domingo, 29 de novembro de 2020

As Asas da Morte

Essas “maravilhas” da tecnologia que permitem ao “homo sapiens” (mulher também, diria a Dilma) dominar amplos meios antes de avaliar fins; digo, que facultam ir ao Japão antes de ir ao banheiro, embora aparentando trazer facilidades, atrofiam almas, aprisionam espíritos, e, no final as asas se revelarão grilhões irreversíveis.

Ao longo do tempo duas correntes filosóficas disputaram sobre aquisição do conhecimento; Empirismo e Racionalismo.

Para os primeiros, nossas almas vêm à vida “em branco”; mediante experiências de vida e ensino vão sendo moldadas, conforme os valores inerentes ao meio em que vivem.

Para os Racionalistas, como Platão, trazemos “moldes” racionais ainda não apreendidos pela experiência, que nos facultam o conhecimento do belo, do justo, da “coisa em si” como eles chamam, a despeito de as termos vivenciado; meramente no exercício da razão.

Ao meu ver, sem pretender agradar ambas as correntes, como faz um demagogo, há uma parcela significativa de verdade em cada uma.

Como negar que as experiências, os ensinos, enfim, as nuances pertinentes ao nosso existenciário nos influenciam e moldam? Entretanto, quem jamais “soube” que determinado passo era a coisa certa a fazer, ou não, sem identificar direito a fonte de tal conhecimento? Uma situação é empírica, a outra, racional.

Confúcio propunha três meios para o aprendizado; “A imitação, o mais fácil; a reflexão, o mais nobre; e a experiência, o mais doloroso.” Se, imitação e experiência são métodos empíricos, reflexão é racional. Então, o filósofo chinês mesclava ambas também.

Acontece que, além de corpo, somos alma e espírito; coisa que os pensadores nem sempre diferiram de modo satisfatório.

As faculdades da alma, Mente, Emoção e Vontade, podem se exercitar em ambos os métodos; já as do Espírito, Intuição, Comunhão (com Deus) e Consciência, embora, exercitadas produzam experiência, inicialmente atuam pelo meio racional.

Quando sabemos que não devemos fazer algo, sem entender o porquê, intuímos; se, após um passo errado algo pesa-nos, ouvimos à consciência; quando, nosso agir desfila com o silêncio da consciência praticamos a comunhão com Deus; todos esses passos geram aprendizado “à posteriori”, mas podem ser exercitados antes mesmo do conhecimento experimental.

Assim, (os convertidos) crescem mediante as experiências, mas trazem junto “ferramentas” que lhes permitem lidar com coisas que escapam aos demais. Se para os filósofos tais fontes eram racionais, para nós são mais altas ainda, espirituais. “O que é espiritual discerne bem tudo e ele de ninguém é discernido.”

A conversão a Cristo é um “descarte empírico”, por uma “aquisição” espiritual. De outra forma: Somos desafiados a desaprender para reaprender. Abrir mão de todo um cabedal que pensávamos ter, para, em lugar desses colocar bens mais valiosos.

“Deixe o ímpio o seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para Nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os Meus, diz o Senhor. Porque assim como os Céus são mais altos do que a Terra, são Meus caminhos mais altos do que os vossos; e Meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55;7 a 9

As paixões doentias obram em nós insatisfações sem motivos reais para as mesmas; “reclamamos de barriga cheia”. Então, como o Filho Pródigo, carecemos experiências “para baixo” antes de perceber que é bom onde estamos.

Depois de uma excursão assim, na terra do “Eu era feliz e não sabia”, resulta uma aquisição experimental onde o conhecimento racional não foi ouvido.

Uma vez que dotou nossos crânios de cérebros, O Pai gostaria de guiar-nos mediante eles; nem sempre pode, dada a nossa resiliente veia obtusa, e vontade rebelde; “Instruir-te-ei, ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos. Não sejais como o cavalo, nem como a mula que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio...” Sal 32;8 e 9

Então, independentemente do método de aquisição, a sabedoria deveria ser nossa busca; “Porque melhor é a sabedoria do que os rubis; tudo o que mais se deseja não se pode comparar com ela.” Prov 8;11

Contudo, (voltando aos efeitos das asas da tecnologia precoce) cheguemos a um infante desses que, estão viciados em tecnologia com seus memes, fotos, caras e bocas, jogos, e sei lá o quê mais; peçamos para que abra mão disso por um pouco, para que falemos sobre sabedoria espiritual, Deus, disciplina, bom siso, respeito, autoridade... se, conseguir desviar olhos e ouvidos da tela por um pouco e nos dar atenção, quedará estupefato como se estivesse na ilha do Jurassic Park.

Nós, adultos, lemos com espanto que pais sacrificavam filhos aos ídolos; muitos, sem perceber fazem o mesmo. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” Os 4;6

Urgência de Viver


“... Se Este não fosse malfeitor, não te entregaríamos.” Jo 18;30

Pilatos quisera saber quais acusações pesavam contra Jesus que lhe fora levado preso; invés disso, apresentaram sua rejeição como motivo bastante. Como se dissessem: Se o estamos entregando preso é porque é um criminoso, confie em nós. Desde quando minhas aprovações ou rejeições são aferidoras de medida de alguma coisa?

Do ponto de vista do Capeta desde a queda; foi ele que disse: “Vós mesmos sabereis o bem e o mal” quando sugeriu a ruptura com O Criador. Assim, para quem não teme a Deus e adota esse conselho é esperável que o tal universalize seu umbigo; queira ver, como pretendeu certo filósofo, no homem, a “medida de todas as coisas”.

Fazer o que der na telha, como se diz, é facultado a todos, crentes ou não; agora, lidar com as consequências das escolhas será uma necessidade. “Alegra-te, jovem, na tua mocidade, recreie-se teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos do teu coração, pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a juízo.” Ecl 11;9 “Porque Deus há de trazer a juízo toda obra; tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.” Ecl 12;14

Por isso, invés de “entregarmos a Pilatos” o que não gostamos e darmos asas vigorosas aos nossos desejos diletos, sabedores do juízo, os homens prudentes, buscam os termos do julgamento porvir e antecipam-se, julgando a si mesmos. “Quem Me rejeitar, não receber Minhas palavras, já tem quem o julgue; A Palavra que Tenho pregado, Essa o há de julgar no último dia.” Jo 12;48

Como diz Saint-Exupéry em “O Pequeno Príncipe”, “se consegues fazer um bom julgamento de ti mesmo, és um verdadeiro sábio.” Não sem razão, “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria.”

Sendo O Senhor Jesus, O Verbo de Deus, A Palavra Encarnada, então, A Palavra de Deus estava sendo julgada e rejeitada; em seus corações, “levaram uma Bíblia a Pilatos para que ele queimasse”. Não gostavam do teor.

Nesse rumo, qualquer que ousar um pouquinho, seja mediante acréscimo ou omissão, sujeita-se à maldição eterna. "... se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará sua parte do Livro da Vida, da Cidade Santa, e das coisas que estão escritas neste livro.” Apoc 22;18 e 19

O Eterno começa Sua Carta de Amor com as palavras: “Haja luz!” Gn 1;3 e a encerra proibindo que seja apagada.

Somo livres para não gostarmos dela e preferirmos o comodismo prazeroso e suicida dos nosso pecados; não para pervertermos a luz em trevas. Posso não me converter; só não posso “converter” O Santo ao nível rasteiro das minhas paixões doentias como se Ele as aprovasse porque eu gosto delas.

Jesus denunciou escolhas assim: “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Diferente da “lâmpada mágica” das fábulas, cujo gênio liberto daria direito a três pedidos, a Luz de Cristo mostra-nos como somos, em nossa feiura moral e nos desafia a três passos; reconhecimento dos pecados, arrependimento e conversão.

O Espírito Santo também Obra três coisas, onde lhe dão ouvidos; “Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” Jo 16;8

Um truque com o qual o trevoso aprisiona muitos é banalizar uma escolha vital com se estivesse ao nível de outras, lícitas. Um escolhe um partido, um time de futebol, uma profissão; um tem uma religião, outrem tem outra e tudo bem! Uma ova! Não é questão de religiões, antes de vida ou morte e a vida está apenas em Cristo! "... Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá!” Ef 5;14

Pode ser até mais cômodo dormir; nesses casos a luz atrapalha; mas, dormir entre mortos recusando um convite à vida é trair a si mesmo. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte pra vida.” Jo 5;24

A possibilidade de conversão que hoje incomoda a muitos, em breve incomodará pela sua ausência; então, “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar...” Is 55;6

sábado, 28 de novembro de 2020

Maradona; "La muerte de Diós"


“... Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós.” Atos 14;11

Diante da cura de um coxo em Nome de Jesus, em Listra, os atônitos testemunhas do milagre queriam cultuar a Paulo e Barnabé, como se fossem Júpiter e Mercúrio, “deuses” do credo local.

Paulo recusou; “... Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo...”

Na verdade, Deus se Fez semelhante aos homens e desceu entre nós, na Pessoa Bendita de Jesus Cristo. Mas, Esse é difícil cultuar; demanda uma cruz.

Pouco depois, os mesmos que os queriam adorar como deuses, convencidos pela lábia de meia dúzia de judeus invejosos, ajudaram a apedrejar o apóstolo. Assim, da idolatria ao ódio basta um passo, para quem não tem em si os valores do Alto.

Pois, há poucos dias faleceu o ex jogador argentino Diego Maradona. Por lá era venerado com “un Diós” chegando ao cúmulo de ter até uma “Igreja” para seu culto.

Que ele foi fora de série como jogador todos sabem; embora, sua carreira tenha sido breve, dado seu envolvimento com drogas. Ora, ser brilhante dentro de campo é só isso. O valor de um talento não está no talento em si; mas, no que se produz no usufruto dele. Ver a parábola dos talentos.

Assim a pessoa pode ser um gênio como jogador, e um estúpido como ser humano. Pois, o talento atina a habilidades; caráter a escolhas. Com outras palavras: é possível ser um Everest no talento, e um Saara nos valores; infelizmente esse foi o caso de Maradona.

Seu talento lhe carreou dinheiro e fama; dinheiro que usou mal para ceder aos caprichos do vício; fama que transformou seus destemperos em escândalos globais.

Teve brigas com jornalistas, suspensões por doping, escândalos como dançar nu quando drogado; e de quebra, seu deserto de valores patenteado pelo seu dissoluto modo de vida, tinha um “oásis” de água amarga; uma tatuagem de “Che Guevara” a quem admirava. Ora admirar a um assassino covarde e sem escrúpulos como aquele é sem dúvida, a “cereja na torta” de uma vida que se faz torta pelas consequências de escolhas más.

Essa droga de mundo amoral, exalta carismas e ignora caráter. Se tiver talento pode ser um perverso que estará “tudo certo”; quantas vezes ouvi comentaristas defendendo a carreira de marginais talentosos, com as seguintes palavras: “Não quero fulano para casar com minha filha; mas, para jogar no meu time; que faz fora de campo não importa”. Eis os critérios do mundo para fazer seus “deuses”!

Deus jamais fraciona as coisas com se, tendo um viés excelente, pudéssemos ter outro péssimo e estaria tudo bem; busca purificação; “Tira da prata as escórias, sairá vaso para o fundidor;” Prov 25;4

Esse negócio de formosura sem discrição, sabedoria com lapsos de estultice, pérolas aos porcos, diamantes em fundas, etc. sempre são coisas a evitar nos ensinos bíblicos.

Também os convertidos recebem talentos, dons; porém, o fim jamais é egoísta; mais que usufruto ensejam serviço, e não redundam em glória humana, antes Daquele que É Digno. “...Que tens tu que não tenhas recebido? E se recebeste, por que te glorias, como se não houveras recebido?” I Cor 4;7

Patéticas muitas homenagens que colocaram ao dito atleta como sobre-humano, cuja saída da vida apequenou o planeta.

Era um homem como nós, com um talento especial, ao qual não soube preservar dos assédios do vício; no fim, isso lhe encurtou os dias de vida. Triste, como é triste a morte de qualquer ser humano em situação idêntica.

Quiçá alguns possam ver nesse texto despretensioso, insensibilidade porque não padeço a burrice emocional dos idólatras.

Alto lá! Diria um “fiel”; ele se fez conhecido no mundo todo, levou seu país a conquistar uma copa! Pelos olhos do mundo é assim.

Contudo, represento a Jesus Cristo, O Rei, cujo Reino, ainda não vige plenamente aqui, somos meros embaixadores; Ele que perguntou: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder sua alma?”

Se fosse mesmo um deus, alguém que não precisasse salvação, tudo bem. Mas era só um humano dependente de drogas, com uma visão de mundo que destoa dos valores Divinos.

Esperei o decurso de uns dias para escrever isso, sob pena de parecer desrespeitoso; não é minha intenção.

Alhures se diz que as pessoas “ficam boas quando morrem”; ironia para evidenciar às humanas hipocrisias em momentos assim.

Quem tem por ofício ensinar e viver, tanto quanto puder, a incômoda verdade, é meio “mau” aos olhos dos vivos, e segue sendo assim, quando eles morrem.

Que pena Maradona, que partistes cedo, e ao que parece, sem ter abraçado a Cristo. Triste.

Ao pé do monte


“Por que saltais, ó montes elevados? Este é o monte que Deus desejou para Sua habitação; O Senhor habitará nele eternamente.” Sal 68;16

Na infância fazíamos a seguinte pergunta: “O quê, pula mais alto que uma casa?” Formada a “nuvem” na face do inquirido respondíamos rindo: “qualquer coisa que pule; a casa não pula.”

Pois, temos “montes” que saltam... Noutra parte eles até podem ouvir; “Tu, ó filho do homem, profetiza aos montes de Israel, e dize: Montes de Israel, ouvi A Palavra do Senhor.” Ez 36;1

Necessário que, “montes” nesses contextos não é uma descrição literal, antes, uma figura representando hierarquias humanas. Os que desfrutam posições altas de autoridade são os montes.

O Próprio Reino do Senhor foi figurado com um monte vivo; “... a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte; encheu toda terra.” Dn 2;35

O desconsiderar humanas posições para efeito de salvação, colocar todos no mesmo barco foi figurado como abater os montes, e exaltar vales; “Todo vale será exaltado, todo o monte e todo outeiro serão abatidos...” Is 40;4

Estar em lugares altos na Terra, não significa o mesmo aos olhos dos Céus. Às vezes a coisa se inverte: “Vi servos a cavalo, e príncipes andando sobre a terra como servos.” Ecl 10;7
Herodes estava num palácio quando O Rei dos Reis nascia numa estrebaria.

Isaías descrevendo esses tempos realçou a pequenez dos “grandes”; “... o mundo enfraquece e murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra.” Is 24;4

Exaltação humana desmedida é abominável aos Olhos do Eterno; “... Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15

Voltando aos “montes que saltam”, parece que saltitam de olho em um lugar que pertence ao Senhor; “... Este é o monte que Deus desejou para Sua habitação...”

Salmos por serem poesia usam à farta, figuras; a pergunta “Por quê saltais, ó montes elevados” já fora feita com palavras distintas; “Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor, contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras, e sacudamos de nós Suas cordas?” Sal 2;1 a 3

Notemos que a rebelião e o motim contra O Todo Poderoso não é uma iniciativa dos “vales”; antes, “os reis da terra se levantam...” ou seja: Os montes saltam.

Adiante confirmando a quem de direito, O Ungido, evidencia o “objeto do desejo” dos tais montes; “Pede-me, e Te darei os gentios por herança, e os fins da terra por Tua possessão.” V 8

Esse cenário profético milenar se cumpre diante dos nossos olhos. Há um projeto globalista em curso, que frauda eleições, silencia dissidências, impõe uma agenda autoritária, manipula idiotas úteis, propaga toda sorte de falsidades mediante a imprensa; faz o Diabo, para que, enfim, esse seja feito deus sobre a terra.

Usam o pretexto da “igualdade racial” para promover desordens, bagunçar a economia e estabilidade de países oponentes, como fizeram nos Estados Unidos e aqui; Embora seus berros ensaiados sejam: “Racistas não passarão”, seu desejo inconfesso é que cristãos conservadores não passem; mas ainda não podem dizer isso abertamente.

A revolta dos “Montes” é contra Deus e estriba-se na ignorância engajada dos idiotas manipulados e outros que sabem o que estão fazendo; mesmo assim desejam isso. Sua noção de liberdade é a esbórnia sem limites; quem propuser isso lhes convém.

Uma só moeda, digital; uma só religião validando todas, o ecumenismo; um só governo sem fronteiras; fim da propriedade privada, tudo em comum, o paraíso da vagabundagem; salário para quem produz e para quem não... “Toda terra se maravilhou após a besta...”

Acontece que existe um povo cujos valores não são da terra; já se maravilha olhando pro alto; “Os céus declaram a Glória de Deus; o firmamento anuncia a Obra das Suas mãos.” Sal 19;1

Difundam mentiras, censurem nossa liberdade, esbulhem nossas posses, organizem seu motim global; enfim, façam mui alto seu monte, a nova Babel.

Não esqueçam, contudo, que aos peregrinos que olham para cima foi dada uma “ferramenta” capaz de “remover montanhas”; fé em Deus.

Não que a removamos no sentido de tolher sua existência e poderio temporal, que O Próprio Deus permitirá; mas, os que seguirem firmes removerão a influência da mentira e engano disseminados; assim, esses não cambiarão a Rocha Eterna pelo enganoso e efêmero monte da rebelião.

Esses são comparados a montes literais, pela constância que são capacitados a demonstrar; “Os que confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” Sal 125;1

terça-feira, 24 de novembro de 2020

"Escondidos" na massa


“Se, nos estados puramente emocionais da massa, o eu não sente a solidão, não é porque se comunique com um tu; antes, porque perde-se; sua consciência e individualidade são abolidos.” Nicolai Berdiaev

Isso de “perder-se” para se evadir à culpa vem desde o Éden. O homem chamado à responsabilidade culpou à mulher; essa, à serpente. Parece que a culpa era “social”, não pessoal. No entanto, O Criador julgou em particular a cada um, dando específicas sentenças ao homem, à mulher e à serpente. Parece que, ante Ele, essa desculpa esfarrapada da “vítima da sociedade” não cola.

Os movimentos coletivistas como o dos baderneiros atuais, oportunistas imorais que perpetram toda sorte de desordens “em defesa da justiça” agem como se, a desordem e patifarias praticadas por muitos não fossem o que são; e de repente de revestissem da aura de uma causa santa.

Contudo a “noção de justiça” dos tais é uma bosta; uma horda de gente sem noção e sem limites, que excitada ao poder fantasiar seus maus instintos de “cidadania”, desfila seu zelo seletivo ao som do berrante dos patifes que os manipulam. Dá nojo!

Seguidamente policiais negros são mortos no ofício de modo covarde; nenhum desses “justiceiros” sai a gritar por justiça. Por quê? Porque seu negócio não é defender aos negros; antes, usar a causa para agitações com fins políticos conforme interesses escusos de gente sem vergonha e sem escrúpulos que está por trás.

Houve crime? Houve. Abjeto, covarde. Mas, foram identificados e presos os criminosos; que se julgue a ambos nos ditames da lei e se faça justiça. Oportuna também a iniciativa do Carrefour, de suspender serviços da empresa de segurança que contratou servidores sem o devido cuidado ou preparo. As mãos da justiça não passam daí.

Não há motivo para incendiar, saquear, quebrar nada, tampouco, destruir empregos dos que trabalham na rede de supermercados que propicia uma fonte de renda a tantos.

A Imprensa? A imprensa um cacete! A maioria dos veículos desde que Bolsonaro ascendeu ao poder tem se comportado como marginais, não como jornalistas. 

Não houve racismo na motivação; foi um causa fútil, mera briga iniciada pela vítima e mal administrada pelos que deveriam ter preparo para situações assim.

Não raro, deparamos com uma expressão que versa sobre a desinteligência de “solucionar” um problema causando outro maior; o clássico, “Afundar o navio para apagar o incêndio”. É o que a gentalha tem feito.

Na gestão da pandemia não foi diferente; embora os meios de transmissão do vírus sejam difusos, não haja uma conclusão cabal, impuseram o insano “fique em casa” gerando a falência de milhares de empresas e sumiço de milhões de empregos, mesmo O Presidente tendo advertido dos riscos de se agir assim.

Muitos foram infectados em casa; a medida não protegeu a saúde pública, só enfraqueceu à economia. No entanto, a mesma era equacionada por “la prensa” prostituta com “proteja quem você ama”; a massa acéfala aderiu e acusou aos que seguiam trabalhando fazendo vistas grossas ao fato de que, se determinados serviços essenciais parassem também, seria o colapso geral. Muitos parecem preferir morrer a pensar; deve doer demais.

A esquerda sempre lidou mal com indivíduos livres, aptos a pensarem por si; seu negócio sempre foi o domínio das massas; vendem a “ética” de que determinada postura ilegal se, praticada individualmente, se torna uma “causa justa” se feita por uma quadrilha, a qual eles camuflam de “movimentos sociais.”

Deus, O Criador, responsabiliza a cada um por seus próprios movimentos; “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14;12

Por isso, o sábio aconselhou seu filho sobre como agir quando os quadrilheiros o quisessem seduzir; “Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; desvia teu pé das suas veredas; porque seus pés correm para o mal, se apressam a derramar sangue.” Prov 1;15 e 16

O indivíduo é o “átomo” psicológico; digo, como o nome sugere é indivisível; e por ter sido criado arbitrário, deve ser consequente ao escolher caminhos, pois, será responsabilizado pelas escolhas que fizer; não importa, induzido por quem.

Na sociedade que vivemos sempre concorrerão conselhos em direção ao vício com outros rumando à virtude. As nossas escolhas deixam patente com o quê nos identificamos. Assim, de certo modo nem somos induzidos, antes, atraídos ao que já queríamos fazer.

Se, como ensinou O Salvador, dos nossos corações procedem os males que praticamos, não deixemos que eles liderem nossos passos; Que O Senhor e Seus Ensinos nos precedam, assim, como Davi seremos reputados, homens/mulheres, “segundo o coração de Deus.”

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Prov 4;23

domingo, 22 de novembro de 2020

Beber ou Morrer


“A doutrina do sábio é uma fonte de vida para se desviar dos laços da morte.” Prov 13;14

Figuras usadas para definir vida e morte; aquela como um manancial, fonte; essa como um instrumento de caçador, laço.

Jesus chamou Sua Doutrina de Água da Vida; disse que quem a recebesse, além de não mais ter sede, nele se faria uma fonte; “Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

Se, a sã Doutrina é uma Fonte de Vida, a heresia se faz laço, como denunciou Jeremias de falsos sacerdotes e profetas; “Porque ímpios se acham entre meu povo; andam espiando, como quem arma laços; põem armadilhas, com que prendem os homens. Como uma gaiola cheia de pássaros, assim suas casas estão cheias de engano; por isso se engrandeceram, e enriqueceram;” Jr 5;26 e 27

Um caçador não produz; antes, explora o que já está criado em benefício próprio.

Os citados por Jeremias tinham vistosos frutos de sua caça; “se engrandeceram e enriqueceram...”

Uma fonte não enriquece a si mesma; antes se doa para terceiros. Assim, os ministérios que, invés de enriquecer espiritualmente aos membros, enriquecem materialmente aos próprios ministros trazem digitais de caçadores onde deveria haver fluxo de vida espiritual.

Se, o fundamento base da Doutrina de Cristo é o amor, e esse “não busca os próprios interesses”, como alguém amaria se enchendo de metais, invés de regar à “Plantação do Senhor?”

Até agora me ocupei dos derivados do Caçador Mor; em determinado momento O Salvador Comparou Sua Obra com a da oposição; de novo, temos um cotejo entre vida e morte; “O ladrão não vem senão a roubar, matar, e destruir; Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” Jo 10;10

Notemos que a figura mudou para pior; se, antes era caçador, agora é ladrão. Um caçador pode pegar algo que está alhures sem um dono específico; enquanto um ladrão furta ao bem, alheio.

O problema é que muitos cristãos, encorajados por caçadores transfigurados em obreiros idôneos equacionam abundância de vida (vida eterna) com comodismo de vida, vida fácil.

O que não nos falta estando em Cristo é vida espiritual; o resto pode faltar tudo, inclusive a vida física; muitos a perdem nas mãos de radicais islâmicos atualmente.

Assim se interpreta ao “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece”; posso suportar o que vier, não conquistar ao que eu quiser, como ensinam os patifes caçadores de cobiças de incautos, e seus fruto$.

No contexto imediato Paulo coloca nuances que ajudam a interpretar; “... aprendi contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e também ter abundância; em toda a maneira, em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto ter fome; tanto ter abundância, quanto padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;11 a 13

Então, a “Doutrina do sábio é uma Fonte de Vida...” não de facilidades, comodismos ou bens materiais.

Aliás, fonte no usufruto da qual devemos passar sede; “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;” Mat 5;6

Esse “serão fartos” é promessa pro porvir, não aqui; “No mundo tereis aflições...”

Quando se fala em doutrina do Sábio, óbvio que não se refere a um ensinador humano; a Fonte é Ele, Jesus Cristo; nós somos meros canais. “As palavras dos sábios são como aguilhões, como pregos bem fixados pelos mestres das assembleias, que nos foram dadas pelo único Pastor.” Ecl 12;11

Ele O Único Pastor, mediante João encerra a revelação convidando ainda aos sedentos de vida para beberem; “O Espírito e a esposa dizem: Vem. Quem ouve, diga: Vem. Quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da Água da Vida.” Apoc 22;17

Figurando poeticamente à morte, Salomão comparou-a com um vaso que se quebra junto a uma fonte; Ecl 12;6

Se o vaso for nosso corpo e a Fonte for Cristo, será apenas uma troca de algo frágil por outro precioso, como ensinou Paulo: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, não nossa... sabemos que, se nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos Céus.” II Cor 4;7 e 5;1

Beber ou não da Fonte é escolha nossa; o caçador de almas não precisamos escolher; ele está caçando desde sempre em toda a terra; “O temor a cova e o laço vêm sobre ti, ó morador da terra.” Is 24;17

Escapa por tua vida, o tempo urge!

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

A Luz Escura


“Se, porém, teus olhos forem maus, teu corpo será tenebroso. Portanto, se a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

Eventualmente dizemos: “Ouro nas mãos do bandido ainda é ouro.” Se atinarmos às substâncias, estritamente, está certo.

Entretanto, não usamos o dito com intenção literal; sempre o fazemos como figura de linguagem, tencionando dizer que a boa obra feita por uma pessoa má segue sendo boa; verdade nos lábios de um mentiroso segue sendo verdade; enfim, que um ato qualquer, virtuoso, praticado por alguém vicioso, não perde sua virtude intrínseca, em função do seu agente.

Partilhei um vídeo onde uma pensadora, cujo nome ignoro, faz sábias considerações, sobre meios e fins; advoga, citando Platão, que aos maus, até o conhecimento deveria ser negado; pois esses, no uso de tal meio, fazem mal à humanidade; disse, como argumento, que um tirano como Hitler, seria preferível que fosse um ignorante. Não teria feito os males que fez. Como discordar? Vídeo está no Facebook.

Como estou na escola, tive que reconsiderar certos aspectos do que pensava saber; dando assento a algumas dúvidas no banco das minhas certezas.

Não que não soubesse que o conhecimento pode ser usado a serviço do mal; isso todos sabem e presenciam diuturnamente.

O que me fez pensar foi o princípio platônico que, a boa índole moral deveria preceder o conhecimento, ser uma “credencial” que qualificaria postulantes à luz.

E pensar que muitos pais enchem os pimpolhos de parafernálias eletrônicas com acesso a toda sorte de conhecimento, antes de saberem, sequer, o alfabeto e as vogais. Muitos são “educados” na WWW.

Quando a Palavra desafia pais a ensinar filhos, deixa explícito tratar-se de valores, mais que, conhecimento; “Educa a criança no caminho em que deve andar; até quando envelhecer não se desviará dele.” Prov 22;6 como escopo o dever, não o conhecer.

Mais: “Porventura pode o etíope mudar sua pele, ou o leopardo suas manchas? Então podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.” Jr 13;23 a perversão do ensino como patrocinadora da maldade.

Quando O Salvador diz que a luz que há em alguém pode ser trevas, não está denunciando nenhum lapso de conhecimento; dizendo que o tal não aprendeu direito; antes, que a luz sofre o concurso do mal, “se teus olhos (percepção da vida) forem maus, teu corpo será tenebroso...”

Eventualmente, consideramos que a beleza tem um conjunto que a sustenta, mais que habite numa nuance da personalidade apenas.

Além do aspecto estético, tem o moral, psicológico, espiritual, intelectual... Assim, homens podem ser deuses gregos, e mulheres odaliscas meso-orientais; se, tiverem lapsos morais, ou de outra ordem, a formosura estética sofrerá o concurso da feiura, de modo que a beleza não habitará no “conjunto da obra.”

Salomão o sábio tecera considerações sobre isso, usando a figura feminina no prisma estético; “Como joia de ouro no focinho de uma porca, assim é a mulher formosa que não tem discrição.” Prov 22;11 E a masculina no aspecto, intelectual; um sábio; “Assim como as moscas mortas fazem exalar mau cheiro e inutilizar o unguento do perfumador, assim é, para o famoso em sabedoria e honra, um pouco de estultícia.” Ecl 10;1

Então, quando O Senhor ensina: “Não deis aos cães as coisas santas, nem lanceis pérolas aos porcos”, desafia-nos a certo discernimento; malgrado, a comissão universal, “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”, há momentos em que não devemos fazer isso; há circunstâncias e ambientes nos quais o silêncio é mais eloquente que o mais célebre dos oradores.

Quando Israel era retirado do Egito, O Eterno colocou uma coluna de fogo que alumiava o caminho ao Seu Povo, enquanto escurecia aos perseguidores egípcios.

Assim é Sua Palavra; a quem obedece ilumina, conduz, alarga a visão; a quem não, cada vez enxerga menos, até cair em trevas. Como mostrou na Parábola dos talentos; “Tirai-lhe pois o talento; dai-o ao que tem os dez. Porque a qualquer que tiver será dado, terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado.” Mat 25;28 e 29

Não temos problemas com a luz, se, ela mostra falhas alheias; mas a espiritual derivada da Palavra de Deus mostra as nossas; “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

Voltando a Platão, para terminar, foi ele que disse: “Não é trágico as crianças terem medo do escuro; a verdadeira tragédia são os adultos com medo da luz.”

Ela não se acende para si mesma, mas para iluminar a terceiros; são interesses mesquinhos que a podem converter em trevas.