sábado, 7 de setembro de 2024

Cristãos de esquerda?


“... apareceu o Senhor a Salomão de noite em sonhos; e disse-lhe: Pede o que queres que Eu te dê... A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar Teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este Teu tão grande povo?” I Rs 3;5 e 9

Na investidura de Salomão no reino, antes que se desviasse da Divina direção, por confiar em acordos políticos, mais que, no Senhor. O Criador “apareceu” a ele em sonho, e lhe deu carta branca.

O rei pediu “ferramentas de trabalho”, invés de uma vida mansa. Uma das tarefas difíceis de um monarca era julgar com justiça os pleitos que eram levados a ele. Assim, pediu: “Dá, pois, a teu servo, um coração entendido, para julgar teu povo, para que, prudentemente discirna, entre bem e mal..."

Duas coisas essenciais, que todo o investido em autoridade deveria saber: a) sua posição não o faz proprietário daqueles sobre quem governa. Antes, não passa de um servo de Deus, ao Qual, o povo pertence. “... Vede o que fazeis; porque não julgais da parte do homem, senão da parte do Senhor, Ele está convosco quando julgardes.” II Cron 19;6

Esses ditadorezinhos de bosta, que vicejam por aí, que, por um momento receberam a honra de governar, depois, numa hora de transição, como essa, saem ameaçando; ou, ‘vota em quem ordeno ou vai comer do ruim’, não passam de servos do capeta, gente sem noção, que confundiu uma missão honrosa com a ideia de ser proprietário do que pertence a Deus.

b) porque devem julgar de parte Dele, o juízo precisa ser consoante aos valores dos Céus, não às rasas conveniências, os conchavos humanos. Carecem, em Nome Dele, discernir entre o bem e o mal, o justo e o injusto, a despeito de contrariar eventuais interesses.

O domínio do homem pelo homem, nunca foi projeto Divino. O mesmo Salomão que recebera sabedoria para julgar disse: “Tudo isto vi quando apliquei meu coração a toda obra que se faz debaixo do sol; tempo há em que um homem tem domínio sobre outro, para desgraça sua.” Ecl 8;9

Gideão, quando foi instrumento de um grande livramento, instado a reinar, esquivou-se com essas palavras: “... Sobre vós eu não dominarei, tampouco, meu filho sobre vós dominará; o Senhor sobre vós dominará.” Jz 8;23

Aquele contexto era de teocracia, onde Deus escolhia um líder e o colocava sobre Seu povo, para representá-lo, segundo Suas Leis.

Mas, mesmo sobre povos que não têm a relação com O Criador que Israel deveria ter, também é Ele que reina. Daniel defendeu isso quando vassalo num reino estranho, em Babilônia: “Ele muda os tempos e estações; Ele remove reis e estabelece reis; Ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos.” Dn 2;21

O Próprio Senhor diz: “Eu fiz a terra, o homem, e os animais que estão sobre a face da terra, com Meu grande poder, e com o Meu braço estendido; e a dou a quem é reto aos Meus olhos.” Jr 27;5

Quando concede forças ao lado torto, digo, permite que a injustiça governe, como acontece em nosso país, certamente concorre um processo de juízo; pois, se todos os ensinos acerca da natureza nefasta da maldade não se mostram suficientes para que a evitemos, resta ao Eterno, a dura necessidade didática de deixar colhermos um pouco dos seus frutos, para que vejamos de próprio paladar, o quão amargos são.

Os “cristãos” esquerdistas que me perdoem; mas, não entenderam qual parte? O que é a esquerda, ou o que é ser cristão? Ser de Cristo implica tomarmos o jugo Dele, sua Doutrina e exemplo de obediência incondicional ao Pai. “Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim...” Mat 11;29

Ser de esquerda requer uma identificação com as pautas dessa corrente, que, em âmbito nacional, defende o aborto, ao “casamento” gay, liberação das drogas etc. Como eu escolheria candidatos alinhados a essas pautas pretendendo ser cristão??

Não recebemos o privilégio de ter a sabedoria de um Salomão; mas a todos os que se comprometem com O Senhor, cabe conhecer Sua Palavra; nela temos expresso de modo categórico os valores que lhe são caros.

Nossa insipiência espiritual é derivada da preguiça mental; nos ocupamos com tantas futilidades sem apreço para o que respeita às nossas vidas. 

Se a Palavra diz que “Deus não toma em conta os tempos da ignorância”, isso foi dito a um povo que não tinha, até então, acesso aos Ensinos Dele; a nós, para quem, A Palavra da Vida está disponível, a omissão será fatal. “O Meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” Os 4;6

terça-feira, 3 de setembro de 2024

A Justiça de Deus

“Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; a fraqueza Dele, mais forte.” I Cor 1;25

Ouvi uma mensagem de Ed Renê Kivitz, onde ele diz duvidar da doutrina do inferno; pois, enviar um filho para um fogo que nunca se apaga, onde padecerá eternamente, seria algo que Ele não faria; logo, como não pretende ser melhor pai, do que Deus é, disse não acreditar nisso.

Pelo menos três problemas assomam, avaliando a essa afirmação: Tomar a si mesmo como referência, Deus não fará, porque eu não faria, é deixar à Palavra, pela qual devemos pautar nossa fé e ações, e termos como boas, as falas do Capeta. Foi Ele que sugeriu desprezar à Palavra de Deus, e decidir acerca do certo e do errado, de modo independente.

Quem troca à Palavra de Deus, pela do Capiroto, faz uma escolha moral, que certamente terá consequências. 

Imaginar que Ele não fará algo que está na Sua Palavra, apenas porque eu não faria, seria colocar meu pífio senso de “justiça” acima do Divino. Se, o pastor se recusa a se presumir melhor pai do que Deus, pelo atrevimento insano e blasfemo de duvidar da Palavra Dele, pretende ser melhor Deus, que O Todo Poderoso. Portanto a pretensa capa de humildade é um disfarce fajuto para o orgulho.

O segundo aspecto é ignorar que o inferno não foi feito para o homem; “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;” Mat 25;41 O inferno foi preparado para o canhoto e seus anjos; mas, os que escolheram obedecer ele, invés do Senhor, herdarão a mesma sorte.

O Eterno não tem satisfação nenhuma em que nos percamos. A punição para os que escolhem à injustiça é uma triste necessidade. O Santo tenta nos persuadir para que não precise nos tratar desse modo. “... Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis?” Ez 33;11

Não apresenta a morte como possibilidade, antes, necessidade que incidirá sobre os que, vivendo em pecado se recusam a se converter. Ele gostaria de ouvir nossas razões: “... por que razão morrereis?”

Por fim, a ideia que Deus envia um filho Seu para o inferno é derivada de uma ignorância teológica grosseira.

A Palavra faz reiteradas vezes, distinção entre filhos de Deus e criaturas. “Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.” Rom 8;19 a 21 Caso se converta, óbvio.

Para sermos feitos filhos, é necessário que recebamos a Cristo, e nasçamos de novo; “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12 “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” Jo 3;3

Embora permita sofrimentos aqui, na hora do juízo O Eterno deixará evidente a diferença; “Eles serão Meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre justo e ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Ml 3;17 e 18

Supormos que nossa justiça seja referência para a Divina esbarra em algumas coisas mais. Certo é que nenhum ser humano daria seu filho pra ser queimado; mas, quantos dariam para que fosse morto, inocente, em favor de homens maus inclusive dos que o matariam??? Pois é, Deus fez outra coisa que não faríamos. Portanto, pretender equiparar a pífia noção de justiça de gente má e ímpia como nós, à perfeição Divina é insanidade assustadora.

Não tivemos nada com o pecado de Adão, dirão alguns refratários à Justiça Divina; também, nada tivemos com os Méritos de Cristo, no entanto, esses estão ao nosso dispor: “... Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a Graça de Deus, o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.” Rom 5;15

Todos já fizemos um milhão de vezes, coisas que Deus não faria; pecar. Não acrescentemos ao rol, duvidarmos da Palavra do Santo; “Nada acrescentes às Suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;6

domingo, 1 de setembro de 2024

A censura


“O lábio da verdade permanece para sempre, mas a língua da falsidade, dura por um só momento.” Prov 12;19

Sempre houve distinção entre o verdadeiro e o falso. O Pai da mentira já gerava seus filhos no Éden. Porém, em momento algum para “cura” da mentira, foi proposta a censura. A condição biodegradável dela, faria papel ridículo em cotejo com a vida eterna da verdade. Enquanto essa permanece para sempre, aquela “dura só um momento”.

Tivemos no início da Igreja uma “censura” aceitável; Lucas registrou: “Muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram seus livros, e queimaram na presença de todos; feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinquenta mil peças de prata.” Atos 19;19 Alto preço, por duas razões: Então, livros eram caros, e eram muitos.

Não foi uma imposição de Paulo, por meio de quem Deus fazia sinais extraordinários, entre os que criam no Evangelho. Não ordenou que queimassem os livros pelos quais tinham sido enganados nos dias em que neles creram; foi uma decisão espontânea dos novos convertidos, que, no frêmito do novo amor recém descoberto, ansiavam cortar vínculos com o passado.

Essa é a bendita “censura” que cada um deve impor a si mesmo, se, liberto pelo conhecimento da verdade em Jesus Cristo.
 Romper relações com toda sorte de engano.


Imaginarmos que, devamos tolher a alguém o direito de crer no que quiser, e expressar livremente o que crê, ou pensa, seja um modo de “proteger” à verdade, como fazem os atuais “protetores da democracia”, é admissão implícita que, o que defendem é tão frágil, tão desprovido de fundamentos, que meras palavras bem ordenadas podem destruir. A verdade não é raquítica assim. Paulo adverte: “Porque nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13;8

Sempre que a Bíblia foi queimada nas praças, nos dias da inquisição, o foi, contra a vontade dos que criam, pela imposição violenta dos que detinham o poder terreno, e temiam as consequências da difusão da Luz de Cristo.

Todo tipo de censura, pois, traz anexa a confissão da fragilidade argumentativa, ideológica, espiritual, filosófica, de quem precisa recorrer à força, para conter o que não pode, na arena dos argumentos. Se Deus não levasse a liberdade de expressão às últimas consequências, Cristo não teria ido até à cruz.

Todavia, Simeão preveniu Maria, de que seria assim; O Eterno toleraria que os corações maus fossem até o fim das suas maldades; disse: “Uma espada traspassará também a tua própria alma; para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2;35 Prepara-te para sofrer, pois, Deus o permitirá.

Quando alguém falar coisas contra nós, sua fala só poderá verter de duas fontes: verdade ou mentira. Se for verdade, nada a fazer. Se, mentira, poderemos facilmente desmanchar o dito, mostrando o outro lado. Mesmo que não façamos isso, os fatos, mais dia menos dia, deixarão exposto, quem é quem. Na hipótese remota de nem isso acontecer, ainda assim, não precisamos ser pacientes por causa das enfermidades alheias.

Assim, a imposição visando tolher à liberdade de expressão de alguém, é um casamento espúrio da fraqueza com a força; a fraqueza pela incapacidade de sustentar um interesse escuso, onde a verdade triunfar, suplementada pela força ilícita que faculta calar sob o peso da lei, o que não se pode desfazer na arena dos argumentos.

Todo o “defensor da democracia” onde ela já vige, é um canalha, que furta “roupas” moralmente aceitáveis, para encenar sua canalhice, como se, a própria hipocrisia na qual encena, devesse ser contagiante, para que a plateia, inda que timidamente, aplaudisse ou aceitasse resignada, ao que, naturalmente se inclina a vaiar.

Quando vemos párias como Alexandre de Morais, o “defensor da democracia”, e Nicolás Maduro, o autoproclamado “guerreiro do amor”, lutando “pela garantia das liberdades individuais”, somos forçados a pensar, sobre quem defenderá a essas garantias, dos seus “defensores?”

Acho que o calhorda tupiniquim foi longe demais, e mesmo um Congresso letárgico e venal como o nosso deve ter seus limites em algum lugar. A normalização da anomalia jurídica, onde ritos processuais, competência da primeira e segunda instância são ignoradas e tudo se decide, com ou sem foro especial, no STF, está com os dias contados.

O que o “defensor” fez no verão passado começa a ser posto sobre a mesa, e a coisa é de gravidade tal, que mesmo os passadores de pano para as safadezas sistêmicas, não encontrarão uma tecelagem que dê conta.

O momento que a língua da falsidade poderia vigorar expirou, e a dona verdade, sóbria, solene, imbatível, presto tomará seu assento, para desespero dos defensores do quanto pior, melhor.

“A censura é o imposto da inveja sobre o mérito.” Laurence Sterne

Morte e vida


“Porque aquele que está morto está justificado do pecado.” Rom 6;7

Isso, se lido de modo superficial pode dar azo a interpretações espúrias, distantes da intenção do autor. Já há no imaginário popular, uma espécie de sagração da morte, como se ela apagasse tudo de ruim que fazemos, e nas suas asas, todos seriam salvos, passariam a um estado de ventura.

Quando morre alguém, sobretudo, famoso, não importa quais escolhas tenha feito aqui, no escopo espiritual, dizem que “Passou pro andar de cima”, “tornou-se uma estrela no firmamento”, quiçá, um guardião que velará pelos que lhe eram queridos.

Não raro, estendem o modo de vida que o finado levava na terra, como se lá fosse mera continuação das mesmas coisas. Se era cantor, passará a “cantar para Deus”; era um jogador de futebol, “desfilará nos campos celestes”; etc. O artifício e a humana imaginação, não são nada além disso.

Será que as coisas são mesmo assim? Que, não importa quais atos pratiquemos, no final, com a morte tudo será esquecido, todos seremos salvos? Não seria essa a ideia do verso em apreço, “Aquele que está morto, está justificado do pecado?” O simples fato de ter morrido zerou suas dívidas, aparecerá justo diante de Deus?

Justificar, aqui, não significa inocentar, antes, dar o pagamento justo, o que merecem os atos do sujeito. No mesmo contexto encontramos: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6;23

Restaria a ideia da inexistência dos que morrem em pecado, e a vida eterna apenas aos salvos. Mas, não é isso que A Palavra de Deus ensina. Nesse caso as pessoas apostariam suas fichas todas nos prazeres pecaminosos daqui, finda a vida, nada a temer.

O Salvador ensinou diferente: “Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei Aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a Esse temei.” Luc 12;5 Após a morte inda restam contas em aberto.

No caso de tudo findar na morte, poderiam escarnecer de Deus, o que muitos fazem, infelizmente, sem consequências, sem ceifar o devido juízo. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7 e 8

A corrupção da carne não significa inexistência; “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, outros para vergonha e desprezo eterno.” Dn 12;2

Logo, a morte física é o fim apenas do tempo que nos foi dado para reencontrarmos o rumo de casa; recebemos certo limite de espaço e tempo, “Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;” Atos 17;27 Isaías sinaliza a urgência com que devemos cuidar disso: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Is 55;6 Esse “enquanto se pode achar” subentende a vinda de um tempo em que não será mais possível.

A ideia da conversão esposada por Paulo, é anteciparmos nossa "morte", por uma mudança de mentalidade e atitudes tal, que seria como se, morrêssemos juntamente com Cristo; “Negue a si mesmo” dissera Ele; não por deixar de existir, mas por levar a vontade do Pai às últimas consequências, para que essa identificação na morte, satisfaça à Justiça Divina de modo a nos legar o dom da vida.

“Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela Glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

Tal morte, Paulo explica, requer um não conformismo com o jeito mundano de ser, o sacrifício dos nossos desejos pecaminosos, para que possamos andar segundo a vontade de Deus; “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rm 12;1 e 2

Assim, “Aquele que está morto está justificado do seu pecado”. Pois, que “morreu” em Cristo, vive Nele, com Ele, para Ele. A justiça do Salvador é atribuída ao Seu servo, que mesmo nessa vida, espiritualmente, ingressa na vida eterna, como aconselhou o apóstolo: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para qual também foste chamado...” I Tim 6;12

sábado, 31 de agosto de 2024

Os imitadores


“Aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. Como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento, réprobos quanto à fé.” II Tim 3;7 e 8

Falsos obreiros, que vão de casa em casa ensinando erros e cativando gente incauta, com suas mensagens palatáveis aos ímpios paladares, desprovidas de verdade.

Alguns, equacionam o aprender algo, com saber a verdade. O efeito colateral dessa apostasia traz: “... cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências;” v 6

A verdade, invés de cativar, como fazem as doutrinas espúrias das seitas, forja homens livres, servos apenas de Cristo. “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam Nele: Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

O conhecimento prático da verdade liberta; permanecer na Palavra é praticá-la. Necessária a conclusão que, o que aprisiona é a mentira.

Não por acaso, os proponentes dessas coisas, invés de forjar pessoas livres as têm cativas.
Às seitas não basta O Senhor; sempre concorre um suplemento revelado a esse profeta, àquela profetisa, uma interpretação peculiar de determinado líder que reinventa a roda, redescobre a pólvora. O que tem de “melhor” para o paladar carnal, nos ensinos sectários é que eles geralmente são “superiores” aos ensinos de outrem, que não tem consigo as mesmas “revelações”. O orgulho religioso de não ser “tapado” como os demais é um banquete à carne, que deveria ter sido crucificada, invés de alimentada. Eis o “tempero” que mantém saciado o paladar dos sectários!

Assim, invés de uma busca íntima de adequar o próprio viver a Cristo, acaba buscando se adequar, o sonolento prosélito, à seita e suas idiossincrasias “superiores”. 

Cristo foi categórico: “Se vós permanecerdes nas Minha Palavra, sereis Meus discípulos,” o que implica que os que caem após a sedução dos sectários conheceram-na, eventualmente; mas, não permaneceram. Faltou-lhe perseverança. Foram seduzidos por algum simulacro.

Qual o método, farsantes usam para cativar após si, os que deveriam seguir livres em Cristo? “... como Janes e Jambres resistiram a Moisés, estes resistem à verdade...”

Os magos do Faraó resistiram a Moisés forjando “milagres” semelhantes aos dele. Resistiram por imitação, até onde lhes foi possível. Porém o teatrinho barato deles, achou termo. Se, com seu ilusionismo maligno pareceram fazer sinais, como Moisés, quando Deus, através dele transformou poeira em piolhos, eles largaram suas cartolas. “Então disseram os magos a Faraó: Isto é o Dedo de Deus...” Ex 8;19 Não brinco mais. 

Os imitadores atuais, certamente sabem a diferença, mas suas vítimas, não. Não foram treinadas a pensar livremente para discernir.

A parte “eloquente” de Cristo em nós, que evidencia que coisas antes mortas, passaram à vida, nossas almas, não é nos tornarmos versados nas línguas originais; capazes de pregar com grande eloquência, conhecermos o panorama bíblico inteiro, operarmos sinais, entregarmos supostas profecias, revelações.

Isso pode fazer parte do pacote de uma vida em Cristo, dependendo de escolhas humanas, no caso da busca pelo preparo, e Divinas, no sentido de legar dons. Porém, o “Selo do INMETRO” de nossa salvação, é o caráter transformado, segundo O Senhor; “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;29

Estamos num grande teatro; os que nos cercam são a plateia; “Não se acende a candeia e coloca debaixo do alqueire, mas no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;15 e 16

Em Cristo, a luz da verdade é acesa dentro, e requer um modo de agir que seja a difusão dessa luz que recebemos, mediante condigno modo de vida.

Por fim, não há inocência nos que são enganados, uma vez que, são “corruptos de entendimento, réprobos quanto à fé.” A corrupção requer dois lados concomitantes; corruptor e corrompido. O que propõe e o que aceita aos ensinos errôneos. O falso obreiro é uma resposta de Satã, aos desejos dos que, tendo uma índole religiosa, não a têm obediente, senão, ficariam em Cristo.

Nessas almas, “Janes e Jambres” dominam, distribuindo seus placebos “espirituais.”

“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tom 4;3 e 4

Faraó tem dias contados. Quem seguir aos servos dele, perecerá junto. “Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;33

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

"Quem sou eu para julgar?"


“Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça.” Jo 7;24

O “não julgueis” tem sido o biombo favorito dos desobedientes, que, denunciados por seus descaminhos, correm para trás dele.

Faça-se aos tais, uma pergunta objetiva sobre as perversões sexuais da moda, sobre o que esbarra na aversão do Senhor, e logo se esconderão atrás de um “versículo” que alguém inventou para esse fim; fugir da Palavra de Deus. “Quem sou eu para julgar?”

Sobre a capacidade humana, foi dito que Deus fez o homem, “... pouco menor que os anjos; de glória e honra o coroaste. Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das Tuas mãos; tudo puseste debaixo dos seus pés:” Sal 8;5 e 6

Quem exerce funções ministeriais, deve ser depositário da Palavra de Deus; na Antiga Aliança eram os sacerdotes, na Nova os obreiros. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, da sua boca devem os homens buscar a Lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Ml 2;7

Assim, quando alguém nos pergunta algo mais polêmico, deixa nas entrelinhas que sabemos a Vontade Divina acerca daquilo, pelo dever funcional de conhecermos À Palavra de Deus.

Quando apresentamos o que está escrito sobre determinado assunto, não estamos apresentando particular juízo, movidos pelas nossas motivações; antes, evidenciamos o juízo Divino, conforme está expresso.

Sequer precisamos nos esconder após um “quem sou eu para julgar”, uma vez que, estamos cientes que não será nosso juízo, mas o Divino que verterá. Todavia, esses melindrosos avessos à mínima ideia de juízo, quando se trata da defesa dos seus pecados de estimação, presto nos chamam de “moralistas, fundamentalistas, religiosos legalistas, expoentes de discursos de ódio”, isso que eles são avessos a julgar.

Resulta necessário que, são refratários ao anúncio do juízo Divino que veta suas comichões favoritas, apenas; no tocante a eles, podem nos julgar como aprouver; colar em nós os rótulos derivados dos seus juízos peculiares. Não deveriam viver pelo “não julgueis,” uma vez que esposam esse conceito?

O “Quem sou eu para julgar”, longe de ser uma atitude piedosa e humilde, é uma cretinice covarde que ama mais à aprovação do mundo ímpio, que, de Deus. Já ouvi isso do Papa Francisco, do Padre Fábio, da “bispa” Sônia Hernandes, dos “pastores” da graça barata, que desprezam nosso “farisaísmo”, embora, não julguem.

A Palavra de Deus é categórica sobre o homossexualismo; “como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, Ele os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;” Rom 1;28 “Não erreis: nem devassos, idólatras, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, bêbados, maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus.” I Cor 6;10 etc.

Quem apresenta A Palavra de modo idôneo, é mero porta-voz, não juiz. Isso incomoda, sabemos. Mas, denunciamos a toda sorte de pecados, pois, A Palavra não faz distinção, como um fosse mais réprobo do que outro. Todos os pecadores são chamados ao arrependimento e mudança de vida para salvação; os que preferem mudar À Palavra invés de mudar suas vidas, estão julgando ao Próprio Deus, por terem A Palavra Dele como imperfeita, falível.

Enfim, nenhum de nós carece julgar; mas, se temos o ministério na Obra de Deus, por ofício, o mínimo que se deve esperar de nós, é que conheçamos o que O Eterno falou sobre cada assunto que desejou que conhecêssemos Sua Vontade a respeito.

Das coisas ordinárias da vida espiritual, não saber julgar segundo Deus é que seria o fato vergonhoso, como disse Paulo em determinada ocasião: “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?” I Cor 6;2

O motivo da incapacidade daqueles, para o conhecimento da vontade Divina nas coisas mínimas, foi diagnosticado pelo Apóstolo, noutro trecho: “... porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa.” I Cor 15;34

Quem sou eu para julgar? Como homem sou mero pecador, que careço do perdão Divino, da Graça de Cristo, para ser salvo da Ira que virá; como ministro, uma voz capaz de fazer audível o Juízo Divino, deixado na Santa Palavra.

A pior das faces da maldade é aquela onde o mal se camufla, tentando furtar às vestes do bem; onde o orgulho se atreve a desfilar com o modelito da humildade.

Há dois gêneros biológicos e múltiplas formas de perversão. A recusa de conhecer ao Eterno nos Seus Termos, é já um julgamento, que coloca as inclinações da carne, acima da revelação de Deus. Alguma anomalia pontual deve ser tida como tal, não, como viés legitimador do que Deus abomina.

Os hereges


“Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o.” Tt 3;10

Buscar mel numa colmeia traz o risco de sofrermos algumas ferroadas; mexer num vespeiro, também. No primeiro caso, ao menos, a existência do mel, compensa o risco. No segundo não há nenhuma compensação, o que tornaria a hipotética atitude, estúpida.

Debater com outrem, razoavelmente esclarecido, intelectualmente honesto, que, diverge do nosso ponto-de-vista é normal. Certamente, sendo um oponente qualificado, eventualmente nos deixará em “saias justas”, com argumentos sólidos, quiçá, fará repensar e mudar alguns aspectos da nossa visão.

Um gládio de ideias nesse nível, malgrado, eventuais picadas, de um e outro lado, compensa, pelo contraponto do “mel” do crescimento para ambos; certamente sairão do pleito melhores do que entraram.

Porém, outro, sem respeito aos fundamentos estabelecidos, que se esmera em defender o indefensável, sem a honestidade de manter que disse algo, se for demonstrado falso, ou, conceder razão ao oponente quando oportuno; enfim, que não se embrenha na floresta dos argumentos sonhando com a clareira da verdade; acha que já a possui. Foge ou distorce tudo aquilo que ameace mostrar sua fragilidade, nesse caso, evitar o debate é mais sábio. Não encontraremos mel entre vespas ou marimbondos.

Paulo aconselhou que não gastemos latim com tipos desses; “Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o.”

Entretanto, não é o que acontece. Notórios ateus, vibrantes sectários, especialistas em línguas originais da Bíblia, “intérpretes” preteristas desengonçados que sabem tanto da Palavra, quanto eu de física quântica, nada, estão em muitos vídeos, entrevistas, podcasts, para ensinar. O “Evangelho de Tomé”, de “Maria Madalena”, ETs, reptilianos, não existência do Jesus Histórico, de Moisés, outros esposam que Jesus seria um Deus à Imagem de Paulo, etc.

Não nego que exista algo além da Bíblia; ela não encerra informações sobre tudo o que há; não é esse seu propósito. Entretanto, no motivo pelo qual foi dada, é plena, nada lhe falta. “Visto como o seu divino poder (Deus) nos deu tudo que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela Sua Glória e Virtude;” II Ped 1;3

Para a regeneração das vidas perdidas desde a queda, tudo o que é necessário está na Palavra de Deus.

Se, alguém já sabe tudo e cumpre o que sabe, ao tal, para fugir do tédio, nada mais natural que excursione fora da Bíblia, tentando entender o Livro de Enoque, a saga dos dinossauros, a estrutura das galáxias, o tamanho do Universo, etc. Agora, quem não sabe o básico, ou, se sabe não cumpre, qual o sentido de exercitar-se em ímpias ginásticas mentais, cujo fito é desfazer da crença alheia, invés de edificar ao semelhante?

Quem encontrou a salvação, labora para difundi-la, não, para lutar contra os que creem. Os que se opõem, sabemos, servem a outro espírito, e nada lhes compete construir, uma vez que se alistaram nas fileiras do destruidor. Jesus disse: “O ladrão não vem senão a roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” Jo 10;10

O Evangelho é a maior declaração de amor de todos os tempos. Mas, está tão amalgamado à justiça, que foi necessário ao Eterno, escrevê-la com sangue. Logo, a leitura isolada, do Amor Divino, deixa de ser O Evangelho, torna-se uma heresia, ao sabor da humana e perversa concepção de “amor”.

O “Carro da salvação” é puxado por uma parelha antagônica; de um lado, o Amor Divino pelos pecadores; do outro, o ódio do Eterno, ao pecado. Do Salvador foi dito: “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o Teu Deus, Te ungiu com óleo de alegria mais do que aos Teus companheiros.” Sal 45;7 

Quem não sabe separar uma coisa e outra, ao menos deveria saber fazer silêncio. Entretanto, em linhas gerais, quem menos tem a dizer é quem mais fala, salvas venturosas e raras exceções.

O tempo que gastamos após vespas, discutindo com esses cujo benefício é zero para nosso crescimento, e para proveito do Reino de Deus, perdemos, deixando de fazer a coisa certa, altercando acerca do sexo dos anjos. Qual o sentido?

Não basta que tenhamos alguma luz espiritual; é necessário que essa luz seja usada para fim proveitoso, senão, nosso entendimento será usurpado pelo poder das trevas. O Salvador ensinou: “... Se a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!” Mat 6;23

Pouco importa se, “fulano não crê na existência de Jesus”; “beltrano, duvida que A Bíblia seja de origem Divina”, etc. Como bem disse Spurgeon, não trocamos de lugar com reis em seus tronos, a menos que eles também, conheçam a Jesus. Quanto aos hereges, não os conheço.