domingo, 13 de julho de 2025

Espinhos juninos

“Agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como houve prontidão de vontade, haja também o cumprimento...” II Cor 8;11

O conselho se referia a terminar uma coleta que se iniciara entre os coríntios; assim como, os macedônios fizeram pelos pobres da Judeia; o que tinha sido começado, carecia ser completado.

Tomarei emprestado esse fragmento para meditar sobre outro aspecto. “... completai também, o já começado...” O hábito de abandonar coisas inacabadas.

Na parábola do Semeador O Salvador aludiu a quatro tipos de “solos”; apenas um produziria satisfatoriamente. O que ficava à beira do caminho, terreno endurecido pelas muitas pisadas, sequer permitiria à semente, (a Palavra) germinar; seria comida pelas aves.

Os céticos e precipitados; se alguém lhes tenta falar sobre os valores celestes e salvação, interrompem; nem quero ouvir dessas coisas, isso é perda de tempo. As “aves” fazem moradas em suas almas adoecidas, e “comem” tudo o que as possa lembrar do Criador.

Outro dos três solos problemáticos é o pedregoso; germina rápido pois fica na superfície, e por não ter profundidade seca ao primeiro contato com o sol. Os emocionais que decidem sobre coisas grandes, ao sabor de emoções rasas; mudadas as emoções, muda o teor das decisões. À primeira crítica, ao menor motejo logo fogem; não estão dispostas a aceitar padecer nada por fidelidade àquele que morreu por eles.

O último tipo de solo ruim, é o que recebe a semente entre espinhos. Corações duplos, que desejam O Senhor e o mundo ao mesmo tempo. O amor materialista, desejo por riquezas e prazeres do mundo sufoca a “semente”; não se colhe nessas vidas, os frutos de renúncia piedosa, que O Senhor deseja.

Esse acaba sendo o pior, infelizmente. Os que não estão nem aí para A Palavra, sequer permitem a semente germinar, morrem por suas adoecidas convicções, fazem mal a si mesmos; os que começam e logo param, por falta de profundidade, perecem reféns do engano das emoções; porém, os que começam e não acabam, por terem os corações divididos, ensejam vergonha no meio dos cristãos.

A conversão real é bem radical, embora deva ser uma decisão espontânea; ninguém precisa abraçá-la, mas se o fizer, entenda o que significa.

Requer uma mudança filosófica; “... não anda segundo o conselho dos ímpios...” um afastamento geográfico das más influências; “... não se detém no caminho dos pecadores...” e um zelo seletivo quanto aos ambientes sociais; “... não se assenta na roda dos escarnecedores...” Sal 1;1 Além desses três “nãos” necessários, adota um “sim” indispensável: “Tem seu prazer na Lei do Senhor, e na Sua Lei medita de dia e de noite”. Sal 1;2

Como vemos, são múltiplos os “espinhos” que podem tolher o livre crescimento da Palavra em nossos corações.

Desse tipo, os “cristãos” que pegam os vícios do mundo e trazem para as igrejas colocando rótulos “góspeis” neles. Ca no sul temos a “Semana Farroupilha” gospel em muitas igrejas; alguns conseguem a proeza de escolas de samba; e a bola de vez é que alguns “pastores” resolveram fazer festas juninas góspeis.

Ora, a conversão requer um câmbio radical. “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos. Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, temerão e confiarão no Senhor”. Sal 40;2 e 3

Mudança de ambiente; do lodo para a rocha; (da vida de pecados para Cristo) muda a forma de cantar; das profanas cantigas, para hinos de louvor a Deus; essas mudanças se fazem tão visíveis, que se tornam uma mensagem a quem vir, o antes e depois do salvo. “... muitos o verão, temerão e confiarão no Senhor”.

Uma coisa bem básica que muitos fingem não entender é que o culto é ao Senhor, não uma reunião de entretenimento ao gosto do freguês; cabe a Ele definir os termos da adoração aceitável. O Salvador foi bem enfático: “Qualquer que não levar sua cruz, e não vier após Mim, não pode ser Meu discípulo”. Luc 14;27

Santidade que O Senhor deseja demanda separação; Jeremias ensina: “... Preparai para vós o campo de lavoura, não semeeis entre espinhos”. Jr 4;3

E Tiago equaciona o coração duplo com a impureza; “Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações”. Tg 4;8

Aos que tendo começado no caminho estreito por Cristo e se desviaram por prazeres, a advertência: “Completai também o já começado”. Naquele caso aludia à oferta aos pobres; nesse, à honra devida ao Santo; “... apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça”. Rom 6;13

sábado, 12 de julho de 2025

Desiguais demais


“Com boi e com jumento não lavrarás juntamente”. Deut 22;10

Seria injusto com ambos os animais, emparelhá-los com tamanha desproporção.

Essa ideia apreciada no escopo filosófico, amplia exponencialmente a possibilidade de animais díspares; tem desdobramentos diversos. Aristóteles dizia: “A pior forma de desigualdade é considerar iguais, às coisas diferentes”.

Às vezes cometemos esse erro, dando a eventuais interlocutores, numa disputa, o status de litigantes honestos, que merecem ouvir nuances minuciosas das nossas razões; quiçá, conhecendo-as melhor, revejam suas posturas; ou, que sejam capazes de expor as suas de modo tão convincente, que nos convençam a rever as nossas.

A maioria das pessoas com as quais interagimos parece ser obras acabadas, das quais, só pode verter algo; nada mais, luz,
informação, entendimento, saber, precisa nem pode adentrar.

A Palavra de Deus, malgrado plena de sabedoria, não é um livro filosófico; antes, uma carta de amor, trazendo revelação das Obras, afeto e dos meios, para nos relacionarmos com O Eterno. Ela ensina diretrizes mui sábias que faremos bem em adotar.

Aconselha que não nos igualemos, não aos diferentes, não no aspecto intelectual; antes, aos adversos moral e espiritualmente. “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem, justiça com injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos?” II Cor 6;14 a 16

Qualquer um tem direito a ser cético, duvidar. Sobretudo, se souber fundamentar sua posição. Porém, quando se opõe à luz meramente por escolha derivada do paladar moral, de quem não se importa com a verdade, antes, basta-se com suas insanas escolhas, temos um jumento que deveria juntar, apenas, com outro igual.

O tal, é do tipo que defende suas opiniões porque são suas, não porque sejam convincentes, ou baseadas em evidências verazes; então, grassará o recrudescimento no fanatismo, invés da saudável busca pela verdade; isso é um bom motivo para se evitar a “parelha”.

Paulo foi categórico: “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado”. Tt 3;10 e 11 Salomão foi incisivo também: “Tens visto o homem que é sábio aos próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo que dele”. Prov 26;12

A indiferença necessária é uma arte que demoramos muito, até aprender. Decepções, vergonha alheia, irritação contra a desonestidade intelectual, a estupidez de cavar “buracos n’água”, e outras insipiências do tipo, reiteram muito, ferindo nossas almas, até que entendamos que não devemos atrelar nosso “bicho” com certos animais.

Não se trata de arrogância, presunção, pretensão de superioridade ou, outros vícios assim; antes, de evitar um pleito inútil que teria ambos os lados como perdedores.

É muito fácil, nos botecos da vida, entre um trago e outro, filosofar: “Se um cão te morder, não o mordas de volta”. Porém, no ápice da dor da “mordida”, manter o domínio próprio, a postura, sem revidar à “altura” aos rasteiros golpes recebidos, só depois que a geada do tempo nos cobre os pelos, se, passamos pelos caminhos, atentos às lições.

Todos começamos a caminhada espiritual no escuro; mesmo assim, isso não nos torna jumentos, necessariamente; quem tem índole aprendiz e reconhece sua necessidade de luz, se esforça em demanda por essa, é honrado pelo Senhor, que pouco a pouco lhe amplia a visão; “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”. Prov 4;18

Quem “se converte” mas preserva o orgulho, passou ao largo do “negue a si mesmo” necessário. O “cristão” que inda se escuda no individualismo intocável, onde, qualquer ensino soa a presunção, e a mínima correção, a intromissão, ainda desfila como um césar no império da carne, com sua coroa de latão enferrujado, demandando em seu imaginário reino, o suprimento das suas paixões adoecidas.

A palavra ensina que somos membros uns dos outros, que devemos confessar e orar entre irmãos, interagir com as cargas alheias. Como fazer isso, quando, o outro segue jumento, e não se abaixa à estatura de ovelha para possibilitar o jugo comum?

O Salvador nos chama a nos igualarmos Nele, sob o mesmo jugo; “Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas”. Mat 11;29

Ter convicção daquilo em que se crê, é necessário. Entretanto, a convicção não é refratária a uma eventual luz maior. Agora, porfiar pelo prazer de defender algo, mesmo errado, aí é doentio, maligno, estúpido. “A porfia é a perseverança do lado avesso; a longanimidade do Diabo”. Zeferino Rossa.

Implosão do mercado de peixes


“Então subornaram uns homens, para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus”. Atos 6;11

Qual mal Estêvão fazia? “... cheio de fé e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”. V 8 isso despertou a reação invejosa; contudo, “Não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava”. V 10

O diácono era agente de sinais Divinos, dono de um discurso irresistível, atinente ao teor sábio e espiritual. Bastaram esses predicados para convencer aos ouvintes? Não. Porém, não podendo contestar isso, direcionaram suas artilharias contra “crimes” que eles mesmo criaram e colocaram na conta de Estêvão.
“... Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus”.

Não se pode acusar aos patifes de que sejam desinformados; não saibam exatamente qual o teor, dos seus pleitos. Cientes de estarem lutando contra a Sabedoria de Deus e Seus milagres manifestos, resinificaram os atos e o discurso de Estêvão, chamando-os de blasfêmias; assim, estariam lutando por uma causa justa; o “zelo de Deus”.

Como regra, a patifaria age assim. Estamos sofrendo isso, desde a “eleição” do bêbado/ladrão, que nos envergonha aos olhos do mundo.

A fraude das urnas não convenceu ninguém; os patriotas desesperados ficaram mais de dois meses, pedindo socorro diante dos quartéis, para que as forças armadas interviessem; o resultado verdadeiro fosse conhecido numa auditoria; possível, apenas à força apreendendo os códigos-fontes das urnas.

Os “eleitos” tramaram como acabar com aquilo.
Fantasiaram seus patifes amestrados do MST, fizeram a quebradeira de 8 de Janeiro e colocaram a coisa na conta de Bolsonaro. O processo pela “tentativa de golpe” armado de batom, se arrasta; como se, o Comando Vermelho estivesse deixando para dar o xeque-mate, ano que vem, alijando Bolsonaro da eleição. Como os adversários de Estêvão, Bolsonaro é acusado por um “crime” que eles cometeram.

Escribas venais da imprensa prostituta foram devidamente pagos pelo Erário, para que, desprezem os fatos, abracem apenas as coisas que interessam ao sistema. Assim, no lugar do finado jornalismo surgiu o fisiologismo subserviente, a “Imprensa Oficial” permitida, como em todas as ditaduras.

Incomodados porque a imprensa alternativa fazia o trabalho que a vermelha recusava, o Comando Vermelho com sede em Brasília, começou a pressionar para impor a censura.

Segundo eles, estariam caçando apenas “fake News”; prevenindo a “desordem informacional” como disse um patife de toga. Ora, as leis existentes já preveem como tratar, injúria, ofensa, mentiras. A responsabilização de quem incorrer nisso já é plenamente possível sem necessidade de censura.

O que os piratas do Paranoá temem não são as mentiras; antes, a verdade. Na sede de censura o pirata mor, o Capitão Cabeça de Ovo atingiu empresas e cidadãos americanos, sem nenhum pudor. Não bastasse isso, o bêbado-mor sempre defendeu ditaduras, terroristas; vomitou abjetas ofensas contra Os Estados Unidos e Israel, para vergonha dos brasileiros decentes.

Agora que, tardiamente somos sancionados como uma ditadura, nada mais justo, os patifes pretendem usar o patriotismo como casamata. Logo eles, que cantam o hino da Internacional Socialista?

O sócio do Macron defendeu uma companheira peruana acusada por corrupção, mandando um avião buscá-la; foi a Argentina pelo mesmo motivo em defesa de outra do mesmo Calibre; e agora pretendem falar em defesa da soberania? Os vampiros doariam sangue antes que essa gente conhecesse o sentido de decência, respeito à verdade, vergonha na cara.

Aos que se irritam com o “Imperialismo Americano” essa pretensão de serem os xerifes do mundo, uma pergunta: Como seria, se, o poder econômico, militar e bélico dos americanos estivesse nas mãos dos terroristas Islâmicos, ou, dos vermelhos?

Eu repondo: No caso Socialista o mundo todo seria Chinalizado; ninguém mais teria liberdade, senão de obedecer ao partido Único; no caso Islâmico, seríamos forçados a adotar a Sharia como regra, nos ajoelharmos ao Islã ou seríamos decapitados como infiéis.

Então, mesmo não concordando cem por cento com tudo o que vem dos States, menos mal que sejam eles que têm tanto poder; senão, seria infinitamente pior.

Pagaremos alto preço pelas coisas em curso. Entretanto, talvez seja menor que se completar a “Madurização” do País, e a imposição da “segurança digital, Made in China”.

O que essa gente finge não entender é que não se trata de Bolsonaro ou, bolsonarismo, como tentam fazer parecer. Mas de um mínimo de decência com a coisa pública, um projeto de país, não de poder eterno de uma quadrilha.

Enfim apertemos os cintos, vivamos sobriamente preparados para tempos difíceis; é o preço inevitável de tantos anos de idolatria a bandidos.

Quem muito frequenta o mercado de peixes se acostuma ao mau cheiro. Uma geração “doutrinada” pelos canhotos, ainda não aprendeu a diferença entre a verdade e a ideologia; aprenderão, da pior forma.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Os avarentos


“... combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus; para que seja livre dos rebeldes que estão na Judéia, e minha administração, que em Jerusalém faço, seja bem aceita pelos santos”. Rom 15;30 e 31

Paulo pedindo oração aos cristãos romanos, pois, ia a Jerusalém com um propósito, que desejava ver bem-sucedido, apesar de duas ameaças distintas. Violência dos rebeldes e rejeição dos irmãos.

Ele chamou de administração aos santos, o que era? No contexto encontraremos o apóstolo agradecendo a Deus que o fizera, “... ministro de Jesus Cristo para os gentios, ministrando o Evangelho de Deus, para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito Santo”. V 16

Disse levar a Jerusalém, uma oferta dos gentios; “Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos. Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém. Isto lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais”. Vs 25 a 27

O princípio que norteia os dízimos; os que vivem exclusivamente difundindo bens espirituais devem ser mantidos. “Digno é o obreiro do seu salário”. Paulo argumentou nesse sentido; “Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais?” I Cor 9;11 

Embora ele não vivesse disso, argumentou que era justo; e escrevendo a Timóteo deixou o ensino nas entrelinhas. “O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos. Considera o que digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo”. II Tim 2;6 e 7

Mesmo com tais intenções, o apóstolo pediu orações receoso dos rebeldes, os judaístas que o queriam matar; e que, internamente, os que se converteram dentre os judeus, por algum preconceito pela origem da oferta, recusassem aceitar. Assim tanto orava para ser livre dos rebeldes, quanto, bem aceito pelos irmãos.

Que estranha barreira! A oferta já estava dada; o temor era de que não fosse aceita.

Parece que naqueles dias, por boas ou más razões, havia valores maiores que o dinheiro.
Que abismo ético e moral, se considerarmos os dias atuais!

Nas redes sociais e em muitos ministérios materialistas se pode um ver um insano “cabo-de-guerra”, disputado por amantes do dinheiro em ambas as pontas.

Como se, uma robusta corda fosse tencionada, de um lado, pelos ladrões de púlpitos, os ministros mercenários que se camuflam como a serviço de Deus; ladrões, às custas da boa-fé dos incautos que manipulam; do outro, os “desigrejados” que “justificados” pelos maus atos daqueles se esforçam, fazem contorcionismos tentando provar que a dízimo era vigente apenas no Antigo Testamento.

Alheios a essa disputa os obreiros idôneos prosseguem agindo com probidade e transparência, nada mais recebendo que o previamente acordado; cristãos fiéis dizimam com alegria, entendendo que se, mesmo um clube secular cobra mensalidades para se manter, por que não, a igreja? E melhor que isso; uma igreja séria com ministros probos, transforma o que excede aos custos, em bênçãos para outras vidas.

Como nos dias de Paulo, ameaçavam de fora, e também os de dentro eram motivos de temor ao apóstolo; ainda é assim.

Os desigrejados engajados já estiveram dentro; tiveram algumas decepções, a invés de lidar com isso permanecendo fiéis, se mostraram frouxos na adversidade. Pior que fugitivos se tornaram adversários, como os rebeldes que queriam matar a Paulo. Esses querem matar igrejas minando seus recursos; para isso encorajam quem lhes ouve a ser infiel, ensinando que o dízimo não é necessário.

“Deem cestas básicas aos pobres, invés de enriquecer ladrões”
. Sequer são originais; essa “filosofia” foi defendida por Judas. “Sempre tendes os pobres convosco, advertiu O Senhor”.

Quem não sabe a diferença entre o idôneo e uma súcia de ladrões, tendo a Bíblia inteira ao dispor, deveria carrear contra a própria cegueira, suas mágoas.

Cristo aboliu O Antigo Testamento quanto aos sacrifícios, e liberou da guarda do sábado. Os mandamentos que ensinam amar a Deus e ao próximo Ele aperfeiçoou, exigindo mais; ver Mateus 5;38 a 48.

Os dízimos não constam dos dez mandamentos vieram antes, desde os Patriarcas. Portanto, os argumentos dos avarentos disfarçados de apologistas são fajutos, órfãos de filiação bíblica.

Infelizmente a maioria prefere esses aos sadios; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as próprias concupiscências”. II Tim 4;3

Não recebo de igrejas, não laboro em causa própria; mas há muitos que recebem menos que merecem. Ladrões sempre haverá, infelizmente.

Como otários e vigaristas se completam em perfeita simbiose, os que pregam amor ao dinheiro invés de salvação, só atraem aos semelhantes.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

A pior versão de si mesmo


“Toda a oração, toda a súplica, que qualquer homem de todo o teu povo Israel fizer, conhecendo cada um a chaga do seu coração...” I Rs 8;38

Salomão estava suplicando o favor do Senhor, quando, os homens orassem ao Santo, no templo. No fragmento acima, o pedido para que O Eterno ouvisse e respondesse favoravelmente, com uma condição. Deveria o penitente orar, “conhecendo a chaga do seu coração”.

Reconhecendo suas falhas e delas se arrependendo. Só isso? Pode parecer simples; entretanto, não é. O vitimismo, diluição dos erros, transferência de culpas, é um mal que macula à humanidade desde o primeiro pecado. Quando revelado, o homem transferiu para a mulher que, jogou a culpa sobre a serpente. Todos inocentes, como ironizam os “habitantes” das penitenciarias.

Grande parte da lacração das ditas “minorias”, deriva de pretenso álibi social; como se, a vida devesse reparos a determinados grupos e isso os autorizasse a receber tratamentos especiais. Perante esse sistema abjeto pode funcionar; diante do Eterno a canção desafina; “... cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus”. Rom 14;12

A dignidade de admitir-se indigno; coragem de assumir a própria covardia, ousadia de lidar com as falhas sem necessidade duma desculpa, são derivados da honestidade intelectual e integridade moral. “Bem sei, Deus meu, que tu provas os corações, e da sinceridade te agradas...” I Cron 29;17

A rejeição a Cristo se deu, precisamente por isso. Sua Luz evidenciava os maus passos dos pecadores, que preferiam que esses ficassem no escuro a abandoná-los; mesmo sob risco de condenação. “E a condenação é esta: A luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas”. Jo 3;19 e 20

Por sermos arbitrários, isso requer que sejamos também, consequentes. “És senhor das tuas escolhas, e escravo das consequências”. Como disse Pablo Neruda. 

Somos postos diante de alternativas opostas; a obediência ou o pecado. A que escolhermos mostrará quem é nosso Senhor, a despeito do que disserem nossos lábios, das “atenuantes” que pretendermos usar. “Não sabeis que, a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça?” Rom 6;16

A tentativa de mascarar a desobediência, além de evidenciar desonestidade, revela também ignorância acerca do Senhor; A Bíblia ensina: “Porque A Palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante do que espada alguma de dois gumes; penetra até à divisão da alma e do espírito, das juntas e medulas; é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos Daquele com quem temos de tratar”. Heb 4;12 e 13

Aliás, no mesmo contexto da oração de Salomão esse disse algo semelhante: “... dá a cada um conforme a todos os seus caminhos, segundo vires o seu coração, porque só Tu conheces o coração de todos os filhos dos homens”. V 39

Apenas O Senhor, e nós mesmos somos aptos para ver o que há em nossos corações. Fomos “formatados” para viver em verdade e justiça. Sempre que saímos fora do propósito original, o “detector de mentiras” das nossas consciências dispara, e uma luz eloquente acende, diante do Senhor Onisciente.

Quando mentimos visando atenuar uma falha, cometemos outra. Como chegaríamos perante O Santo, pretendendo estar arrependidos de um pecado, de mãos dadas com outro, recém-nascido?

Na verdade, sabermos que estamos nus diante do Altíssimo deveria nos facilitar as coisas; nosso desnudar de alma nada demandaria, senão, assumir a verdade. Não há uma “caixa de areia” onde os gatos possam fazer aquilo e esconder; essa tentativa inglória acaba sendo um tropeço a tolher nosso progresso espiritual; “O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”. Prov 28;13

Se as pessoas soubessem o quanto a verdade é libertadora, dariam um possante pé-na-bunda da mentira, em todas as suas formas.

Esse mundo cultua ao egoísmo exortando cada incauto a “ser a melhor versão de si mesmo”. O “si mesmo” o ego, não faz parte do plano de Deus para os salvos. Devem viver segundo Cristo, A Verdade.

Portanto, os que agradam ao Eterno, por aprenderem a escala de valores dos Céus, ousam comparecer ante Ele levando a pior versão de si mesmos, a verdadeira, para receber o perdão de Cristo.

Não importa quais sejam as chagas do coração; aos obedientes O Eterno assegura: “Dar-vos-ei um coração novo, porei dentro de vós um espírito novo...” Ez 36;26

Fast food "espiritual"


“... Escreve a visão e torna bem legível sobre tábuas, para que possa ler quem passa correndo”. Hc 2;2

Habacuque havia questionado ao Senhor, sobre violações que lhe pareceram injustas; O Senhor começou a lhe responder nos termos acima.

Um cenário semelhante ao que vivemos, foi denunciado, então; “A destruição e a violência estão diante de mim, havendo também quem suscite a contenda e o litígio. Por esta causa a lei se afrouxa, a justiça nunca se manifesta; o ímpio cerca o justo, e a justiça se manifesta distorcida”. Cap 1; 3 e 4

Embora falasse do juízo Divino contra Israel, mediante os caldeus, “... para juízo o puseste, Tu, ó Rocha, o fundaste para castigar”. V 12 ela assume desdobramentos futuros similares; nas entrelinhas parece aludir à vinda do Salvador. “Vede entre os gentios e olhai, maravilhai-vos e admirai-vos; porque realizarei em vossos dias uma obra que não crereis, quando for contada”. V 5

O que haveria de inacreditável para os judeus virem entre os gentios? Esses sendo regenerados pela fé no Messias que viria primeiro a eles. “Veio para o que era Seu, os Seus não O receberam. Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome”. Jo 1;11 e 12

Embora O Senhor tenha respondido ao profeta acerca da sua inquirição, tencionou que a resposta chegasse a outros; o primeiro outdoor da história foi ordenado. “... Escreve a visão e torna bem legível sobre tábuas, para que possa ler quem passa correndo”.

Logo, fica evidente que a resposta Divina não se dirigia a ele apenas; mas a todos que pudessem ler.

Quantas vezes nos portamos assim, dando ares de urgência às nossas coisas, correndo apressados em demanda delas, desprezando o cuidado com a Palavra de Deus, como se fosse algo para ver de passagem à margem. Como se lêssemos um reles outdoor, enquanto cuidamos apressados do que, deveras, é importante.

Essa leitura relapsa, do que deveria ser prioritário, acaba sendo um testemunho da escala de valores dos nossos corações. Aquilo que valoramos mais, priorizamos; “Porque onde estiver vosso tesouro, aí estará também vosso coração”. Mat 6;21

A escala aconselhada pelo Senhor prevê outra ordem; “Buscai primeiro o Reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Mat 6;33

Na verdade, deveríamos demandar por sabedoria como quem trabalha num garimpo; “Se clamares por conhecimento, por inteligência alçares tua voz, se como prata a buscares, como a tesouros escondidos procurares, então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus”. Prov 2;3 a 5

Contudo, o Excelso Amore a Divina Graça fazem com que sejamos buscados, como se, as preciosidades fôssemos nós; “A sabedoria clama lá fora; pelas ruas levanta sua voz. Nas esquinas movimentadas ela brada; nas entradas das portas, nas cidades profere as suas palavras: Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? Vós escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós insensatos, odiareis o conhecimento? Atentai para Minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do Meu Espírito e vos farei saber Minhas Palavras”. Prov 1;20 a 23

Nesse garimpo inverso, onde o precioso procura pelo vil, dado o grande Amor do Eterno, muitos fazem uma escolha avessa, lendo à Palavra às pressas, como quem passa correndo por ter mais o que fazer. Natural que de uma abordagem assim verta uma compreensão igualmente precipitada.

Alguns desses leitores velozes defendem que o preço do resgate, a Vida de Cristo, revela o nosso valor. Não. Isso revela a grandeza do Divino Amor. “Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”. Rom 5;7 e 8

Urge que desçamos dos nossos veículos turbinados pela arrogância, e leiamos À Palavra do Eterno com a devida reverência.

Invés de um Fast Food espiritual, que, nem requer a pausa das nossas ocupações favoritas, o homem prudente, “... tem o seu prazer na lei do Senhor, na sua lei medita de dia e de noite”. Sal 1;2

A Palavra de Deus não é uma caixa de promessas; antes, um compêndio precioso, com algumas reentrâncias escuras, que demandam uma busca mais criteriosa. A fidelidade Divina que assina À Palavra, possibilita que creiamos seguros que Ele fará o que prometeu. Tanto, no prisma de abençoar, quanto, no de corrigir, julgar. Assim como há inúmeras promessas de bênçãos, também há de juízo.

Nossas escolhas dirão, naquele dia, quais promessas nos pertencem. “Então voltareis e vereis a diferença entre justo e ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não O serve’. Ml 3;18

terça-feira, 8 de julho de 2025

Censura; confissão de culpa


“Viver ser ler é perigoso; te obriga a crer no que te dizem”.

Essa frase tem aparecido com certa frequência; tanto que, me forçou a pensar a respeito. Como incentivo à leitura, excelente! Sou um amante dessa e gostaria que todos fossem; isso melhoraria sensivelmente nossa sociedade.

Porém, a absolutização do método pode ser problemática, se, houver a desconsideração do mérito. Primeiro: O que lemos também é algo que outrem nos diz; apenas a linguagem é diferente. Segundo: dependendo dos autores que escolhermos ler, “ouviremos” coisas que em nada amenizarão ao “perigo” de viver; antes, o potencializarão. De tanto ouvir às mesmas coisas, certos papagaios “falam”; desafie-os a pensar!

O que as faculdades modernas, dominadas pela esquerda fazem, é induzir pupilos para formação de militantes comunistas, invés de educar difundindo conhecimento diversificado, permitindo o cotejo dos contraditórios em busca de formar livres pensadores.

Quem denuncia a isso, não é um leigo olhando de longe; antes, é um professor de faculdade, Luiz Felipe Pondé. Segundo ele, (um estranho no ninho) alguns aspectos são notórios.

“A ilusão do "lado do bem": Segundo Pondé, muitos professores de esquerda se veem como herdeiros de um "messianismo sem Deus", onde a história é a sua religião e eles são os salvadores da pátria. É como se eles vissem no espelho a cara do "Jesus" da história, se achando moralmente superiores e no "lado certo" da luta. Ele compara a situação a uma espécie de seita, onde o socialismo/comunismo é a fé inabalável. A pegada é: quem se acha do bem, muitas vezes, tá longe disso”.

Assim, a imposição de leitura apenas de autores ideologicamente alinhados, com a glamourização do comunismo e satanização do capitalismo, invés de adubar cérebros para que, livremente produzam, clonam seres atrofiados pela ideologia, para que, mecanicamente se reproduzam.

Mais; “... Ao se alinhar à esquerda, principalmente apoiando o PT e aliados, esses professores constroem uma rede de contatos poderosa dentro do meio acadêmico. Isso facilita a obtenção de verbas para pesquisa, aprovação em concursos, orientação de alunos, participação em congressos e, claro, o poder de influência em colegiados. Resumindo: mais grana, mais status, mais influência!” Conclui o professor. Talvez isso explique a maioria do “jornalismo” da atualidade.

Ler apenas um lado, imbeciliza. Pois, aquilo que não suporta a presença do contraditório, de modo indireto, assume-se mentiroso. Por isso, todas as ditaduras carecem de censura, cientes da ilegitimidade dos seus domínios. Um sopro da verdade desfaria suas cabanas de palha.

Os censores sempre se escudam em “defesa” de valores nobres; “combater fake News” dizem os nossos. A verdade sempre foi o único antídoto eficaz contra a mentira. Proibir de se falar livremente, a rigor, é admissão de culpa. A Bíblia ensina: “Porque nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade”. II Cor 13;8

Mas, nós os conservadores, que cremos em Deus, não seremos uns bitolados pela Bíblia rejeitando cegamente a tudo o que se opõe a ela?

Se alguém assim age, desconhece a própria Bíblia. Ela não proíbe que leiamos nada; apenas, aconselha que sejamos prudentes, seletivos, na absorção do aprendizado. “Examinai tudo. Retende o bem”. I Tess 5;21 Elogia aos bereanos que compararam os ensinos de Paulo com as Escrituras antes de aceitá-los. Fanatismo cego nunca foi o alvo.

Já li O Alcorão, o Livro de Mórmon, o Evangelho Segundo o Espiritismo, Astrologia, Poder da mente, O Grande Conflito, O Mundo de Sofia, Mitologia Grega, dezenas de filósofos... nenhum se me mostrou um campo minado, cujo percurso sobre, ameaçaria minha vida.

Se alguém pensa que A Palavra de Deus é algo tão frágil, inconsistente, que bastaria a leitura dum opúsculo qualquer para tolher sua eficácia, devaneia que se possa eclipsar ao sol com uma bola de gude.

Mc Candlish Philips, pregador americano disse: “Você não põe o verdadeiro Evangelho fora de combate com duas ou três perguntas desajeitadas; antes, suas ilusões é que irão ruir, destacando inda mais claramente à verdade”.

Outro dia, do alto de sua vassoura de varrer liberdades a Ministra Carmem Bruxa acusou a existência, no Brasil, de “213 milhões de tiranos”, tentando justificar seu endosso à censura. Na verdade, menos. Apenas os conservadores são "tiranos" contra o sistema; os demais só dirão o que seus donos dizem.

Do meu mirante, pois, viva a liberdade de expressão! Diversidade cultural, riqueza intelectual, liberdade de escolha sobre o que ler, crer, ensinar! Abaixo, todo estupro de almas, disfarçado de defesa! Que todos tenham direito de escolher entre os dois lados da moeda.

Como os terraplanistas não dizem o que há do outro lado da “planura”, as “moedas” dos canhotos têm um lado apenas, o vermelho.

 “A censura é o imposto da inveja sobre o mérito”. Laurence Sterne