manifesta nos dias fartos. A rebeldia contumaz de quem desfruta proximidade com Deus, acaba fazendo de Nosso Ajudador, um adversário, como aconteceu com Israel; “Em toda angústia deles Ele foi angustiado; o anjo da Sua Presença os salvou; pelo Seu Amor, e pela sua compaixão os remiu; os tomou e conduziu todos os dias da antiguidade. Mas, eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;9 e 10

A “fé” que depende de facilidades materiais anexas, não é fé; é mero regozijo. A verdadeira segue inabalável, em momentos fartos e também, nos de carência. “Sei estar abatido, sei também ter abundância; em toda maneira e todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto ter fome; tanto ter abundância, quanto padecer necessidade. Posso (suportar) todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;12 e 13

Então, se alguém imagina que extremas privações materiais são as mais intensas provas de fé possíveis, não entendeu o fim da mesma; não visa proporcionar conforto, antes, salvação. “Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.” I Ped 1;9

A salvação eterna, eventualmente, requer que se perca essa vida temporal; “Considerai, pois, Aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos. Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12;3 e 4

Materialmente podemos conhecer os dois aspectos da vida; abastança e escassez; espiritualmente, os salvos, necessariamente conhecem os dois lados; inimigos e servos.

Quem inda está do lado de lá, deveria receber o bem que Cristo lhe fez; “Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo, que reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20

sábado, 11 de junho de 2022

O Santo Nome em vão


“Viram vaidade, adivinhação mentirosa os que dizem: O Senhor disse; quando o Senhor não os enviou; fazem que se espere o cumprimento da palavra.” Ez 13;6

Sendo O Nome do Senhor o fiador de determinada palavra, o mínimo que se espera é o cumprimento. “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria e não o faria? Ou, falaria e não confirmaria?” Nm 23;19 Deus não é homem; mas, os “profetas” são.

Quando deu quarenta dias para Nínive, e a advertência mediante Jonas ensejou um arrependimento coletivo, temor, ao não trazer o juízo prometido, O Senhor não mudou. Os ninivitas mudaram, arrependeram-se; em atenção à justiça que O Eterno Ama, susteve o juízo.

Ele ensina: “convertendo-se o ímpio da impiedade que cometeu, procedendo com retidão e justiça, conservará sua alma em vida. Pois, reconsidera, se converte de todas suas transgressões que cometeu; certamente viverá, não morrerá.” Ez 18;27 e 28

Diferente de um vingador sádico, Deus é um Pai Amoroso, cujo prazer é perdoar, salvar; punir, eventualmente, é uma necessidade; “Vivo Eu, diz o Senhor, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis...? Ez 33;11

Dentre as muitas maneiras de se tomar O Nome do Senhor em vão, a mais perniciosa é a que espalha “profecias”, tendo O Santo como fiador, sendo que a origem das mesmas é rasteira. Não se cumprirá, claro! Mas, O Eterno terá Sua Santidade maculada, pelos lábios de quem O citou de maneira temerária, fútil.

Como um abismo chama outro, uma mentira, cujo teor soe agradável, tende a atrair mais “profetas” do mesmo calibre, para “confirmarem”; “Porquanto andam enganando Meu povo, dizendo: Paz, não havendo paz; quando um edifica uma parede, eis que outros a cobrem com argamassa não temperada;” Ez 13;10 Uns “fabricavam” enganosas previsões; outros, vinham e corroboravam.

O Eterno estava prestes a julgar tais profetas; “Dize aos que a cobrem com argamassa não temperada que ela cairá. Haverá uma grande pancada de chuva, e vós, ó pedras grandes de saraiva, caireis; um vento tempestuoso a fenderá. Ora, eis que, caindo a parede, não vos dirão: Onde está a argamassa com que a cobristes?” Vs 11 e 12

Jeremias denunciara algo semelhante: “Curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz.” Jr 6;14

Naquele caso, pois, a promessa era de paz, na iminência de invasão estrangeira, guerra.

Quando a coisa se cumpriu, o profeta compondo suas lamentações entre as ruínas da cidade destruída, sabia a quem atribuir os acontecimentos; “Os teus profetas viram para ti, vaidade e loucura, não manifestaram tua maldade, para impedirem teu cativeiro; mas viram para ti cargas vãs, motivos de expulsão.” Lam 2;14

Notemos que Jeremias não disse que eram profetas do Senhor; apenas, da cidade de Jerusalém; “Teus profetas...”

Num cenário de apostasia como aquele, ser Profeta do Eterno colocou Jeremias em diversas “saias justas”; foi perseguido, caluniado, esbofeteado, preso, lançado ao calabouço. Todavia, suas palavras seguem válidas até hoje. Os outros, onde estão?

Onde o mal predomina, a honestidade é escorraçada, escarnecida, atacada, caluniada... Todas as forças das trevas se fundem em oposição a essa incômoda luz.

Nosso país passa por algo assim, como viveu Jeremias. É dura a missão de ser verdadeiro, num antro de mentiras; porém, quando o tempo der seu veredicto, o “Patinho feio” se revelará um belo cisne; as “razões” que vociferam contra apodrecerão todas no lixão da história.

Por Ser Eterno, não sofrer a ação do tempo, como nós, O Senhor permite longos períodos de proliferação do engano; mas, eventualmente intervém; limita. “O cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda suas mãos para a iniquidade.” Sal 125;3

Com a tecnologia disseminada, grande súcia de falsários ganha a vida com suas profetadas “delivery”. Nada tem sido mais banalizado que O Santo Nome. O que está escrito e tem O Selo do Céu, é ignorado; invés da Palavra Inerrante, um rol de futilidades várias com sabor de carne, que “Deus manda dizer”.

Ele não me manda dizer nada; apenas traz ao meu espírito algo que Disse naqueles dias, cujo mal permanece e aumenta inda mais: “Não Mandei esses profetas, contudo, foram correndo; não lhes Falei, mas profetizaram. Se estivessem no Meu conselho, então teriam feito Meu povo ouvir Minhas Palavras; o teriam feito voltar do seu mau caminho, da maldade das suas ações.” Jr 23;21 e 22

“Os homens preferem geralmente o engano, que os tranquiliza, à incerteza, que os incomoda.” Marquês de Maricá

quinta-feira, 9 de junho de 2022

Purificar para quê?


“Todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e anunciar Jesus Cristo.” At 5;42

Algumas mudanças bem significativas entre o judaísmo e o Cristianismo. Aqueles, em geral dedicavam um dia ao Senhor, o sábado, agora a nova fé era anunciada “todos os dias.” Mais; invés da exclusividade o Templo, as próprias moradas das pessoas eram “locais de cultos”.

E, pelo “desprezo” aos rituais consagrados naquela sociedade, havia grande oposição. O que fora privilégio dos escribas, doutores da Lei, se tornara acessível a todos, comum.

Quem via a religião como um fim, pessoas como propriedades, se deparava com uma mudança radical; almas foram feitas o fim, e o anúncio da Palavra de Cristo, o meio de salvação.

Profetas tinham antevisto que, dada a omissão dos pastores, O Senhor mesmo assumiria o trabalho. “Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que Eu, Eu mesmo, procurarei Minhas ovelhas, as buscarei... apascentarei Minhas ovelhas, Eu as farei repousar, diz o Senhor Deus.” Ez 34;11 e 15

Desde a vinda do Sumo Pastor, todos que trabalham Nele, O representam.
A objeção dos judaístas era porque Jesus ousava ir além de Moisés; “contra até”. Dos escritos dele O Salvador lembrava: “Foi dito aos antigos... Eu, porém, vos digo.” Sempre uma visão mais profunda, espiritual, do que o costumeiro trato superficial, das Escrituras.

Por quê Ele podia agir assim? Não por coincidência, mas, por providência, a Epístola aos Hebreus traz a resposta: “Porque Ele é tido por Digno de tanto maior glória que Moisés, quanto maior honra que a casa tem aquele que a edificou. Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus. Na verdade, Moisés foi fiel em toda sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar; mas Cristo, como Filho, sobre Sua Própria Casa; a qual somos nós...” Heb 3;3 a 6

O Senhor era visto como opositor a Moisés, eventualmente, por ignorância, ou rejeição voluntária. Nunca agiu como um rebelde. Apenas corrigiu superficialidades frívolas pontuando o espírito, o sentido.

Falando do futuro, disse: “Não cuideis que Vim destruir a Lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.” Mat 5;17 Quando o cumprimento cabal, se deu Ele falou no presente: “Está consumado.” Jo 19;30 Lembrando do Seu Feito no Passado, disse: “São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo que de Mim estava escrito na Lei de Moisés, nos profetas e Salmos.” Luc 24;44

Antes: “Não Vim anular, mas cumprir;” ao morrer: “Está consumado!” Ressurreto lembrou: “Convinha que se cumprisse tudo.”

A lei demandava sacrifícios de sangue para cobrir pecados de quem errava; Cristo não tinha pecados; por isso, quando João se recusava a Batizá-lo disse: “Deixa por agora, pois, nos convém cumprir toda a justiça.” Se, a justiça no que tangia a Ele, nada tinha, no tocante a nós nos amaldiçoava pelo não cumprimento da Lei; a observância de “toda” justiça tinha um preço de sangue a ser pago por nossa causa.

Daí, “Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;” Gál 3;13

Isso encerrou o propósito da Lei dada a Moisés; “De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3;24 A perfeita justiça foi cumprida por, e em Cristo; nós que “morremos” com Ele, “Nascemos de novo”, estamos sob nova Lei. “Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a Lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.” Rom 7;4

Por isso, o cristianismo, no Ministério do Espírito Santo, não estava mais sujeito aos antigos rituais, ao templo, nem carece de novos sacrifícios. “... Cristo, o Sumo Sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por Seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado eterna redenção” Heb 9;11 e 12

Se, antigos sacrifícios “purificavam” os corpos dos pecadores, Cristo ia bem mais fundo; “Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o Sangue de Cristo, que pelo Espírito Eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” Heb 9;13 e 14

“Purificados para servir;”
os que ensinam diferente, que fomos chamados a viver melhor, ainda precisam aprender a morrer melhor.