sexta-feira, 18 de julho de 2025

Pisando em falsos


“Desvia de ti a falsidade da boca, afasta de ti a perversidade dos lábios”. Prov 4;24

A mesma coisa dita com palavras diferentes; falsidade e perversidade costumam sair à luz pela porta dos lábios. Todavia o meio de expressão não é sua origem. A falsidade tem raízes mais profundas. O verso anterior diz: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”.

Os lábios falsos são porta-vozes de um imperador adoecido; um coração falso. O Salvador ensinou: “... Pois, do que há em abundância no coração, disso fala a boca”. Mat 12;34

Esperar de um coração assim, que ele tenha um bom andar na senda da verdade, seria como vindimar espinheiros. A queda construiu um lapso moral e espiritual entre o homem caído e Deus, que, nem que ele quisesse, conseguiria agir de modo agradável ao Santo.

Eventualmente, alguns conseguem fazer a coisa certa, pelo motivo errado. Seja pelo aplauso humano, o reconhecimento social, aí, com estardalhaço, publicidade; ou, para se justificarem diante de Deus, como se, as boas obras fossem um contraponto aceitável ao Eterno, para as muitas maldades que, em geral, tentam ocultar.

Isaías foi cirúrgico: “Todos nós somos como o imundo, todas as nossas justiças como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha; as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam”. Is 64;6 Embora isso ofenda o orgulho de muitos pretenciosos, a simples presença desses dois feitores, orgulho e presunção, já é um indício que a bondade pretendida nunca habitou naquelas paragens.

Nossas almas estão de tal forma corrompidas pelo consórcio com os demônios, mesmo disfarçados de anjos, que, não há espaço para consertos, melhorias, aperfeiçoamentos, upgrades... A mudança necessária é radical; “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus”. Jo 3;3 e 5

O novo nascimento requer, além de crer no Salvador, a prática do que Ele ensinou; o primeiro passo, é a ruptura com o velho homem que fazia tudo à sua maneira, pelos motivos que julgava válidos; “... Se alguém quer vir após Mim, negue a si mesmo, tome cada dia sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de Mim, perder sua vida, a salvará”. Luc 9;23 e 24

Mediante Ezequiel, O Senhor chamou a conversão de coração novo e espírito novo; Cap 36;26 E por Isaías, esmiuçou o plano de salvação; “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso É em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz O Senhor”. Is 55;7 e 8

Eventualmente, alguns nos acusam de sermos fiéis, como se isso fosse uma doença. “Para vocês é tudo Bíblia”. Nem sempre; quem dera, fosse.

Às vezes saímos da casinha e pecamos, querendo ou fazendo as coisas às nossas maneiras. A ideia é que sejamos alinhados ao Senhor, nas nossas escolhas, valores. “Se alguém falar, fale segundo as Palavras de Deus; se administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém”. I Ped 4;11

Não significa ser um papagaio repetindo sentenças bíblias; antes, um fiel, adotando padrões e valores bíblicos em todos os relacionamentos; conjugal, social, interpessoal...

Sempre que arder a febre de uma paixão, política, esportiva, afetiva, recusarmos falsear a verdade, como se, nossos interesses rasos fossem maiores que ela. “Desvia de ti a falsidade da boca...”

Alguns insensatos devaneiam como se, a universal eficácia da salvação, significasse universal incidência, a despeito de nossa resposta ao seu chamado. A Palavra é categórica: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente”. Tt 2;11 e 12

Se, o alcance é bastante para todos os homens, a renúncia das cobiças mundanas e um viver sóbrio e piedoso, é requerido de nossa parte em submissão ao Senhor. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; e tudo se fez novo”. II Cor 5;17

Sempre concorre o risco de alguém falar as coisas certas, sentindo as erradas, por conveniência; mais uma nuance da falsidade, igualmente perniciosa; o cidadão dos céus, além de outras qualidades, é o que “...fala a verdade no seu coração”. Sal 15;2

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Atrás da moita


“Plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha formado”. Gn 2;8

Quando um casal espera a chegada de um filho amado, prepara-lhe o habitat, com muitos cuidados afetivos. Pintura do ambiente, berço, decoração, roupas, brinquedos... coisas assim, como um testemunho do amor com qual o receberão.

O Criador, ao formar o primeiro casal, também decorou uma “casa”; um jardim, com toda sorte de belezas e árvores frutíferas. O Eterno cercou a chegada humana ao planeta, com visíveis demonstrações de amor.

Ainda hoje, malgrado, os inúmeros efeitos deletérios da queda, apesar da destruição do Jardim pelo Dilúvio, a Terra ainda é repleta de belezas naturais, incontáveis paisagens encantadoras para deleite de quem as contempla.

No entanto, o amor, se não receber devida correspondência, será mais, motivo de dores, que de alento. Assim se tornou a relação do homem com Deus, depois que o capeta colocou seus chifres numa relação pura. O homem teve culpa ao aceitar a sedução, claro!

Temendo as consequências, o homem foi à moita “se esconder” de Deus. E dela nunca mais saiu; digo, da defensiva, da “necessidade” de se justificar ou esconder seus feitos. Mesmo as obras do Eterno gritando troantes, sobre a Beleza, Poder e Amor do Criador, o homem finge de desentendido.

“Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos”. Rom 1;21 e 22

“Dizendo-se sábios”
; forjaram à moita da “ciência”, atrás da qual se escondem, tentando camuflar a fuga de luz, negando que o motivo real é o medo da Palavra do Criador.

Ontem deparei com uma postagem cretina assim; o autor dizia que, estudando às formigas, os homens descobriram que elas partem ao meio as sementes que armazenam como alimentos, para que não germinem estragando seus depósitos; e teriam “descoberto” ao longo da “Evolução”, que as sementes de coentro germinam mesmo assim; de modo que precisam ser partidas em quatro partes.

Invés de verem nisso as digitais do Criador, os amoitados enalteceram à “capacidade evolutiva” do bicho; devem ter feito algum tipo de pesquisa, legado conhecimento às gerações futuras e finalmente, se “adaptado” às ditas sementes. Francamente!! Qual é o tempo de vida de uma formiga? Como teria tempo de estudar o comportamento das sementes e legar às vindouras? Foram homens de ciência que “descobriram” isso.

A Palavra de Deus diz: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio”. Prov 6;6 Quem as criou, as fez com algumas coisas para ensinar. O trabalho, a organização social, a previdência, e agora até a conservação de alimentos, podem ser aprendidos num formigueiro.

Assim como Adão pagou o ridículo de se “esconder” do Onipresente e Onisciente atrás de uma moita, também tantos ramos da “ciência” moderna.

Não que não haja uma ciência veraz; os inúmeros progressos nessa, dela testificam. A Palavra da Ciência é também um Dom Divino; “Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência”. I Cor 12;8

“Um pouco de ciência afasta ao homem do Criador; um muito, o aproxima”. Blaise Pascal

Esse “pouco” que pensa poder explicar tudo negando Deus é a febre que convém evitar. “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência, a qual, professando-a alguns, se desviaram da fé...” I Tim 6;20 e 21

O livro, “O Enigma das Origens; a Resposta” foi escrito por 23 cientistas cristãos americanos; muitos trabalhando na NASA. Eles demonstram pela ciência, sem usar à Bíblia que todos os postulados evolucionistas são falsos. Deixam patente que, a verdadeira ciência evidencia ao Maior dos Cientistas, O Criador. Quem duvidar leia ao referido livro, é facilmente encontrável.

Como a declaração de amor primeira pareceu insuficiente à humanidade, O Eterno “turbinou-a”: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu O Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha vida eterna”. Jo 3;16

Os que negam a existência de Deus, dada a incidência de tantas dores, fome, violência, fingem não entender a natureza do amor. É sensível demais ao alheio sentir, para forçá-lo a fazer o que não quer.

Os que se recusam ao amor, acabam se alugando de graça ao ódio. Quem deveras se incomoda pela pujança dos males, se refugia no Único amparo contra eles, Jesus Cristo.

Quem segue dando discursos invés do necessário passo, trai a si mesmo tentando negar a existência, de Quem, se não existisse, não precisaria fugir.

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Thiago Lima e a super espiritualidade


“... falam da visão do seu coração, não da Boca do Senhor”. Jr 23;16

Confundir o anseio dos nossos corações com A Palavra de Deus é um risco do qual ninguém está livre. O homem prudente deve “tirar as sandálias” na presença do Senhor.

Conheço ao Thiago superficialmente; de algumas publicações. A impressão que passa é de ser um homem honesto e sincero. Entretanto, essas duas qualidades não são sinônimas, de luz espiritual, discernimento. Alguém pode estar equivocado, mesmo, munido de boas intenções.

Num vídeo dele, partilhado por André Carpano, esposa algumas ideias das quais discordo, e pretendo expor os motivos.

O ensino que Deus não habita em templos de pedra, e que nós somos Seus templos, chega a ser uma platitude. Todos sabem de cor e salteado.

No entanto, derivar disso a erradicação dos templos, é pleitear a cura de uma doença inexistente. Nenhum salvo vai a um templo pensando encontrar a Deus, que habitaria lá. Vamos à congregação oferecer culto ao Senhor, numa diversidade de pessoas, em unidade espiritual.

Ensinou ainda que a Santa Ceia é espiritual não, física; quando Jesus disse: “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são espírito e vida”. Jo 6;63 Estava fazendo desambiguação da frase que era necessário comer sua carne e beber seu sangue, que as pessoas interpretaram literalmente.

Quando Paulo perguntou: “Não tendes casa para comer?” I Cor 11;22 evidencia que a “Ceia” de então era uma refeição, onde os mais abastados podiam se exibir; “... Ou desprezais a igreja de Deus, e envergonhais os que nada têm?” A Santa Ceia foi ordenada como memorial. Para tanto, bastam elementos simbólicos, não, faustos banquetes.

Segundo o irmão criticado, é tudo espiritual; comer a carne é se alimentar da Palavra. Imagino que “beber do sangue” seja o mesmo.

Ora, um memorial sempre traz um elemento “tangível”; uma data, um obelisco, uma festa, um ritual... como uma espécie de auxílio à memória, pois, sem isso ela poderia fraquejar. Assim foi ordenada a Santa Ceia. “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha”. V 26

Se a Ceia é apenas espiritual, como poderia alguém tomá-la antecipado, invés de esperar pelos demais? Isso foi criticado e corrigido pelo apóstolo Paulo. “Porque, comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia... Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros. Mas, se algum tiver fome, coma em casa...” vs 21, 33 e 34

Falou também do “sacerdócio universal”; se todos somos sacerdotes, porque arrecadar dízimos para mantermos um? Questionou. Mais uma “solução” oferecida para um problema criado. Sacerdócio universal significa que cada um pode falar diretamente com O Pai em Nome de Jesus sem carecer outro mediador. Porém, isso não é sinônimo de ministério universal; como se todos estivessem aptos para as mesmas coisas.

“Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, evangelistas, pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos...” Ef 4;11 e 12

Na Antiga Aliança as pessoas deviam pedir luz aos Sacerdotes; “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, da sua boca devem os homens buscar a Lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos” Ml 2;7

No ministério do Espírito, Ele nos faz saber quando erramos, e, qual o rumo certo se o consultarmos antes de agir. Isso não elimina a necessidade de mestres e pastores. Para tanto carecemos aprender; para aprender precisamos deles.

Colocou também o dízimo como superado, sem oferecer nenhum verso que ensine isso. O sacrifício foi abolido. Ministérios espirituais são necessários e têm custo, bem como, templos congregacionais; natural a provisão dos meios para isso.

Usar Miguel de Oliveira, Leonardo Sale e cenas de retetés, como se isso significasse a totalidade do escopo cristão ao qual seus ensinos combatem, não é honesto. Outros também desprezam essas coisas, bem como aos mercenários, e combatem.

Pegar pontualmente, situações escandalosas e em cima dessas rejeitar todos é como afundar ao navio para apagar um incêndio. O Senhor era cirúrgico: “Ainda te falta uma coisa”; “tenho porém contra ti...”

Quando Paulo disse aos gálatas que abraçar outro Evangelho seria maldito, se referia aos judaístas que negavam a suficiência da Graça salvadora de Cristo. Gal 1;8 Não, ao ritual da Santa Ceia que faz parte dos seus ensinos.

Enfim, ter má percepção sobre coisas tão importantes, e jogar na vala das maldições, tudo que soar diferente dessa percepção, é temerário.

É vero que tantos mercadejam com A Palavra, também é que, muitos se omitem, deixando de ser abençoados, recusando-se a ser bênçãos. “Mortificai, pois... a avareza, que é idolatria”. Col 3;5

O novo tempo


“Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano”. Ex 12;2

Ao libertar o Seu povo da escravidão no Egito, O Eterno estabeleceu-lhes o calendário. Nos primeiros passos livres, o começo do ano, da contagem do tempo.

“... vos será...”
Aquilo que é para o homem, não é, necessariamente, para Deus. A relação do Eterno com o tempo não é a mesma nossa. A nominada, mão do tempo, tem um âmbito estrito onde pode incidir; “Tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”. Ecl 3;1 “Debaixo do céu”.

O Senhor É O Pai da Eternidade; assim, o tempo lhe obedece, não o contrário. Portanto, quando ouvimos alguns “modernistas” sugerindo a Edição da Palavra do Eterno, para “atualizá-la”, a sensação que nos dá é que alguns temem que a chuva molhe o lago.

A adequação aos preceitos eternos, é, como o tempo debaixo do sol, uma coisa para o homem. A perfeição não comporta “upgrades”. A rigor, os pretensos “Editores de Deus”, não trazem em seus alforjes nada que falte à Palavra; antes, trazem uma perversa inclinação espúria, da qual são meros títeres; a serviço dessa, pretendem profanar às coisas santas.

Desde uns três mil anos já, um sóbrio conselho está posto: “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam Nele. Nada acrescentes às Suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso”. Prov 30;5 e 6

O que falta à pureza, para que seja pura? Abstraída a ação do inimigo, que atua mediante seus fantoches, não faria o menor sentido, o homem, que prefere os prazeres do pecado aos da comunhão com O Pai, alterar à Palavra, por que não a quer praticar.

Ora, quem não quer obedecer, simplesmente desobedece. Qual a necessidade de vestir a desobediência com roupas elegantes? Não faria boa figura, de qualquer forma. Agora, se por trás dessa grita revisionista contra os valores eternos, está aquele que labora pela disseminação do engano, para que suas vítimas caiam na perdição, acreditando estar na vereda da vida, então, tal pleito profano fará sentido. Do ponto-de-vista daquele, claro!

A tentativa de limitar tudo o que há entre o Céu e a Terra, à esfera réptil faz mal; tanto, do mirante de quem deveria ver Deus, quanto, ver a oposição.

No primeiro caso, dizem que a Bíblia é um mero livro de homens; malgrado, tenha sido escrita num período de um milênio e meio, aproximadamente; em três idiomas, por quarenta autores dos mais diversos estratos sociais; profetas, um agricultor, pescadores, um médico, sacerdotes... a maioria não conheceu aos demais escritores e todos se completam, uns desenvolvendo assuntos iniciados por outros, aperfeiçoando-os; quais homens conseguiriam essa proeza?

No outro lado da moeda, a ignorância acerca da existência do inimigo e seus ardis, leva-os a servi-lo, sem sequer se darem conta. “O inferno são os outros; aqui se faz, aqui se paga”. Sopram em seus ouvidos desatentos, e fazem verter por seus lábios, aqueles, cujas doutrinas assomam das profundezas do inferno.

Se, O Criador não existe, não É o que diz Ser, por que alterar Sua Palavra? Basta ignorar; quem perderia tempo com fábulas inverossímeis?

Não nos enganemos; a existência do Eterno grita nas evidências massacrantes das Suas Obras; “Porque suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entende, e claramente se vê pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis”. Rom 1;20

A do inimigo, o grassar de toda injustiça, vícios, corrupção, mentira, blasfêmias, traições, perversidades... clama, com eloquência semelhante.

A escravidão em que jazem os que estão sob o domínio maligno é mais severa que a que sofriam os hebreus no Egito. Aquela incidia sobre seus dias terrenos, apenas; a espiritual, se não encontrado em tempo, O Libertador, tem peso eterno.

Embora o vulgo chame mera existência de vida, a vida espiritual em Cristo requer o “nascer de novo”; como para os hebreus de então, a contagem do tempo se iniciou a partir da libertação, nossa vida começa, após o encontro com Jesus Cristo.

O Senhor não anunciou salvação como um deleite intelectual, acessório opcional, ou coisas assim; antes, uma urgente necessidade espiritual; “... quem ouve a Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”. Jo 5;24

Não apenas nosso tempo começa do zero, Nele; todas as coisas; postura, valores, atitudes, recebem um “calendário” zero quilômetro. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; e tudo se fez novo”, I Cor 5;17

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Valorizamos à vida?


“Assim como foi a tua vida hoje de tanta estima aos meus olhos, também seja a minha vida de muita estima aos olhos do Senhor, e Ele me livre de toda tribulação”. I Sam 26;24

Davi tivera Saul que o perseguia para matá-lo, à sua mercê, dormindo um pesado sono; mas o filho de Jessé não quis estender a mão contra seu desafeto.

Depois de algumas falas onde, inquiriu acerca dos motivos do monarca para aquela insana perseguição, acresceu o dito acima; rogando a Deus que, assim como ele tivera misericórdia e poupara a vida do rei, que O Eterno tivesse igual tratamento para com ele.

Uma petição justa; assim como teve uma vida por preciosa, que a sua fosse aquilatada na mesma medida.

Em geral, o valor da vida é mui presente n’algumas situações, ignorado n’outras; pelas mesmas pessoas. Meditando a respeito, atrevo-me a pensar que, não é o valor da vida, estritamente, que move certas interações evidenciando atitudes contraditórias.

Alguém ironizou essa postura, que, preza muito uma vida, e despreza inúmeras; numa imensa disparidade, na dosimetria da compaixão, com uma frase que faz pensar: “Uma morte é uma tragédia; milhares de mortes, uma estatística”.

Em casos que uma vida pode ser salva, como a jovem que caiu num vulcão na Indonésia, milhares de mensagens com sugestões, cobranças, palavras de incentivo, orações, saltitaram de todos os lados.

“Somente os tolos exigem perfeição, os sábios se contentam com a coerência”. Prov. chinês

Pois, muitos desses “solidários” no caso citado, em outros momentos, e por outros mirantes podem ser cruéis; por razões de afinidade ideológica, por exemplo, não poucos, fazem ouvidos de mercador a grandes escândalos de corrupção, ignorando que o Erário malversado, mata a milhares; pela precarização da saúde, da segurança, da conservação de estradas... mas, daí, é só uma estatística.

Se a afinidade com uma cosmovisão, ainda que doentia pelos resultados que promove, se revela a alguém, mais importante que o valor da vida, a ponto de defender ao aborto, patrocinando milhares de mortes de inocentes indefesos, para esse alguém, o valor da vida é zero.

A suposta empatia manifesta num caso de repercussão midiática, talvez tenha nisso, na vitrine, o maior apelo para o engajamento do “defensor da vida”, cuja hipocrisia trai a si mesmo.

O desejo de Davi, que O Eterno valorizasse sua vida, assim como ele o fizera, com a do rei Saul que o perseguia, é o tipo da oração que O Santo atende; “... A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”. Tg 5;16 Pois, pauta-se pela isonomia que O Criador coloca como necessária. “Portanto, tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-lhe também, porque esta é a lei e os profetas”. Mat 7;12

Embora uma reflexão como essa encaminhe-se no piloto automático, ao lugar comum, a “Lei da Semeadura”, nem sempre nos damos conta que lançamos sementes, quando esposamos valores, e nos posicionamos desta ou daquela forma, ante às vicissitudes da vida; inclusive, na política.

Nossas escolhas filosóficas, espirituais, pautam as atuais; (os atos) em última análise, tanto palavras quanto, ações lastreiam valores. “A palavra que tens dentro de ti é tua escrava; a que deixas escapar, é tua senhora”. Autor desconhecido

Quando, mesmo a pretexto de cultivar um relacionamento com Deus, alguns ofereciam um culto desleixado com sacrifícios defeituosos, não obstante o que viessem a dizer as palavras daqueles “adoradores”, as atitudes eram mais eloquentes. “Ofereceis sobre o Meu altar pão imundo, e dizeis: Em que Te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do Senhor é desprezível”. Ml 1;7

Não diziam com palavras, mas com ações que a mesa do Santo era vil. Quem devaneia que O Eterno troca bênçãos por oferendas, precisa urgente abandonar esse mercantilismo profano, aprender e buscar em Cristo, restabelecer o relacionamento sadio com O Eterno.

Nosso culto deve ser por causa do relacionamento, não por causa de anelos mesquinhos. Deus deseja se agradar da pessoa, antes de atentar para o culto. Naquele caso, aconselhou que se parasse com aquela encenação vazia. “Quem há também entre vós que feche as portas por nada, não acenda debalde o fogo do Meu altar? Eu não tenho prazer em vós, diz O Senhor dos Exércitos, nem aceitarei oferta da vossa mão”. Ml 1;10

Enfim, antes de tentar marcar presença nas mídias alternativas, em casos mais rumorosos, a pretexto de defender o valor da vida, que tal considerar com critério, às nossas próprias, e pararmos de brincar, como se tivéssemos todo o tempo, para tomar decisões para as quais, pode nos escapar o ensejo a qualquer instante?

“... Hoje, se ouvirdes a sua voz, (de Deus) não endureçais os vossos corações...” Heb 3;15

domingo, 13 de julho de 2025

O Brasil é dos brasileiros


“O ideal seria que todas as pessoas soubessem amar, o tanto que sabem fingir”. Bob Marley

O fingimento, a fala vazia, sempre fizeram parte da política corrupta, que é a maioria; como disse Henry Kissinger, "95% dos políticos estragam a reputação dos demais".

De uns dois dias para cá, conhecidas as sanções americanas contra o Brasil, um país que se apressa para longe da democracia, em busca sedenta pelas piores ditaduras, o crime organizado que nos governa descobriu uma novidade: “O Brasil é dos brasileiros”. Será?

Se, acima de 70% votaram pela reeleição de Bolsonaro, tanto que, a “vitória” dos vermelhos, invés de parte dos “sessenta milhões” de eleitores festejando, teve apenas comemoração nos presídios, onde ficou a vontade dos donos do país?

Se, durante mais de dois meses, multidões foram às ruas e pediram socorro diante dos quarteis, desejando uma auditoria, coisa corriqueira numa democracia, invés de atendidos em seu pleito, foram atraídos a uma armadilha e presos como criminosos sem direito a defesa, onde se respeitou aos direitos civis, desses?

Se, vendo e sofrendo as mazelas do Comado Vermelho, de tempo em tempo, multidões saíram às ruas em protestos, em datas cívicas como o Sete de Setembro, e outras tantas, deixando evidentes suas pautas e nunca foram ouvidos, que raio de donos são esses, cujos pleitos acabam dando sempre em nada, quando não, são criminalizados? Afinal, tais manifestações acabaram taxadas como antidemocráticas.

Se com a falência da imprensa cooptada pelos corruptos, paga com dinheiro público para falar apenas segundo os interesses vis, a maioria prefere se informar pela imprensa alternativa dos que militam por conta nas redes sociais; mas, incomodados com isso os reis de “Patifópolis” pretendem censurá-los, que diabo de donos do país são esses, que sequer podem dizer livremente o que pensam??

A falta de caráter é um lapso tão imenso que traz na sua cauda suja, a falta de noção, desprezo à inteligência alheia, ignorância conveniente, das fartas cagadas que todos eles fizeram fora da caixa de areia.

Outro dia, sedentos de vermelhar tudo em velocidade urgente, queriam mudar até a cor da camisa da seleção Brasileira, segundo a sanha internacional do comunismo. Não colou, mas tentaram. Afinal, pensam que o país é dos vermelheiros.

Agora que O Trump começou a mostrar para o patife de nove dedos que nem tudo nas relações internacionais é conversa de bêbados, antes, que as ações têm consequências, os rubrólatras, num passe de mágica se travestiram de “patriotas” e descobriram o verde e amarelo dos “fascistas”.

Tentam em sua patifaria costumeira, vender que todos somos vítimas do imperialismo malvado, contra o qual convém nos unirmos, sob a batuta do “patriota” da vez, o ladrão eneadáctilo.

Sentir vergonha alheia seria um desperdício, pois essa gente sequer sabe o que significa; por certo, qualifica essa senhora, a vergonha, como mais um “ranço burguês”; o que eles valoram sobretudo, é “la revolución”.

O Brasil passou a ser da quadrilha de tal forma, que dentro das instituições, nada mais funciona; exceto, contra os conservadores, os de viés direitista, ou, a favor dos vermelhos.

Seríamos “donos” de um país refém, cujo único direito reservado é o de pagar impostos e sofrer silentes, achaques ilimitados dos ladrões, que, sequer aos aposentados poupam?

Como O Congresso foi colonizado por eles, O STF é deles, salvo um de onze, a Imprensa está de quatro, o exército pintando cordões de calçadas, apenas uma potência estrangeira como o Tio Sam, poderia significar alguma restrição a isso tudo.

Estobeu pensador pré-socrático dizia: “Termina com má fama que ousa duelar contra o mais forte”. Pois, fiados em quê, corruptos usurpadores acreditam que podem duelar contra os Estados Unidos? Os que possuem armas “letais” contra bíblias, bandeiras e batom, (suas canetas obscenas) acreditam que, finalmente colocarão aos americanos nos seus lugares; mãos à obra!

Desgraçadamente, todos pagaremos por isso; mas, já não estamos pagando, desde que roubaram o poder?

Sim, o Brasil deveria ser dos brasileiros. Mas atualmente é uma imensa colônia de uma quadrilha que qual nuvem de gafanhotos, consome tudo o que há, por onde passa.

Para minha decepção, encontrei o deputado Beto Albuquerque, compartilhando a “defesa” do Lula. Os dez por cento de respeito que inda tinha por ele foram pro lixo. Alguns, idiotas úteis de menor monta, nem ligo. Privados de cérebro e de vergonha, andar sobre duas patas já é um feito estupendo dos tais.

Como Deus costuma julgar aos homens segundo suas palavras, espero que seja assim, no tocante a isso. Que Ele use os meios que julgar oportunos, todos os tentáculos malignos sejam cortados, e o país, finalmente volte a ser, patrimônio dos que o constroem, e por ele labutam, os brasileiros.

Espinhos juninos

“Agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como houve prontidão de vontade, haja também o cumprimento...” II Cor 8;11

O conselho se referia a terminar uma coleta que se iniciara entre os coríntios; assim como, os macedônios fizeram pelos pobres da Judeia; o que tinha sido começado, carecia ser completado.

Tomarei emprestado esse fragmento para meditar sobre outro aspecto. “... completai também, o já começado...” O hábito de abandonar coisas inacabadas.

Na parábola do Semeador O Salvador aludiu a quatro tipos de “solos”; apenas um produziria satisfatoriamente. O que ficava à beira do caminho, terreno endurecido pelas muitas pisadas, sequer permitiria à semente, (a Palavra) germinar; seria comida pelas aves.

Os céticos e precipitados; se alguém lhes tenta falar sobre os valores celestes e salvação, interrompem; nem quero ouvir dessas coisas, isso é perda de tempo. As “aves” fazem moradas em suas almas adoecidas, e “comem” tudo o que as possa lembrar do Criador.

Outro dos três solos problemáticos é o pedregoso; germina rápido pois fica na superfície, e por não ter profundidade seca ao primeiro contato com o sol. Os emocionais que decidem sobre coisas grandes, ao sabor de emoções rasas; mudadas as emoções, muda o teor das decisões. À primeira crítica, ao menor motejo logo fogem; não estão dispostas a aceitar padecer nada por fidelidade àquele que morreu por eles.

O último tipo de solo ruim, é o que recebe a semente entre espinhos. Corações duplos, que desejam O Senhor e o mundo ao mesmo tempo. O amor materialista, desejo por riquezas e prazeres do mundo sufoca a “semente”; não se colhe nessas vidas, os frutos de renúncia piedosa, que O Senhor deseja.

Esse acaba sendo o pior, infelizmente. Os que não estão nem aí para A Palavra, sequer permitem a semente germinar, morrem por suas adoecidas convicções, fazem mal a si mesmos; os que começam e logo param, por falta de profundidade, perecem reféns do engano das emoções; porém, os que começam e não acabam, por terem os corações divididos, ensejam vergonha no meio dos cristãos.

A conversão real é bem radical, embora deva ser uma decisão espontânea; ninguém precisa abraçá-la, mas se o fizer, entenda o que significa.

Requer uma mudança filosófica; “... não anda segundo o conselho dos ímpios...” um afastamento geográfico das más influências; “... não se detém no caminho dos pecadores...” e um zelo seletivo quanto aos ambientes sociais; “... não se assenta na roda dos escarnecedores...” Sal 1;1 Além desses três “nãos” necessários, adota um “sim” indispensável: “Tem seu prazer na Lei do Senhor, e na Sua Lei medita de dia e de noite”. Sal 1;2

Como vemos, são múltiplos os “espinhos” que podem tolher o livre crescimento da Palavra em nossos corações.

Desse tipo, os “cristãos” que pegam os vícios do mundo e trazem para as igrejas colocando rótulos “góspeis” neles. Ca no sul temos a “Semana Farroupilha” gospel em muitas igrejas; alguns conseguem a proeza de escolas de samba; e a bola de vez é que alguns “pastores” resolveram fazer festas juninas góspeis.

Ora, a conversão requer um câmbio radical. “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos. Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, temerão e confiarão no Senhor”. Sal 40;2 e 3

Mudança de ambiente; do lodo para a rocha; (da vida de pecados para Cristo) muda a forma de cantar; das profanas cantigas, para hinos de louvor a Deus; essas mudanças se fazem tão visíveis, que se tornam uma mensagem a quem vir, o antes e depois do salvo. “... muitos o verão, temerão e confiarão no Senhor”.

Uma coisa bem básica que muitos fingem não entender é que o culto é ao Senhor, não uma reunião de entretenimento ao gosto do freguês; cabe a Ele definir os termos da adoração aceitável. O Salvador foi bem enfático: “Qualquer que não levar sua cruz, e não vier após Mim, não pode ser Meu discípulo”. Luc 14;27

Santidade que O Senhor deseja demanda separação; Jeremias ensina: “... Preparai para vós o campo de lavoura, não semeeis entre espinhos”. Jr 4;3

E Tiago equaciona o coração duplo com a impureza; “Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações”. Tg 4;8

Aos que tendo começado no caminho estreito por Cristo e se desviaram por prazeres, a advertência: “Completai também o já começado”. Naquele caso aludia à oferta aos pobres; nesse, à honra devida ao Santo; “... apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça”. Rom 6;13