domingo, 29 de novembro de 2020

Urgência de Viver


“... Se Este não fosse malfeitor, não te entregaríamos.” Jo 18;30

Pilatos quisera saber quais acusações pesavam contra Jesus que lhe fora levado preso; invés disso, apresentaram sua rejeição como motivo bastante. Como se dissessem: Se o estamos entregando preso é porque é um criminoso, confie em nós. Desde quando minhas aprovações ou rejeições são aferidoras de medida de alguma coisa?

Do ponto de vista do Capeta desde a queda; foi ele que disse: “Vós mesmos sabereis o bem e o mal” quando sugeriu a ruptura com O Criador. Assim, para quem não teme a Deus e adota esse conselho é esperável que o tal universalize seu umbigo; queira ver, como pretendeu certo filósofo, no homem, a “medida de todas as coisas”.

Fazer o que der na telha, como se diz, é facultado a todos, crentes ou não; agora, lidar com as consequências das escolhas será uma necessidade. “Alegra-te, jovem, na tua mocidade, recreie-se teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos do teu coração, pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a juízo.” Ecl 11;9 “Porque Deus há de trazer a juízo toda obra; tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.” Ecl 12;14

Por isso, invés de “entregarmos a Pilatos” o que não gostamos e darmos asas vigorosas aos nossos desejos diletos, sabedores do juízo, os homens prudentes, buscam os termos do julgamento porvir e antecipam-se, julgando a si mesmos. “Quem Me rejeitar, não receber Minhas palavras, já tem quem o julgue; A Palavra que Tenho pregado, Essa o há de julgar no último dia.” Jo 12;48

Como diz Saint-Exupéry em “O Pequeno Príncipe”, “se consegues fazer um bom julgamento de ti mesmo, és um verdadeiro sábio.” Não sem razão, “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria.”

Sendo O Senhor Jesus, O Verbo de Deus, A Palavra Encarnada, então, A Palavra de Deus estava sendo julgada e rejeitada; em seus corações, “levaram uma Bíblia a Pilatos para que ele queimasse”. Não gostavam do teor.

Nesse rumo, qualquer que ousar um pouquinho, seja mediante acréscimo ou omissão, sujeita-se à maldição eterna. "... se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará sua parte do Livro da Vida, da Cidade Santa, e das coisas que estão escritas neste livro.” Apoc 22;18 e 19

O Eterno começa Sua Carta de Amor com as palavras: “Haja luz!” Gn 1;3 e a encerra proibindo que seja apagada.

Somo livres para não gostarmos dela e preferirmos o comodismo prazeroso e suicida dos nosso pecados; não para pervertermos a luz em trevas. Posso não me converter; só não posso “converter” O Santo ao nível rasteiro das minhas paixões doentias como se Ele as aprovasse porque eu gosto delas.

Jesus denunciou escolhas assim: “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Diferente da “lâmpada mágica” das fábulas, cujo gênio liberto daria direito a três pedidos, a Luz de Cristo mostra-nos como somos, em nossa feiura moral e nos desafia a três passos; reconhecimento dos pecados, arrependimento e conversão.

O Espírito Santo também Obra três coisas, onde lhe dão ouvidos; “Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.” Jo 16;8

Um truque com o qual o trevoso aprisiona muitos é banalizar uma escolha vital com se estivesse ao nível de outras, lícitas. Um escolhe um partido, um time de futebol, uma profissão; um tem uma religião, outrem tem outra e tudo bem! Uma ova! Não é questão de religiões, antes de vida ou morte e a vida está apenas em Cristo! "... Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá!” Ef 5;14

Pode ser até mais cômodo dormir; nesses casos a luz atrapalha; mas, dormir entre mortos recusando um convite à vida é trair a si mesmo. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte pra vida.” Jo 5;24

A possibilidade de conversão que hoje incomoda a muitos, em breve incomodará pela sua ausência; então, “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar...” Is 55;6

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