terça-feira, 3 de setembro de 2024

A Justiça de Deus

“Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; a fraqueza Dele, mais forte.” I Cor 1;25

Ouvi uma mensagem de Ed Renê Kivitz, onde ele diz duvidar da doutrina do inferno; pois, enviar um filho para um fogo que nunca se apaga, onde padecerá eternamente, seria algo que Ele não faria; logo, como não pretende ser melhor pai, do que Deus é, disse não acreditar nisso.

Pelo menos três problemas assomam, avaliando a essa afirmação: Tomar a si mesmo como referência, Deus não fará, porque eu não faria, é deixar à Palavra, pela qual devemos pautar nossa fé e ações, e termos como boas, as falas do Capeta. Foi Ele que sugeriu desprezar à Palavra de Deus, e decidir acerca do certo e do errado, de modo independente.

Quem troca à Palavra de Deus, pela do Capiroto, faz uma escolha moral, que certamente terá consequências. 

Imaginar que Ele não fará algo que está na Sua Palavra, apenas porque eu não faria, seria colocar meu pífio senso de “justiça” acima do Divino. Se, o pastor se recusa a se presumir melhor pai do que Deus, pelo atrevimento insano e blasfemo de duvidar da Palavra Dele, pretende ser melhor Deus, que O Todo Poderoso. Portanto a pretensa capa de humildade é um disfarce fajuto para o orgulho.

O segundo aspecto é ignorar que o inferno não foi feito para o homem; “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;” Mat 25;41 O inferno foi preparado para o canhoto e seus anjos; mas, os que escolheram obedecer ele, invés do Senhor, herdarão a mesma sorte.

O Eterno não tem satisfação nenhuma em que nos percamos. A punição para os que escolhem à injustiça é uma triste necessidade. O Santo tenta nos persuadir para que não precise nos tratar desse modo. “... Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis?” Ez 33;11

Não apresenta a morte como possibilidade, antes, necessidade que incidirá sobre os que, vivendo em pecado se recusam a se converter. Ele gostaria de ouvir nossas razões: “... por que razão morrereis?”

Por fim, a ideia que Deus envia um filho Seu para o inferno é derivada de uma ignorância teológica grosseira.

A Palavra faz reiteradas vezes, distinção entre filhos de Deus e criaturas. “Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.” Rom 8;19 a 21 Caso se converta, óbvio.

Para sermos feitos filhos, é necessário que recebamos a Cristo, e nasçamos de novo; “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12 “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” Jo 3;3

Embora permita sofrimentos aqui, na hora do juízo O Eterno deixará evidente a diferença; “Eles serão Meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre justo e ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Ml 3;17 e 18

Supormos que nossa justiça seja referência para a Divina esbarra em algumas coisas mais. Certo é que nenhum ser humano daria seu filho pra ser queimado; mas, quantos dariam para que fosse morto, inocente, em favor de homens maus inclusive dos que o matariam??? Pois é, Deus fez outra coisa que não faríamos. Portanto, pretender equiparar a pífia noção de justiça de gente má e ímpia como nós, à perfeição Divina é insanidade assustadora.

Não tivemos nada com o pecado de Adão, dirão alguns refratários à Justiça Divina; também, nada tivemos com os Méritos de Cristo, no entanto, esses estão ao nosso dispor: “... Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a Graça de Deus, o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.” Rom 5;15

Todos já fizemos um milhão de vezes, coisas que Deus não faria; pecar. Não acrescentemos ao rol, duvidarmos da Palavra do Santo; “Nada acrescentes às Suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;6

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