sábado, 28 de novembro de 2020

Maradona; "La muerte de Diós"


“... Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós.” Atos 14;11

Diante da cura de um coxo em Nome de Jesus, em Listra, os atônitos testemunhas do milagre queriam cultuar a Paulo e Barnabé, como se fossem Júpiter e Mercúrio, “deuses” do credo local.

Paulo recusou; “... Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo...”

Na verdade, Deus se Fez semelhante aos homens e desceu entre nós, na Pessoa Bendita de Jesus Cristo. Mas, Esse é difícil cultuar; demanda uma cruz.

Pouco depois, os mesmos que os queriam adorar como deuses, convencidos pela lábia de meia dúzia de judeus invejosos, ajudaram a apedrejar o apóstolo. Assim, da idolatria ao ódio basta um passo, para quem não tem em si os valores do Alto.

Pois, há poucos dias faleceu o ex jogador argentino Diego Maradona. Por lá era venerado com “un Diós” chegando ao cúmulo de ter até uma “Igreja” para seu culto.

Que ele foi fora de série como jogador todos sabem; embora, sua carreira tenha sido breve, dado seu envolvimento com drogas. Ora, ser brilhante dentro de campo é só isso. O valor de um talento não está no talento em si; mas, no que se produz no usufruto dele. Ver a parábola dos talentos.

Assim a pessoa pode ser um gênio como jogador, e um estúpido como ser humano. Pois, o talento atina a habilidades; caráter a escolhas. Com outras palavras: é possível ser um Everest no talento, e um Saara nos valores; infelizmente esse foi o caso de Maradona.

Seu talento lhe carreou dinheiro e fama; dinheiro que usou mal para ceder aos caprichos do vício; fama que transformou seus destemperos em escândalos globais.

Teve brigas com jornalistas, suspensões por doping, escândalos como dançar nu quando drogado; e de quebra, seu deserto de valores patenteado pelo seu dissoluto modo de vida, tinha um “oásis” de água amarga; uma tatuagem de “Che Guevara” a quem admirava. Ora admirar a um assassino covarde e sem escrúpulos como aquele é sem dúvida, a “cereja na torta” de uma vida que se faz torta pelas consequências de escolhas más.

Essa droga de mundo amoral, exalta carismas e ignora caráter. Se tiver talento pode ser um perverso que estará “tudo certo”; quantas vezes ouvi comentaristas defendendo a carreira de marginais talentosos, com as seguintes palavras: “Não quero fulano para casar com minha filha; mas, para jogar no meu time; que faz fora de campo não importa”. Eis os critérios do mundo para fazer seus “deuses”!

Deus jamais fraciona as coisas com se, tendo um viés excelente, pudéssemos ter outro péssimo e estaria tudo bem; busca purificação; “Tira da prata as escórias, sairá vaso para o fundidor;” Prov 25;4

Esse negócio de formosura sem discrição, sabedoria com lapsos de estultice, pérolas aos porcos, diamantes em fundas, etc. sempre são coisas a evitar nos ensinos bíblicos.

Também os convertidos recebem talentos, dons; porém, o fim jamais é egoísta; mais que usufruto ensejam serviço, e não redundam em glória humana, antes Daquele que É Digno. “...Que tens tu que não tenhas recebido? E se recebeste, por que te glorias, como se não houveras recebido?” I Cor 4;7

Patéticas muitas homenagens que colocaram ao dito atleta como sobre-humano, cuja saída da vida apequenou o planeta.

Era um homem como nós, com um talento especial, ao qual não soube preservar dos assédios do vício; no fim, isso lhe encurtou os dias de vida. Triste, como é triste a morte de qualquer ser humano em situação idêntica.

Quiçá alguns possam ver nesse texto despretensioso, insensibilidade porque não padeço a burrice emocional dos idólatras.

Alto lá! Diria um “fiel”; ele se fez conhecido no mundo todo, levou seu país a conquistar uma copa! Pelos olhos do mundo é assim.

Contudo, represento a Jesus Cristo, O Rei, cujo Reino, ainda não vige plenamente aqui, somos meros embaixadores; Ele que perguntou: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder sua alma?”

Se fosse mesmo um deus, alguém que não precisasse salvação, tudo bem. Mas era só um humano dependente de drogas, com uma visão de mundo que destoa dos valores Divinos.

Esperei o decurso de uns dias para escrever isso, sob pena de parecer desrespeitoso; não é minha intenção.

Alhures se diz que as pessoas “ficam boas quando morrem”; ironia para evidenciar às humanas hipocrisias em momentos assim.

Quem tem por ofício ensinar e viver, tanto quanto puder, a incômoda verdade, é meio “mau” aos olhos dos vivos, e segue sendo assim, quando eles morrem.

Que pena Maradona, que partistes cedo, e ao que parece, sem ter abraçado a Cristo. Triste.

Nenhum comentário:

Postar um comentário